Ponto de vista de lemuel :
Esse poder mexe com todas as células do meu corpo, posso sentir cada átomo dentro de mim, cada energia fluir nas minhas células sanguíneas. Toda vez que ativo esse poder sinto meus batimentos cardíacos acelerarem de uma forma equilibrada, é como se fossemos um só. No nível que estou ainda é pouco, passei três semanas treinando intensamente, e pude perceber que nayera também evoluiu muito nos ataques. Mas uma das coisas que eu notei foi que eu consigo ver sua aura agora, coisa que jamais vi nos meus treinamentos na época da escola, fiquei pensando comigo mesmo se todos tivessem poderes, seria um caos ou seria totalmente diferente?. Não sei dizer ao certo sobre isso, mas eu também notei que na hora que nayera estava meditando, eu vi sua energia algemada em correntes de vento na tonalidade azul bem claro, isso pode significar que talvez zion severo tenha aprisionado todo poder dos humanos, mas a pergunta que não quer calar é, por qual motivo ele fez isso com seu próprio povo? ; Isso é algo que não terei resposta nesse momento, preciso aprimorar mais meus ataques e combinar técnicas de luta, assim posso ao menos tirar uma pequena satisfação com Robert Huys.
Sei que por muito tempo vivemos sobre essas armas e arte de combate, Chegamos ao mesmo nível de poderes dos reinos externos, imagino o que seria se tivéssemos nossos poderes. Me perdi nos meus pensamentos, mas logo em seguida vi nayera usando chutes triplos e socos diretos, baixo , seu quadril Parecia estar mais afiado em velocidade, foi nessa observação que tive uma ideia.
- nayera, pensei em uma ideia que talvez seja boa – disse ao me levantar da postura de reza.
Quando ela veio até mim , vi o gotejar do suor do seu lindo rosto cair, ela realmente estava levando a sério o treinamento, uma das coisas que ela não era fã de fazer na época da escola, mas confesso que sua inteligência é de se admirar.
- que tipo de ideia veio na sua cabeça agora em cabeção – disse ela com um ar de zombaria.
- eu não te contei, mas eu posso ver sua energia aprisionada dentro de você, e talvez eu possa libertar ela das correntes de vento.
- e por qual motivo você não tem me falado isso, esse tempo todo ?- respondeu fazendo careta de raiva.
- eu tive meus motivos, mas só queria confirmar antes de sair falando pelos cotovelos – respondi ela com um leve sorriso no rosto.
- então qual é a ideia ?
- preciso fazer um teste se nos unirmos na meditação eu possa tocar na sua energia, como se fosse um intruso.
- não sei como isso funciona, mas vamos tentar.
Assim que nos posicionamos na mesma direção, quando ela levou suas mãos como forma de reza , coloquei minhas mãos nas dela. Canalizei meu poder nas minhas mãos e pude ver de forma mas nítida a aura dela, levei minhas mãos espiritual até às correntes de vento, e pude sentir de uma forma tangível o que eu estava agarrando. Quando passou pela minha mente de puxar as correntes de vento, fiz o que pensei sem nem sequer pensar nas consequências que trariam. Ouvi nayera soltar um grito bem alto, parei naquele exato momento, abri meus olhos e vi minha melhor amiga de infância com a cabeça baixa, meus sentimentos de culpa surgiram de uma forma incontrolável.
- nay, fala comigo – percebi que ela tinha desmaiado, entrei em desespero por um segundo.
Mas mantive a calma nessa situação, peguei minha melhor amiga de infância e levei ela até o quarto de hospede, deitei ela na cama, vi que seu rosto estava meio pálido. Mas mantive minha calma , e fui tentar buscar algum auxilio, mas ouvi uma voz sair da boca dela.
-nay, você está bem ? – disse me ajoelhando na cama.
- lemuel, eu só estou um pouco tonta, onde estamos ?- disse ela com seus olhos pouco abertos.
- no quarto de hospede – disse eu.
- lemuel, você não pensou em me levar primeiro pra enfermeira não? , Na próxima vez pense antes de fazer as coisas – disse ela levantando seu corpo na cama, e coçando a cabeça.
- me desculpa, não foi o que eu estava imaginando.
- mas você está se sentindo diferente? – perguntei observando qualquer resposta positiva.
- nada de diferente, a não ser uma leve dor de cabeça.
Quando ela disse isso ativei o modo de ver sua energia, e pude ver que sua energia mudou de tonalidade, agora se encontra verde.
- nay, sua energia Se encontra com a cor verde – disse admirado com a tonalidade.
- mas eu não vejo nada – respondeu ela com as mãos no peito.
Disse para ela tentar concentrar sua energia em um só ponto, de uma forma que eu pudesse tirar minhas próprias conclusões.
Quando ela colocou sua mãe direito na frente, posicionando de uma forma como se estivesse fazendo fila, vi um redemoinho de vento se forma na sua frente, observei sua fisionomia, e ela tava incrivelmente admirada com toda situação.
- nay , consegui sentir essa energia?
- sim, parece que somos apenas um só, posso também soltar esse poder, como se fosse atacar alguém.
- não solta aqui não, precisamos voltar a sala de treinamento, lá poderemos aprimorar todo esse poder .
- tá bom, seria legal eu te dar um ataque pra ver se você pensa direito na próxima vez que for fazer besteira – disse ela com um sorriso sarcástico no rosto.
***
Me posicionei em forma de combate, e nay estava na posição de ataque do leão, mas o que me impressionou , foi a forma como ela controla seu poder com tanta facilidade, parecia que ambos fossem apenas um em um só corpo. Corri até sua direção, mas não sabia que ela iria atirar ataques de vento em minha direção, percebi que se aquele ataque tocasse qualquer parte de meu corpo, certamente eu estaria agora sangrando. desviei dos círculos de vento que ela usou , uma das frases que eu ouvi foi " rodas de vento " , ela tinha que melhorar mais nas frases de ataque. Depois que me desviei desses ataques fui pego de surpresa por um redemoinho de vento que me lançou numa distância de aproximadamente três metros e meio , olhei pra frente e não vi nay na posição que estava, mas notei sua presença atrás de mim, ela veio com ataques de soco direto e chutes em curta distância, mas uma das coisas que fiquei admirado foi que ela estava usando sua energia nas mãos, fazendo punhos de vento ao redor do seu pulso, isso dava ela uma velocidade intensa, já era de se notar que seu poder é de natureza vento.
Uma das coisas que aprimorei em todo esse treinamento foi a visão, eu conseguia ver nitidamente os ataques dela, era como se eu estivesse vendo um vislumbre do futuro, era como se eu estivesse vendo alguns segundos do futuro, mas cada vez que ela me atacava, minha velocidade aumentava de uma forma descomunal, parecia que o poder que emitia dentro de mim fosse brotando como uma flor.
Utilizei um golpe com a minha mão direita como se fosse um cruzado, nay percebeu as fagulhas do raio nessa curta distância do meu soco e conseguiu desviar de uma maneira atrapalhada, não poderia perder a oportunidade de dar um xeque-mate nessa luta. Me movimentei até ela, usei minha perna direita para dar uma panda nela e colocá-la no chão de uma forma sem saída. Ameacei dar um golpe, mas parei meus movimentos antes de atingi-la.
- nay, você tem avançado demais, continue sempre assim , e lembre- se, não diga nada a ninguém sobre esse poder e não demostre isso a ninguém- disse dando suporte para ela se levantar.
- fique sabendo que uma hora alguém verá isso, na posso prometer nada – respondeu ela numa seriedade.
- caso chegue a hora , então jogue a culpa toda em mim, assim sei que eles não faram nada com você – respondi dando um leve sorriso no rosto.
- não irei fazer isso, você sabe muito bem disso.
- não se preocupe , mas agora eu preciso acertar as contas com um certo alguém da realeza- disse sentindo minha expressão de seriedade no rosto.
Após o treinamento com nay , fui diretamente ao meu antigo quarto, uma área inundada de ilusão e desconforto, minha janela estava aberta, minha mesa com café da manhã, provavelmente as servas devem ter deixado aqui na esperança de eu voltar a qualquer momento.
Comecei a dar uma volta no meu quarto na procura de qualquer coisa que minha querida mãe tivesse deixado pra eu descobrir. Não encontrei nada de tão especial, mas uma coisa eu sei , minha espada tinha uma empunhadura com a estrutura de uma águia, nela continha um pequeno cristal na base Dela. Coloquei minha espada na bainha, e suspirei fundo, e disse comigo mesmo " está na hora de tirar uma pequena satisfação com o rei".
Ao sair do meu quarto, encontrei duas servas vindo até a minha direção, vi em seus semblante um olhar de surpresa, uma delas disse "meu senhor, deixamos café no seu quarto, e deixamos a janela aberta pra entrar um ar fresco nos seus aposentos meu senhor " agradeci a elas pelas gentileza de cuidar do meu quarto enquanto estava fora.
Passando pelo corredor sem olhar para a tal linda cidade de Elíseos, vi uma dos Heros e perguntei se o rei estava na sala do trono, ele me disse que estava tendo uma reunião, pois ficou sabendo que um dos líderes dos dark elfos iria atacar a qualquer momento a cidade de Goytacazes. Agradeci o soldado heros e Fui diretamente para a sala do trono, onde o rei tinha um acesso secreto que dava diretamente a uma sala de reunião secreta do governo de Elíseos.
***
Chegando de frente para sala do trono, me esbarrei com dois soldados que continha suas lanças nas mãos, um deles me disse " o rei está ocupado, volte outra hora " , olhei com um olhar de arrogância, disse a eles se não me deixasse entrar, eu deixaria eles no chão e na enfermaria durante duas semanas, eles começaram a rir e debochar da minha cara dizendo " sabemos que você é filho do rei, mas vai brincar de Lutinha em outro lugar ", ativei minha energia numa velocidade rápida que não deu tempo de conter a adrenalina de combate que corria em minhas veias, corri diretamente aos soldados, em um deles usei raio roxo de tal forma que não percebi que ele estava no chão Se debatendo por causa da eletricidade. Derrubei ambos numa velocidade sem deixar barulho para que os heros ouvissem de longa distância.
Entrei no salão do rei, fui diretamente ao muro que dava a sala secreta, em uma das pedras do muro continha uma chave seletora que acionava a abertura da porta. Assim que acionei a chave seletora, desci bem devagar, para que todos que estivessem na reunião não ouvissem meus passos naquele eco gigante, o rei não é tolo, deixou de propósito toda essa imensidão de corredor para justamente ouvir de longe quem quer que seja.
Caminhando lentamente sem fazer barulho, ouvi vozes vindo do fundo do corredor, essa voz soa familiar, fui chegando mais próximo, e me deparei escondido na parede, olhei de relance quem estava na mesa da reunião, vi todos os conselheiros, o rei Robert e sua esposa, kayk, general Ross, general perteson, general Donna uma mulher extremamente orgulhosa e má. Agora eu entendo porque o povo está totalmente debaixo das mãos do rei, não tem como fazer tudo sozinho, tem sempre que juntar com pessoas com os mesmo ideais.
Percebi que minha audição estava aguçada demais, deve ser por causa do poder que tenho, comecei a ouvir o que eles estavam discutindo tanto:
- não que seja má ideia Donna, o que faremos se os anões estiverem se preparando para uma possível posse de território?.
- eles sabem muito bem que estão debaixo da minha ordem, nenhum deles não farão nada sem a minha palavra, o elfos ficaram com as riquezas do jeito que eles desejam, só assim pra que a aliança permaneça- respondeu Donna, percebi de relance que ela estava com a adaga na mesa, onde tinha o mapa mundial.
- os dark elfos estão se preparando para atacar a fortaleza de Goytacazes, eu não pretendo enviar ninguém até lá – disse o rei Robert.
- não que seja má ideia enviar apenas bodes expiatórios, assim o povo não fará nenhum tipo pergunta acerca do ataque deles – respondeu um dos conselheiros.
- quem seria esse bode expiatório? Perguntou o general perteson.
- enviaríamos jovens da escola militar, levando os jovens a perda da vida, assim o povo ficará com mais raiva e rancor com a raça dos dark elfos – respondeu um dos conselheiros.
Então sempre foi assim dês do início do reinado do Roberto, todos estão juntos nessa, pervertendo o conhecimento do povo. Não posso deixar isso acontecer.
- aliás, o que pretende fazer com o seu sobrinho?, Não acha que deixou ele viver demais não Robert ? – disse o general Ross.
- meu sobrinho não vale nada, morrerá em breve em combate em Goytacazes, enviarei ele também, assim não terei nenhum peso sobre mim- respondeu o rei Robert.
Minha raiva cresceu de uma maneira descomunal, dei uns passos até a porta, soltei minha energia pra que todos percebessem minha presença. Vi o rosto de todos espantados olhando seriamente em minha direção, percebi o olhar e o sorriso sarcástico de Donna, parecia que ela estava gostando disso.
- criança que surpresa, não fazia ideia que você sabia sobre esse lugar – disse Robert com um olhar sombrio.
- vindo aqui não fará nada, um mosquito voa por todas As áreas do palácio – disse general Ross. Sua aparência era de um homem de trinta anos, sua fisionomia era magra, mas eu sabia que ele era um dos mais fortes também desse reino.
- me chamar de mosca não mudará com que eu vou fazer com vocês todos – respondi ativando minha habilidade de raio roxo.
Lancei uma onde de relâmpagos em direção a todos eles, uma explosão inundou o lugar, com a minha visão aguçada, vi Donna vim em minha direção numa velocidade surreal, ela me golpeou no meio do meu rosto, senti minhas costas atravessar a parede do lugar, como se fosse papel, sangue escorreu do meu nariz, me levantei o mais rápido que eu pude, vi em pequenos segundos do futuro, general Ross me atacando com sua espada, numa velocidade retirei minha espada da bainha. Defendi seu ataque ouvindo ele dizer " nada mal garoto", ativei minha energia na espada, ela começou a emanar raios roxos, contra-ataquei ele dando cortes na sétima forma do leão, mas ele defendeu todas.
- nada mal general Ross – usei suas próprias palavras.
Fiquei rodeado por todos elas que estavam na reunião, kayk me lançou um ataque com sua espada diretamente em meu coração, rebati seu ataque com minha espada, nisso fui lançado a uma distância de mais ou menos dois metrôs. Vi Robert se achegar na minha direção e falando com todas para não atacar.
- lemuel, então seu poder despertou, quando que você teve acesso a esse poder ? – disse ele com o rosto espantado, e ao mesmo tempo admirado.
- você pode reerguer nosso povo, dando poder a eles, a cada um de nós.
- sinto muito, mas infelizmente esse poder não pode ser roubado, e muito menos dado a pessoas como vocês, eu sei de tudo, que você matou meus pais – respondi olhando de relance a uns segundos do futuro para ver se algum deles me atacaria.
- então Célia morreu, porque se ela contasse ela morreria, seus pais traíram o nosso povo, sua mãe tinha esse poder e não quis libertar o que estava aprisionando nossa energia, você tem noção disso ? – respondeu ele numa voz severa.
- e ela fez uma ótima escolha, então já sabe a minha resposta – disse ativando minha energia em todo o me corpo.
As marcas do meu poder se espalharam pelo meus braços, dando a entender que no meu rosto continha marcas só símbolo de raio.
Vi em segundos do futuro que Donna vinha me atacar com sangue nos olhos diretamente pra me matar.
Assim que ela utilizou seu ataque de águia, pude me esquivar, dando contra ataques, mas ela defendeu todos, até mesmo a sétima forma do lobo.
- Robert, precisamos matar o garoto e levar ele até a irmã do destino, ela saberá como retirar esse poder – disse Donna usando duas adagas com os punhos de lobo.
- então não vejo escolha, a não ser a liberdade do nosso povo lemuel – respondeu Robert, dando ordem para todos me atacarem.
Percebi que não podia combater com eles, devido nossas habilidades estarem tão distante de experiência, então minha única solução era fugir. Senti meu kiseya aumentar, uma forma tangível estava se mexendo dentro de mim, quando percebi eu estava sentindo meus batimentos cardíacos acelerarem de tal forma, cheguei a pensar que meu coração fosse explodir, mas não, tinha que usar minha técnica de auto defesa, " flash run " sai numa velocidade descomunal, vendo as nuvens do céu me atingir no rosto, não sabia como parar essa velocidade, era como se eu fosse um raio caindo ao chão de tão rápido que eu estava. Vi o céu aberto e pude ver a fortaleza de Goytacazes. Comecei a cair como uma pedra jogada ao alto. Cheguei a temer pela minha vida, mas tive que pensar como que eu iria aterrissar com total cuidado. Conforme eu ia caindo, se passaram vários pensamentos de como eu iria aterrissar seguro. A única ideia seria utilizar um ataque ao chão para amortecer o impacto que eu causaria. Pensando nisso, fiz tudo o que eu tinha pensado, quando ativei meu ataque com minha espada " sétima forma Águia sombria " , sentir a explosão me ferir aos poucos no braço, quando abri meus olhos e ver o céu aberto, percebi que estava no chão, mas sentindo uma dor aguda nas costas.
Agora sei que o rei e todo o exército irá querer me capturar como criminoso do país.