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Chapter 10 - compaixão

Ponto de vista de Lemuel Huys:

Sentir minha pálpebras se mexerem, percebi que tinha desmaiado devido a minha consciência ter voltado ao normal, tentei abrir os olhos, mas uma dor de cabeça me afligia, como se eu tivesse tomado uma pedrada na cabeça. quando abri meus olhos, eu estava deitado numa cama quente e confortável, era uma cama de madeira com um lençol de USO, vi que a casa era de madeira, mas seu estado estava bem arrumada. tentei levantar, quando do nada sentir uma presença a me observar escondido, olhei para o lado e vi um jovem com orelhas pontudas, seu cabelo era prateado, um rosto afinado, sua pele era como cinza quase escuro, Ele era um Dark Elfo, com toda educação disse " olá, tudo bem ?", ele deu um passo para trás e chamou sua mãe dizendo" mãe , o garoto humano acordou ", não consegui entender o por que deles me deixarem vivo, depois que eu caí de uma altura de dar medo, pensei que tinha morrido pelo impacto, mas fui levado pelos dark elfos, vi sua mãe chegando, era uma senhora de aparência pouco velha, cabelos cinza, pele cinza escuro, continha dois brincos na orelha, quando ela veio se aproximando eu rapidamente disse " obrigado pelo cuidados, sou imensamente grato", ela veio me deu uma sopa de comida.

- bom jovem, você deve estar com fome. vimos um humano cair do céu, pensávamos que era um pássaro grande caindo , mas quando foi chegando mais próximo você rapidamente usou um poder estranho para amortecer o impacto, inteligente da sua parte- disse a senhora sentando ao meu lado da cama.

- vocês me socorreram, não sei como posso retribuir o favor – respondi com um olhar de agradecimento.

- não se preocupe, sempre ajudamos uns aos outros.

- eu sou um humano, vocês devem me odiar por ser de raça diferente – respondi com educação.

- vocês humanos tem tanto preconceito no coração de vocês, não odiamos humanos, queremos nosso direito de viver como era antigamente, mas seu pai Robert Huys nos aprisionou em todas as áreas – disse ela com um olhar carinhoso e ao mesmo tempo sério.

- como sabe que sou da realeza ? , E na verdade Robert não é meu pai biológico.

- você ficou desacordado durante três dias, tem cartazes de recompensa sobre você, o rei quer você vivo ou morto – respondeu ela pedindo ao filho dela para pegar o cartaz de procurado.

Assim que o filho dela trouxe o folheto, vi meu rosto estampado naquele papel, com a seguinte frase " traidor do país. Condenado a pena de morte por infligir a soberana lei " , achei ridículo da parte do rei colocar isso , mas eu já sabia que isso iria acontecer em algum momento, era minha escolha não viver mais lá no palácio, mas sim reivindicar o trono por ser o herdeiro legítimo, mas não conseguiria isso vivendo falsamente naquele castelo.

Perdido nos meus pensamento, ouvi uma doce voz vindo do lado de fora da casa chamando " mãe, eu trouxe água pro nosso hospede " , o garoto dark elfo foi correndo até a porta, quando ele abre, vi uma bela jovem parecia ter a mesma idade do que eu, seu cabelo era prateado brilhoso, seu rosto era uma verdadeira beldade, seu corpo era de chamar atenção, magrinha com seios médios, cintura fina dando charme a seu corpo. Eu não sabia que tinha garotas dark elfas tão lindas pelo reino, ainda mas vivendo sobre escravidão.

- seja bem vinda Laila, nosso hospede acabou de acordar, diga olá a ele – disse sua mãe com um leve sorriso no rosto.

Laila me encarou, e veio em minha direção, como se fosse me dar uma bronca, ficou perto de mim e me deu um copo de água e abriu a boca dizendo :

- engraçado, eu acho que posso ganhar liberdade por entregar um cara ruivo pra um certo rei. – disse ela tirando sarro da minha cara.

- se você me entregar tenho certeza que sua liberdade não passará de ilusão – respondi me levantando da cama.

- meu jovem, você precisa descansar mais, e ainda mais se você sair todos irão te entregar – disse a mãe de Leila com um olhar carinhoso de preocupação, parecia com o olhar de minha querida mãe Célia.

- deixa ele ir embora mãe, um garoto impulsivo que não tem controle dos próprios pensamentos e ações, não pode ser parado- disse Laila demostrando no olhar seriedade.

- não pedi sua opinião, e muito menos seus conselhos, se eu for preso serei com orgulho – respondi demostrando irritação, parecíamos duas crianças brigando.

- quer apanhar garoto, eu posso quebrar sua cara aqui mesmo – disse Laila com um sorriso de deboche no rosto.

sua mãe repreendeu Laila, ela saiu do quarto que estávamos, bateu a porta forte, e percebi que não era pra eu ser tão grosso com pessoas que me deram comida e socorro.

Me direcionei para mãe de Laila, pedi desculpas pela minha grosseria, disse que sentia muito por causa do desconforto que eu causei em sua casa.

- que nada meu filho, eu já sabia que a minha filha iria causar isso, ela tem um temperamento muito forte- respondeu ela com um sorriso no rosto.

Me levantei e fui diretamente para o quintal da casa , era uma área bem grande, continha umas árvores frutíferas que só em Goytacazes nascia, percebi que eles cuidavam muito bem das plantações, mas tudo isso iria diretamente para o governo da nação, eles só eram escravos que trabalhavam para o reino. Isso que eu nunca concordei, ainda mais sabendo de toda verdade.

Olhei Laila de longe, ela estava com uma madeira na mão, empunhando ela como se fosse uma espada de verdade. Observei seus golpes, seu estilo de luta eu nunca tinha visto na minha vida, era como se fosse a técnica do Lobo, sua velocidade era incrível, ela tinha um jogo de cintura bem flexível, seus golpes, chegavam a fazer barulhos no ar, mesmo em longa distância. Tive a ousadia de me aproximar e tentar me desculpar pelo que ouve na sua casa, tentar fazer as pazes com ela, pois essa família me ajudou bastante, ainda mais encobertando um criminoso do reino.

Ela notou minha presença, me olhou com um olhar sério, sentir sua raiva de longe, mas mesmo assim estava me aproximando cada vez mais dela, ouvi ela dizer " não tenho nada pra falar com um Brasilino " ela me apelidou de estrangeiro no próprio país. Assim que me aproximei disse a ela:

- seu estilo é bem interessante, eu nunca tinha visto esses ataques antes.

- essas técnicas são do meu povo por séculos, óbvio que humanos como você não saberia, vocês vivem em palácios brincando de comandar- respondeu ela de um jeito grosso comigo.

- você tem razão, vivemos em palácios, não significa que somos melhores que vocês, na verdade somos piores que todos os povos – respondi me apoiando na bengala que estava na minha mão.

- o que você quer dizer com isso ? Disse ela .

- somos humanos, somos depravados, somos arrogante, e criminosos das leis, somos transgressores .- expliquei ela .

- isso tudo eu já sei.

- Laila, me desculpe por mais cedo, não queria causar problemas a sua família, sou muito grato pela ajuda de vocês todos, sei que se vocês quisessem poderiam me denunciar, mas vocês não fizeram isso, agora não tenho para onde ir, preciso conquistar o trono por ser herdeiro legítimo, mas não posso voltar por não ter forças o suficiente para combater o exército e o poder do rei, preciso sair do reino e adquirir habilidades, pra quando eu voltar eu esteja no mesmo nível que todos eles – disse a Leila com tremenda gentileza.

- não poderei ajudá-lo, pois o rei Robert quando nos aprisionou em Goytacazes ele lançou uma relíquia de escravidão em nossos corpos, se nos revoltamos contra ele ou contra o reino, somos automaticamente destruídos por dentro, como se tivéssemos sendo torturados por alguma eletricidade, uma alta tensão em nossos corações. – respondeu ela com tamanha tristeza.

Quando eu ouvi isso , não fazia ideia que o Robert tinha lançado uma relíquia dessas nos dark elfos, malditos , agora sei que somente eu posso libertar esse povo dessa escravidão, não poderei libertar todos de uma vez , até porque eu não sei usar ainda esse poder.

Ativei minha habilidade para ver a energia de Laila, e pude ver a marca da relíquia, era uma marca com o símbolo de corrente em formato de girassol, se passou pela minha mente se eu poderia liberta ela, assim como eu libertei a energia de nayera, mas tudo isso era incerto, mas eu poderia pelo menos tentar.

- Laila, eu tenho uma habilidade de libertação de energia, só não sei se eu tenho poder para liberta essa relíquia, mas se você ao menos deixar eu tentar, seria como um agradecimento pelo o que vocês fizeram comigo pela hospedagem e pelos cuidados – disse a ela jogando fora a bengala que eu me apoiava.

- eu nunca ouvi falar sobre isso, não sei se deveria deixar – respondeu ela se aproximando de mim.

- deixa pelo menos eu tentar, não custa nada tentar certo ?.

- verdade não custa nada- respondeu ela .

Expliquei a ela em que jeito deveríamos estar. Assim que estávamos na postura de reza, me concentrei o máximo que eu pude, e pude ver a relíquia se mexer de um lado para o outro como se estivesse viva, então movi minhas mãos espirituais, e consegui segurar a marca da relíquia , só que ela veio diretamente para minhas mãos como se saísse do corpo de Laila, ouvi gemidos saindo da boca de Laila, quando eu esmaguei a marca da relíquia , Laila soltou um grito gigantesco, abri meus olhos e vi ela se retorcendo pelo chão como se a dor fosse excruciante, tentei ajudá-la mas ela acabou desmaiando de tanta dor, levei ela rapidamente para dentro da casa, coloquei ela deitada na cama, sua mãe e seu irmão veio rapidamente em desespero e preocupação, expliquei para eles o que estávamos fazendo lá fora, eles confiaram em minha palavra, eu disse a eles que tudo iria ficar bem.

***

Passou cinco horas e nada de Laila acordar, fiquei extremamente preocupado, devido não saber mais o que fazer, pois pensei que isso traria problemas a ela, talvez ela nunca acordasse.

Se passou vinte minutos e vi seus cílios se mexerem levemente, chamei sua mãe pra ver que sua filha estava bem, quando olhei, vi Laila se levantar e perguntar o que tinha acontecido.

- Laila , como você se sente ? Perguntei tocando em seu ombro esquerdo.

- estou me sentindo bem, parece que estou mais leve do que nunca, antes eu sentia um peso sobre mim, mas agora estou me sentindo como nuvens no ar – respondeu ela.

- então deu certo, eu consegui te liberta da relíquia – respondi maravilhado com o poder que eu tenho em mãos.

- então você pode libertar todo o meu povo dessa escravidão, - disse Laila.

- sim , eu posso, mas não quer dizer que todos irão confiar em mim para tal ato – respondi.

- liberta minha mãe e meu irmão dessa prisão, por favor – disse ela com os olhos de clemência.

- filha talvez seja má ideia, você sabe que não temos poderes – respondeu sua mãe.

- mãe, ainda podemos lutar pela liberdade do nosso povo, não quero ver eles aprisionado nesse país – disse Laila.

- lemuel, você pode me fazer um favor ? – me perguntou ela sentada na cama ao lado de Laila.

- sim, com toda certeza farei o que estiver ao meu alcance.

- Denner virá atacar Goytacazes, para libertar nosso povo, mas ele e nem zima sabem que estamos aprisionados pela relíquia da escravidão, então te peço se caso acontecer alguma coisa comigo e com meu filho, proteja Laila e o irmão dela custe o que custar – disse a mãe de Laila me fazendo cumprir uma promessa.

- sim , irei fazer isso , custe o que custar – respondi cheio de determinação.

Após falarmos disso, fiz a mesma coisa que eu tinha feito para libertar Laila, Sua mãe e seu irmão ficaram desmaiados por horas, chegamos a pensar que tinha dado errado, mas eles se levantaram bem mais leves do que antes. disse a eles que só poderia libertar o povo, se caso eu fizesse uma troca com Denner general de zima, para poupar esse ataque, e eu deixaria seu povo sair de Goytacazes, mas teria que falar diretamente com o general e comodante representante de Goytacazes, mas eu não teria certeza se chegaríamos realmente num acordo.

***

Então eu sair junto com Laila diretamente para o escritório do general, disse a ela para não fazer burrices caso eu seja pego e preso.

***

Estávamos infiltrados no quartel general de Goytacazes, sua estrutura era como de uma torre ponte aguda, descobrimos uma passagem que dava diretamente para o salão de treinamento militar. Laila tinha habilidades incríveis de se camuflar, confesso que aprendi rápido a pegar o estilo de cada pessoa que me desafia ou me ensina. Nesse caso observei em detalhes o treinamento de Laila e consegui pegar algumas técnicas e aprimorar ao meu próprio estilo.

Chegando no salão de treinamento, foi o pior momento para se esbarrar com kayk , ele estava treinando, e eu não queria ter que lutar logo agora com ele, mas observei cada detalhe e oportunidade de sair fora e não encontrei nenhuma saida. disse a Laila " não tem como sair dessa sala sem ter que passar por ele, vamos ter que lutar contra ele " ela disse que isso seria loucura, lutar contra um oponente de patente mais alta que nós dois juntos, disse a ela que se combinasse nossas técnicas conseguiríamos com toda certeza. Vi que kayk estava totalmente focado em seu treino, que lancei um raio roxo em sua direção, somente para chamar sua atenção, quando ele desviou não me surpreendeu, até porque eu já sabia que não iria funcionar um ataque com ele distraído.

" Olá lemuel, não sabia que você virou um covarde, ainda mais se juntando a uma dark elfa , deve ser por isso que crianças nunca deveriam ter saído de casa " disse ele me provocando com suas palavras, respondi a altura " um cachorrinho do rei não pode pegar migalhas nesse lugar ", vi sua expressão se enraivecer, ele veio com tudo me atacando com sua espada que continha dois gomos. Me desviei dizendo para Laila se preparar para o combate, tirei minha espada da bainha, e coloquei tensão elétrica em seus gomos, e disse ao kayk " vamos brincar de pique pega cachorrinho", vi Laila colocar sua energia de natureza água em sua espada e ela disse ousadamente " vamos brincar com esse totó do rei " .