Estamos prestes a desistir e encontrar um lugar para acampar quando algo aciona a borda do meu radar mágico.
Claro que quero ir direto para lá e purificá-lo. Mas ainda precisamos montar a barraca, acender uma fogueira e fazer o jantar, e fica a mais de um quilômetro de distância.
É uma coisa me fazer sofrer; é outra forçar os outros a montar o acampamento no escuro porque quero antecipar nosso cronograma.
O trenó diminui a velocidade até parar gradualmente, patins rangendo contra a neve compactada. Aquele pulso de energia escura me chama, mas a parte prática do meu cérebro prevalece. A noite chega cedo, e sempre posso lidar com isso pela manhã.
Me esquivando de baixo da massa de cobertores que me mantêm aquecida durante nossa jornada — que abrangeu uma área muito maior do que o normal, com o quão pouca corrupção encontramos — eu pego o pacote plano em que estive sentada por horas.
Vanessa já desatrelou os lobos do trenó, e eles se transformam ali mesmo na neve.