"Você é realmente péssimo em cuidar de si mesmo, não é?"
O pouquinho de vida que eu tinha conseguido trazer de volta à floresta já está diminuindo, mas o espírito — Grimório, tenho quase certeza — está flutuando no ar quando abro meus olhos, deitado de lado com a cabeça apoiada na mão.
"Com licença?" Que recepção.
"Não comer. Nem sequer percebe que está com febre. Magia Selvagem dentro de você." Eles balançam a cabeça. "Você vai implodir desse jeito."
Febre? Minha testa parece fresca ao toque. "Eu não estou com febre."
"Sua mão está tão quente quanto o seu—deixa pra lá. Não é meu problema se humanos querem se matar." Eles se viram, mostrando as costas para mim.
"O que você quer dizer com Magia Selvagem? E por que eu iria implodir?"
O espírito faz um gesto de desdém com a mão, sem nem se dar ao trabalho de olhar para mim. Sua indiferença é frustrante.
Da última vez, eles conversaram comigo depois que me conectei com a magia escondida aqui.