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Hospital da Cidade Portuária de Leti
Em um quarto de hospital mal iluminado, Naia abriu os olhos azul-celeste para ver o teto plaino. Sentia-se um pouco tonta e desorientada, sem certeza de onde estava.
O aroma estéril dos químicos a cercava, e ela podia ouvir bipes rítmicos ao redor do quarto combinados com os zumbidos suaves do que mais tarde aprenderia serem equipamentos médicos.
E... ela também podia ouvir um ronco suave.
Piscou para afastar o torpor e virou a cabeça na direção do som.
Um jovem estava ali, bonito de uma maneira diferente dos outros homens que ela conheceu. Dormia sentado numa cadeira ao lado dela, dobrado devido à sua altura.
Era muito alto e grande, mas de alguma forma, seu rosto adormecido era encantador e fofo.
Sua mão grande segurava a dela, e ela não pôde deixar de notar sua boa forma e aspereza. Comparada com as dos outros homens, a mão dele mostrava muito mais sinais de trabalho.