Chapter 13 - Um Pequeno Progresso

"Sem mais caras maus..." ele disse, antes de pegar a mão dela e se virar levemente para o lado. A mão dela permaneceu firmemente em seu braço e isso fez sua postura amolecer. 

Com o rosto corado, ele não teve escolha senão acompanhá-la enquanto ela se banhava. 

"Vou ficar," ele disse, mantendo seu olhar na testa dela como se temesse que fosse descer. "Não vou a lugar nenhum." 

A mulher pareceu entender o que ele disse e finalmente o soltou. Por um tempo, ele ficou sentado tensamente na borda da banheira, ouvindo enquanto ela abria o chuveiro, o som das mãos dela limpando a pele ecoando em seus ouvidos. 

Ele era um cavalheiro e naturalmente não ficaria olhando, é claro, e ele forçou sua mente a pensar em suas teorias acadêmicas para se distrair da própria imaginação. 

Por um tempo a cena permaneceu a mesma, o homem bonito—quase regal—sentado imóvel na borda enquanto a mulher ao lado dele se banhava. Era uma visão pacífica e tão bela quanto, mas somente o homem sabia o tipo de luta que estava enfrentando naquele momento. 

Enquanto ele se sentava no muro da banheira, seus olhos fixos na pequena rachadura ao lado dele, mas sua atenção não conseguia ficar pois sua visão periférica sempre captava os movimentos dela. 

Mesmo quando ele não estava olhando diretamente para ela, ele podia vê-la se esfregando, e o cabelo dela, e ainda conseguia discretos vislumbres de sua pele macia.

Ele sentiu sua respiração prender, mas se manteve calmo por todo o tempo. 

Se alguém decidisse ignorar seu rosto vermelho e a barraca em sua virilha, claro.

Ele suspirou. 

Ele nunca poderia ter imaginado que estaria numa situação como essa, nem se permitiria estar. 

Eventualmente, o chuveiro foi desligado e ele se virou para ver a bela mulher molhada olhando para ele com um sorriso. 

Seus olhos amoleceram, mas ele congelou quando ela abriu os braços para ele, um pequeno hábito que ela formou enquanto ele a carregava para todo lado.

O problema era... ela estava completamente nua naquele momento. 

Ele forçou seus olhos a subirem para a testa dela novamente, gentilmente colocando a mão nas costas e sob as pernas dela. Por não estar olhando, era inevitável tocar em outras partes por acidente, e daí pra frente as coisas só se complicaram (sem trocadilho intencional). 

Sua respiração se prendeu quando ele sentiu sua mão esquerda tocar o fundo do peito dela, e congelou quando sua direita foi alto demais em suas coxas. 

No entanto, ele foi treinado para situações estressantes e não mostrou muita coisa em seu rosto. Em vez disso, ele a carregou com desenvoltura para o mármore seco da bancada no closet, pegando uma toalha limpa para cobri-la para que ele pudesse finalmente olhá-la novamente. 

Isso não conseguiu cobrir muito, com grande parte de suas coxas ainda à mostra e metade dos seios visíveis, mas era melhor do que nada. 

Ele respirou fundo e pegou o vestido de noite e a roupa íntima que Thessy havia preparado antecipadamente. 

Segurando o macio tecido de seda, ele ficou diante da garota bem-comportada que o observava em cada movimento dele de onde ela estava sentada. 

"Thessy... ela deveria ter te mostrado como se vestir, certo?" ele disse, entregando-os para ela. 

Ela piscou e estudou o tecido. Era parecido com o que ela havia usado na noite anterior, e ela o pegou, preparada para vesti-lo como havia aprendido. 

É só que, porque suas mãos estavam ocupadas, ela soltou a toalha e isso revelou um pouco mais novamente. Tadeu imediatamente se virou e apenas escutou o manejo dela com o tecido, esperando que ela já estivesse vestida quando ele a encarasse novamente. 

Minutos se passaram e estava cada vez mais difícil para Tadeu desviar o olhar. 

"Já terminou?" ele perguntou, e a garota não respondeu imediatamente. 

Quando ele ouviu sua voz melodiosa, ele se virou para ver o progresso dela, pensando que ela havia terminado. 

Ela de fato havia vestido o vestido de noite, mas estava no processo de vestir a roupa íntima, o que era mais difícil porque ela estava sentada. 

E ele acabou vendo coisas que realmente não deveria. 

!!!! 

Ele cobriu o rosto e desviou o olhar, rosto vermelho feito um tomate. "Desculpa." 

Ele ouviu a voz dela novamente, mas não ousou olhar para trás. Depois ele sentiu a mão macia dela em seu braço e ele se virou para encontrar os olhos azuis dela, implorando para que ele olhasse. 

Felizmente, a saia já estava para baixo, mas pela expressão facial dela parecia haver algo errado. 

Então ela apontou para o lado do quadril dela, murmurando algo que ele não conseguiu entender. Ela continuou lhe dizendo algo repetidamente, até que pareceu perder a paciência e puxou sua mão—com uma força suficiente para puxar seu corpo todo—para que ele pudesse tocar. 

"!" 

Parecia que, por ela estar sentada, a cinta-liga não estava se ajustando direito, e estava um pouco desconfortável. Então... ela precisaria da ajuda dele. 

Tadeu sempre soube o que fazer enquanto crescia, mas agora ele estava em um grande dilema. 

No fim, ele se armou de coragem para ajudá-la. Ele sabia que ela não tinha segundas intenções, e ele não deveria adicionar nenhuma cor também. 

Ele foi até ela, ajeitando-se entre as pernas dela. 

Suas mãos grandes rastejaram sob a saia dela e ao lado de suas coxas macias, seus polegares passando por baixo da cinta-liga para puxá-la para cima. O movimento fez ela enlaçar os braços em volta dele, com sua suavidade contra o peito dele, mas ele não vacilou, finalizando o trabalho. 

Sua mão acabou ficando na cintura curvilínea dela e ele olhou para ela, corada contra ele. 

Seus olhos escureceram, mas ele retirou as mãos de baixo do vestido dela, ajeitando-as na cintura dela coberta. "Pronto," ele disse com um sorriso, e ninguém poderia dizer o quão excitado ele estava.

Ele respirou fundo e a levantou novamente, dessa vez para a cama para que finalmente pudessem se acomodar. 

Como de costume, ela então se deitou naturalmente sobre ele, usando seu peito como travesseiro. Ela esfregou o rosto nele, como se estivesse apreciando seu calor. 

Apesar de ser difícil para ele, ele não conseguia se permitir manchar essa pureza. Então ele apenas a abraçou mais forte, disposto-se a dormir. 

 

Antes de conhecer ela, ele na verdade sofria um pouco de insônia. Mas depois de se acostumar com sua suavidade sobre ele, eventualmente se tornou confortável, e antes que ele percebesse, ele também estava apreciando seu calor. 

Eventualmente, seus olhos se fecharam e ele também caiu num sono pacífico.