Sarah estava sem palavras. Ela nem sabia como reagir, sabendo que o marido gostava de ser corno.
Depois havia a loira na projeção, doutrinando-a para se tornar uma Esposa Exemplar. Ela até se sentiu convencida a continuar o caso com Kiba, mas então ela ouviu seu marido tossir.
O monitor cardíaco também começou a apitar alto. Em pânico, ela correu até o marido.
"Daniel!" Sarah estava preocupada. Sua boca estava cheia de sangue e havia manchas de sangue na máscara de oxigênio.
No momento seguinte, os médicos entraram correndo para verificar a condição de Daniel.
"Ele está no meio de um derrame!" o médico-chefe gritou incrédulo. Ele sabia que as artérias do paciente estavam seriamente danificadas, mas tinha certeza de que não deveria haver risco de derrame.
"Rápido! Comecem a operação!" outro médico lembrou ao médico-chefe.
"Ah sim!"
Os médicos apressadamente começaram o tratamento. Sarah e Kiba foram pedidos para esperar do lado de fora.
Sarah olhou para Kiba com raiva. Ela tinha certeza que Daniel estaria bem se Kiba não tivesse revelado seus segredos embaraçosos.
"Raiva não combina com seu rosto bonito," Kiba olhou nos olhos dela. "Eu só quero ver alegria no seu rosto."
"Você..." Sarah estava enfurecida, mas não ousou dizer mais.
"Vamos esquecer o passado ruim agora que resolvemos nossos problemas," Kiba segurou o queixo dela com a mão. "Eu não quero mais amargura entre nós!"
Sarah estava prestes a protestar quando encontrou os lábios dele nos dela, beijando-a intimamente. Ela foi pega de surpresa pelo beijo e, quando recuperou os sentidos, ele se afastou.
"Que haja apenas doçura em nossos lábios!" Raios de luz branca irromperam sob seus pés enquanto Kiba dizia, "Daniel nunca saberá da doçura que compartilharemos, então não se preocupe!"
As bochechas de Sarah ficaram vermelhas de raiva e vergonha. Ela sentiu raiva de si mesma por gostar da coragem de Kiba de dizer tal coisa abertamente.
"Eu nunca trairei Daniel novamente!" Sarah se assegurou, mas só ela sabe quão firme era sua convicção...
******
No dia seguinte.
Seção I do laboratório subterrâneo na Casa Elevação dos Sonhos.
(N/A: Por favor, vejam #gallery no Discord https://discord.gg/TGmqHw3 Isso ajudará a visualizar o laboratório e a villa)
Swoosh~
Agatha e Kiba teleportaram para dentro do laboratório.
[[Senhora Agatha, bem-vinda ao laboratório]] a voz de Cláudia soou dentro do laboratório.
"Cláudia, certo?" Agatha perguntou após abrir os olhos. O apartamento que Kiba tinha dado a ela também era administrado por Cláudia, então ela a conhecia.
[[Sim. Espero que sua consulta com o ginecologista tenha sido boa.]] Cláudia respondeu.
"Obrigada. Foi bem!" Agatha disse enquanto examinava o laboratório.
Havia câmaras criogênicas, cápsulas de estase, recipientes de espécimes, mesas de exame, etc., com cada unidade tendo um console de controle separado.
Agatha tinha certeza que não era apenas um laboratório abarrotado com equipamentos modernos, nem era uma instalação médica com as máquinas mais recentes.
Só de olhar para os equipamentos, ela tinha certeza de que o laboratório tinha capacidade para conduzir até experimentos avançados de engenharia genética.
Então ela olhou para a parede, o chão e o teto metalizados de branco. Ela não conseguia identificar o metal usado, mas tinha certeza que o laboratório poderia sobreviver até mesmo a um desastre nuclear com base no desenho.
"Você é um prepper?" Agatha não pôde deixar de perguntar. Ela sabia que havia muitas sociedades secretas fundadas no conceito de preparação para sobrevivência.
Os membros dessas sociedades temiam uma grande perturbação no mundo e, portanto, se preparavam com antecedência. Havia até organizações místicas apoiando essas sociedades por suas agendas.
"Acho que sim," Kiba estava um tanto embaraçado pela avaliação dela.
Ele não era mais um prepper, mas era diferente há quatro anos atrás quando ele acabara de fundir-se com a Faísca Cósmica.
Naquela época, ele era alguém que havia sobrevivido aos perigos do subúrbio e da expedição de mineração. Essas experiências de vida ou morte o ensinaram a nunca tomar sua segurança como garantida.
Então ele passou quase um ano criando coisas que o ajudariam no futuro. Isso incluía Cláudia e as seções subterrâneas.
Ele construiu principalmente este laboratório genético para estudar os efeitos da Faísca Cósmica em seu corpo. Infelizmente, ele falhou terrivelmente.
Os exames do seu corpo e amostras de sangue só mostrariam que ele era um mutante com a capacidade de teleportação e força aprimorada. As outras habilidades estavam ocultas dos scanners assim como a existência da Faísca Cósmica dentro do seu peito.
Ele até tentou experimentar com seu sangue, mas no final, os resultados dos testes não eram diferentes de um mutante normal.
Mas tal atitude cuidadosa e acadêmica era coisa do passado. O passar do tempo e o efeito de um estilo de vida luxuoso o influenciaram mais do que ele poderia imaginar.
"Sei que você ganha uma boa quantia com os trabalhos avulsos que pega, mas nunca pensei que fosse a esse ponto!" Agatha comentou.
Ela tinha certeza de que alguns dos aparelhos daqui poderiam superar os da Corporação Anjo Branco. Isso apenas mostrava o quão rico ele era.
"Você não precisa ganhar dinheiro para estabelecer o laboratório!" Kiba explicou com um sorriso. "Você só precisa ser bom em pegar emprestado!"
"Você roubou os itens?!" Agatha olhou para ele incrédula.
"Não! Alguns deles eu comprei, mas a maioria foi emprestado!" Kiba explicou. "Os homens pegam emprestado da natureza, e eu peguei emprestado de meus semelhantes. Isso não é considerado roubo!"
"É assim?" Agatha estava divertida.
"Sim. E você só viu uma seção," Kiba apontou para o final do corredor onde havia uma porta. "Há outras seções."
"Outras?" Agatha estava pasma. "Quanto exatamente você 'pegou emprestado' para criar as outras seções?"
"Você pode julgar por si mesma," Kiba e Agatha chegaram na frente da porta.
Após a confirmação de Cláudia, a porta se abriu para revelar a Seção II.
Esta seção era dedicada à criação de droides, drones, armas, etc. Os droides usados na villa foram comprados de lojas normais para evitar suspeitas, mas os responsáveis pela segurança principal foram criados aqui.
"Aqui é onde Cláudia construiu a pulseira que te dei," Kiba apontou para uma mesa metálica onde dois braços robóticos estavam trabalhando. "Ela está tentando atualmente criar mais itens defensivos para você."
"Mais?" Agatha estava surpresa.
"A pulseira só pode proteger você de ataques físicos ou energéticos," Kiba explicou. "Cláudia e eu não temos muita experiência em projetar itens defensivos para outros tipos de ataques, então pode levar um ano antes que os preparativos estejam completos."
Eles caminharam em direção à Seção III, que ocupava mais espaço se comparada às seções anteriores. O rosto de Agatha torceu-se chocada enquanto olhava à frente.
Uma aeronave flutuava acima do chão. Parecia um jato privado na aparência, mas de outra maneira não era comum de todo.
A aeronave oferecia uma velocidade de até 3500 km/h, juntamente com recursos de segurança aprimorados, como um sistema antimísseis e uma proteção de campo de força.
"Eu sabia que os homens se interessam por mulheres e veículos!" Agatha se compôs e disse. "Mas pensei que você só se interessava por mulheres!"
O rosto de Kiba se contraiu. A maioria das coisas que ele possuía era para satisfazer sua vaidade em vez de servir a qualquer necessidade real.
"Você deve ser realmente bom em pegar coisas emprestadas!" Agatha comentou depois de verificar as estatísticas da aeronave.
Ela se perguntava sobre a identidade dos pobres coitados que faliram após 'emprestar' a Kiba todos os itens necessários.
Kiba deu uma tosse leve e disse, "Vamos retornar à Seção I."
"Retornar?" Agatha estava confusa, pois viu no final do corredor, havia outra porta com um sinal de 'IV'. "Você não vai me mostrar essa seção?"
"Essa é uma área restrita," a expressão de Kiba ficou séria. "Até eu não me atrevo a ir lá sem os devidos preparativos."
Agatha ficou surpresa com o peso de suas palavras. Ela olhou com mais atenção para a porta da Seção IV.
Só a porta parecia ter o triplo da espessura das portas das seções anteriores. Então havia um campo de força vermelho ao redor da porta para aumentar ainda mais a segurança.
"O que há lá dentro?" Agatha não pôde deixar de perguntar.
"Não posso responder," Kiba disse enquanto pensava em um evento que mudou toda a sua vida. "Eu confio em você, mas há coisas que é melhor não saber."
Agatha nunca o viu tão sério desde que o conhece, nem mesmo quando discutiam sobre o filho não nascido.
"Eu entendo," Agatha acenou compreensiva. Ela estava curiosa, mas também sabia que às vezes a ignorância é uma benção.