Agatha era uma beleza morena, com uma cintura pequena e seios naturais perfeitos. Tinha 1,75 m de altura, com belos olhos pretos. Ela estava vestida com um vestido midi justo preto bordado que só acentuava sua beleza.
Kiba abraçou Agatha por um longo tempo, mas quando ela percebeu que ele não tinha intenção de soltá-la, ela teve que dar uma pequena tossida para lembrá-lo.
"Desculpa, Agatha," Kiba disse enquanto a soltava do abraço.
"Você não parece arrependido," Agatha respondeu com um sorriso. Ela conhecia exatamente o tipo de homem que ele era.
"Faz tanto tempo, eu não pude evitar," Kiba disse com uma expressão de desculpas.
Agatha não disse nada, mas ficou olhando para ele. Ela se lembrou da noite da festa quando ele a seduziu.
Ela pensou no amor apaixonado que fizeram naquela noite na própria festa, no banheiro feminino.
"Parece que você encontrou meu marido hoje," Agatha disse após algum tempo.
"Foi um erro. Eu não controlei minha força," Kiba respondeu com uma expressão desajeitada.
"Você também não controlou sua boca, ao ver como você disse a ele que fosse grato pela minha gravidez," Agatha disse, com um leve tom de descontentamento na voz.
"Eu achei que eu era o pai então... Quero dizer, você engravidou na época em que fizemos amor."
"Sério? Você esqueceu que usou camisinha?"
"Eu usei camisinha? Eu esqueci... Quero dizer, contraceptivos não garantem..." Kiba disse, envergonhado.
"E eu me lembro de você dizer que nunca esquece nenhum detalhe dos momentos que passa com uma mulher. Parece que você estava se gabando," Agatha disse com uma expressão de provocação.
"Haha... Me desculpe," Kiba disse, tentando pensar em maneiras de desviar a conversa.
"Eu sei porque você me usou para irritar o Jack. Você quer que ele faça um movimento contra você com raiva, o que afetaria os esquemas que a Corporação Anjo Branco tramou contra você," Agatha disse, a expressão de brincadeira desaparecendo do seu rosto.
"Eu..."
"Não é que eu não entenda, mas eu odeio quando as pessoas me usam. Tenho certeza de que você é igual nesse aspecto," Agatha disse, soando claramente descontente.
Kiba parou de pensar em tentar desviar a conversa. Ele sabia que a havia magoado, mesmo que ela não tivesse feito nenhum mal contra ele.
Agatha assumiu que Kiba havia insultado Jack para que este fizesse algum movimento errado de raiva. A Corporação Anjo Branco teria alguns esquemas em segredo contra Kiba. Ela assumiu que Kiba queria arruinar esses esquemas fazendo Jack causar um dano irreparável com raiva. Até Hank presumia o mesmo quando Kiba o insultava uma hora atrás.
O que Agatha não sabia era que Kiba realmente não se importava com os esquemas de Hank ou Jack ou qualquer outra pessoa. Ele fez isso porque gostava de insultar pessoas que estavam no topo!
"Agatha, peço desculpas. Como um sinal de pedido de desculpas, eu prometo ajudá-la uma vez," Kiba disse com uma expressão sincera.
Kiba não era um santo que arriscaria sua vida por uma mulher, mas também não era um demônio que se deleitava em prejudicar inocentes. Se ele pudesse se beneficiar, geralmente não se importava de prejudicar os outros, mas caso contrário, não se divertia prejudicando aqueles que não o ofenderam.
Ele conhecia Agatha há muito tempo e a conhecia bem o suficiente para saber sua verdadeira natureza. Ela tinha um bom coração e nenhum pensamento nefasto, ao contrário de outros na sociedade. Por isso, ele não se importava em lhe dar a promessa de ajuda.
Agatha ficou bastante surpresa com a promessa. Ela sabia que a promessa dele era um grande benefício para ela, embora também significasse que ela não poderia usá-la em situações que prejudicassem Kiba.
"Nossa. Você realmente tem um coração!" Agatha exclamou.
Kiba se virou na direção oeste da cidade.
"Há alguns minutos você disse que não se importaria de me contar sobre seu passado," Agatha o lembrou de suas palavras.
"O que você quer saber?" Kiba perguntou.
"Eu conheço meus limites, então não vou perguntar o que não devo. Eu só quero saber por que você sempre olha nessa direção com uma expressão triste," Agatha respondeu.
Agatha sempre achou que ele era um homem estranho. Ela o viu desfrutar de mulheres, vinho, comida e tudo o que vinha com um estilo de vida rico. E, no entanto, muitas vezes ele parecia ter uma expressão abatida como se se sentisse vazio, especialmente durante festas como a atual.
Era um comportamento estranho, até onde ela estava preocupada.
"Eu morava nas favelas do oeste quando era criança..." Kiba explicou com um sorriso amargo.
"Favelas?!" Agatha ficou chocada. Ela nunca imaginou que ele fosse das favelas, que nunca eram consideradas parte da cidade devido às suas condições terríveis.
Todo ano, como parte da gestão de relações públicas, as pessoas da alta sociedade, incluindo ela, realizavam um baile de caridade em benefício dos moradores das favelas. Então ela sabia que viver nas favelas não era uma tarefa fácil.
Será que seus pais poderiam ter sido...?!
"Lamento pela sua perda," Agatha expressou seu respeito. Ela assumiu que sua família havia morrido, e por isso ele se sentia triste quando olhava naquela direção.
"Perda?" Kiba surpreso.
"Sua família... Eu não deveria ter perguntado," Agatha respondeu com uma expressão de culpa.
Kiba ficou em silêncio por um minuto, depois começou a rir como se tivesse ouvido a coisa mais ridícula do mundo.
"Família? Pais? Eu nunca os tive, então por que sentiria tristeza por algo que nunca tive?" A expressão de Kiba continha tanto tristeza quanto raiva.
"Eu..." Agatha foi silenciada pelo choque.
"Meus pais me descartaram depois que eu nasci, então por que eu sentiria tristeza por perdê-los?"
Agatha sentiu solidão e tristeza em sua voz. Pela primeira vez, ela sentiu que ele era mais do que deixava o mundo pensar.
Ela o abraçou por trás, como se lhe dissesse que ele já não estava mais sozinho...