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Chapter 10 - — Família em Ruína —

A muitos anos atrás, quando os primeiros humanos surgiram, doze famílias foram eleitas para sacerdócio aos deuses. E com essa grande honra e responsabilidade, eles cresceram e se ramificaram a outras famílias, porém, sempre mantendo a linhagem principal intacta. Logo, essas famílias principais tomaram para si territórios e eventualmente controle sobre outras famílias, criando cidades que seguiam suas doutrinas, leis e crenças.

Esses são importantes ensinamentos básicos da história. Passado entre gerações após gerações pelos livros antigos em Yggdrasil.

Toda essa explicação, foi passada nas aulas de preparação da academia — Mena tentava explicar novamente para Tokaru, que mesmo depois de todo a introdução do monólogo histórico, ainda parecia não entender o que a garota a sua frente dizia.

Dentro da casa de Jirame, todos estavam a postos na sala, frente a lareira, esperando Koshiro acorda de sua recuperação.

– Espera... Mena, se são doze famílias, porque só conheço onze?! Isso não faz o menor sentido pra mim!

Tokaru questionou depois de refletir sobre o que Mena havia dito anteriormente.

A garota que estava assentada no sofá, segurando uma xícara de porcelana com algo que parecia um chá. O olhou com desdém. Ela deu um gole, e o respondeu.

– Seriamente Toka... você devia voltar pra academia e estudar mais!– ela olhou para o lado, onde Saori estava assentada e continuou sua fala. – De fato, ouve-se falar somente das onze famílias. Isso é porque—

– A família Tenbinza foi totalmente assassinada após a última guerra!

Saori interrompeu Mena, respondendo Tokaru, com uma voz triste ao lembrar da trágica família dos Tenbinza.

– Espera... Tenbinza não me é um sobrenome estranho! Tenho certeza que já o ouvi em algum lugar... onde será mesmo?!

Tokaru disse, enquanto tentava lembrar do sobrenome dito por Saori. Quando Jirame intrometeu na conversa também—

– Tenbinza, é o sobrenome do ex-herói traidor... Kitaro Tenbinza, o necromante funesto.– Jirame pareceu desconfortável enquanto explicava, mas, ele continuou sua fala – O próprio herói aniquilou o clã Tenbinza, mas, por uma traição por parte dele, ele também foi morto pela forças aliadas, durante a fundação do reino Drasil!

Todos naquela sala ficaram com uma expressão fria e séria. Relembrar momentos de guerra e conflitos de escalas em proporções inimagináveis como o "Massacre Sangrento", era de causar indignação.

– Mas, porque ele faria isso... se ele era um herói renomado, porque ele trairia a força aliada?! O clã Tenbinza foi o inimigo dessa guerra... certo?!

Tokaru ainda parecia ter suas dúvidas. Mas ninguém estava com clima de falar sobre isso.

– Por mais que você enxergue assim Tokaru — Jirame falou, enquanto pegou seu filho no colo, e continuou a responder ao garoto — Kitaro era um herói... mas também tinha sua família, então ele matou todos de seu clã, mas permitiu sua própria família fugir, a força aliada enxergou isso como uma afronta e traição e o condenou a morte assim como o restante de sua família que escapou.

– Muitas famílias odeiam os Tenbinza, por causa da guerra. Porém algumas famílias são neutras em relação a eles, um exemplo é a cidade de vocês, Yagiza... essa é uma das poucas famílias que eram aliados deles.

Jirame terminou sua explicação. Quando Koshiro apareceu na sala onde estavam conversando.

– No fim... ele não conseguiu seguir como um herói, essa é a verdade. Deveríamos para de conversar histórias do passado, e focar em como vamos concluir nossa missão!

Koshiro logo interrompeu na conversa, com suas falas sinceras. Seu rosto parecia um pouco melhor, para quem dormiu por três horas, depois de consumir uma grande quantidade de mana, na batalha anterior.

– Koshiro, você já está melhor?! – Mena perguntou um pouco preocupada.

– Estou bem, não se preocupem comigo!

Jirame colocou seu filho no chão, e assentou-se em uma poltrona próximo ao sofá onde as garotas estavam assentadas. Koshiro caminhou para perto da lareira, e próximo de onde todos estavam.

– Eu andei pensando, em relação ao conflito mais cedo! – Jirame falou, sua voz estava séria e olhava com seriedade para Koshiro e seus companheiros. – Eu irei para Iteza... vou reencontrar alguns membros da Caveira Azul, para discutir em relação ao ataque que passamos.

– E por qual motivo isso é de alguma relevância?!

Tokaru perguntou genuinamente inocente. Fazendo com que Koshiro ficasse com uma cara de emburrado.—

– Quando eu for, vocês poderiam ir comigo como desculpa para entrarem na cidade, sem que os guardas façam muitos questionamentos sobre vocês, e a garota ali que os acompanha!

Jirame falou apontando para Saori, que parecia se sentir intimidada com os olhares sérios de Jirame.

Koshiro pareceu surpreso, com as palavras de Jirame. Pois, ele ainda nem contará a seus companheiros sobre Saori e sua história de família, no entanto, Jirame já parecia saber de algo. Koshiro escorou-se na parede próximo a eles. E Jirame abriu sobre uma mesinha no centro da sala, um mapa da cidade Iteza.

– Saori é filha do Líder da família Iteza... Satore Iteza. Porém ela tem um problema familiar a tratar com seu pai. Por isso—

– Então, foi por isso que você tentou a história de bolar um plano para entrarmos em segredo na cidade... infelizmente, eu já imaginava isso, Koshiro! – Mena era afiada em suas percepções, quando quer.

Koshiro e Mena fizeram uma rápida troca de olhares. A sabedoria escondida de Mena facilmente fascinava os interesses de Koshiro. Que permitia deixar escapar de maneira ainda indiscreta, sua vontade de saber mais, sobre a garota Druida, de cabelos ruivos, Mena Akiharu.

– Koshiro, se continuar escondendo informações para seus companheiros de grupo, você só vai complicar ainda mais as missões que faremos... por mais que você queira fazer algo para ajudá-la, você está colocando todos nós em risco.

Mena falou com seu olhar sério, que raramente ela demonstrava. Koshiro não poderia dizer, se ela estava irritada, ou apenas sendo seria em relação a omissão dele mesmo.

– Mas... pra alguém temer tanto assim, a própria família, deve ser algo bem grave que aconteceu, certo?! – Jirame questionou, na busca por um resposta da garota.

Saori que estava assentada perto de Mena, sobre o sofá, levantou-se prontamente. Seu rosto ainda abatido por noites mal dormidas, ficou sério e melancólico. Quando ela começou a falar.

– Como vocês sabem, eu sou da grande família Iteza... sou a filha mais velha, porém eu não fui aceita na família, quando descobriram que minha classe não seguiu a tradição da família, me viram como uma falha, uma vergonha para todos!

– Tradição da família?!– Questionou Koshiro.

– As tradições da família, são traços familiares passados de geração em geração... muitas das vezes é relacionado ao despertar de classe dentro da família!

Jirame respondeu as dúvidas de Koshiro. Saori deu um breve suspirou, e continuou seu relato.

– A gerações, a família Iteza tem despertado candidatos a herói, seguindo o caminho da classe dos Paladinos... porém, quando eu despertei, minha classe não seguiu a tradição, e fui excluída dos deveres da família e isolada pelos outros familiares.

Os olhos da garota encheram de lágrimas. Ela já não resistia mais segurá-las, quando imediatamente Mena levantou-se e abraçou calorosamente.

– Tá tudo bem Saori... está tudo bem, certo!

Após as palavras de Mena, a garota quebrou-se em choro ao relembrar das coisas que passou com sua família.

– E-eu não aguentava mais aqueles olhares... todo o desprezo... E-eu estava tão sozinha... eu só queria que eles me notasse, que me amassem por ser parte da família!

A esposa de Jirame apareceu na sala onde estavam conversando. Ela também estava chorando ao ouvir as palavras de Saori. Caminhando até a garota, ela a abraçou forte, de uma maneira tão aconchegante, que somente uma mãe poderia dar.

– Saori querida, você é perfeita como é... Os seus pais, são pessoas infelizes, por não entenderem o significado de ter um filho... "Não queremos que vocês façam algo por nós... mas, que nós, possamos fazer de tudo por vocês!", por que são vocês o fruto de nossos sonhos e desejos!

Koshiro ficou de pé com um rosto meio frustrado. Aquelas eram palavras que ele não conseguia compreender. Ser abandonado por sua mãe, nunca foi tão frustrante, após ouvir as palavras de Anize.

– C-com o tempo, minha irmã mais nova nasceu... todos voltaram seus olhares para ela, porque acreditavam que diferente de mim, ela seria uma legítima Paladina da família... então eu me tornei descartável para meu pai, que armou uma armadilha para me apagar da existência da família Iteza! – seu olhar ficou frio, com resquícios de uma ira escondida – Porém, antes disso eu fugir e me escrevi na companhia de Iteza, na esperança de sumir para longe... mas, o meu pai tem influência na cidade e descobriu tudo.

– Não se preocupe Saori! Nos vamos ajudar você a sair dessa situação, eu te dou minha palavra!

Koshiro respondeu a garota cheio de seriedade, com seus olhos brilhantes de determinação. Apesar de ser uma pessoa fria, os sentimentos de Koshiro, são calorosamente fortes, ao ponto de escaparem de seu coração. Talvez por influência de seu pai adotivo, que o deu todos os sentimentos que lhe faltava.

– Então, seguiremos com o planejamento de Jirame... vamos nos infiltrar na cidade como membros da guilda Caveira Azul...– Tokaru parou por um momento e ficou pensativo – E o que faremos depois pessoal, não é como se pudéssemos fazer algo a respeito dessa situação, né?!

Todos ficaram em um silêncio insuportável, trocando olhares como de tolos perdidos e impacientes. Tirando Jirame, todos ali não faziam ideia de como resolver algo tão fora da curva, como a situação de Saori. Jirame interrompeu o clima de tensão com uma tosse, e retomou o assunto da conversa.

– Em uma situação como essa, deveríamos entregar a família Iteza para os assuntos da corte por se tratar de uma família nobre... porém, isso não daria muito certo, pois Satore provavelmente tem seus contatos na corte, além de que são um bando de abutres carniceiros corruptos!

– Talvez possamos resolver em uma grande reunião de família... pode ser que seja tudo um grande engano!– Tokaru falou de maneira inocente, em não entender como as pessoas podem ser ruins.

– Não seja idiota! – Mena deu um soco no ombro de Tokaru – Não vê que Saori disse... ele tentou matá-la seu cabeça vazia!

– Desculpa, desculpa... eu só não consigo acreditar que existem pais que fariam algo assim—

Tokaru parou sua fala imediatamente, quando lembrou de Koshiro e sua mãe. Ele olhou para o garoto, mas, Koshiro não deu atenção no que ele falou, ele apenas pareceu entretido no mapa da cidade.

– Não se preocupe Tokaru... O fato de eu ser abandonado pela minha mãe, não me afeta... principalmente, que não tem relação com o que estamos lidando agora!

Ele foi seco e direto, mas não olhou nos olhos de Tokaru. Por um momento pareceu que uma ferida foi tocada em Koshiro.

– Saori, talvez eu esteja sendo muito radical... mas, por que você não deixa sua cidade, e procura uma outra cidade para morar?! Não seria algo tão complicado de resolver, certo?

Jirame deu sua opinião, na espera que todos concordasse com a ideai. No entanto, a garota parecia não concordar com a mesma. Algo a estava incomodando.

– O que foi Saori?!... algum problema com esse plano?!

Koshiro perguntou curioso. Pois para ele, era um bom primeiro plano.

– Eu não posso ir embora!... a minha pequena irmã ficaria a mercê deles. E se algum dia ela não despertar como eles querem, ela é quem vai sofrer na mão deles!

Com a voz trémula e tristonha, Saori respondeu a Koshiro, que a observava. Ela imediatamente ficou vermelha, quando notou os olhos verdes de Koshiro a olhando seriamente.

– Saori... acredito que esse plano, também seja a melhor escolha para o momento em que estamos!

Mena pontuou sua opinião, apesar de não fazer muita questão dos planejamentos e apenas seguir Koshiro e Tokaru. Todos estavam concordando com o plano, que por mais raso que fosse, era a melhor garantia de proteger Saori, que era a prioridade da missão deles.

– E Saori, você não precisa se preocupar... eu sempre que puder estarei perto da sua irmã, quando eu for a Iteza, você tem minha palavra!

Jirame falou, colocando sua mão sobre o meio do peito, em sinal de provação de honrar as suas palavras. Mena novamente abraçou Saori, e com palavras gentilmente confortantes a assegurou.

– Vai ficar tudo bem... Saori!

O anoitecer se aproximava rápido. A ansiedade de Saori por ter que voltar para sua cidade, a esgotou psicologicamente de maneira que ela quis ir dormir mais cedo nessa noite.

Os outros ainda continuaram na sala, trabalhando no planejamento da missão. Na mesa da sala, o mapa estava aberto, com marcações de lugares e avenidas. Jirame explicava algo para Koshiro, e Mena bebia um café e enquanto comia vários pedaços de bolo e tortas que estavam com ela – porém ela ainda prestava atenção nas explicações – Tokaru estava assentado próximo, polindo sua espada de ferro.

– ...Por enquanto, vamos seguir com esse plano. Tenho alguns mantos da Caveira Azul comigo. Com eles a nossa entrada vai ser menos suspeita, e eles não vão reconhecer a garota!

Jirame terminava sua explicação. Quando Anize apareceu novamente na sala, e em seus braços, ela carregava alguns mantos brancos dobrados. Ela os entregou para Jirame, que mostrou a todos como era o manto da guilda.

Um simples manto branco que poderia cobrir a maior parte do corpo, e seu capuz era grande o baste para esconder o rosto, além de um símbolo nas costas representando a guilda da Caveira Azul, estampado em traços azuis para destacar no tecido branco.

– Com isso não teremos problema... bom, eu acho! Porém, eu tenho apenas três mantos... alguém terá de ficar sem, e ficar a vista de todos na cidade.

Jirame falou, colocando os mantos sobre a mesa. Koshiro que estava de pé, pegou um dos mantos e deu uma rápida olhada, quando colocou de volta a mesa.

– Branco não é minha cor! Eu passo de ter que usar... pode deixar para os outros.

Tokaru o olhou de canto, depois que ele disse aquelas palavras. Mena murmurou de boca cheia – "Tão depressivo, tadinho!" – e Jirame fez uma cara de quem não entendeu as palavras do garoto. Tokaru levantou-se da cadeira onde estava, e pegou um dos mantos brancos.

– Eu já imaginava que ele recusaria o manto!

Respondeu ele, pegando outro manto e dando para Mena. Jirame teve um sorriso descontraído ao ver tal cena. Tokaru deixou sua espada de lado e provou o manto branco, que ficou perfeitamente bem nele, os traços brancos combinavam com sua pele branca e seu cabelo dourado. O garoto parecia um grande herói em ascensão aos brilhos dos olhos de Jirame, que o observava vestir o manto da sua antiga guilda.

Até mesmo Mena, deixou por alguns breves minutos sua fome insaciável, para observa Tokaru. As bochechas da garota chegaram a ficar vermelhas de admiração.

– Ficou bem em você Tokaru!... Talvez, Caso você se interesse, eu poderia recomendá-lo a guilda da Caveira Azul!

Jirame falou de maneira admirável sobre a visão que tinha do garoto. Recomendá-lo seria uma prova de confiança sobre ele. Apesar de todos ficarem surpresos com aquelas palavras de Jirame, apenas Koshiro se mostrou inquieto esperando a resposta de Tokaru.

– I-Isso me pegou de surpresa cara... mas, obrigado Jirame, porém, já tenho meus companheiros, e acredito que minha jornada seja marcada com eles. Então, muito obrigado mesmo por sua confiança!

Tokaru estava realmente muito grato por Jirame, mas, seu coração queria mais do que tudo seguir com seus amigos, e juntos conquistar suas glórias pelas terras de Yggdrasil.

Após a resposta de Tokaru, Koshiro fez uma cara como de quem não dava a mínima, pro papo do garoto. Ele apenas deu uma olhada para Mena, quando notou o quanto ela admirava Tokaru, a ponto de corar ao vê-lo dizer tais palavras. Por um momento um incômodo veio até seu coração, algo que ele ainda não conseguia compreender o que seria tal sentimento.

– Acho que já resolvemos parte do plano. Acho melhor nos retiramos e irmos dormir logo, acredito que partir cedo pela manhã, seja uma maneira de acabarmos logo essa missão!

Koshiro falou, já retirando-se da sala. Todos estavam concordando com suas palavras e foram dormir também, retirando-se da sala para dormir, pois o amanhã que se aproximava guardará coisas desconhecidas, que só os guias do destino poderiam discutir.

Antes do surgimento do brilhante sol, eles já estavam acordados e prontos pra irem a cidade. Pelo menos o corpo de Mena estava lá, apesar de sua alma ainda está dormindo naquela confortável cama. Tokaru e Jirame estavam com seus trajes vestidos, Tokaru com sua simples armadura e o manto branco por cima, Jirame usava sua armadura e a capa azul da guilda. Koshiro que estava próximo a eles usava seu sobretudo preto, enquanto Mena sonolenta usa as mesmas roupas de antes coberta também pelo manto branco.

A garota Saori, que parecia um pouco agitada e apreensiva usava umas peças de roupa de Anize para se disfarçar, ela também vestiu do manto branco emprestado por Jirame. Todos estavam preparados para seguir adiante até a cidade de Iteza.

– Até que ficou legal em você Saori! ‐ Com um sorriso contente, Mena elogiou Saori que sorriu sem jeito ‐ Você está bem?! Parece um pouco nervosa.

– Sim estou bem... obrigado Mena!

– Antes de irmos, queria dar algumas coisas a você!

Jirame pegou de uma bolsa mágica, que ele usava alguns cristais verdes, já visto por Koshiro antes. Saori ficou até surpresa ao ver os cristais nas mãos de Jirame.

– Estes são Cristais Mágicos de Cura Milenar! Eu os adquiri em missões quando estava na guilda!

– Estes são cristais raros, que somente nobres e membros de guilda fortes têm acesso. Eu os vi uma vez, quando ajudei Saori.– Koshiro falou pegando umas duas pedras. – Como você as conseguiu Saori?!

– B-bem, como eu ia fugir de casa... eu roubei do escritório do meu pai, mas, foi por uma boa razão!

Ela falou envergonhada, de maneira cômica, todos riram daquela cena e depois pegaram algumas das pedras verdes na mão de Jirame.

– Não sabia que Saori era uma garota tão rebelde assim!—

– Não temos tanto tempo para conversas, precisamos agir rápido conforme o planejado... guardem os cristais para ocasiões que realmente seja necessário usá-los, e lembre-se, discrição é o mais importante na situação em que vamos estar!

Tokaru foi interrompido por Jirame que falou sério com eles. Quando foi caminhado em direção a três cavalos que estavam já preparados para seguir em viagem.

– Vamos a cavalo, para mantermos um ritmo mais rápido até a cidade! Coloquem os capuz dos mantos que foi entregue a vocês!

Quando terminou de falar, Jirame sozinho subiu em um dos cavalos selado. Mena subiu em um e Tokaru foi seu acompanhante, pois tinha receio de comandar o cavalo. Koshiro subiu primeiro no último cavalo, e ajudou Saori a subir que seria sua companheira de viagem.

Todos estávamos apostos. Quando seguiram para fora da fazenda a galopes rápidos e fortes dos cavalos, rumo a cidade Iteza, e ao confronto da família em ruínas, sem saber os acontecimentos que os esperam nessa reunião de conflitos de sangue, cheios de orgulho.