Chereads / JORNADA - Saga / Chapter 11 - — Infortúnio na Mansão —

Chapter 11 - — Infortúnio na Mansão —

Os cavalos pararam diante do grande portão de ferro reforçado. Ele tinha em sua estrutura o emblema da família Iteza – Um Bode – O portão era ligado a um muro que ia de uma extremidade a outra da muralha feita em rochas, que barrava a entrada pelo vale entre as duas montanhas na estrada real.

Não era uma muralha que circulava a cidade. Mas, sim uma muralha que dividia o lado sul e norte. A cidade Iteza estava do outro lado daquele portão entre as montanhas.

– Essa é a passagem de Paraty, ou como é mais conhecida na região... passagem entre o Vale do Ouro!

Dizia Jirame, naquele cenário único da passagem entre as duas montanhas, que levava eles até o portão de entrada na muralha.

A cidade Iteza, é conhecida como a "A Entrada de Drasil", por ser a porta de entrada para a região norte do continente, para aqueles que viessem do sul. A estrada real Ouro Negro, levava os comerciantes das cidades sulistas, para o reino Drasil e a para as cidades do Norte, com isso Iteza ficava no meio do trajeto da estrada, sendo então ponto de apoio e "entrada de Drasil". O controle daquele local, foi deferido a família Iteza, pelo herói Werno.

– Dizem que Werno o herói, conhecido como Sábio Monge Rei Tigre, abriu este vale com seus punhos, por motivos desconhecidos! – Saori disse um pouco acanhada segurando a cintura de Koshiro.

– Parece que há guardas na muralha! Vamos seguir com o plano!

Koshiro falou, enquanto Jirame deu prosseguimento com os cavalos. Chegando bem próximo do portão.

– Vocês aí!... fiquem parados e identifique-se imediatamente! Essa é divisão de guarnição da muralha!

Um dos soldados que estava no alto da muralha falou em alta voz. Quando o grande portão se abriu, e alguns soldados com armadura saíram da muralha.

– Vamos! Identifique-se agora, ou voltem de onde vieram... – de maneira ríspida o guarda novamente os questionou – porcos do interior!

Ele terminou sua fala, cochichando uma ofensa de maneira que apenas seus soldados o escutava. Eles riram e sacaram suas espadas de ferro, para os intimidar.

– Eu sou Jirame Tsugito... ex-líder da Caveira Azul, viemos para resolver alguns assuntos com minha antiga guilda, na cidade Iteza!

Todos ficaram em silêncio. Até mesmo Koshiro e os outros pareceram surpresos com resposta de Jirame. Eles não poderiam fazer ideia que ele, já foi um dos líderes daquela guilda. No entanto, o soldado no alto da muralha não parecia satisfeito com aquela resposta.

– Eu não acredito em você, nunca houve um Jirame Tsugito na Caveira Azul... recuem imediatamente, ou vamos prender vocês por falsificação de identidade, conforme a lei real de Drasil! – irritado aquele soldado começou a falar gritando com eles, enquanto seus comparsas riam da situação.

– Se continuar assim, todo o plano vai dar errado! Por que esses guardas estão pegando tanto no nosso pé!

Pensava Koshiro, enquanto observa a situação no portão, enquanto Saori segurava firme nele. Ela parecia está preocupada com algo.

– O que houve Saori?! Porque está tão preocupada assim!

Koshiro a perguntou. Quando notou o rosto assustado de Saori.

– E-essa voz...

– O que tem a voz! Você conhece esse soldado?!

– Ele trabalha para o meu pai... o nome dele é Ohto, ele deve esta nessa guarnição para vigiar quem entra na cidade.

– Provavelmente... ele deve esperar alguma informação! – Koshiro pareceu lembrar de algo.

– Como eu pude esquecer, a companhia enviou uma carta para Iteza avisando sobre a missão, provável ele está esperando a nossa chegada... preciso avisar Jirame!

Koshiro olhou para Jirame, e tentou fazer um sinal para que ele aproxime-se dele. Jirame entendeu o recado, e foi até o lado de Koshiro, ainda montado em seu cavalo.

– O que pensa está fazendo?! Não permite que se movam, fiquem parados até terminarmos esse interrogatório.

As mãos de Saori tremiam a cada fala de Ohto.

Sem poder se comunicar com Koshiro. Jirame improvisou uma situação para terminar logo esse problema com os guardas.

– Eu vou dizer novamente, meu nome é Jirame Tsugito... vim a cidade para resolver alguns assuntos importante, caso não me permitem adentrar... irei recuar para casa, mas, enviarei uma mensagem a companhia e pedirei para que vocês sejam repreendidos por indiscrição.

– Ei careca... se continuar arrogante assim com o chefe, vamos acusar vocês de desacato a autoridade! Então é bom vocês cooperar logo, antes que fique ruim pra vocês do interior.

A cara do soldado com sua arrogância e desdém o fazia parecer cheio de confiança. Tanta, que ele nem percebeu a veia que subiu perto da sobrancelha de Jirame, que estava segurando sua raiva, após ouvir o que ele acabará de falar.

– Desacato!... esse cara é idiota—

Mena parou sua fala, quando percebeu a aura de ira vinda de Jirame, que murmurava baixinho pra si mesmo — Ele me chamou de careca — ele estava pronto para acabar com esses caras metido a soldados.

– Ei Jirame... você não vai atacar né. Não podemos arriscar tudo só porque você é careca e não aceita!

Tokaru falou sério, "tocando" na ferida já aberta de Jirame. Quando Jirame o olhou parecendo um dragão em fúria, Tokaru sentiu a morte tocar em seu ombro direito. Logo seu rosto perdeu o brilho daquela brincadeira.

– Careca! Até que soou como um bom apelido, Jirame!

Uma voz vindo por detrás de Jirame e seus companheiros. Era um homem, que usava uma armadura azul escura, era semelhante à de Jirame, porém alguns detalhes era diferentes. Ele estava equipado com uma espada azul e preta, ela ficava em uma bainha na sua cintura.

Ele passou a mão sobre o cabelo negro, e ajeitou seu colar em forma de caveira, feita de cristal azul brilhante. Ele caminhava vindo pela estrada assim como eles vieram.

– Obereru! Líder da Guilda Caveira Azul... O que ele está fazendo aqui–

Um dos soldados surpreso questionou aquela aparição do homem.

– Eu acho esse apelido melhor do que Sobrevivente do Dragão. Meu caro amigo Jirame!

– Ainda não sei como deixe você se tornar líder da guilda... Obereru Kaito!

– Você sempre soube, que eu seria a sua melhor escolha... Jirame. O que traz você até Iteza... vindo da sua casa de campo, que tanto queria, e desejou?!

Já próximo do grupo de Jirame, Obereru fez um comprimento de respeito a Jirame, levando sua mão esquerda ao coração, e colocando a direita sobre os ombros de Jirame – Como tem estado a família... meu amigo?!

Os soldados da guarnição, pareciam está desacreditados, suas caras foram ao chão quando ouviram e viram a proximidade daqueles dois.

– A família vai bem... devia fazer mais visitas, preciso que você conte mais das minhas histórias para meu filho! Mas, hoje vim resolver algumas coisas na cidade... no entanto, ela não parece mais tão receptiva!

Os soldados que antes debochavam de Jirame e companhia, agora parecia sem ação, pois diante deles estava o ex-líder e o atual líder, de uma das mais importantes guildas da cidade Iteza. E eles os ofenderam com sua arrogância e discriminação.

– Então... soldados de Iteza, qual vai ser agora... meus companheiros e eu poderíamos passar...– Obereru falou com um olhar sério afrontando as ordens de Ohto, que se manteve sobre o alto da muralha. – Ou vamos precisar resolver de outra forma?!

– JÁ CHEGA!... Permitem que eles adentram a cidade. – Ohto com uma expressão furiosa respondeu ao questionamento de Obereru. — Não precisamos de mais complicações no nosso lado!

– Vamos pessoal... E sejam bem-vindos a Cidade Iteza, terra do Grande Espírito Tekoha!

Todos seguiram para dentro do território, passando pelo grande portão da muralha. O ar da discussão ficou-se para trás, quando os guardas tiveram que abaixar suas cabeças, e apenas olhar para as costas daqueles que os trouxe a vergonha de seu orgulho como soldados.

– Malditos Aventureiros da Alta Patente... mas, esperem só, até a grande Sahara Iteza se torna a líder da família, e tomar o poder. – Ohto deu uma risada sem jeito enquanto transparecia sua raiva contra os aventureiros – SEUS IDIOTAS... FECHEM ESSE PORTÃO!

◆◆◆

Logo na entrada da cidade, após passarem pelo portão e seguirem a estrada de terra, a cidade Iteza estava a frente deles. Com suas construções bem comuns, porém, em certo ponto começava uma estrada pavimentada por pedras, dando um ar mais rústico e menos rural como na cidade Yagiza. Haviam muitos comerciantes na avenida principal, e estabelecimentos como bares e hotéis. Eles seguiram a cavalos pela caminho principal, chegando a uma praça com a estátua de um bode sobre uma rocha.

Algumas crianças apontava para a estátua, e seus acompanhantes adultos parecia explicar o significado da estátua. Eles desceram dos cavalos, mas, os manteve em suas cordas, enquanto a seguravam.

Jirame aproximou-se de Koshiro, e deu-lhe uma cotovelada para chamar sua atenção. Enquanto isso acontecia, Tokaru foi para mais perto da estátua.

– O que é esse bode no meio da praça?! É meio engraçado... você não acha Mena?!

Tokaru perguntou, inocentemente. Que nem notou todos os olhares que se voltaram para ele, até mesmo Mena colocou a mão sobre o rosto envergonhada pela idiotice do garoto. Algumas pessoas até murmurava baixinho, falando da ignorância de Tokaru.

Obereru, sem escolha, dirigiu-se até o garoto. O pegando de canto começou a explicar para ele sobre o Grande Espírito Tekoha, e sua história. Obereru explicava de maneira ríspida, apertando o garoto como se o estivesse punindo de maneira sorrateira.

– Acho que devemos nos separar. Não espero que Obereru, me deixe escapar, sem antes conversar com ele, sobre a guilda e aquele problema do mago! – Falando baixo, Jirame conversava com Koshiro.

– Então você acha que devemos seguir até a residência dos Iteza, por nós mesmos?! – Koshiro parecia não acreditar, que Jirame os confiaria tanto.

– Eu vi como vocês batalharam... sei que se algo acontecer, vocês darão conta do recado – Jirame falou confiante, enquanto seguia em direção a Obereru – Além de que, eu não vou demorar, na hora certa eu vou está lá, certo!

A responsabilidade foi jogada nos ombros do pequeno grupo de Yagiza. Koshiro levemente sentiu-se confiante e responsável para a missão.

– Obrigado Jirame... por confiar em nós, mesmo que tenhamos colocado você e sua família em risco.

Koshiro estava grato em seus pensamentos, quando fez um sinal para Mena, apontando para o lado que seguia em direção a residência dos Iteza. Mena pareceu entender de imediato e repassou discretamente para Saori, o próximo movimento do grupo.

– Obereru... acho que ele já entendeu a história da nossa cidade. Porque não vamos até a Companhia de Aventureiros, para conversamos aquele assunto?! Deixe os jovens curtir um pouco a cidade. – Jirame falava com um sorriso em seu rosto, de maneira que aquele cara nem notou suas intenções.

– Mas é claro... a nossa reunião, vamos logo então para lá. E vocês jovens Aventureiros, não vão arranjar problemas pela cidade em!

Obereru respondeu, soltando Tokaru, que parecia está se segurando para não transparecer sua dor, desde que o mesmo o segurou ao seu lado para conversar. Ele seguiu Jirame por uma direção oposta a de Koshiro, seguindo por uma estrada não muito movimentada, como na principal que leva para o distrito nobre de Iteza.

– Pessoal vamos seguir como planejado... Jirame logo vai estar conosco na mansão! Mantenha a cautela, e fiquem atentos!

Koshiro falou sério. Já fazendo com que todos voltasse ao foco da missão. Sem Jirame por perto, aquele era um local desconhecido para a maioria deles. As desvantagens eram grandes, e estão no território inimigo.

– Koshiro, devemos seguir por este caminho! A estrada principal vai nos levar direto para o distrito nobre. Mas podemos ser muito visados, seguir por aqui será mais tranquilo!

Saori explicou de forma tranquila. Koshiro começou a dar seus passos em direção a qual Saori o situou. Seus companheiros o seguiram, puxando seus cavalos enquanto caminham ao lado de Koshiro.

A cidade Iteza era dividida entre área comercial e residencial entre os pebleus, essas duas áreas circundam a área nobre, que era centralizado no meio da cidade, onde ficava a casa do Lorde desse território, os membros da família Iteza. A cidade assim como a outras daquela região, não havia muralhas que protegiam a cidade em si. Apenas uma muralha para proteger a residência do Lorde.

Saori explicava para o grupo, enquanto caminhavam pela avenida menos movimentada que os levaria para a parte nobre da cidade. Era uma avenida paralela a principal, porém com menos movimento e com poucos comerciantes. As cidades grande tendem a criar ruas paralelas, a uma principal para diminuir o fluxo de tráfego e controlar as massas.

— Jirame nos ganhou tempo, com o líder da Caveira Azul. Precisamos aproveitar esse momento para adiantar o máximo possível da missão, até ele voltar.

Koshiro falou baixo, para que somente eles o escutasse. Todos apesar de estarem apreensivos, se mantiveram calmos e atentos ao local e seus arredores. Eles caminhavam pela avenida paralela, observando as construções da cidade e as pessoas que passavam por ali. Sempre atentos a cada rosto e prédios que viam.

— Se continuarmos por este caminho, logo vamos esta próximo da parte nobre da cidade. – Saori falou, apontando a sua frente, onde havia uma ponte de pedras sobre um rio.

Caminhando atentos ao redor, eles passaram na frente de um beco escuro e tenebrosamente sentiram-se desconfortáveis. Koshiro sentiu um leve arrepio na nuca ao olhar para escuridão do beco.

— Que sensação esquisita...

— O que ouve Koshiro?! Não podemos parar agora!– Mena avisou o garoto que olhava suspeito para o beco.

— Por algum motivo, senti como se algo nos observasse de dentro daquele beco escuro. – Koshiro olhou para Mena e acenou com a cabeça – Precisamos ficar em alerta.

Mena entendendo o aceno de Koshiro, fechou o seus olhos. O seu corpo lentamente sentia a mana percorrer pelo seu corpo, um leve formigamento passava por suas mãos e rosto, quando ela moveu os lábios para recitar uma habilidade — Whispering Wind — uma brisa do vento veio sobre ela, de maneira que seu cabelo curto balançou a medida que a brisa soprava como um sussurro em sua orelha.

— Não a nada Koshiro... Talvez estejamos apenas apreensivos demais. O vento não sussurrou nenhuma presença daquele beco.

Koshiro ainda se manteve desconfiado. Seu corpo não costuma agir estranho dessa forma atoa. Mas seguindo a razão de Mena, ele decidiu ignorar essa situação e seguir o caminho.

— Estamos próximos da ponte... Saori a sua casa fica longe? – Koshiro perguntou trazendo um novo assunto de conversa, para o grupo. E mudando o clima daquele momento.

— A-ah bem... Veja só—

A medida que eles se afastavam do beco, algo se moveu nas sombras daquele lugar escuro. Surgindo na escuridão, duas silhuetas vestidas com mantos negros e máscaras ósseas de aves. Um ar tenebroso e sombrio tomou conta daquele lugar.

— Idiotas! Pensaram que um simples truque dos Druidas funcionaria em nós. Estamos usando anéis anti-detecção de terceiro grau...– O que tinha uma voz mais amena parou de falar, quando percebeu seu parceiro, que parecia está muito intenso, e surpreso após ver passar aquele grupo de mantos brancos e o garoto de sobretudo.— O que você acha, Soye?!

— Esse garoto de sobretudo preto. Ele sentiu a nossa presença, mesmo com os anéis... e mais, acredito que ele seja o mesmo garoto necromante que batalhou contra Rhigo no vale.

Sua voz era mais máscula e firme como de um adulto. Após analisar ele colocou o capuz do manto negro sobre a cabeça mascarada e virou-se para a escuridão no fim do beco.

— Não acredito. São os mesmos daquele dia... eles ainda conseguiram sobreviver aquela batalha. Nunca imaginei que o Rhigo fosse tão incompetente assim... Quero matá-los agora! – aquela voz que antes era branda e amena soou maligna e perversa nesse momento.

— Esqueça isso idiota! Vamos reportar para a organização... não esqueça que nosso objetivo aqui é outro!

— Tá bom, tá bom... vamos indo então, Soye. Não quero ver você irritado.

Ambos adentraram para a escuridão do beco, e sumiram como as sombras tenebrosas em meio às trevas daquele local.

◆◆◆

Ao deixarem a situação do beco para trás, e voltarem com o foco para região nobre. Koshiro é companhia atravessam a ponte sobe o rio que circunda a parte central da cidade, a região nobre. O próprio clima naquele lugar era diferente com a outra parte da cidade. A quantidade de pessoas caminhando pela ruas bem pavimentada eram poucas e todos bem vestidos com roupas formais e bem produzidas por tecidos chiques.

Os próprios estabelecimentos e construções eram bem mais ornamentadas para agradar quem as visse. O clima de soberba era visível, para quem nunca viveu nessas condições de luxo.

— Luxo em... eles sabem bem, como aproveitar essa vida! – Koshiro disse em deboche, vendo aquelas pessoas passeando despreocupadas — Qual a direção, Saori?!

— P-Por aqui... Ainda vamos ter que andar um pouco mais, pra chegar lá!

Ela respondeu um pouco nervosa, já sentindo a tensão de está próxima de sua casa.

— Se ainda vamos caminhar, porque não continuamos com os cavalos, ao invés de deixá-los naquele local da ponte?! – Tokaru pareceu não entender os planos de Koshiro.

Koshiro parou por um instante. Ele parecia irritado com as reclamações de Tokaru.

— VOCÊ É IDIOTA PORRA!... você está vendo alguém andando a cavalo nessa região?! Se não percebeu, as pessoas aqui são nobres de famílias aristocratas. Não reparou que eles já estão com esses olhares pra nós, desde que chegamos aqui! Você deve ter só músculos na cabeça mesmo.

Após a bronca de Koshiro, Tokaru olhou pro seu redor, e notou que as pessoas os observava como se os julgasse, só pelo jeito de andarem.

— Como você consegue ser tão idiota Toka. Você realmente parece viver no seu mundinho mesmo, o Koshiro é bem mais inteligente que você, por isso ele tem de ser o líder do nosso grupo! – Mena respondeu de uma maneira sincera, mas, como se não quisesse dizer tais palavras para o garoto.

Ela continuou seus passos, seguindo atrás de Koshiro e Saori. Tokaru pareceu ter sentindo aquelas palavras. Cerrando os punho de uma frustração, que ele criou pra se próprio, seguiu caminhando com seus companheiros.

— Não zombam de mim. Eu ainda serei um muito útil junto de vocês!

Sua reflexão, era genuína. Tokaru poderia se sentir inferior, mesmo não sendo. Mas, ele verdadeiramente já era útil, unindo esse grupo com a sua presença cômica mas cheia de confiança.

Eles caminharam por volta de vinte minutos. Saori explicava algumas coisas para Koshiro e companhia, enquanto apontava para uma muralha que protegia uma grande mansão.

— Aquela é a residência dos Iteza... onde foi a minha casa. – ela pareceu triste ao dizer aquelas últimas palavras.

— É uma bela casa... então será ali que vamos invadir?! Parece bastante protegido para uma invasão com quatro pessoas. O que você acha Koshiro?

Mena rapidamente analisava o local. Seu senso de estrategista estava aguçado novamente.

— Sua capacidade de ler as situações está incrível como sempre, Mena.– Koshiro respondeu, elogiando de maneira inesperada, ate para ele mesmo —Saori, poderia nos dizer como é a segurança da mansão?!

— B-bom, a dois guardas no portões da muralha, mas a segurança é muito mais reforçada nos arredores da casa, há muitos guardas no jardim, e os que vigiam dentro da mansão são os mais fortes, eu acredito. Meu pai parece guardar algo em segredo em quarto secreto. Por isso ele reforçou a segurança dentro.

Mena e Koshiro ficaram pensativos, em relação de como elaborar a invasão. Porém antes mesmo que pudessem chegar a uma solução para isso. Uma enorme explosão ocorreu naquela mansão, foi tão forte e brusca que os portões foram arremessados juntos dos dois guardas.

— O QUE FOI ISSO! – gritou Tokaru assustado com a explosão repentina.

Logo chamas se acenderam em toda mansão, labaredas enormes que emanava um forte calor das chamas alaranjadas. Gritos puderam ser ouvidos por eles do lado de fora da muralha.

— Sahara!

Saori levantou-se correndo. E foi direto para a mansão, Koshiro e os demais acabaram seguindo ela e correram atrás.

— Saori... você não pode entrar nas chamas! – Koshiro falava a medida que se aproximava de Saori, e adentravam para dentro da residência dos Iteza.

Eles podiam sentir o calor subir nos arredores, e ouvi os gritos de dentro da mansão. A cena era tenebrosa, as empregadas e soldados pulavam das janelas com seus corpos em chamas e alguns até desmembrados pela forte explosão.

Koshiro conseguiu segurar a garota que estava desesperada gritando por sua irmã. As chamas continuaram assim como ecoava os gritos de dor daqueles que estavam dentro da mansão.

Caminhando pelo jardim de flores azuis, cinco pessoas vestidas com mantos negros e máscaras ósseas de aves, aproximava-se deles. Eles tinha alturas diferentes, e suas máscaras não eram parecidas, um deles estava com um cajado metal negro em mãos.

—Vocês novamente!... Quem são vocês afinal?! Por que estão nos perseguindo, seus merdas! – Revoltado, Koshiro gritou para aquelas pessoas de manto.

Eles pararam por alguns instantes, e levaram o dedo indicador até a ponta do bico da máscara, em sinal de silêncio. Até que a porta da mansão foi destruída, e homem saiu de dentro com uma garota desmaiada em seus braços. Ele estava com um sangramento sobre a cabeça, mas, eles pareciam está protegidos por um tipo de escudo mágico de aura dourada.

— Esta usando Sacred Shield. Ele provavelmente é um Paladino... então esse seria o pai—

—PAI!...SAHARA!

Saori interrompeu os pensamentos de Koshiro que analisava aquela cena. Quando aquele homem cai de joelhos ao chão, deixando a criança estendida frente a casa em chamas. Seu olhar de fúria e desespero se misturavam em ódio ao ver sua filha desacordada. Ele moveu seu olhar para aquelas pessoas de máscara, que os observava.

— Quem são vocês, malditos!

Um deles fez uma reverência, e eles puderam ouvir sua voz soar maliciosamente doce, sair pela máscara.

— Somos o seu medo!... somos a Morte Secreta!