"É um espetáculo para ser visto, não é?" diz Kosmo, pegando você olhando para o Asterion. Vocês dois estão em uma sala de reuniões construída nas altas paredes da cratera Moltke. Uma parede é de vidro e dá para os edifícios absurdamente altos de tijolos lunares e os longos parques agrícolas que cobrem o fundo da cratera. Através da cúpula que cobre toda a cratera é possível ver o azul da Terra cintilando e, claro, a nave quase finalizada.
A Habitus, empresa que detém o controle acionário da Luna, prefere um estilo esparso. Moonbrick, regolito altamente compactado ou poeira lunar, está em toda parte sem pintura. Uma grande placa áspera compõe a mesa da sala de reuniões. Kosmo está recostado em uma cadeira de plástico cinza, com os pés apoiados na laje. Ele rola preguiçosamente um tablet. Metade de seu rosto é claramente de pele sintética, levemente cromada. Cordões prateados saem de sua cabeça em espiral, ocasionalmente se movendo por conta própria. Quando ele vira a cabeça, você pode ver sua garganta mecânica sob o colarinho desabotoado. Ele poderia ter comprado um olho falso de aparência natural, mas optou por usar um de metal com uma lente de câmera que se move de forma independente. Você não sabe muito sobre ele, exceto que ele é o financiador privado mais rico da expedição. Sua única condição era ingressar na colônia e participar da tomada de decisões. Para se tornar útil, ele ofereceu seu tempo como uma espécie de secretário durante a fase de planejamento.
Ele vira o tablet casualmente e ele gira em um círculo preguiçoso na baixa gravidade. "Aposto que você acha que sou uma adição inútil à equipe. Não sou cientista ou engenheiro, certo?"