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QUANDO O DESTINO RESOLVE BRINCAR

🇧🇷Quezia_Souza
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Synopsis
Lian acaba de completar 23 anos e num instante sua vida muda completamente. Após a trágica morte de seus pais, segredos do passado serão revelados trazendo à tona intrigas e disputas que ele terá que enfrentar mesmo em meio a tanta dor. Uma alma doce e bondosa mas que também não leva desaforo para casa. Lian encontrará nessa nova fase de sua vida (apesar dos problemas) um amor capaz de transformá-lo de um jeito que ele jamais imaginaria. Theo sempre teve a certeza que a fortuna de sua família estaria em suas mãos. Desde pequeno ele foi educado e instruído por todos ao seu redor para ser o herdeiro majoritário de seu avô. Agora seus planos podem ser frustrados por um simples capricho do destino. Mas Theo lutará com unhas e dentes para impedir que um garoto insignificante tire de suas mãos parte da herança que ele tem certeza ser apenas dele.
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Chapter 1 - Prólogo

Prólogo

Lian:

Estou de pé em frente ao túmulo dos meus pais. O dia ensolarado e o céu azul pareciam estar zombando de mim nesse momento. Os caixões haviam sido lacrados e o túmulo já estava totalmente fechado. A luz do sol fazia com que o mármore branco resplandecesse em toda sua imponência.

Por um instante, passa pela minha cabeça que nenhum dos dois iria escolher como última morada algo tão requintado assim, mas Diva havia dito que era onde a mãe do meu pai estava enterrada também. Ele iria querer ficar perto dela.

Eu não conseguia raciocinar desde o acidente, então não tive nenhuma participação na organização do velório. Se não fosse a Diva, eu estaria totalmente perdido agora.

A maioria das pessoas já haviam ido embora, mas ainda tinha gente em volta. Apesar de ter todas aquelas pessoas ao meu redor, eu me sentia totalmente sozinho e sem rumo, como se eu nunca mais pudesse voltar a ser feliz novamente.

Eu não chorei durante o velório. Eu me sentia anestesiado, como se somente meu corpo funcionasse externamente, por que minha cabeça não conseguia pensar. Era como olhar para o vazio. Mesmo agora, em que encaro os dois ali, não havia nenhuma reação em mim. Algo estava quebrado. Algo em mim nunca mais funcionaria como antes.

Pela minha visão periférica, percebo um carro preto e brilhante, com suas janelas de vidro fumê que impediam totalmente a visão de quem quer que estivesse lá dentro. Não entendo de marcas de carro, mas era óbvio que deve ter custado muito dinheiro. O veículo estava parado do outro lado do cemitério, onde a grama verde, tão bem aparada como uma tapete, terminava. Durante o velório, eu já havia notado aquele mesmo carro circulando à nossa volta.

Alguém toca meu braço, tirando minha atenção do veículo. Diva, ainda com lágrimas nos olhos, me chama pra ir embora. Não havia mais o que fazer, não tinha motivo para eu continuar como um corpo catatônico em frente aos túmulos. Envolvo meus braço em volta da úncia pessoa que me restava no mundo e caminhamos juntos, sem olhar para trás.

Se eu tivesse feito isso, teria visto um homem sair do carro e se dirigir para onde eu estava há poucos minutos atrás. Mas não me virei, e apaguei por completo o carro reluzente da minha mente.