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Chapter 3 - CAPÍTULO 3. RASTROS DE SANGUE

No coração da cidade, em meio à agitação de uma manhã movimentada, os destroços de um beco revelavam a terrível cena de um crime. Em meio aos destroços e aos corpos mutilados, uma multidão de civis se aglomerada, ansiosa por saber o que havia acontecido, enquanto carros da polícia bloqueavam o acesso à área.

Dentro desse tumulto, uma jovem investigadora da polícia, de olhos afiados e determinados, observava a cena com uma mistura de habilidade e inquietação. Seu nome era Akane Kuroi, uma prodígio da polícia conhecida por sua inteligência e tenacidade. Ao seu lado, estava seu parceiro, um detetive chamado Takeshi Sato, cuja presença calma e experiente complementava a intensidade de Akane.

Akane observava os detalhes macabros ao seu redor, seu estômago revirando diante da brutalidade dos ferimentos. Corpos retalhados, braços arrancados, cabeças cortadas – era uma cena de horror que ela não podia esquecer. Cada detalhe grotesco contava uma história de violência extrema e crueldade impensável.

Seus olhos se fixaram na cabeça decapitada de uma jovem, cuja expressão final de terror estava congelada em seu rosto pálido. Akane sentiu um aperto no peito ao testemunhar o horror que a menina tinha enfrentado antes de morrer.

Akane lançou um olhar sombrio para Takeshi. — Este é o pior que já vi— , ela disse, sua voz rouca com emoção contida. — Esses ferimentos... são terríveis. —

Takeshi, com expressão grave, assentiu. , — O monstro que causou tudo isso já perdeu sua alma a muito tempo. Os corpos estão irreconhecíveis.—

Enquanto eles conversavam, um policial se aproximou com um bloco de notas em mãos. — Detetive Kuroi, Detetive Sato — , ele disse, sua voz grave e solene. — Encontramos mais cinco corpos no beco do lado. O total de mortos agora chega a vinte e nove. —

Após o policial informar Akane e Takeshi sobre o aumento no número de vítimas, os dois detetives se entreolharam, compartilhando um momento de silenciosa determinação. Eles sabiam que precisavam agir rapidamente para encontrar o responsável pelos terríveis crimes que assolavam a cidade.

— Vamos nos dividir — , sugeriu Akane, sua voz firme e decidida. — Eu vou continuar aqui na cena do crime e analisar qualquer pista que possamos ter perdido. Takehisa, você vai para o escritório e revisa os registros anteriores em busca de qualquer ligação entre as vítimas. —

Takehisa assentiu, reconhecendo a importância de cobrir todos os ângulos da investigação. — Entendido. Vou entrar em contato assim que encontrar alguma coisa. —

Com um aceno de cabeça, os dois detetives se separaram, cada um focado em sua parte da investigação. Enquanto Akane permanecia na cena do crime, examinando cada detalhe em busca de pistas, Takehisa partiu rumo ao escritório, determinado a encontrar qualquer conexão que pudesse levar à captura do assassino.

Com a noite já caída sobre a cidade de Tokyo, Aiko e Ryuji chegaram diante do imponente prédio do Clan LufKin. As luzes da cidade cintilavam ao redor, criando uma aura de mistério e suspense. O prédio, com sua fachada de vidro reluzente, destacava-se na paisagem urbana, parecendo um monólito de poder e influência. O som abafado do tráfego, o cheiro de concreto molhado pela chuva recente pairava no ar. Aiko e Ryuji trocaram olhares nervosos antes de adentrarem no edifício, conscientes dos desafios que os aguardavam lá dentro.

Ao observar o prédio majestoso à sua frente, Aiko soltou um suspiro impressionado. — Eles sabem como fazer uma entrada dramática — , comentou ela, com um sorriso irônico nos lábios.

Ryuji olhou para o prédio luxuoso e depois para Aiko, com um brilho travesso nos olhos. — Bem, Aiko, eu sei que você escolheu sua melhor roupa para impressionar, mas acho que esse prédio está um pouco fora do seu estilo. —

Aiko lançou-lhe um olhar divertido e respondeu com um sorriso confiante: — Bem, uma mulher como eu não precisa de luxo para se destacar, Ryuji. Mas quem sabe eu não encontre algo interessante aqui dentro, além de você, é claro. —

Ryuji soltou uma risada e concordou: — Pode apostar que vai ser difícil encontrar alguém tão interessante quanto eu. —

Enquanto os dois trocavam brincadeiras descontraídas, Harumi se preparava em um local estratégico nas redondezas. Escondido nas sombras, ele observava atentamente o prédio do Clan LufKin, pronto para agir caso surgisse algum imprevisto.

Aiko e Ryuji adentraram o imponente saguão do prédio, onde as paredes de mármore refletiam o brilho suave das lustrosas luminárias suspensas do teto. Um tapete vermelho se estendia pelo chão de mármore, levando até uma escadaria dupla que se dividia elegantemente no final do hall.

Enquanto observavam o ambiente grandioso, Yuki, uma mulher loira, de olhos verdes penetrantes, surgiu diante deles. Seu rosto juvenil transmitia uma serenidade quase sobrenatural, e sua voz suave ecoou pelo saguão, envolvendo-os como uma melodia encantadora. Aiko e Ryuji sentiram um arrepio percorrer suas espinhas, como se estivessem diante de algo inexplicavelmente familiar, uma sensação que os fez lembrar de Harumi.

Yuki os cumprimentou com um leve sorriso e uma voz suave. — Bem-vindos ao nosso lar — , disse ela, seus olhos verdes brilhando com uma intensidade intrigante. — O nosso mestre está aguardando por vocês. Por favor, sigam-me. —

Surpreendida, Aiko não conseguiu conter sua curiosidade. — Eu não sabia que havia mulheres no Clan LufKin — , comentou ela, enquanto seguia Yuki pelo saguão majestoso. — Eu sempre pensei que fosse uma regra serem todos homens, sem familiares. —

Yuki lançou-lhe um olhar enigmático por sobre o ombro. — Nem tudo é o que parece — , murmurou ela, antes de entrar pelas portas duplas que levavam à sala de reuniões secreta do Clan. Aiko e Ryuji trocaram olhares intrigados e com passos decididos, seguiram Yuki.