Lua.
Eu estava sentado em uma rocha lunar olhando para o grande planeta azul. Ele estava sujo e morrendo com algumas partes negras, mas ainda era uma visão de tirar o fôlego.
Sim, nesse momento estou cercado por uma aura de poder divino e estou sentado sozinho na lua, admirando o planeta terra e perdido em pensamentos.
Depois que eu saí do local do crime, eu passei um tempo voando e finalmente quis testar o meu poder para ver se conseguia sobreviver no espaço, um lugar que nunca foi explorado antes na novel.
Eu fiz tudo isso só para não pensar no que acabei de fazer, mas cada um lida com seus problemas de um jeito. Hajin escolheu o cigarro e eu escolhi sair do planeta, mas sei que isso não é sustentável e terei que voltar para lidar com minhas merdas cedo ou tarde.
Parando de agir como um otário, eu puxei o fragmento da alma de jinyoon da minha mente e o peguei cuidadosamente na minha mão esquerda. Depois disso, eu puxei uma alma que também estava armazenada na minha mente e a segurei na minha mão direita.
[Alma desconhecida.]
Provavelmente é porque essa alma pertencia a um djin desconhecido.
Eu estou indo tão longe para salvar a alma desse garoto ao ponto de ir contra os 72 demônios do inferno.
Todos sabem que para se tornar um djin você tem que entregar sua alma para o demônio que faz um contrato com você em troca de lhe dar poder. Assim que o djin morrer, sua alma é automaticamente enviada para o inferno e o demônio faz o que bem quiser com ela.
Como eu tenho manipulação de almas, enquanto essas almas ainda não irem para o inferno, eu posso tomar elas para mim, mas eu tenho certeza que o demônio proprietário dela não vai gostar que suas preciosas almas sejam tomadas assim.
' Eu quero é que eles se fodam.'
Pensei com desdém. Os 72 demônios não significam nada para mim e eu só tenho interesse em um deles, leraje, Nem Baal merece minha atenção.
Voltando minha atenção para a Alma e o fragmento em minhas mãos, rapidamente comecei a fazer os preparativos.
Manipulando a alma na mão direita, controlei ela para se refazer em uma coisa chamada essência de alma.
Ding~
Essência de alma –
[Em alguns mundos a essência de alma é uma ótima iguaria para demônios. Também pode ser usada para nutrir e fortalecer outras almas.]
Era isso que eu queria. Eu levei o frágil fragmento da alma de jinyoon para mais perto da essência e cuidadosamente alimentei ela com essa essência que parecia um Mingau branco e de aparência deliciosa.
' Tenho a sensação de estar alimentando um recém nascido.'
Sorrir com esse pensamento e com muito cuidado, já que era a minha primeira vez fazendo isso, fiz ele absorver todo o mingau de alma.
Ding~
[Fragmento da alma de chae jinyoon 6%]
um leve sorriso se formou em meus lábios ao perceber que estava dando certo e que eu poderia completar a alma de jinyoon sacrificando outras almas.
Macabro? Sim, mas isso não é diferente de transformar djins em pelotas de essência vital para as pessoas ricas da alta sociedade, então tá valendo.
E tudo isso pelo pequeno preço de antagonizar alguns pequenos demônios do inferno. E eu também vou ser um vilão, então não ligo. Falando em vilão, me lembrei daquela frase que agora fico mais convencido de que é verdade. 'Um herói sacrifica seu amor para salvar o mundo, já o vilão sacrífica o mundo para salvar o seu amor.' não que chae jinyoon seja meu amor, é por nayun, então não tenham ideia errada.
Controlando meus pensamentos, guardei o fragmento do meu cunhado em um quarto mental e Olhei para meu punho, cobrindo ele com energia vibratória e dando um soco no meu lado esquerdo.
O Ar começou a quebrar como teias de aranhas e um terremoto aconteceu na superfície da lua, mas tudo isso sem nenhum som.
' Vibração é energia.'
Eu fiquei satisfeito e olhei novamente para terra, expandindo minha visão para poder localizar as pessoas que eu estava procurando.
' Parece que hajin já acordou e saiu da mansão da boss.' Apesar de ser meio triste o jeito que a Boss vive cercada por bonecos feitos de seu poder mágico, uma mulher na lista dos mais procurados do mundo não pode simplesmente colocar um anúncio na internet dizendo que estava contratando empregados domésticos.
O meu caso vai ser quase igual, a única diferença é que vou criar robôs controlados por uma IA, mas são planos para o futuro.
' Vamos voltar para à terra.'
Pulei alto e deixei a gravidade da lua fazer o seu trabalho. Quando eu estava caindo de volta, comecei a voar e fui em direção da terra com um feitiço de ocultação em meu corpo.
Entrei como um cometa na atmosfera da terra e voei rapidamente para a Coreia.
O funeral de Jinwoo deveria acontecer na casa funerária em Daehyun.
Não demorou muito para eu chegar lá e pousei atrás de uma árvore com as minhas roupas se transformando em roupas adequadas de luto. Se eu vou entrar lá dentro? Não. Eu não sou tão desavergonhado ao ponto de entrar no funeral dele. Poucos minutos após a minha chegada, hajin também apareceu e me cumprimentou com um aceno de cabeça.
"Você não vai entrar?" Ele me perguntou enquanto tirava um cigarro do bolso e acendia com poder mágico.
"...eu não sou tão desavergonhado assim. Observar de longe é o máximo que posso fazer."
Ele só acenou a cabeça com a minha resposta.
"Você voltou a fumar."
Mais uma confirmação do que uma pergunta. Hajin já estava em seu quarto cigarro em menos de 30 minutos.
"Porque você me deixou com a Boss?"
"Você também não é bom em mudar de assunto."
Deixei o assunto para lá e respondi sua pergunta.
"Achei que seria melhor você acordar nos braços de uma beldade ou coisa do tipo."
Em meio a nossas conversas, um carro preto apareceu na frente da funerária e yeonha saiu de lá.
Nossos olhares se encontraram e eu já percebi onde isso vai dar.
"...eu vou sair daqui."
Hajin também percebeu que algo iria acontecer e rapidamente foi embora. Pouco minutos, eu vi uma nayun triste e desesperada saindo da funerária. Vê-la assim me causou uma dor no coração, mas eu jurei que isso vai ser temporário e que ela não vai sofrer mais nenhuma perda. Nossos olhares se encontraram.
Seus olhos que antes eram alegres agora estavam cheios de lágrimas.
Tap, tap.
Nayun andou em minha direção, usando um vestido de luto e eu ignorei a sensação de que o que eu estava fazendo era errado e fui até ela.
"… Jason."
Ela chegou na minha frente antes de perceber que tinha chamado pelo meu nome.
Eu me mantive em silêncio.
"Como você descobriu? Foi Yoo Yeonha quem te contou?"
Nayun sorriu forçosamente. Tentando com todas as suas forças, ela fingiu que estava tudo bem, mas eu sabia que não estava.
Eu caminhei lentamente até ela.
"Por que você não está falando nada e porque você está se aproximando assim?"
Sua voz estava tremendo e uma corrente de lágrimas escorreu de seus olhos.
Eu finalmente cheguei até nayun e nossos corpos estavam praticamente colados.
"O quê… o que faço agora?"
Soluçando silenciosamente, ela abaixou sua cabeça para tentar esconder lágrimas que começavam a escorrer.
Eu a abracei e coloquei sua cabeça sobre o meu peito. Imediatamente suas defesas se romperam e ela começou a chorar sobre o meu corpo.
"Ghuaaaa…"
Nayun soltou um grito doloroso, não mais se contendo.
' Parece que vai chover.'
Uma linha de lágrimas saiu do meu olho esquerdo.
"O quê, o que eu faço sobre o Oppa?"
Ela finalmente explodiu em lágrimas. Incapaz de continuar se segurando, ela tremia incontrolavelmente.
"Oppa, Oppa, Oppa…"
Seu angustiado soluçar se transformou em veneno que se impregnou no meu corpo.
"Pobre Oppa, o que devo fazer… ghuaa…"
"…"
Tudo que eu estava fazendo era acariciar calmamente os cabelos de nayun, mas sem nenhuma habilidade. Não era justo eu acalma-la assim. O sofrimento dela me causava dor por causa da minha empatia.
Eu Sabia muito bem que eu era a última pessoa que tinha o direito de confortá-la. Eu fui mais longe com nayun do que hajin já foi nessa altura do romance e sei que a verdade vai machuca-la mais do que no original, mas eu sabia que não poderia ir embora. Não após ter ido tão longe e entrado na vida de nayun como entrei. Meus braços se apertaram em volta dela. Nayun se aconchegou no meu corpo, como se estivesse tentando preencher o vazio que sentia no coração comigo.
"Se eu, se eu… Ghuaaan—"
Suas lágrimas molharam meu peito.
Minhas lágrimas escorreram pelas costas delas.
A brisa fria de inverno soprou contra nós e uma nuvem de tempestade estava se formando como manifestação das minhas emoções turbulentas.
"Ah, aaah…"
Ela não estava sendo capaz de aguentar a tristeza. Suas pernas ficaram fracas e logo fizeram-na desmoronar nas profundezas de seu coração.
Finalmente eu disse alguma coisa.
"Me desculpe, nayun."
==
Yeonha assistiu aos dois a distância.
A situação toda melancólica era sombria demais para ser chamada de uma reunião tocante.
"…"
Todos os tipos de pensamentos assaltaram a mente de Yeonha.
Se algum dia Nayun descobrisse a verdade.
Se um dia, Jason descobrisse a verdade.
Será que todos nós teríamos um final infeliz?
Ou será que vamos conseguir atingir a felicidade apesar das chances parecerem pequenas?
Ela não tentou pensar em uma resposta.
O futuro só pertence ao futuro.
"… Eh?"
Quando estava prestes a sair da casa funerária, Nayun perdeu suas forças e desmoronou.
Ela sem dúvidas tinha desmaiado.
Rapidamente Yeonha correu até eles.
"Está tudo bem com ela!?"
No momento que ela gritou, seus olhos se encontraram com os de Jason.
O que ela viu a fez estremecer inconscientemente.
Os olhos dele estavam assustadoramente vazios.
==
Eu Deixei Nayun com Yeonha e voltei para casa.
Um apartamento no Distrito de Seoul Seocho, meu lar onde Evandel, Hayang e talvez hajin estavam aguardando.
De pé em frente à porta, pressionei a senha.
Beebeebeep—
Antes mesmo da porta se abrir, pude ouvir um som de movimento vindo de dentro.
Não entrei no apartamento de propósito.
— Quem é?
Ouvindo a senha dar acesso à porta, mas a porta permanecendo fechada, Evandel murmurou intrigada. Eu sorri discretamente e abri a porta.
"É seu papai."
Já faz alguns dias que não vejo Evandel. Meu tempo na lua pareceu curto, mas eu passei alguns dias lá.
Evandel sorriu alegremente e correu para meus braços.
"Papai."
Levantei ela com telecinese e a abracei fortemente. Eu amo essa garotinha fofa.
"Papai, por que você está tão atrasado? Eu estive esperando."
"Desculpe, princesinha. Eu estava em um lugar bom, depois eu te levo lá."
Eu caminhei para o sofá e me deitei, colocando evandel em cima da minha barriga.
"Vocês comeram bem?"
"Aham, nós pedimos comida."
"Que bom. E vocês foram passear lá fora?"
Eu continuei a falar com minha loira preferida.
"Eu fui com Hayang. Ah, eu até fiz um castelo de areia e uma amiga nova!"
"É mesmo?"
Parece que Evandel já conheceu a sobrinha de seung-ah. Falando nela, acho que eles ainda estão na torre. Será que devo consolar ela nos momentos difíceis que ela passará no futuro?
"O tio hajin entrou aqui hoje?"
Perguntou a evandel, já que não notei a presença de hajin no apartamento.
"Não. Ele também se atrasou muito."
Evandel falou com os braços cruzados e um beicinho fofo. Parece que hajin não veio para casa depois de sair da casa funerária. Na teoria não era para ele está tão mal assim já que ele só testemunhou, mas a realidade tende a decepcionar. Me lembrando de Jain, ela provavelmente já está bolando um plano para nos amarrar a trupe do camaleão. Eu devo ensinar uma lição para aquela garota e mostrar a ela que apesar dela ser minha mulher, ninguém pode brincar comigo. Ela saiu até que impune no original, mas nessa realidade ela vai descobrir que a vida não é só sobre joias e coisas brilhantes, hehehe.
"Então, o que você fez nesses dias, bebê."
"Hmm, não me chame de bebê, eu não sou mais criança."
"Para mim você sempre será meu bebezinho."
"Kyaaah."
Eu sorri com a birra de evandel e enchi ela de beijo até me sentir satisfeito.
Depois de se recuperar do meu ataque de beijos, evandel compartilhou comigo o que ela fez nesses dias e como brincou com a sua amiga.
==
Um teto branco foi a primeira coisa que vi quando abri meus olhos, me deixando um pouco confusa e minha visão estava embaçada.
Será que eu estava num sonho? Ou acabei de acordar de um?
O limite entre realidade e sonho era indistinguível.
Mas eu sabia que não estava sonhando e as memórias do que aconteceu ontem me despertou para a realidade. A minha dolorosa e sem esperança realidade.
Não havia como negar a realidade não importa o quanto eu quisesse.
"Hng."
Nayun inspirou. Deixando um suspiro sair, ela olhou para o lado de fora da janela. Talvez por ter deixado fluir seus sentimentos acumulados, a emoção que parecia estar devorando-a por dentro tinha desaparecido, deixando para trás tranquilidade.
"Já está acordada?"
Naquele momento, uma voz macia se fez ouvir a fazendo virar em direção à voz.
"… Mestre?"
Yoo Sihyuk estava olhando para ela com seus olhos calmos. Nayun o encarou com olhos bem abertos de surpresa.
Yoo Sihyuk suspirou.
"Haa… Você pode voltar para a montanha quando quiser. Por agora, faça uso de um tempo de descanso."
Ele raramente desistia de discípulos que já havia aceitado. Ela e seu irmão, Chae Jinyoon, eram dois dos poucos discípulos reconhecidos.
"Ah…"
Desacostumada com esse seu lado gentil, ela apenas encarou-o com uma expressão em branco.
"O que foi, tem algum problema com isso?"
"… Não, claro que não."
Nayun rapidamente negou com a cabeça.
"Ótimo, então—"
"Na verdade…"
Ela cortou a fala de Yoo Sihyuk enquanto levantava a parte de cima de seu corpo. Vendo que ainda vestia roupas pretas de luto, seu coração palpitou em angústia, mas nem por isso queria perder tempo deitada por aí.
"Assim que o enterro terminar eu voltarei imediatamente."
Seus punhos estavam cerrados.
Uma forte determinação e convicção elevaram-se do seu coração.
Foi a vez dele em balançar a cabeça em negação com uma expressão preocupada no rosto.
"Não, você não deveria se forçar assim…"
"Eu ouvi que ele foi assassinado."
Nayun cerrou os dentes.
Seu pai não tinha explicado muito, apenas que um assassino tinha atacado seu irmão.
"… Me falaram sobre isto também."
Chae Jinyoon era um dos seus discípulos por quem ele tinha mais apreço. O ódio frio que ele sentiu era tão notável quanto o da jovem na sua frente.
"… Não pense em tomar para você a resolução da situação, Mestre."
Ela disse olhando para baixo para suas mãos pequenas e macias, finalmente ela tinha achado algo para fazer com essas mãos.
Além do mais, isso era algo que somente ela tinha o direito de alcançar.
"Eu vou encontrá-lo e matá-lo eu mesma."
"…"
Yoo Sihyuk olhou calmamente para ela e murmurou com raiva.
"Mas é claro."
Ao se lembrar subitamente de algo, Nayun arregalou seus olhos.
"Antes de ir eu preciso que o senhor me dê quatro dias."
"… Sem problemas."
"Ah, não, talvez uma semana seja melhor. Então ahm… uma semana ok?"
"…"
Os olhos dele se estreitaram. Entretanto, não tinha muito o que podia ser falado para ela que estava dando o seu melhor para esconder a amargura e a raiva que sentia.
"É só entrar em contato comigo quando estiver pronta."
"… Obrigada, Mestre."
"Hmph."
Yoo Sihyuk se levantou do assento e abriu a porta para sair, ao mesmo tempo que Yeonha estava para entrar.
"Ah, olá, Senhor Yoo Sihyuk…"
"Não precisa me tratar tão cordialmente criança."
"Ai."
Ele a cutucou na testa antes de ir embora passando por ela. Depois de assisti-lo saindo enquanto fazia beicinho, ela se aproximou da cama de Nayun.
"… Yeonha."
"Ei, Nayun, estar se sentindo um pouco melhor?"
"Sim, me sinto bem melhor agora. Deixando isso de lado…"
Ela não chegou a concluir sua frase. Yeonha já sabia o que estava por vir.
"Jason já voltou para casa."
"Ah… entendo. Onde está meu relógio inteligente?"
Yoo Yeonha aponta então para uma das prateleiras do quarto. Depois de pegar seu relógio inteligente ela sorriu.
"Ei, qual guilda de informação está em alta esses dias?"
Era claro o que ela queria fazer.
Com uma expressão séria, Yeonha respondeu.
"Pode deixar comigo."
Ela disse com um tom orgulhoso.
"Tomarei responsabilidade e encontrarei quem fez isso."
"Oh~"
Ouvindo a exclamação de Nayun em admiração, ela retornou um sorriso.
"Já que somos amigos o vou te dar 30% de desconto."
"… Como é?"