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Chapter 32 - Nova Arma e Espiões

Uma hora atrás...

Já faziam 40 minutos desde que Roy saiu da barreira protetora da mansão.

Ele ainda estava, surpreendentemente, no mesmo lugar que a Mansão.

Seu primeiro destino hoje não era a Cordilheira da Montanha Nevosa, mas a Ferraria de Armas.

Era administrada por um Velho homem na casa dos sessenta anos.

Embora mais velho que o conde, este homem era extremamente musculoso, corpulento e ativo.

Ele também era ridiculamente saudável, comprovado pelo fato de que beber todos os dias não tinha danificado seus rins.

Dias atrás, Roy havia entregado a este homem as garras, ossos e dentes do Líder Lobo da Neve, ordenando-lhe que preparasse uma arma.

Ele estava na ferraria para buscá-la.

Infelizmente, o homem estava morto de bêbado a ponto de cheirar como um gambá.

"Velho, acorde!"

Velho: Roncando!

"Você está fingindo que está dormindo porque não conseguiu completar meu pedido a tempo e agora não quer lidar comigo hoje, certo?

Velho: Roncando um pouco mais alto!

"Velho, acorde, ou eu vou balançar você com muita, muita força, e sinceramente, você não vai gostar."

Velho: Roncando mais alto que as duas vezes anteriores combinadas!

Não importa quantas vezes ele chamou, ele não respondeu e continuou roncando, irritando Roy tanto que ele estava prestes a explodir com ele, mostrar-lhe a cara do diabo.

"Minhas ameaças não estão funcionando com ele. Ele está realmente em um sono profundo. Devo apenas raspar sua cabeça, sobrancelhas e bigode de pirata e ir embora?

O aprendiz do Velho homem chegou a tempo, felizmente, salvando o Velho homem do destino de perder todos os pelos do rosto e dando a Roy uma espada finamente trabalhada.

Estava em uma bainha preta que não era chamativa de forma alguma, mas emitia uma vibração sinistra, quase assassina.

Roy deu uma boa olhada.

Depois que seu Estado de Percepção aumentou, ele foi capaz de ver a história dos itens, não das pessoas.

『Você usou Percepção na bainha da espada.』

『Você ganhou a história da arma.』

Usando sua habilidade, Roy descobriu sobre a história da bainha e ficou impressionado com ela.

『Ela já serviu de cobertura para uma espada que matou inúmeros homens e monstros. Passou por muitas mãos até chegar nas de Tipart. Seu valor era nada menos que um herança. Roy não sabia por que estavam dispostos a dar isso a ele. Talvez eles não soubessem o quanto valia. De qualquer forma, ele aceitou com um sorriso.』

"Inspecione-a. Mestre passou os últimos três dias trabalhando arduamente nela, aperfeiçoando-a até o nível da perfeição. Esta foi a terceira vez que o vi colocar seu coração e alma na fabricação de uma arma. Você não sabe o quão sortudo é."

O Aprendiz, Amarelinho, agiu como se não estivesse falando com o rico terceiro filho do conde, que poderia contratar o melhor ferreiro para criar o melhor para ele, mas um mero plebeu.

Surpreendentemente, Roy concordou com ele, sinalizando que Amarelinho não estava enganado.

"Eu vou." Roy agarrou a empunhadura e puxou a espada para fora da bainha negra.

Ela saiu com um grito de espada, pronta para rasgar o mundo ao meio.

Seus olhos se dilataram.

Demais afiada... esta espada era muito afiada.

Era igualmente magnífica, mais atraente que muitas Femme Fatales.

Sua superfície era como uma réplica de gelo, e ela era enorme, chegando aos seus ombros mas fina como um galho seco.

『Esta espada, uma das sétimas armas matadoras de lobos, foi forjada por Tipart, o Ferreiro de Espadas Bêbado, usando os ossos, garras e presas do Saqueador do Inverno, o lobo branco-neve que reinava supremo nas Montanhas Nevosas e adorava caçar colhedores de ervas e aventureiros solitários, e morreu nas mãos de Roy, o Jovem Senhor da crueldade.』

『Tipart, o Ferreiro de Espadas Bêbado, carrega o sangue dos antigos Anões. Ele criou esta espada usando todas as suas habilidades, imbuindo-a com encantos rúnicos. Uma vez por dia, seu dono pode exigir que ela faça chover uma onda de luz lunar sobre seus inimigos.』

『Esta espada não tem nome.』

『Que o guerreiro faça a boa ação e dê um nome a ela!』

Roy olhou para a espada em sua mão, impressionado. "Uma boa espada... Eu a chamarei de Reflexo."

O aprendiz mostrou um sorriso: "Um bom nome."

Roy virou-se para sair

Amarelinho olhou para Tipart, apenas para vê-lo olhando para as costas de Roy. Roy deixou a ferraria, e só então ele questionou seu mestre desesperadamente: "Mestre, por que você se esforçou tanto por ele? Esqueça a espada. Por que dar a ele a Bainha Preta? Não era a regra entregá-la ao homem digno?"

"Ele é..."

Amarelinho estava ansioso para ouvir sua resposta.

Mas Tipart adormeceu após pronunciar uma palavra...

"Ele é o quê?!"

O grito de Amarelinho o acordou, e ele continuou sua frase.

"Digno."

Amarelinho piscou, confuso. Ele não havia visto nada de especial em Roy. Ele era apenas um menino gordo demais para sua idade. Não havia nada de bom nele.

"Eu não entendo. Exceto por ser filho do conde e ter um pouco mais de dinheiro do que nós, o que há de tão bom nele que o fez me fazer dar a ele a Bainha Preta?"

Os olhos do Velho homem estreitaram até o tamanho de uma fina fissura. "Ele é... mais... do que você pensa."

"O que eu perdi?"

"Você é mais velho do que ele... mas ele é mais forte que você."

"Quem você está tentando enganar? Estou no pico do décimo nível de temperamento corporal, esperando pela Cerimônia do Manto Adulto para despertar. Como ele pode ser um adversário à minha altura quando se diz que até a notícia de sua ascensão à quinta fase pode ser falsa."

"Os rumores sobre ele estão errados, muito errados. Ele não está... na quinta fase. Ele está... ele está em um estágio sem precedentes."

Ao ouvir suas palavras, Amarelinho pensou que Roy havia despertado. Mas ele ainda não havia passado pela Cerimônia do Manto Adulto. Então, como ele poderia despertar? Ele foi favorecido por um Real?

"Você está bri-"

"Não é como você... pensa. Ele não despertou... mas ele é mais do que você."

"...você está realmente brinca-?"

"Palavras sobre isso não devem se espalhar."

Amarelinho fez uma reverência respeitosa a Tipart. "O silêncio seja nosso guardião."

Silêncio. Silêncio absoluto.

....

Alguns minutos depois de sair da Ferraria, Roy sentiu olhares em suas costas. Ele podia dizer que havia pessoas espionando-o. Eles eram bons, muito bons em seu trabalho. Seus passos eram leves como uma pluma, sem fazer som algum. Sua respiração era abafada, inaudível. Eles eram espiões mestres e haviam escapado do alcance dos cinco sentidos de Roy, mas ele os pegou por causa de seu sexto sentido.

『Você discerniu seis pessoas espionando você com a ajuda do seu sexto sentido.』

『O que você gostaria de fazer com eles?

'Nada.'

Ele virou-se, olhando com grande interesse os lugares onde eles estavam escondidos.

"Ele nos detectou?"

"De forma alguma isso é possível!"

"Podemos até passar debaixo do nariz de um Mestre das Armas. Esse garoto é um bezerro jovem. Como ele pode nos detectar?"

"Sim, é impossível para o lixo da família do conde nos detectar, nós quatro espiões mestres."

Os espiões se comunicaram uns com os outros usando um método especial que permitia que suas palavras chegassem a um número limitado de pessoas.

Portanto, era impossível para Roy ouvir o que eles estavam dizendo.

Mesmo assim, ele foi capaz de sentir flutuações no Mana presente em seu ambiente.

Com isso, ele confirmou que a técnica que eles estavam usando para se comunicar uns com os outros usava Mana, não era onipotente e tinha uma falha enorme.

Por exemplo, qualquer um com o sexto sentido seria capaz de determinar sua localização no momento em que eles se comunicassem uns com os outros usando esta técnica, assim como Roy.

"É hora de sair do radar deles."

Roy começou a correr por aí.

Eles o perseguiram teimosamente.

Ele estava no aberto, e eles estavam na escuridão.

Pelo menos, era isso que os espiões pensavam.

Eles não sabiam que, por causa da falha em sua técnica, ele foi capaz de determinar com sucesso sua posição.

Roy não os enfrentou em uma luta. Ele não queria que eles soubessem que ele já estava ciente de sua existência.

Depois de entrar em um beco, eles não o viram mais.

Ele os despistou ao enganá-los para o beco e contorná-los.

Rastreando suas pegadas, eles deduziram que ele tinha deixado o Condado.

Eles não conseguiram encontrar para onde ele havia ido, no entanto.

Ele estava longe de mais da vista deles, e eles não eram gênios extremos capazes de calcular sua jogada.

Assim, eles relataram a falha em manter um olho em Roy e suas descobertas sobre onde ele não estava para seu mestre, o Contratante de Yama.