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Chapter 24 - Capítulo 24: O Jovem Velho

Segurando o copo d'água, os dois jovens entraram na bela Mansão, caminhando pelo longo corredor.

Ao longo do corredor, Gabriel notou muitos retratos pendurados na parede. Infelizmente, os Retratos estavam em branco. Não havia nada além de um branco vazio nos retratos.

"Há algum motivo para ter Retratos em branco?" Gabriel perguntou. "Algum significado?"

"Eles não estão em branco," a criada respondeu sem olhar para trás.

Gabriel observou novamente o retrato, mas ainda não conseguia encontrar nada. Não havia nada que ele pudesse ver neles. Eles estavam certamente em branco.

Ele se aproximou de Lira e perguntou, "Você vê algo nesses retratos?"

Lira balançou a cabeça. "Eu também não consigo ver nada. É preciso algo especial para ver o que está nos retratos e nós não temos isso. Só Lambard tem."

Ao longo do corredor, havia muitas portas, cada uma com uma bela escultura nelas. Algumas tinham um desenho floral esculpido, enquanto outras tinham constelações esculpidas.

Nenhuma das portas era onde a criada parou.

Depois de caminhar sem parar por dez minutos seguidos, os três pararam no final do corredor diante da maior porta que tinham visto até agora.

A porta metálica de seis metros de altura tinha duas taças flutuando de cada lado dela, o que surpreendeu Gabriel. Como essas duas taças estavam flutuando no ar?

Ao contrário das outras portas, esta porta parecia bastante ordinária em si, já que não tinha entalhes. Era simples, mas as taças flutuantes tornavam este lugar ainda mais intrigante do que os outros.

"É por isso que nos deram a água." Lira lembrou Gabriel enquanto se movia em direção à taça da esquerda. "Você pega a da direita. Despeje a água na taça ao mesmo tempo que eu."

Gabriel estava confuso sobre o porquê de estarem fazendo isso, mas fez como ela disse.

Ele deu alguns passos para a direita para ficar bem diante da outra Taça.

"Na contagem de três, despeje toda a água."

"Um..."

"Dois..."

"Três."

Na contagem de três, Lira esvaziou seu copo de água. Gabriel fez o mesmo. Ambos encheram as taças com a água que tinham carregado pelo caminho.

Lira colocou o copo vazio de volta na bandeja da criada. Gabriel fez o mesmo enquanto continuava olhando para as taças.

As taças que estavam flutuando à altura do peito começaram a descer devagar depois de serem enchidas como se estivessem ficando mais pesadas.

Com o passar de cada segundo, as taças afundavam alguns centímetros até que, finalmente, as taças flutuantes tocaram o chão.

As portas metálicas à frente começaram a abrir assim que as Taças tocaram o chão.

O fenômeno surpreendeu Gabriel até certo ponto. Ele tinha visto portas que se abriam sozinhas no reino místico onde encontrou o Cajado Ancestral da Necromancia. Ver algo semelhante aqui... Isso o deixou realmente curioso sobre que tipo de lugar era esse.

"Vocês dois podem entrar." A criada instruiu o jovem e a senhora.

Gabriel e Lira entraram no local. As portas se fecharam atrás dos dois. Ao mesmo tempo, a água que estava enchendo a luva começou a desaparecer lentamente.

****

Gabriel entrou no salão, que era enorme. O salão parecia ter mais de cem metros de largura e cem metros de comprimento. Tudo aqui era branco imaculado, do teto às paredes ao chão.

Apesar de ser um salão tão grande, o lugar estava completamente vazio. Não havia nada aqui exceto um trono que estava colocado exatamente no centro do salão. Dois assentos estavam colocados diante do trono.

"Lambard, eu sei que você quer se exibir para o recém-chegado, mas não é hora de uma entrada triunfal. Apareça imediatamente!" Lira declarou enquanto segurava as mãos de Gabriel e avançava.

"Ah, por que estragar a diversão deste velho?" A voz de um homem chegou aos ouvidos dos dois jovens enquanto uma mão pousava em seus ombros.

Gabriel virou-se para ver quem era, mas não havia ninguém atrás dele.

"Você está olhando na direção errada, jovem." A voz, desta vez, veio de uma direção diferente.

Gabriel virou-se novamente, desta vez para o Trono no meio. Ele podia ver um jovem sentado no trono. Não estava claro como ele apareceu dentro do quarto fechado sem que eles percebessem.

O jovem no trono parecia ser um pouco mais velho que Gabriel, no início dos vinte anos. Ele estava vestido com uma indumentária realmente majestosa, usando um manto cinza sobre sua vestimenta azul.

O homem tinha cabelos azuis profundos com algumas mechas de prata nelas. Sua pele parecia ser tão impecável que era difícil saber se ele era um homem ou uma mulher apenas à primeira vista.

O homem tinha o que parecia ser uma marca queimada na metade esquerda do seu rosto. Seus olhos também pareciam fascinantes, com seu olho direito sendo de cor vermelha e seu esquerdo de um tom azul mais claro.

O homem parecia ser um entusiasta de acessórios. Ele tinha um brinco em cada uma de suas orelhas. Ele usava um anel em cada um de seus dedos, e todos esses anéis tinham desenhos diferentes, alguns parecendo muito fascinantes.

O homem também tinha uma pulseira de prata em ambas as mãos e um pingente de prata ao redor do pescoço.

"Lambard, lá está você." Lira aproximou-se de Lambard com Gabriel.

"É bom ver você também, Lira. Teria sido ainda melhor se você não tivesse matado meus guardas," o jovem revirou os olhos preguiçosamente.

"Não é minha culpa. Esses idiotas tentaram nos impedir," Lira explicou antes de tomar assento.

Gabriel fez o mesmo, sentando-se ao lado de Lira enquanto enfrentava Lambard.

"Desembuche. O que te trouxe aqui com um Mago da Luz?" Lambard inquiriu observando a Marca da Luz nas mãos de Gabriel.

"Eu trouxe ele aqui porque preciso de algo seu," Lira interveio já que até mesmo Gabriel não sabia por que ele estava aqui.

Lambard sentou-se mais confortavelmente com as costas apoiadas na almofada atrás de seu trono.

"Nunca pensei que veria o dia em que você trabalharia com um Mago da Luz. De qualquer forma, não é da minha conta. Você sabe que eu não lido com Magos, mas já que é você, vou ouvir seu pedido. Se eu achar justo, posso te dar uma mão."

Ele olhou para Lira com intriga, imaginando o que ela pediria.

"Eu quero algo que você valoriza muito, mas apenas temporariamente. É uma necessidade absoluta para o que temos que fazer," Lira afirmou.

Ela sabia que tinha que formular tudo com perfeição, ou não iria conseguir a atenção deste cara teimoso.

"Não rodeie." Lambard repreendeu Lira levemente. "Só me diga o que você quer."

"Velho, eu preciso do seu..."