Chereads / Por Que Devo Parar de Ser um Vilão / Chapter 62 - Antes da Chegada

Chapter 62 - Antes da Chegada

Ao redor de um local bem barricado, preenchido com múltiplas pessoas patrulhando,

"Líder da equipe, podemos nos atrasar," um homem falou.

"Suspiro, tenho ordens estritas para não deixar ninguém entrar," falou o homem com um casaco preto.

"Devemos avisar a Srta. Emmy para se comunicar com o Jovem Mestre," outro homem sugeriu.

"Vá perguntar a ela você mesmo," o líder da equipe acendeu um cigarro.

"Quanto tempo falta?" o líder da equipe perguntou enquanto exalava fumaça.

"Se ignorarmos a cerimônia de início, temos cerca de 5 a 6 horas," o homem respondeu.

"Vamos esperar pela confirmação da Srta. Emmy. Avise as outras equipes de segurança para garantir que o caminho que estamos tomando esteja seguro. Tenho certeza que ninguém seria tolo o suficiente para nos atacar, mas assegure que tudo esteja bem de antemão," falou o líder da equipe.

Emmy estava sentada no lounge privado presente fora do calabouço em que Asher havia entrado. Era um calabouço de Rank D com um portão azul. Ela havia seguido Asher por meses quando ele entrava e saía de vários calabouços, e ele não permitia que ninguém entrasse com ele.

Apesar de Asher garantir que usaria o dispositivo de segurança em todos os momentos, Emmy não conseguia deixar de se preocupar com ele. Ela era responsável pela segurança dele, e calabouços eram um lugar onde até os mais fortes poderiam morrer. Era apenas porque calabouços de Rank D e abaixo eram seguros, e o menor desvio ocorreria nestes calabouços, que Asher conseguiu convencer seus pais a deixá-lo entrar sozinho.

*Ding*

Ela recebeu uma notificação, então decidiu checá-la.

"Hmm," Emmy viu uma notificação de Sylvie dizendo a ela sobre o tempo que precisava garantir que Asher chegasse.

"Suspiro, espero que o Jovem Mestre não tente limpar completamente este calabouço," Emmy, que seguia Asher, estava acostumada a vê-lo matar um monstro chefe sempre que ele entrava.

Mas desta vez, não só ele precisava participar de um torneio, mas também precisava sair do calabouço a tempo para que pudessem chegar dentro do horário apropriado.

Dentro do calabouço,

"KEEEEEEEEEEEEEK!" Um grito estridente foi ouvido.

Um jovem podia ser visto coberto de sangue vermelho de cima a baixo. Seus olhos brilhavam vermelhos, e seu cabelo estava um pouco desgrenhado enquanto ele continuava matando os monstros.

Asher ignorou as notificações que estava recebendo. Ele estava perseguindo um monstro que havia fugido depois que Asher matou um grupo deles.

"Corte," Asher murmurou enquanto seu corpo avançava em direção ao monstro em fuga e o cortava ao meio.

Ele parou para olhar para o corpo caído do monstro. Era um monstro com pelo azul e aparência de macaco.

"Hah," Asher exalou enquanto olhava indiferente na direção para a qual estava indo.

Asher, no momento, estava exalando grande parte de seu desejo de sangue, fazendo com que os monstros fugissem dele. Seus olhos vermelhos estavam opacos e seu rosto era indiferente. Se alguém pudesse vê-lo agora, sua aparência sozinha teria assustado a vida deles.

Seu corpo inteiro estava coberto de sangue, e seus olhos vermelho brilhante o faziam parecer intimidador.

À medida que os dias passavam após a descoberta da mina de cristal de mana e o encontro com Tom, Asher tinha dificuldade de controlar sua própria loucura. Às vezes, ele sonhava com o passado, e isso alimentava suas emoções instáveis ainda mais.

Asher canalizou um pouco de sua mana para as pernas enquanto continuava correndo para frente. O calabouço era uma densa floresta com árvores altas o cercando. Enquanto ele continuava correndo, muitos monstros macacos eram forçados a lutar contra ele. Mas apesar de terem vantagem numérica sobre Asher, nenhum único monstro conseguiu sequer quebrar sua postura.

*Corte*

Asher agiu com cuidado em torno dos pontos que agora podia ver nos corpos destes monstros macacos após lutar contra alguns deles.

*Thud* *Thud*

Corpos de monstros gritando continuaram caindo no chão enquanto Asher cortava seus pescoços, tirando suas vidas.

Blocos de notificações continuaram surgindo, mas Asher os ignorava enquanto continuava a matar os monstros.

[ Anfitrião subiu de nível ]

Depois de ver a notificação de subida de nível, Asher parou.

"Parece que o chefe não é mais necessário," Asher murmurou.

Embora ele quisesse completar o calabouço, ele sabia que o tempo estava passando e ele precisava estar presente na Academia Mundial no horário correto. Asher voltou e decidiu deixar o calabouço. Ele passou pelo portal e chegou do lado de fora onde muitos membros da Guilda do Abismo estavam esperando por ele. Mas sua aparência deixou os outros um pouco desconfortáveis.

"Jovem Mestre, nós organizamos tudo que você precisa, o quarto privado dentro do lounge," falou um dos que estavam esperando por ele do lado de fora.

Asher assentiu e foi se trocar e se limpar.

Emmy viu Asher, que estava coberto de sangue por todo o corpo, entrar. "Jovem Mestre, precisamos sair logo," Emmy informou Asher.

"Eu sei, deixe-me tomar um banho antes de sairmos," Asher respondeu a Emmy.

Asher entrou em seu quarto pessoal que estava presente no lounge enorme construído fora do calabouço. Após lavar-se e mudar para roupas casuais, ele saiu. Como não podiam perder mais tempo, Asher sentou-se no carro.

"Você preparou a poção medicinal que pedi?" Asher perguntou a Emmy.

"Sim, eu tenho a poção comigo. Devo entregar?" Emmy perguntou a Asher.

"Não, isso não é para mim. Você deve entregá-la a alguém específico no torneio," Asher falou enquanto olhava pela janela. Mesmo naquele momento, ele estava cuidadosamente mantendo sua face indiferente e controlando sua voz para que pudesse parecer o mais normal possível.

*******************************

Em Soran, do lado de fora do hotel, uma garota de cabelo rosa numa cadeira de rodas podia ser vista entrando em um carro. A cadeira de rodas era a invenção mais recente, então a pessoa que a usava não precisava de ajuda adicional de alguém.

"O local é a área do portal da Academia Mundial, certo?" o motorista perguntou educadamente.

"Sim," a garota falou.

"Alguém da sua família foi selecionado para a Academia Mundial?" o motorista decidiu ter uma pequena conversa com a jovem garota.

"Fui eu quem fui selecionada," a garota respondeu a ele sem se importar com suas palavras. Ela sabia que as pessoas achariam surpreendente que alguém como ela, que seria vista como um fardo, frequentasse a Academia Mundial, que era famosa por aceitar apenas pessoas fortes.

"Ah, parabéns," o motorista ficou constrangido após ouvir a resposta da garota.

"Obrigada," a garota simplesmente agradeceu o homem, mantendo seu rosto sério. O resto da viagem foi em silêncio.

"Uh- Pode parar por aqui só, meu cuidador vai me levar daqui," a garota falou.

"Ah, ok," o motorista parou no local, que ficava um pouco longe da área da Academia Mundial.

A garota saiu do carro e viu uma mulher vestindo um terno preto de pé na sua frente.

"Srta. Alyssa, você deveria ver o horário em que está chegando. Poderíamos ter nos atrasado," a mulher falou rudemente enquanto olhava para Alyssa em sua cadeira de rodas.

"Cuide das suas palavras, você é apenas uma cuidadora," Alyssa ficou irritada com o tom rude da mulher à sua frente.

'Que criança mal-educada, não é à toa que ela tem aquela cicatriz feia no rosto,' a mulher pensou em sua mente.

"Devemos ir agora. Seu pai me disse para acompanhá-la até o local onde os participantes ficarão antes do início do torneio," a mulher disse, mudando de assunto em vez de refletir sobre seu tom.

"E ele também disse que sua mesada agora está vazia após pagar as taxas de sua sessão na Academia, então você precisa se virar sozinha," ao ouvir as palavras da mulher, a raiva inflamou no coração de Alyssa.

"Não que ele me desse alguma antes," Alyssa falou baixo para si mesma.

Ela sabia que seu pai provavelmente a cortaria, e este torneio era a chance dela de vencer e tomar a posição de representante, o que compensaria sua mesada e a ajudaria a ganhar algum poder dentro da Academia para seus objetivos.

"Não importa o que, mesmo que eu me queime, vou derrubar todas essas pessoas comigo," Alyssa jurou em sua mente.

Em algum lugar em Soran, Alexander Astaria, que estava chegando em seu carro com seu filho Alan, acabara de receber a mensagem que Alyssa havia chegado, e a cuidadora a levaria para o local do evento.

"Tsc, pensei que ela desistiria, mas ela ainda quer participar," Alexander estava irritado que Alyssa ainda queria participar.

"O que aquela garota deficiente vai fazer além de manchar nossos nomes?" Alan respondeu, ouvindo seu pai.

"Você deveria apenas renegá-la," a voz de Alan estava cheia de ódio.

"Não é tão fácil quanto você pensa, e não se esqueça que ela ainda é sua irmã. Certifique-se de não manchar sua imagem pública por alguma estupidez," Alexander olhou para seu filho.

"Eu sei pai," Alan assentiu.

"Muitas das famílias de Elite estarão presentes, inclusive nós, e eu não preciso dizer-lhe para se sair bem, preciso?" Alexander olhou para Alan.

"Não se preocupe pai, tenho certeza que apenas alguns dos participantes poderiam realmente competir comigo, quanto mais vencer," Alan respondeu confiante.

"Hahahaha, esse é o meu garoto," Alexander riu e elogiou Alan para levantar seu ânimo antes do torneio.