O quarto branco estava completamente preenchido com pequenas orbes translúcidas no ar. Elas emitiam uma luz com cores de arco-íris. Algumas delas tocavam a pele de Leo, produzindo uma sensação quente e aconchegante, como se ele estivesse em casa. Ele se sentiu compelido a tocar uma dessas orbes à sua frente.
Ele cutucou uma das orbes, e ela começou a flutuar para longe por causa de sua força. Agora sabendo que ele poderia tocá-las, decidiu tentar segurar uma delas. Ele agarrou uma das orbes e a trouxe para perto de seu rosto para poder vê-la. A orbe rapidamente derreteu em sua mão enquanto ele observava.
Leo pensou no que ele tinha que fazer em seguida. Ele presumiu que estava diante de alguma forma de magia. Então agora ele teria que reunir de alguma forma essa magia em sua mente para criar uma estrela. Então ele tentou relembrar a técnica que o tomo inseriu em sua mente.
"Eu tenho que tentar chamar as orbes e tentar fazer com que elas se reúnam ao meu redor. E então eu tenho que... absorvê-las?" Ele recitou de sua mente.
Ele imaginou que a absorção era o derretimento das orbes, então ele começou a 'chamar' as orbes. Pensou por um tempo em como chamar as orbes e decidiu experimentar. Como estava lidando com magia, inicialmente não sabia o que fazer. Eventualmente, decidiu apenas visualizar as orbes mágicas flutuando em sua direção.
Quando ele abriu os olhos, viu que as orbes estavam mais próximas dele do que antes e mais densamente agrupadas. Como houve uma mudança positiva, ele sabia que estava indo na direção certa. Ele manteve o pensamento em sua mente e logo começou a notar que seu corpo estava aquecendo. As orbes estavam sendo automaticamente absorvidas em seu corpo.
Logo, ele se tornou consciente da mágica em seu corpo. Ele era capaz de movê-la pelo seu corpo, mas ele não sabia onde armazená-la. Depois de aproximá-las, ele se lembrou do próximo passo de sua memória - armazená-lo em sua mente.
Ele apenas decidiu direcionar o poder para a sua cabeça para ver o que acontecia. O poder começou a circular ao redor de seu cérebro, e ele de repente se sentiu mais consciente do que estava acontecendo com ele. Isso aguçou seus sentidos um pouco. Foi perceptível, no entanto.
No entanto, ele não sabia o que mente significava. Embora a magia estivesse bem ali, ele não sabia onde encontrar o lugar para armazená-la. A mente não era a mesma coisa que o cérebro, afinal. Ele abriu os olhos e soltou o controle sobre a mágica em seu corpo.
Já que estava começando a ficar cansado e não sabia que passo tomar em seguida, decidiu parar de meditar. Ele havia absorvido o poder mágico, mas não sabia onde armazená-lo. Depois de decidir fazer uma pausa, ele parou de forçar sua mente a pensar em magia e se soltou. Ele se viu no mesmo quarto branco, mas as orbes mágicas haviam todas desaparecido.
Mas havia uma nova adição ao quarto. Uma porta. Ele viu uma porta em uma das paredes do quarto que havia aparecido. A porta também era branca, com uma maçaneta dourada. Era extremamente simples e quase se fundia ao restante da parede. Parecia ser feita do mesmo material que a parede - luz sólida e pura.
Ele estava muito intrigado. O misterioso espaço branco já era desconcertante para ele, mas isso o fez ainda mais curioso sobre o que era esse espaço.
Ele caminhou em direção à porta e a abriu. Quando olhou para trás, a porta pela qual ele havia passado havia desaparecido. No entanto, ele estava menos preocupado com o que via. Ele estava mais interessado no que não conseguia.
"Uau."
Ele avançou para um campo de grama. Não havia nada por milhas em todas as direções, exceto a grama. Ele sabia que era grama, mas não era de cor verde. Na verdade, ele apenas sabia o que estava ao seu redor, mas não conseguia ver nada. Tudo o que ele podia ver era um breu total, então ele não sabia de que cor era a grama.
Mas Leo não estava incomodado com algo como a grama. Ele estava olhando para o céu. Estava desprovido de quaisquer estrelas, como ele normalmente veria. Não havia fonte de luz, mas ele sabia exatamente o que estava em seu entorno.
Um pensamento passou por sua mente. Ele olhou para o céu. E se ele estivesse suposto a preencher o céu com estrelas? E se ele estivesse atualmente em sua mente? Ele ainda tinha controle sobre a mágica em seu corpo. Ele tentou trazê-la para fora de seu corpo.
A mágica saiu imediatamente. Mas ao invés de orbes, saiu como uma única nuvem de luz arco-íris emitindo mágica. Era uma nuvem do tamanho de uma bola de basquete, mas iluminava a área ao seu redor. Enquanto isso não afetava sua capacidade de ver, tornava o lugar mais vibrante. A grama na qual a luz brilhava era verde em comparação com o resto.
Leo soltou o controle sobre a nuvem mágica. Ela flutuou lentamente para o céu e parou até que parecesse minúscula para ele. A luz que emitia era tão baixa que a escuridão a havia coberto. Ele apenas sabia que sua nuvem estava no céu, mas mal podia vê-la.
Ele não sabia o que fazer, então decidiu voltar ao quarto branco. Mas ele não sabia como deveria fazer isso. A porta havia desaparecido quando ele entrou. De repente, uma porta apareceu à sua frente. Ele recuou inicialmente pelo choque, mas imediatamente entrou.
Ele se encontrou de volta ao quarto branco como antes. A porta que levava ao lugar que ele acabara de visitar ainda estava lá, bem atrás dele. Ele olhou mais de perto para a porta branca. Ela tinha uma gravação dourada.
"Leo"