Ele imediatamente voltou para sua casa. A viagem que fez hoje só fez confirmar suas expectativas sobre a Gangue Dente Negro. Seria melhor se ele simplesmente matasse todos eles.
Ele tirou a bolsa que pegou do mais forte dos dois. Era uma bolsa preta com um crânio bordado nela. O crânio era todo dourado, exceto um dente, que se misturava ao preto da bolsa.
Ele esvaziou o conteúdo da bolsa em sua cama. Era muito dinheiro. Ele tirou as notas amassadas e moedas e começou a contá-las. No total, somavam 30000 Moedas Estelares.
Além do dinheiro, também havia uma ficha. Era a ficha que representava a posição da pessoa na Gangue Dente Negro. Ele a segurou nas mãos por um segundo antes de jogá-la de volta na bolsa.
A ficha não seria muito útil para ele porque a gangue Dente Negro não era tão grande. Ele não seria capaz de se passar por alguém porque saberiam imediatamente que ele não pertencia àquele lugar.
Ele colocou a bolsa e todo o dinheiro ao lado de sua cama. Ele ainda não precisava de nenhum daquele dinheiro, então decidiu guardá-lo para comprar uma adaga adequada também. Resolveu descansar naquela noite e treinar no dia seguinte.
Alguns dias se passaram sem problemas. Leo e Daphne nem chegaram a sair de seus quartos. Como eram um Mago e uma Cavaleira de Aura, respectivamente, eles não precisavam de tanta comida quanto as pessoas normais. Ainda saíam para comer, mas menos vezes.
Depois de dedicar todo o seu tempo ao treinamento, Daphne finalmente viu um pequeno sucesso. Ela conseguiu fazer sua Aura se tornar gelada e fazer com que aderisse à ponta de uma flecha por tempo suficiente. Foram apenas alguns segundos, mas foi o máximo que ela conseguiu até então.
Depois de conseguir isso, ela foi imediatamente ao quarto de Leo para contar sobre seu progresso. Ela bateu em sua porta.
"Entre," ele disse.
Ela entrou e mostrou seu progresso. Em suas mãos havia uma flecha cuja ponta brilhava numa cor azul clara.
"Eu consigo segurá-la tempo suficiente. Podemos ir testar?" Ela perguntou.
Leo assentiu. "Sim, podemos ir amanhã." Ele também estava animado para tentar caçar com Daphne.
Ele voltou a treinar enquanto Daphne voltava ao seu quarto para tentar manter a aura na flecha por mais tempo. O resto do dia passou sem eventos.
No dia seguinte, ambos se prepararam para ir até a floresta. Enquanto caminhavam para a floresta, Daphne cantarolava pelo caminho. Leo olhou para o otimismo dela e riu.
"Não pense que isso é um passeio de lazer. Você tem que ter cuidado. A Floresta Externa não é mais apenas Bestas Mágicas do 1º Círculo Pseudo. Está cheia de verdadeiras Bestas Mágicas. Você tem que ter muito cuidado," ele a alertou.
Ela parou de cantarolar e seu rosto ficou abatido. Ela caminhou com muito menos energia. Não era o que ele queria, mas precisava dar a ela uma noção da realidade.
De repente, ele ouviu um pequeno ruído. Ele imediatamente sinalizou para Daphne se preparar.
"Pode haver um animal por perto. Mire seu arco." Disse a ela.
Ela encaixou uma flecha no arco e ficou pronta para o comando de Leo. Ela ainda não via nenhum animal, mas confiava na palavra dele. De repente, viu um movimento no arbusto e mirou na fonte do movimento. No entanto, ela ainda não atirou.
Devagar, um coelho saiu do arbusto.
"Atire," Leo disse.
Daphne olhou para ele em choque.
"Mas-"
"Atire," ele disse novamente.
Ela olhou para o coelho e fechou a cara. Ela soltou a flecha com relutância. A flecha voou em direção ao coelho, mas errou por um pé. Ela se virou para ele. Ela não estava tentando errar, mas estava feliz por ter errado.
"Desculpe, eu errei." Ela disse.
"Eu sabia que você ia errar," ele disse. Ele caminhou até a flecha caída no chão. O coelho fugiu depois de ver a flecha.
"Você precisa de prática não só para usar aura, mas também para usar um arco e flecha. Não é tão simples quanto você imagina," ele adicionou.
Daphne assentiu. "Então o que devo fazer?" Ela perguntou.
Ele caminhou até uma árvore. Pegou um giz e desenhou alguns círculos concêntricos nela. Ele se afastou e sentou-se em uma pedra próxima.
"Atire nisso. Se errar, terá que trazer as flechas de volta, então não erre," ele disse.
Ela olhou para o alvo. A árvore era mais grossa que um tronco normal, mas isso não fazia diferença. Ainda era um alvo difícil de acertar, mesmo estando parado. Também estava bem longe.
Primeiro ela diminuiu a distância entre ela e o tronco. Ela sabia que precisava começar de forma humilde para evitar ter que andar muito para buscar as flechas. Ela encaixou a flecha no arco e começou a atirar.
No início, ela usava tão pouca força que as flechas nem sequer ficavam presas à árvore. Eventualmente, quando sentiu que não estava errando tanto, ela aumentou a força que usava.
Pelo resto do dia, ela só atirou flechas de uma curta distância enquanto Leo estava sentado ao lado, treinando sua magia. Eles nem mesmo estavam na Floresta Externa, apenas nos arredores, então não foram incomodados por nenhum animal ou aventureiro. Todo o dia passou assim.
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