Lado a lado, Ático e Avalon desceram para o porão subterrâneo secreto da mansão.
À medida que desciam, os pensamentos de Ático ecoavam, 'Claro que há um porão secreto.'
Os passos deles ecoavam pelo corredor mal iluminado até chegarem a uma parede discreta. O sorriso de Avalon insinuava a surpresa que estava por vir, despertando a curiosidade de Ático. Com um toque de seu braço direito e uma onda de mana, a parede se iluminou.
"Ela reconhece minha assinatura de mana. Ninguém mais pode abrir isto além de mim ou do seu avô," explicou Avalon.
À medida que o brilho da parede diminuía, ela se abriu revelando uma plataforma elevada gravada com runas.
"A plataforma é um teletransporte. Ela irá transportá-lo para o reino do cofre da nossa família," continuou Avalon. O conceito deixou Ático maravilhado, 'Eu deveria ler mais sobre essas coisas' ele pensou.
A voz de Avalon ficou firme enquanto ele dava uma diretriz, "Somente você pode entrar. Escolha uma arma e uma Arte, nada mais."
Com o qual Ático assentiu. Então ele subiu na plataforma e um brilho radiante o envolveu imediatamente, engolindo sua forma. A voz preocupada de Avalon ficou pairando no ar, "Espero que ele não tente pegar 'aquelas' armas."
A transição foi tanto rápida quanto surreal. Ático se viu dentro de um salão expansivo, estantes repletas de livros e um leque de armas em exibição.
"Jackpot!" Ático disse com um sorriso.
Sem perder um único momento, Ático se aventurou mais adentro do salão.
Conforme Ático explorava o vasto salão, seu olhar se detinha nas armas exibidas. Ele não pôde deixar de recordar a classificação de artes e armas.
As armas eram simplesmente classificadas de acordo com seu grau, variando de patamar novato a patamar paragon. Por outro lado, as artes eram classificadas com base em seu potencial.
Uma arte com um potencial dormente só poderia fornecer uma força de saída de patamar novato, enquanto uma com um potencial transcendente tinha o potencial de eventualmente exibir a força de patamar paragon. Claro, alcançar tais níveis exigia treinamento rigoroso.
Movendo-se pelo salão, nada conseguia chamar seu interesse. Imperturbável, ele continuou se movendo.
Seus passos o levaram adiante, até chegar a uma plataforma elevada que exibia um conjunto de cinco armas, uma Glaive, uma manopla, uma lança, uma katana e um cajado, cada uma possuindo uma qualidade superior que as distinguia do resto.
Um letreiro chamou sua atenção, proclamando em termos simples, porém profundos, "Se a arma escolher você, então ela é sua."
"É isso!" Ático disse com um sorriso.
'Os tesouros lá fora são provavelmente uma porcaria. As verdadeiras joias estão bem aqui,' ele refletiu consigo mesmo.
Contudo, Ático não pôde deixar de notar o tom ameaçador. "E se ela não escolher você?" ele expressou sua preocupação em voz alta. Um breve silêncio seguiu antes de ele adicionar, "De novo, esta é a realidade. Eu meio que esperava por um guardião espectral ou algo assim."
"Papai teria dito se fosse perigoso," Ático se tranquilizou. Ele acreditava que seu pai teria o avisado se houvesse um risco para sua vida.
Com isso em mente, Ático optou pela katana. O toque de sua mão contra a katana desencadeou uma transformação etérea, transportando sua consciência para ela.
Ático se viu em uma plataforma, cercado pela escuridão. E à sua frente estava um homem, inexpressivo. Ele estava adornado com vestimentas japonesas tradicionais, que pareciam ondular como se apanhadas numa brisa invisível, emanando uma aura de propósito inabalável.
Uma katana repousava ao seu lado, sua presença embainhada uma encarnação de maestria. A indumentária de Ático refletia a de seu enigmático oponente, com uma katana também ao seu lado.
'O que diabos está acontecendo?' Ático não pôde deixar de se perguntar.
Mas antes que ele tivesse tempo para reunir seus pensamentos, num movimento fluido, o homem desceu numa posição, as mãos posicionadas sobre a empunhadura da katana. A sussurrada declamação de,
{Golpe Transcendente: Graça da Velocidade de Deus}
marcou o início de uma sequência que desafiou a percepção de Ático. O próprio tempo parecia fragmentar-se, a realidade dando lugar a uma coreografia de elegância transcendente.
Para Ático, não havia sensação de dor, nenhuma consciência visceral de seu destino. Em vez disso, um desapego sereno o envolveu, sua própria decapitação observada com uma clareza de outro mundo. Um último pensamento se formou em sua mente antes de tudo se dissolver no vazio: "Ah, acabei de ser decapitado."
Ofegante por ar, Ático recuperou a consciência mais uma vez diante da katana, sua mão instintivamente se movendo para o pescoço enquanto um pensamento incrédulo ecoava em sua mente, 'Eu acabei de morrer?'
A abrupta derrota o roía. Em busca de sentido no rescaldo, ele murmurou, "Droga! Eu nem vi ele se mover."
Recolhendo seu desmoronado autocontrole, Ático lutou para recuperar seu equilíbrio.
"Não teria sido exibido de forma tão majestosa assim se não fosse difícil de obter." Como se buscasse consolo em sua própria resolução, ele respirou fundo, reconhecendo o árduo caminho que tinha pela frente.
'Ok,' ele se fortaleceu, 'Parece que não estou correndo perigo de morrer. Vou conseguir essa espada, não importa quanto tempo leve.'
Com uma convicção resoluta, Ático iniciou o ritual de novo, seus dedos tocando a empunhadura da katana. Mais uma vez, sua consciência mergulhou no reino enigmático.
Dentro, Ático rapidamente desembainhou sua katana, surgiu seu corpo com mana e manipulou o próprio ar para amplificar sua velocidade, preparando-se para o que quer que viesse em seu caminho.
Contudo, os ecos de sua tentativa anterior repetiram-se, os movimentos do homem uma sinfonia de maestria que escapava ao alcance de Ático.
Ático foi decapitado mais uma vez.