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Chapter 44 - Pequena Distração

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Ao passarem pelo corredor, Elisa sentiu os olhares de outras empregadas fixos nela, com um olhar significativo e sussurros entre si. Vella franziu a testa ao ver a empregada tola que não fazia seu trabalho e Carmen cruzou os braços. "Isso deve ser por causa de ontem."

Ontem? Elisa se perguntou e logo encontrou a resposta. Foi quando ela jantou com o Senhor. As outras empregadas estavam com ciúmes de que ela estava sendo especializada pelo Senhor. Como uma serva, a oportunidade de comer com o mestre da mansão, especialmente com o Senhor, é algo quase impossível. Mas ontem, o Senhor Ian fez questão de comer especificamente com a nova empregada, uma empregada humana. O ciúme entre os servos era normal aos olhos delas.

"Eles devem estar com ciúmes porque você comeu com o senhor." Carmen falou de novo, seus olhos fixos nas empregadas que continuavam discutindo bobagens. Ian tinha um rosto encantador e era normal ele ter admiradores, tanto humanos quanto seres míticos de diferentes status. No entanto, como o Senhor era frio e raramente falava com qualquer empregada além de seu mordomo pessoal Maroon, uma vez que ele jantou com Elisa, todos que haviam escondido a intenção de seduzir o senhor sentiram inveja dela.

"Isso foi apenas porque o Mestre Ian é uma pessoa gentil." Elisa respondeu.

Vella revirou os olhos. "Se o Senhor fosse tão gentil, ele teria jantado com todas as empregadas da mansão, mas ele não fez, ele só fez isso com você e é por isso que elas estão com inveja de você agora."

Isso significa que ela é um caso especial? Isso fez com que seu tempo jantando com o Senhor se tornasse ainda mais especial, mas a relação deles não era como as empregadas imaginavam.

"Mesmo que seja apenas um jantar sozinha com o Senhor, elas estão com ciúmes à toa. Realmente, o ciúme é algo assustador." Carmen comentou.

Elisa concordou com o pensamento dela. O ciúme é realmente algo assustador.

"Então, vamos agora. Até mais, Elisa." Carmen falou com um tom alegre e levou Vella para a Ala Leste da mansão. Por outro lado, Elisa estava meio perdida sobre o que deveria fazer. Ela foi ao escritório do Senhor como Maroon a havia ordenado e subiu para o segundo andar. Quando finalmente chegou, Elisa notou os mesmos padrões de luas e estrelas e outros padrões talhados no teto. Ela se perguntou a si mesma o que os padrões no teto simbolizavam? Pareciam simples, mas tinham um significado próprio, Elisa pensou.

Continuou seus passos até chegar à porta do escritório de Ian e bateu duas vezes na madeira. A voz grave de Ian ressoou do outro lado da parede. "Quem é?"

Elisa pigarreou levemente. "Sou eu, Mestre Ian, Elisa."

Ian largou a caneta-tinteiro de sua mão e um sorriso apareceu de novo no canto de seus lábios. "Entre."

Seguindo suas palavras, Elisa girou a maçaneta e empurrou a porta para ver Cyntia e Austin sentados no sofá em frente à mesa do Senhor. O quarto estava tão escurecido quanto ela esperava e, embora o Sol ainda sorrisse lá fora para acender sua luz com o chão abaixo, o quarto estava escuro com apenas algumas velas acesas.

Cyntia e Austin se levantaram felizes quando viram Elisa. "Elisa!" Eles chamaram.

"Cy, Austin!" Elisa retribuiu com o mesmo entusiasmo e abriu um largo sorriso.

Austin olhou para o uniforme preto que ela usava e assentiu em aprovação. "Esse uniforme realmente fica bem em você, Elisa. Como esperado da dama mais bela da cidade. Seja o que você vestir, fica bom em você." Ele elogiou como um pai faria à sua amada filha.

"Concordo pela primeira vez com você." Cyntia acrescentou.

Elisa tocou as bochechas levemente com timidez. "Isso é elogio demais, obrigada Cy, Austin."

"Não há de quê, eu apenas disse a verdade." Cyntia acenou com a mão.

Sentindo-se como se tivesse sido tratado como ar, Ian pigarreou para chamar a atenção das três pessoas e lembrou. "Austin, seu assunto."

Austin virou-se com um beicinho para Ian, que interrompeu sua conversa animada, mas não se atreveu a fazer nada e foi até o lado do sofá. Puxando uma grande moldura retangular, ele a trouxe para Elisa com um sorriso gentil. "Esta é a que você pediu antes, minha senhora."

Elisa pegou a moldura e deslizou o dedo cuidadosamente pela pintura que estava embrulhada em um fino pergaminho. Era a pintura que ela havia pedido a Austin para trazer para ela. A última pintura dela e de sua família. Os cílios de Elisa tremeram para baixo como as asas de uma borboleta frágil que parecia derramar tristeza. Elisa deu um sorriso, levantou o rosto. "Muito obrigada pela ajuda, Austin."

"De nada." Ele colocou a mão para alisar a cabeça dela. "Se houver mais alguma coisa que possa pedir a mim."

Ele acabara de terminar suas palavras quando ouviu o grasnar do corvo do Senhor, que estava sentado como uma estátua no lado esquerdo da mesa de Ian, grasnando três vezes como se estivesse alertando um gato. Virei a cabeça, vendo o sorriso de Ian ficando sério e retiro rapidamente a mão. Embora fosse fraco, como um gato-lobisomem, Austin tinha um instinto forte e, no momento em que colocou a mão na cabeça de Elisa, ele pôde sentir um brilho frio passando a mandar calafrios pela sua espinha.

"Vocês dois ainda se lembram dos trabalhos de vocês, não é? Está na hora de vocês irem agora e fazerem o trabalho de vocês." Ian disse e os dois se curvaram para ele. Eles se despediram e deixaram o lugar com insatisfação estampada nos seus rostos para Ian.

Quando os dois saíram, Ian continuou seu trabalho. Seus olhos vermelhos liam os documentos em sua mesa sem pressa. Era a primeira vez que Elisa via o Senhor trabalhando e ela viu que, independentemente de seu comportamento brincalhão quando se trata de trabalho, ele se dedica seriamente de uma maneira tranquila. A visão de Ian trabalhando na sala silenciosa, Elisa se viu imersa em observá-lo a ponto de não perceber que ela havia ficado parada ali olhando sem mover um único passo. Ian, sentindo o olhar apaixonado vindo de Elisa, parou sua caneta. Apoiou o queixo na mão esquerda, sorrindo docemente enquanto perguntava. "É divertido me observar daí, filhote?"

Teria ofendido ele por assistir tão intensamente? Elisa desviou o olhar e o ouviu falar novamente. "Não tenho objeção para você continuar me observando, mas não é cansativo continuar em pé aí? Sente-se." Ian apontou para o sofá na frente dele.

Elisa olhou para baixo, para o sofá que ele ofereceu. Ela deveria se sentar lá? Ela é uma empregada, deveria se sentar lá sem fazer nada? Ela ponderou um pouco e perguntou. "O que devo fazer para ajudá-lo, Mestre Ian?"

Ian murmurou. "O que você acha que deveria fazer para me ajudar?"

Respondendo a pergunta com outra pergunta, Elisa pausou e sugeriu. "Preparar um chá?"

Ian pareceu concordar com suas palavras, but then he spoke again. "E o que mais?"

E o que mais? Essa era a pergunta dela também. Elisa olhou em volta do quarto e viu os documentos que estavam na mão esquerda dele e perguntou. "Arrumar o cômodo?"

"Meu quarto está bastante limpo no momento, então acho que não é necessário. O que mais?"

Nova charada. Elisa pensou em todas as possibilidades, mas como era sua primeira vez trabalhando como empregada e alocada na sala de estudos do Senhor, ela não encontrava a resposta para a pergunta de Ian. "Me desculpe, Mestre Ian, pela minha falta de conhecimento, mas eu não sei o que mais." Ian riu com alegria. Naquele momento, Elisa finalmente percebeu que ele havia estado tentando capturar suas expressões e encontrar diversão nas pequenas mudanças que aconteciam em seu rosto. O Senhor era um homem com suas peculiaridades, uma delas sendo que ele gostava de estudar ou aprender as expressões que os humanos têm, Elisa notou para si mesma. Ela lançou um olhar um pouco acusatório para ele, sem saber, pelo enigma que ele havia dado. Vendo as novas expressões que Elisa fez para ele, Ian tinha uma expressão satisfeita. "Então, prepare um chá para mim, filhote." Ian falou.

"Sim." Elisa respondeu rapidamente e recebeu sua primeira ordem de Ian com diligência. Ela foi até o carrinho de comida que havia sido preparado com antecedência e verificou a temperatura da chaleira. Como ela havia ajudado em sua casa, Elisa sabia bem como preparar chás e se sentia bastante confiante no chá que preparava naquele momento. Ian continuava olhando para ela, apoiando o queixo em seu braço para ver a garota cuidadosamente despejando a água colorida de vermelho na xícara de chá e a levando até ele.

"Este é o chá, Mestre Ian." Elisa falou e o colocou na frente dele. Ela recuou a mão esperando que ele comentasse sobre o sabor. Parte dela estava preocupada que seu chá não tivesse o sabor certo como o chá que Maroon, o mordomo, costumava preparar. Mas inesperadamente, Ian estava muito satisfeito com o delicioso chá que ela havia preparado. Com um sorriso, ele elogiou. "Está delicioso."

Era uma simples palavra de duas letras, mas pesava muito em seu coração. O tempo que passaram juntos sozinhos no cômodo fez com que ela ficasse inquieta e seu coração batendo alto. Ela observava o Senhor frequentemente, sem fazer nada e quando Ian movia seu olhar vermelho para ela, ela o evitava para que ele não percebesse que ela estava olhando intensamente para ele, mas ela não sabia que o corvo com os olhos carmesins havia estado observando ela que estava fitando Ian. Ter uma distração na sala certamente não era uma coisa ruim. E com a pequena presença no canto de seu cômodo, ele se distraiu do trabalho e antes que percebesse, havia terminado mais trabalhos do que o usual.

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