ELIA
Uma hora depois, ela não tinha certeza se deveria estar extasiada ou aterrorizada. O que Gahrye descreveu... era perfeito.
Dar aos Forasteiros uma tarefa. Um propósito. Um trabalho a ser feito, juntos. Criar uma rede de Anima habilidosos, lutadores, guardiães de segredos, que pudessem se esconder e ficar de vigia. Adultos disciplinados que reuniriam informações para ela, ou cuidariam dela, e uns dos outros — mesmo secretamente.
Tudo tinha que ser secreto. E os Anima que se juntassem a eles seriam tanto reconhecidos por seu trabalho pela Rainha, mas teriam um motivo legítimo para manter tudo em silêncio.
Eles serviriam a ela sem conhecimento da hierarquia.
Que era a parte que a aterrorizava.
A ideia toda chegava tão perto de traição, que ela não tinha certeza se não era. Mas também parecia completamente necessária.