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Chapter 9 - Acordar <2>

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O professor Kyle sentou-se e esfregou a testa.

Ainda se sentia um pouco tonto, mas estava muito melhor do que antes. Virando os olhos para o lado, ele pôde ver o pequeno gatinho dormindo pacificamente em cima de sua bolsa. Seu corpo enrolado confortavelmente como se estivesse dormindo em uma cama aconchegante.

O professor Kyle franziu os lábios.

Que gatinho sem coração.

Mas o gatinho tinha apenas algumas semanas de vida. Ele esqueceu a idade exata, pois não prestou muita atenção nas palavras do seu pai quando este lhe confiou o cuidado do gato. Para ele, era apenas uma questão de cuidar do gato por um período de tempo.

Seu olhar caiu sobre a faca ensanguentada ao lado da bolsa e sua expressão mudou ligeiramente.

Foi então que ele percebeu que a perna traseira do gatinho estava salpicada de sangue.

O professor Kyle franziu a testa.

Ele levantou-se e seguiu o rastro de sangue em direção à mesa. Foi então que ele notou o lagarto gigante moribundo lá. Havia uma poça de sangue abaixo do lagarto, mas ele ainda não estava morto. Naquele momento, ele estava se debatendo fracamente.

A perda de sangue era bastante significativa.

Agora, o lagarto gigante estava tão fraco que só podia se debater impotente.

"Então, eles realmente chegaram, huh?" A voz do professor Kyle estava fria.

Ele virou-se e pegou seu canivete. Em segundos, ele havia retornado ao lagarto gigante e usou o canivete para cortar o pescoço limpa e rapidamente. Desta vez, o lagarto gigante morreu instantaneamente, pois já tinha perdido muito sangue.

A expressão do professor Kyle estava fria. Ele usou a faca para esfaquear o corpo do lagarto gigante e fez um corte longo. No meio do estômago do lagarto gigante, havia um cristal claro ali.

"Com certeza."

O professor Kyle resmungou.

Ele pegou o cristal e depois limpou o canivete antes de colocá-lo no bolso.

O professor Kyle caminhou em direção à janela e olhou a paisagem lá fora. Naquele momento, ele pôde ver que havia várias pessoas gritando do lado de fora, com a chuva abafando suas vozes.

Um enorme rato, ou para ser exato, um rato gigante, estava em frente a essas pessoas.

Eles tentavam lutar contra o rato gigante e pareciam estar em desvantagem. Afinal, não havia muitas pessoas que podiam andar por aí armadas.

"Entendi."

A expressão do professor Kyle ficou ainda mais fria.

Ele olhou seu reflexo na janela e notou a compressa na sua testa. Piscando os olhos, o professor Kyle a tocou e a retirou.

Era uma compressa familiar que pessoas doentes geralmente usavam.

Mas o professor Kyle sentiu algo estranho.

A sensação fria deveria ser desta compressa, mas a pergunta que tinha agora era como, diabos, aquele gatinho sabia que ele estava com febre e mal-estar. Como ela sabia que ele precisava de uma compressa?

Um gato que agia como humano?

O professor Kyle virou-se e olhou para o gato em cima de sua bolsa.

Ele olhou ao redor da sala de aula e percebeu que estava vazia. Se não estivesse enganado, deveria haver um estudante que desmaiou dentro desta sala de aula não muito tempo atrás.

Onde ela está?

O professor Kyle olhou para a bolsa e depois para a porta. Ele caminhou lentamente em direção à bolsa e tirou a identidade estudantil que havia sido deixada para trás.

A identidade estudantil ainda estava dentro da sala de aula.

Mas a estudante desapareceu?

A porta automática só se abriria se o cartão do estudante ou do professor fosse utilizado. Como o cartão desta estudante ainda estava aqui, significava que a única forma dela ter saído seria pela janela ou alguém a levou.

A primeira opção era simplesmente impossível.

Esta não era uma sala no térreo.

A menos que aquela estudante quisesse procurar a morte, o professor Kyle duvidava muito que ela pulasse dessa altura.

Assim, a única opção era que alguém a levou.

Sequestro?

O professor Kyle esfregou a testa.

Se esse era o caso, por que aquela pessoa não o levou junto?

Que confusão.

O professor Kyle suspirou e optou por afastar os pensamentos confusos. Ele não tinha tempo para pensar nesse assunto agora porque sabia muito bem que a coisa mais importante que tinha a fazer era sair dali o mais rápido possível antes que a situação piorasse.

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