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Era o mesmo homem de baixa estatura que veio buscá-la na casa da alcateia de Lucas. Ela se perguntava quão longe de casa estava e por quanto tempo esteve inconsciente.
Ela queria fugir, mas estava amarrada e todos a observavam. Ela se sentia exposta em seu vestido branco transparente que revelava sua pele. Era evidente o motivo pelo qual os homens a desejavam, ela tinha traços atraentes. Eles estavam em um grande salão cheio de licitantes à espera do leilão.
"1200 moedas!" gritou um licitante.
"1200," repetiu o leiloeiro, sinalizando o início da licitação.
"1700 moedas!" gritou outro licitante.
"1900 moedas!" desta vez foi uma mulher. Aurora se perguntava por que uma mulher gastaria tanto nela.
"2500 moedas!" gritou um homem de aparência rústica. O coração de Aurora acelerou com a aparência dele, ela esperava que seu comprador fosse pelo menos decente.
"3000 moedas!" ofertou a mulher de antes, chocando a todos. Ninguém havia pago um preço tão alto por um escravo antes. O leiloeiro sentiu-se aliviado, grato ao guarda por informá-lo de que ela era uma Luna, impedindo-o de cometer um erro.
"Certo, 3000 vence," declarou o leiloeiro, batendo o martelo para sinalizar o fim do leilão. Ele então produziu um recibo para a mulher que havia comprado Aurora.
Aurora foi arrastada para fora do salão e levada para os fundos para a transação final.
"Tome," disse a mulher, estendendo uma caixa ao licitante.
O homem recebeu a caixa da mulher e a olhou com suspeita. Era incomum ver uma mulher pagar tanto por um escravo, mas Aurora não era uma escrava comum, portanto não era totalmente surpreendente.
"Remova o histórico dela como escrava dos seus registros; ela está destinada a um propósito maior," ordenou a mulher.
"Você conhece as regras..." O homem começou a mencionar as regras, mas o guarda da mulher silenciou-o oferecendo outra caixa de moedas.
"Como desejar, minha Senhora," o homem concordou imediatamente, inclinando-se levemente, e se afastou.
"Traga-a com você, eu voltarei assim que confirmar a liberação," disse a mulher, deixando seu guarda com Aurora.
Aproveitando a oportunidade para perguntar ao guarda, Aurora indagou, "Para onde você está me levando?"
O guarda ignorou sua pergunta, agarrou seu pulso e a conduziu. Ele a prendeu no banco traseiro do carro que haviam trazido e esperou a mulher voltar.
Minutos depois, a mulher retornou e eles partiram rapidamente.
A viagem foi longa, e Aurora adormeceu sem perceber. Sua posição no carro era confortável para dormir.
"Estamos a caminho. Atrase-o o quanto puder," Aurora ouviu vozes abafadas na frente do carro. Foi quando ela lembrou de sua situação atual. Ela decidiu fingir estar inconsciente para poder descobrir o destino deles.
Seu plano não teve sucesso, pois a mulher não disse mais nada até que chegaram.
Aurora ficou maravilhada ao sair do carro e ver uma mansão extravagante. Era claramente a propriedade de alguém rico, longe de ser a residência de uma pessoa comum. Mesmo à noite, a mansão era facilmente visível, com luzes dispostas do lado de fora, tornando-a mais atraente. Quem poderia estar vivendo em uma mansão tão luxuosa?
"Siga-me," ordenou a mulher, interrompendo os pensamentos de Aurora.
Ela instintivamente seguiu. A decoração interior era simples, mas bela, aumentando ainda mais sua curiosidade. Eventualmente, ela foi levada a um quarto que poderia acomodar confortavelmente três pessoas, muito maior que o quarto do Alfa na alcateia de Lucas.
O esplendor da mansão indicava que seu proprietário era uma pessoa importante. A mulher que a trouxe referia-se ao dono como "ele", confirmando que o proprietário era um homem.
"Boa noite, Senhora Theresa!" Dentro do quarto, havia várias empregadas, mas para quem? Elas cumprimentaram a mulher, Theresa, com respeito, indicando seu alto status na mansão, o que preocupava Aurora.
"Prepare-a para o Alfa," declarou Theresa, surpreendendo Aurora. Ela acabou de mencionar um Alfa? Que Alfa? Qual Alfa? Ela foi trazida aqui para ser companheira de um Alfa?
"Por que preciso me preparar para ele?" Aurora perguntou, elevando a voz para exigir uma resposta. A resposta de Theresa foi um tapa forte no rosto de Aurora, fazendo-a recuar. O tapa foi tão intenso que a fez lembrar da dor que sofreu durante sua tortura.
"Como ousa me bater?" Aurora não recuou e confrontou Theresa. Theresa ergueu a mão para bater nela novamente, mas Aurora foi rápida o suficiente para segurar sua mão antes que alcançasse sua bochecha.
Theresa puxou a mão com força e virou-se para as empregadas. "Certifique-se de que não haja um grão de sujeira em seu corpo," ela ordenou, olhando fixamente para Aurora antes de deixar o quarto.
Incapaz de manter o equilíbrio, Aurora desabou no chão, sentindo-se desamparada. Ela havia sido trazida aqui como uma prostituta para um Alfa em um lugar desconhecido. Se ela estava no território de um Alfa, isso significava que estava em uma alcateia. Qual era sua infeliz conexão com os Alfas?
Ela encarou as empregadas que estavam olhando para ela sem oferecer ajuda e perguntou, "Para que eu devo me preparar?"
As empregadas trocaram olhares, contemplando se deveriam falar, já que Theresa, sua senhora, não lhes havia dado instruções.
"Fui trazida aqui como uma escrava, e não sei para o que estou sendo preparada. O que diabos está acontecendo?" ela repetiu, elevando a voz para as empregadas.
"Sugiro que modere seu tom de voz, você não quer enfurecer nosso Alfa," disse uma das empregadas, com um significado oculto em suas palavras.
"Por quê?" Aurora perguntou.
"Você está aqui para ser a reprodutora do Alfa," elas finalmente revelaram.
"Uma o quê?"
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