Heaven já suspeitava que Paula estava prestes a dizer um monte de bobagens, mas a deixou falar. Assistindo-a ajoelhar-se diante si enquanto esfregava as palmas das mãos, Paula disse tudo para se salvar do seu destino iminente.
— Foi um acidente, tá bem? O doutor disse que ele não deveria ter outro ataque cardíaco porque isso o mataria, mas ele queria discutir! Eu tentei impedi-lo de discutir, mas ele só continuava dizendo coisas dolorosas! — Paula estava quase gritando e chorando. — Heaven, você tem que acreditar em mim! Eu não queria discutir com ele, mas ele continuava! Não é como se eu tivesse planejado —
— Então, o que você fez para calá-lo? — Heaven perguntou, interrompendo Paula, pois já tinha ouvido o suficiente das bobagens dela. — Como você o silenciou?
Sua pergunta direta quase engasgou Paula, fazendo-a prender a respiração de surpresa. Seus lábios tremiam, tentando dizer alguma coisa, mas sua voz estava presa na garganta.