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Kathleen segurava o pingente e mesmo depois de olhar por um tempo, não via nenhuma linha, até que Elizabeth apontou uma fina linha discreta. No final dela estava realmente o entalhe do qual ela falava.
Ela retirou um alfinete da mesa e, com a ponta afiada do alfinete, deu um leve empurrão no entalhe no final da linha e o pingente se abriu para revelar um anel roxo cortado ao meio.
Não é necessário dizer que Elizabeth ficou sem palavras porque era simplesmente incrível.
"Você deve estar se perguntando como eu sei de tudo isso, minha criança."
"Mm hmm," Kathleen acenou ainda em transe.
"Eu sou uma designer de joias e uso o nome Ellee."
"Caramba! Você não pode estar brincando, certo?" Kathleen estava tão empolgada que estava extremamente difícil para ela ficar parada naquele momento.
"Não me diga que você é Ellee, a joalheira número um sobre quem todos estão falando."
"Eu sou de fato a mesma pessoa," Elizabeth afirmou, sorrindo suavemente, "mas não acho que sou tão incrível assim."
"Você deve estar brincando. Se você não é incrível, então quem é?" Os olhos de Kathleen brilhavam de admiração.
"Vamos esquecer isso," Elizabeth dispensou com um aceno de mão. O comportamento de Kathleen não era estranho para ela. As pessoas sempre se comportavam assim quando descobriam que ela era Ellee.
"Vinte e quatro anos atrás, fui diagnosticada com uma doença terminal e me disseram que tinha apenas seis meses de vida," ela começou.
"Eu estava tão perturbada quando sai do hospital que nem percebi quando andei direto para o meio da rua e quase fui atropelada por um carro, mas uma jovem do nada me salvou."
"Mais tarde descobri que ela era uma médica, mas especializada em medicina alternativa."
"Por meio dela, eu consegui voltar à vida, como você pode ver, e depois disso nos tornamos melhores amigas."
"Tenho certeza de que você deve estar pensando, o que isso tem a ver com seu Pingente de Jade?"
"Mmm hmm" Kathleen acenou distraidamente, já absorta na história.
"Três anos depois, minha amiga se apaixonou por um cara e viajou para fora do país com ele. Quando ela voltou, me contou que estava casada e grávida. Claro, fiquei brava com ela; não por estar grávida, mas por não ter me informado sobre seu casamento como sua melhor amiga. Senti que eu não significava nada para ela."
"Ela pediu desculpas sinceramente e só concordei em perdoá-la com a condição de que eu me tornasse a madrinha dos gêmeos que ela esperava, o que ela aceitou prontamente."
"Quando as crianças nasceram, eu pessoalmente desenhei um par de Pingentes de Jade como meu presente para eles durante o batismo."
A esta altura, Kathleen já tinha uma vaga ideia de para onde a história estava indo e sua respiração estava curta enquanto esperava ansiosamente que Elizabeth chegasse ao clímax da história.
"O que você está segurando acontece de ser um deles. Eu gravei especificamente as iniciais dos bebês em cada um deles."
As mãos de Kathleen não paravam de tremer enquanto ela olhava para o pingente para estudar o anel nele novamente.
Lá estava escrito em negrito - 'JRW'
"Acredito que você viu," Elizabeth perguntou. soou mais como uma afirmação do que uma pergunta.
"JRW, que significa Jason Robin Wyatt e Janice Robin Wyatt. Esses eram os nomes dos bebês."
"Infelizmente, exatamente duas semanas depois do batismo dos bebês, houve um misterioso incêndio na mansão onde minha amiga vivia com o marido e um dos bebês foi roubado."
"Ela ficou tão desolada depois do incidente que se afastou do círculo público, dedicando sua vida a criar seu único filho sobrevivente."
"Eu ainda não entendo. Você... você acha que eu sou... sou... a filha desaparecida da sua amiga?" Kathleen gaguejou em um transe, suas palavras quase incoerentes.
Elizabeth respirou fundo antes de continuar.
"Kathleen," ela alcançou, tomando suas duas mãos novamente, seu olhar nunca deixando o rosto de Kathleen, "se você se lembra, quando nos conhecemos após o acidente, fiquei impressionada com a estranheza dos seus olhos e até comentei sobre isso."
"Sim, sim, eu me lembro. Não só você, mas o Professor Gaius também fez o mesmo, eu não posso esquecer a expressão perplexa que ele tinha naquele momento."
"Quando os bebês nasceram, os olhos da menina tinham uma cor única que atraiu a admiração de todos que os viam. Eles eram de um belo roxo, o mesmo que a cor dos seus olhos, que por acaso também são da mesma cor dos olhos da minha amiga."
Kathleen parecia estar estarrecida e o ar ao seu redor foi completamente sugado enquanto ela olhava para o espaço com olhos arregalados, incapaz de processar o que acabara de ouvir.
"Eu ainda tinha minhas dúvidas sobre você ser a filha da minha amiga, mas elas foram dissipadas depois que me encontrei com o Professor Gaius," a voz da Tia Elizabeth filtrava pelos pensamentos de Kathleen.
"Você perguntou mais cedo o que eu sempre tenho para discutir com o professor Gaius."
"Desde o primeiro teste que você fez quando foi admitida no hospital, foi revelado que você tinha um grupo sanguíneo incomum: Rh- nulo conhecido como Sangue Dourado."
"De acordo com ele, há muito poucas pessoas, menos de cinquenta em todo o mundo, que foram reportadas como tendo tal sangue."
"Acontece que ele conhecia um deles e acabou sendo o marido da minha cara amiga."
'Isso explica o motivo pelo qual ele se interessou pelo meu caso naquela época. Agora faz sentido.' Kathleen murmurou para si mesma.
"No entanto," continuou Elizabeth, "isso não era prova suficiente para concluir que você estava relacionada, então fizemos um teste de DNA sem o seu conhecimento, porque não queríamos elevar suas esperanças ou a de outra parte."
"E… " os pequenos pelos macios pelo corpo de Kathleen estavam praticamente arrepiados agora.
"O relatório mostrou 99,9 por cento de relação filha-pai."
As mãos de Kathleen estavam lentamente se elevando enquanto ela apontava, mal conseguindo completar uma única frase, "Você... você... quer dizer... você encontrou meus verdadeiros... pais?"
Nesse momento, a porta se abriu e o mordomo entrou, seguido de perto por um homem e uma mulher.
Um olhar para eles e o estômago de Kathleen de repente se contraiu em uma bola apertada, ela sentiu algo jorrando de sua parte íntima pelas pernas até o chão.
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