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Kathleen foi levada de cadeira de rodas para o teatro, assim que chegaram ao hospital.
Elizabeth saiu do vestiário com as pernas enfaixadas logo que as enfermeiras terminaram com ela. Embora lhe pedissem para repousar na cama, insistiu em esperar junto à porta do teatro para onde Kathleen foi levada.
Ela se encostou na parede, constantemente levantando a cabeça para ver se a luz vermelha na porta do teatro se apagara.
"Por favor Senhor, se estás aí em cima, salva Kathleen e o bebê. Eu não lhe pedi nada nestes últimos anos, mas se você puder fazer isso, serei eternamente grata a ti," ela rezou.
"Senta aí, Madame, e tenha fé, você já está com uma aparência tão pálida e precisa pegar leve. Eu acredito que sua filha e o bebê dela vão ficar bem," Ben confortou Elizabeth, que não parou de andar de um lado para o outro desde que saiu do vestiário.
Elizabeth ficou surpresa…
"Sua filha?" Aquelas duas palavras chamaram sua atenção e continuavam ecoando em sua cabeça.
Ela mexeu com o Pingente de Jade na mão: ele havia caído do pescoço de Kathleen quando ela estava sendo levada para o helicóptero.
Olhava para o espaço e de repente a imagem de alguém veio à sua mente se sobrepondo constantemente a outra.
"Não, não pode ser, devo estar alucinando novamente," ela balançou a cabeça e suspirou depressivamente.
Ben interrompeu o devaneio dela com sua voz.
"Felizmente eu ouvi do nosso diretor médico, que o Professor Gaius, um médico muito famoso especializado em Medicina Tradicional Chinesa, tem uma sessão especial neste hospital hoje. Então eu sei que Deus está do seu lado. Talvez o caso de sua filha seja um dos que ele vai atender."
A boca de Elizabeth se abriu de surpresa.
"Você está falando sério?" uma nota de incredulidade em sua voz.
"Professor Gaius, o renomado médico Chaneano, está aqui neste hospital?"
"Mas há rumores de que ele não atende mais pessoas depois do desaparecimento de seu último discípulo. Ele tem levado uma vida reclusa e só sai para consultas três vezes por ano."
Ela estava mais certa de que Ben devia ter sido mal informado. Como pode o Dr. Gaius estar neste hospital específico e não em um daqueles de alto padrão que apenas os ricos podiam pagar?
"Sim," respondeu Ben excitado. "Eu ouvi que o Dr. Rivers, o dono deste hospital é um bom amigo dele, então ele vem visitá-lo uma vez por ano. Mas seu amigo sempre converte essas visitas em uma sessão de consultas médicas com os melhores médicos do seu hospital e também para ele atender alguns casos desafiadores."
"Embora suas visitas não sejam sempre anunciadas, muitos médicos ainda fariam fila até o portão do hospital apenas para ter a oportunidade de encontrá-lo, exceto aqueles que trabalham neste hospital. Apesar disso, ele ainda garante que se encontre com cada um desses médicos e esclareça quaisquer dúvidas que possam ter antes de partir."
"Então, se o Prof for o responsável pelo caso de sua filha, tenho certeza de que não haverá nada com que se preocupar," disse Ben com confiança, seu rosto brilhando em adoração ao falar sobre o Professor Gaius.
"Eu também rezo para que sim," Elizabeth respondeu, com a esperança crescendo dentro dela.
"Então, você pode agora se sentar? Pelo menos você precisa descansar para que esteja em melhores condições para estar com sua filha quando ela sair."
'Sim, claro que tenho que ser forte por ela,' Elizabeth concordou consigo mesma e finalmente se sentou, seus olhos nunca deixando a porta do teatro.
'Devo minha vida a Kathleen e tenho que garantir que ela seja bem cuidada. Vou dedicar o resto da minha vida ao bem-estar dela, mesmo que ainda não a conheça bem o suficiente. Esse é o meu juramento.'
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Enquanto isso, o Dr. Rivers, que acabara de trocar o fluido IV acabado por um novo, se endireitou e disse enquanto enxugava o suor do rosto.
"O sangramento parou e ela ficará bem depois que descansar, Além do mais, pelo ultrassom transvaginal que fizemos, o feto ainda está preso à parede uterina dela."
"Isso significa que não será necessário uma evacuação? Sabe, o sangramento foi bem intenso," perguntou o Dr. Samrall, que os havia seguido da ilha no helicóptero.
"Isso ainda não pode ser descartado, e claro, ainda precisamos ver os resultados dos outros testes para comparar os níveis hormonais dela e também avaliar se está apta o suficiente para continuar com a gravidez."
"Eu devo dizer, estou bastante surpreso, por ela e os bebês terem sobrevivido é realmente nada menos que um milagre, julgando pelo volume de sangue que ela perdeu. Na maioria dos casos, situações como essas resultariam em aborto espontâneo imediato, mas por uma incrível sorte ela sobreviveu. Eu posso ver que ela é uma lutadora por ter sobrevivido ao acidente e ainda permanecer grávida."
"No entanto, tudo depende dela se quer continuar com a gravidez até o final ou não. Qualquer que seja a escolha dela, respeitaremos e acompanharemos."
"Pela minha projeção, ela deve estar acordando a qualquer momento agora," Dr. Rivers declarou de forma objetiva.
Isso foi o que Kathleen ouviu quando recuperou a consciência e não pôde evitar se perguntar se era dela que eles estavam falando.
Alguém entre eles percebeu que ela estava acordada e rapidamente notificou o restante.
Ela piscou enquanto ajustava os olhos à luz brilhante do teatro, podia vagamente ver várias pessoas vestidas de branco reunidas ao redor da cama onde estava. Lembrou-se de ter sido carregada para uma ambulância aérea da ilha e desmaiado minutos depois.
Antes que pudesse perguntar sobre sua localização, a porta se abriu e ela ouviu passos leves se aproximarem de sua cama, sentiu um toque quente em seus braços e uma voz profunda soou acima de sua cabeça,
"Olá Kitty, você finalmente acordou."
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