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Chapter 23 - Aborrecido

"Por que você veio para Vilinski?" ela perguntou porque nunca poderia acreditar que ele veio para salvá-la. Quem teria sabido fora do reino Fae sobre as atrocidades que aconteceram com ela?

Ele inclinou a cabeça e traçou um rubor com os dedos que havia se formado involuntariamente em suas bochechas. "É necessário dizer por quê?"

Anastásia imediatamente recuou. "Não!" Ela se sentiu mal por perguntar. O homem apenas a ajudou a escapar. "Mas espero que seu propósito tenha sido cumprido."

Ileus virou-se para remover suas botas e depois puxou a grossa pele sobre ele enquanto se deitava bem ao lado dela. Dormir ao lado dele havia se tornado um ritual desde que eles haviam começado esta jornada. "Chegue mais perto de mim," ele disse.

"Como assim?" A cabeça dela girou. "Eu— Eu estou bem." Do jeito que ele disse 'mais perto', ela se sentiu aquecida... em algum lugar entre suas coxas.

Ele a puxou para mais perto dele.

Ela estava perplexa. "O que o—" Ele estava tão perto dela que, exceto pela camada de pele entre eles, não havia barreira.

"Shh. Vou garantir que você fique segura comigo. Então durma enquanto eu cuido de você."

Seu gesto foi realmente doce, mas Anastásia sabia que não seria capaz de resistir à atração. Ela respirou fundo e, para não ser afetada por sua proximidade, virou o rosto para o lado.

"Se você virar o rosto, vai acabar pensando no portal," Ileus sussurrou em seu ouvido.

Os lábios dela se abriram quando o hálito quente dele tocou sua orelha. Ela não sabia que suas orelhas eram tão sensíveis. Com um suspiro, ela virou-se em direção a ele. "Obrigada por me ajudar com isso," ela disse mesmo sentindo-se aquecida em sua companhia. "Mas os outros não vão se importar com essa proximidade?" ela falava sobre Darla.

"Eu acho que não," ele disse com desprendimento. "Ninguém está interessado."

Anastásia ficou calada por um momento. Ele não sabia das intenções de Darla? E por que ele não a refutou que isso era ficar muito próximo?

"Além disso, é só uma proteção. Estou te guardando contra o atrativo do portal."

Por que isso soava como se ele estivesse atraindo-a?

Percebendo seu constrangimento, ele disse: "Apenas fique comigo Anastásia."

Ela exalou pesadamente. "Não pretendo ir para outro lugar, Ileus." Dizendo isso, ela fechou os olhos e sua mente se concentrou no calor entre seus corpos.

Enquanto a quietude da caverna os envolvia, o som emanando do portal aumentava. Inquieta, ela virou-se para o outro lado. No entanto, assim que fez isso, um braço pesado e musculoso passou por cima dela e a envolveu como uma armadura. Era como se, mesmo que ela movesse um músculo, ele saberia e a impediria de ir explorar o portal. Ela permaneceu quieta porque sabia das intenções dele. Ela precisava dessa proteção.

Mas o que ela não estava preparada para era que, através da barreira da pele, ela também podia sentir o membro dele, que agora estava lentamente inchando até que a cutucou. Anastásia sugou o ar com força e suas orelhas ficaram quentes. As bochechas dela arderam. Sentindo como se o tempo tivesse parado, sua atenção foi para a solidez que estava descansando contra seus quadris. Agora ela tinha duas coisas para lidar — a ereção dele e o zumbido.

Seu olhar foi para Aidan que estava sentado em uma rocha cinza perto da boca da caverna, lendo um livro à luz fraca do fogo. De repente, os olhos dele se abriram muito e ela se perguntou o que ele estava lendo. Sua curiosidade aumentou. Ela podia perceber uma expressão lasciva em seus olhos como se ele estivesse olhando para uma imagem emocionante. Talvez ela tivesse confundido sua expressão. Talvez sua mente estivesse ficando suja. Ela fechou os olhos e desejou dormir, mas não conseguiu ignorar a crescente ereção, que não diminuía de forma alguma. Estava tão quente, marcando-a. Então ela se concentrou no som da água borbulhando dentro da caverna. Ela olhou para cima e ficou intrigada com o fato de que, mesmo sendo um portal, nenhuma luz aparecia. Por que estava tão escuro? A vontade de explorá-lo se multiplicou dez vezes mais.

Ela olhou em direção aos pés onde Guarhal e Zlu estavam dormindo e depois para cima, onde Carrick e Darla estavam. Sua mente começou a fazer planos sobre como passar por eles e ir ver o interior.

"O que quer que você esteja pensando, não faça," ele disse com uma voz rouca, entendendo suas intenções.

Ela bufou, "Como você sabe no que estou pensando?"

"Certamente você não pode estar pensando em algo duro contra você," ele riu.

Sua mente congelou e ela cerrou os dentes. Esse homem estava se mostrando sem vergonha.

"Ou você está pensando sobre o que Aidan está lendo?"

"Ucuti!" ela estalou em voz baixa, mortificada com o pensamento do que Aidan pensaria dela. Embora não pudesse negar o fato de que agora ela realmente queria ver o livro em suas mãos.

Mas ele não se calou. "Não me diga que é nisso que você está pensando?" ele provocou. "Oh meu Deus! Como Anastásia, Princesa do reino Fae de Vilinski, pode ter intenções tão travessas em sua mente?

Dizer que ela estava constrangida era um eufemismo. Ela estava mortificada. E o fato de ele ter se aproximado ainda mais dela só acrescentou à sua irritação. "Acho que você está enganado. Eu não sei o que está no livro para ter tais pensamentos!"

"Mas você quer saber." Sua mão agora estava perto do inchaço inferior de seus seios e seus dedos passaram por lá casualmente. Ela deu um tapa em sua mão.

"Ah. Por que você fez isso?" ele disse, parecendo dolorido, mesmo não removendo seus dedos dali. "Eu estava planejando mostrar a você o livro do Aidan."

"Não tente se aproximar de mim," ela estourou mantendo a voz baixa.

Ele levou a mão à barriga dela e desenhou um círculo preguiçoso ali. "Você quer dizer que se eu tocar seus seios por cima do seu suéter, isso é se aproximar?"

"Sim, é!" Ela disse com irritação. Ai meu Deus, esse homem!

"Hmm.. Mas você tem estado sentada na minha frente, praticamente embalando esses quadris pequenos e firmes entre minhas coxas o dia todo. Isso não é se aproximar?" Sua voz era rouca. "Além disso, na minha definição se aproximar é algo que estou experimentando. A propósito, isso se chama gozar."