Silvestre e Luiz entram dentro do "cemitério", e apesar do gigante espaço do local, apenas um homem com um manto preto se encontrava no meio da arena.
Outro homem suspeito aproximou-se.
??? "Não se preocupem, eu não pretendo interferir no que o destino tem guardado para vocês, vim apenas informar que o senhor apenas fala com um individuo de cada vez."
Luiz - "Eu tenho que salvar o meu filho, eu vou!"
Silvestre mete a mão à frente do peito de Luiz.
Silvestre - "Se correr mal, toda este viagem foi por nada..."
Luiz - "Sim mas..."
Silvestre mete o chapeu dele na cabeça de Luiz.
Silvestre - "Tu vais ter que cá estar para o Mayorga quando isto acabar."
Silvestre sorri e aproxima-se do homem do manto preto, ao aproximar-se uma névoa roxa circula-os, apesar de permitir que Luiz veja o que está a acontecer, não o deixa aproximar-se.
Silvestre - "Então és tu quem fez a promessa ao Mayorga de vir ter com o pai ao inferno..."
??? "..."
Silvestre - "Calculo que quem os amaldiçoou foste tu também."
??? - "..."
O homem não respondia.
O outro homem da entrada aproxima-se de Luiz e diz.
??? - "O senhor só fala em caso de apostas, trocas ou contratos."
Luiz - "Contratos huh... Silvestre tem cuidado."
Silvestre aproxima-se do homem ainda mais.
Silvestre - "Estou a perceber que isto vai ter que ser resolvido de uma forma não muito amigável."
O homem começa a tremer e a fazer barulhos estranhos, tanto o homem quanto a capa começam a aumentar de tamanho, e a pele começa a rasgar, e para finalizar era um esqueleto gigante num manto preto, com uma foice.
Luiz - "Não pode ser!"
Silvestre - "O Ceifador... ou seja, o desafio final é a morte em pessoa."
Luiz - "SAI DAI SILVESTRE RÁPIDO!"
Silvestre olha para trás e sorri.
Silvestre - "Eu ando atrás da morte à tanto tempo, não posso simplesmente fugir dela."
O ceifador fica invisível e numa distancia de um segundo aparece novamente com a lamina a milímetros de cortar a cabeça a Silvestre.
Silvestre - "Ahhh... ahhh... uh..."
Luiz - "Eu já te dis..."
O dia aparece e Luiz muda de forma.
Silvestre dispara para a cabeça do Ceifador que simplesmente engole a bala e cospe-a de volta para Silvestre acertando-lhe na perna.
Silvestre - "AHHHHHHHH!"
Mayorga - "Silvestre, que se passa!?"
Silvestre - "Bom dia parceiro, nada foge, vai-te embora."
Mayorga - "Não te posso deixar aqui Silvestre!"
Silvestre - "Ouve uma coisa parceiro, eu prometo que vai correr tudo bem."
Mayorga começa a chorar.
Mayorga - "ESTÁS A MENTIR!! TU PROMETESTE QUE IAS CONTINUAR A SER NOSSO AMIGO!"
Silvestre - "E vou mas a vida nem sempre é como nós queremos, infelizmente... falhei em conseguir que visses o teu pai."
Mayorga - "MAS EU NÃO TE QUERO PERDER A TI TAMBÉM SILVESTRE!! POR FAVOR SILVESTRE NÃO ME ABANDONES!"
Mayorga começa a sangrar dos dedos de tanto tentar rasgar e partir a névoa que o impedia de passar.
Silvestre - "Parceiro..."
O sorriso de Silvestre continuava sempre intacto, mas desta vez coberto de lágrimas.
Silvestre - "Hey... Ceifador, aceitas trocas e contratos certo?"
O Ceifador pela primeira vez fala, com uma voz profunda e grossa.
Ceifador - "Sim humano."
Silvestre - "Eu dou-te a minha ____ se tu deixares o Luiz e o Mayorga viverem em paz juntos outra vez."
Mayorga - "NÃO NÃO NÃO NÃOOOOOOOOOOOOOOOO! SILVESTRE!"
Ceifador - "Contrado Aceite."
Enquanto tudo desaparecia em pó de luz, Silvestre continuava sempre a olhar para Mayorga com o maior dos sorrisos.
Semanas mais tarde.
Era uma pequena vila no inferno, uma vila livre e segura, e nesta pequena casa amarela, viva uma criança e o seu pai.
O rapaz chamava-se Mayorga, e o Luiz é o pai.
Luiz - "Já disse para vires comer, e saires da janela da sala."
Mayorga - "Mas pai está aqui um senhor a espreitar."
Luiz - "Já disse para ignorares os estranhos."
Luiz fecha a janela.
Ceifador - "Trocares a tua existência para as outras pessoas só para salvares a felicidade de uma criança, não é exatamente o mesmo que morrer?"
Silvestre - "Ceifador tu sabes quando um verdadeiro homem morre?"
Ceifador - "Não... quando?"
Silvestre - "Eu sabia que não eras homem o suficiente..."
O cowboy que ninguém conhece mete pés ao caminho, para viver sozinho para sempre, mas feliz com as suas ações.
FIM