Quanto a certeza de que ele vai realmente retornar... Bom, pode-se dizer que nem mesmo ele sabe. Talvez apenas o Destino, àquele brutamonte.
"Ohhh, pirralho, homens devem levar sua palavra a sério, afinal, podemos comer o que quiser, mas não falar o que quiser. Me trazer uma beldade? Humph, então me traga uma Delfier se tiver a habilidade, o que me diz? Elas sim são beldades além do nível celestial, não como qualquer mulher ralé que se vê por aí e que pode-se usar apenas para trocar o óleo." Enquanto falava, o Ciclope lançou um olhar imperceptível para a região onde Bai Qein estava sentada no chão.
Woshhh!
Ouvindo a voz do Ciclope e percebendo aquele rabo de olho, Bai Qein levantou como uma gata que teve o rabo pisado. Seus dentes se apertaram e um olhar de loucura brotou em seu rosto nesse momento.
"Seu múmia inútil, você acha que esta senhora tem medo de trocar uma vida pela outra? Continue a falar asneiras e veremos se eu não enfio essas espadas em sua bunda. Velho tarado e inútil. Humph." Bai Qein estava para se lançar sobre o homem quando se lembrou do olhar anterior do homem à sua frente.
Ela percebeu que ele a olhava com um sorriso gentil e caloroso. Porém, ela sabia muito bem que sobre aquele sorriso, uma intenção horripilante aguardava por aqueles que ousasse tentar a sorte.
Ela com certeza não tentaria.
"Haha, tio pode ficar tranquilo, desde que eu venha aqui no retorno, trarei algo para te satisfazer." Disse Athar ao Ciclope enquanto sorria.
"Tarados..." Bai Qein lançou um olhar de rabo de olho para Athar e não pôde evitar em amaldiçoar o último.
"Homens só pensam nisso?"
"Ei, é melhor você se comportar, afinal, tem um bom tempo que eu também não troco o óleo, portanto..." Athar claramente ouviu o que Bai Qein disse e ele não deixou uma oportunidade como esta passar despercebida.
"Ham? Inútil, você ousaria?" Em frente a tamanha arrogância do homem à distância, Bai Qein perdeu completamente o censo de perigo ao gritar com Athar. Quando ela percebeu o que tinha feito, já era tarde demais.
Ela focou seu olhar nos olhos do homem à sua frente que agora tinha apenas um majestoso manto negro cobrindo sua figura, a armadura majestosa de antes já não existia mais. O homem tinha um sorriso enquanto a encarava. Uma luz azul brilhou em seus olhos e uma voz carregando um sentimento ilusório percorreu toda a região.
"Mulher, independente da hora ou lugar, ainda não existe algo que eu, Athar, não ouso fazer. Então, não se preocupe, seu tempo virá. Afinal, agora..." Enquanto Athar falava, uma aura real e majestosa emanou do seu corpo e percorreu a área circundante.
Até mesmo o Ciclope que estava alheio ao que estava acontecendo entre os dois, não pôde evitar e acabou tendo todos os poros do seu corpo se abrindo ao exalar um medo indescritível. "Ainda bem que não fomos ao extremo, caso contrário, não sei mais qual poderia ser o resultado." Pensou o Ciclope.
Uma aura escura e fria cobriu tudo e todos enquanto ele terminava sua frase:
"...afinal, agora sua vida me pertence."
Quando Athar terminou de falar, um sorriso resplandescente brilhou em seu rosto. Ele não tinha motivos específicos para brincar com aquela mulher, mas se ela realmente tentasse a sorte, Athar não se importaria de deixá-la se afogar em suas próprias palavras.
Ao ouvir o que o homem à sua frente disse, Bai Qein pareceu ficar em transe por um tempo, antes de finalmente saltar em susto.
Apesar de não ser uma mulher extremamente linda, Bai Qein não tinha nenhuma dificuldade em levar uma cidade capital ao colapso. O Ciclope simplesmente a ofendeu pelo ódio que ele sentia por ela. De forma alguma ele iria rejeitar uma mulher como Bai Qein.
"Quem... Sua cabeça foi amassada por uma porta? Por que minha vida lhe pertence? Não sou sua esposa e muito menos uma conhecida. Portanto, enxergue seu lugar ao tomar a vida de alguém tão levianamente." Urrou Bai Qein ao olhar para Athar.
Vendo os dois ao ponto de pular no pescoço um do outro, o Ciclope não conseguiu evitar e acabou soltando uma hilária gargalhada.
"Então, se você continuasse a luta com o tio ali, teria certeza absoluta de vitória? Até onde eu vi, você estava à mercê dele como um coelho em frente a um tigre. Você pode mentir para si mesma, mas para os outros não, absolutamente não. No momento em que você não se importou em se defender daquela lança que voava em direção ao seu coração, sua vida não te pertence mais. Portanto, a não ser que você morra de verdade, ou de alguma forma pague a dívida que tem comigo, sua vida é minha. Então, diga-me mulher, o quanto ela vale?" Athar olhou diretamente para Bai Qein ao falar. Ele sabia que a última estava apenas procurando um motivo qualquer para se soltar dos seus grilhões.
Bang!
Um som alto reverberou pela atmosfera enquanto o portão agora começava a se abrir. Uma luz branca e prateada reluziu pela atmosfera, cobrindo toda a região circundante com um brilho de deixar alguém cego.
Athar não se importava com toda essa barulheira, ele apenas se focava completamente na mulher à sua frente enquanto aguardava uma resposta.
"Minha vida pertence somente a mim e não é uma dívida a ser paga para um ninguém como você." Urrou Bai Qein. Porém, ela podia sentir no seu âmago que suas palavras não continham a pressão e arrogância que originalmente deveriam ter.
Athar sorriu lindamente ao ouvir a resposta da mulher. Devido a força da última, ele não esperava uma resposta diferente. Na verdade, se ela cedesse tão rapidamente, ele ficaria realmente desapontado com ela, afinal, devido a força dela, ele tinha um tipo de expectativa para ela.
Sua força era tão atraente quanto sua experiência no Domínio da Punição.
Pelo orgulho e arrogância que Bai Qein demonstrou ao chegar aqui, ele sabia que ela não era uma pessoa qualquer. Portanto, Athar sabia claramente como lidar com esse tipo de pessoa.
"Errado, sua vida me pertence. E como eu sei que você não vai se matar, quando este portão terminar de abrir, você irá me seguir como uma mulher de verdade e ouvir tudo o que tenho a dizer. Mas se depois de tudo isso eu estiver realmente te julgado mal, você pode se matar e tudo terminará aqui. Só poderei então, lamentar por ter um olho tão ruim para as pessoas." Disse Athar enquanto sorria para Bai Qein.
Uma aura fria e escura permeava seu corpo enquanto falava, causando um tremor intenso no coração de qualquer um.
"Você sonha acordado. Eu não te pedi para me salvar, consequentemente, não te devo minha vida. Siga seu caminho e eu sigo o meu." Disse Bai Qein de modo calmo e composto. Athar se assustou um pouco ao ouvir a mulher, porém, ele podia ver nos olhos da última que algum sentimento complicado e difícil de aceitar brilharam lá por um instante.
"Pessoas pequenas sempre encontram pequenas desculpas para escapar de uma grande responsabilidade. Mas tudo bem, faça como quiser." Athar não se importou mais com a mulher quando lhe deu as costas e voltou seu olhar para o portão à sua frente.
Ele sentiu uma energia espacial gigantesca emanando do portão nesse momento. Se ele caísse em tal energia de forma despreparada, ter seu corpo da alma transformado em particular se luz seria o mínimo que aconteceria.
"O portão se abrirá em alguns instantes, até lá, a energia espacial vai estabilizar e criar uma passagem diretamente para o Quinto Círculo. Nesse momento você poderá entrar, no entanto, em qual região do Quinto Círculo você chegará vai depender da sua sorte." Percebendo o olhar de Athar, o Ciclope disse ao mesmo tempo em que injetava uma enorme quantidade de energia sobre sua mão. Ativar o Quinto Portão não era algo fácil.
"Ei, se você realmente quer levá-la, terão que entrar em contato fisicamente, caso contrário, uma vez que entrem no Portão separadamente, serão enviados para lugares diferentes. Isso é algo que não pode ser controlado." O Ciclope aumentou o tom de voz ao dizer. Ele realmente queria ver o mundo em caos, uma vez que o relacionamento entre Athar e Bai Qein estava longe de ser amigável.
Vê-los de mãos juntas então? Haha, será algo lindo de se ver.
"Haha, o tio não precisa se preocupar, cada um sabe de suas responsabilidades e as consequências que elas trazem ao serem negligenciadas, portanto, está tudo bem, eu sei o que devo fazer." Ao contrário da expectativa do Ciclope, que queria ver os dois numa briga ferrenha, Athar não deu importância às palavras dele.
Foi como se o homem não se importasse nem um pouco se a mulher fosse ou não junto. Ele parecia estar em total controle sobre tudo ao seu redor.
O Ciclope acabou sorrindo de forma triste. Ele não conseguiu causar nenhum pânico no homem à sua frente.
Tap!
Athar deu alguns passos à frente e ficou a poucos metros do gigantesco portão. Ele podia sentir uma energia maligna contendo uma fúria inexplicável emanando do mesmo.
Nesse momento, uma abertura de trinta centímetros estava à sua frente. Mais alguns minutos e teria espaço suficiente para uma pessoa passar.
Percebendo que ainda tinha algum tempo, Athar fechou os olhos enquanto sentia toda aquela energia furiosa que batia em seu corpo. Ele sabia que se fosse alguém mais fraco, já teria entrado em pânico e perdido todo o raciocínio.
O Quinto Círculo era muito mais mortal do que o Segundo Círculo.
À distância, Bai Qein assiste a toda aquela cena e por um instante, ela não sabia o que fazer. Se ela recuasse, ela teria falhado na missão do seu Mestre, causando um choque intenso em sua personalidade e posição. Se ela fosse adiante, seria o mesmo que assumir que todas as palavras do homem à sua frente fossem verdadeiras e que ela realmente lhe devia a vida.
Portanto, ela não sabia o que fazer.
Bang!
Um som gigantesco ecoou pela região quando o Quinto Portão atingiu quase dois metros de largura. Espaço mais do que suficiente para duas pessoas passarem juntas.
"Hahaha." Athar riu para os céus ao ver a energia prateada à sua frente emanando uma infinita energia espacial.
O momento finalmente chegou.