Chereads / Assim eu me tornei! / Chapter 34 - 34 - Sol Divino III

Chapter 34 - 34 - Sol Divino III

Após uma batalha árdua, onde Astracar e Sekiro, juntamente com o exército, conseguiram repelir os inimigos com bravura, o campo de batalha cede lugar a um silêncio pesado, pontuado apenas pelos gemidos dos feridos e o farfalhar das tendas ao vento. O cansaço era visível nos rostos de cada soldado, mas havia também um vislumbre de alívio; a vitória estava assegurada, ao menos por ora.

Astracar, com seu manto ainda resplandecendo sob o sol poente, mesmo manchada pelo conflito, convoca o soldado de mais alta patente remanescente para uma reunião estratégica. Era crucial aproveitar o momento de trégua para reorganizar e planejar os próximos passos. O soldado, reconhecível por suas insígnias distintas e postura imponente, se aproxima da tenda central com passos decididos.

A tenda de Astracar estava estrategicamente posicionada no coração do acampamento, permitindo uma visão ampla do perímetro e fácil acesso aos seus comandados. Dentro dela, uma mesa rústica de campanha já estava preparada com mapas e relatórios espalhados sobre ela, iluminados pela luz trêmula de velas.

Sekiro, o leal companheiro de Astracar, permanece ao seu lado, uma presença silenciosa e vigilante. Sua figura imponente e a espada embainhada ao cinto transmitiam uma mensagem clara: a segurança de Astracar não seria comprometida. Sentado em uma cadeira simples, mas robusta, Astracar aguardava, com um olhar que mesclava fadiga e determinação.

O soldado adentra a tenda e faz uma saudação formal. Astracar acena com um gesto para que ele se sente, e sem delongas, inicia a discussão sobre as táticas a serem empregadas, os recursos disponíveis e as possíveis ameaças que ainda poderiam estar à espreita. A reunião estratégica estava em curso, e o destino de muitos dependia das decisões tomadas naquela modesta tenda de lona.

Astracar, com a testa franzida em concentração, estende um mapa sobre a mesa, seus dedos traçando rotas e marcando pontos estratégicos. Ele convoca seus batedores mais confiáveis, instruindo-os a se misturarem às sombras da noite para localizar o acampamento inimigo. "Precisamos saber onde eles estão se reagrupando," ele diz com uma voz que carrega o peso do comando.

Enquanto isso, ele se volta para o restante do exército, organizando as tropas em formações defensivas. "Fortifiquem as posições! Preparem armadilhas e barricadas! Nenhum inimigo passará," ordena ele, movendo-se entre os soldados, inspecionando suas armas e armaduras, assegurando-se de que cada homem e mulher esteja pronto para o que virá ao amanhecer.

Sekiro, observando silenciosamente até agora, se aproxima de Astracar com um olhar inquisitivo. "Você está preparado para o que deve ser feito, Astracar? Para liderar estes homens e mulheres à vitória, mesmo que isso signifique sujar suas mãos com o sangue dos inimigos mais uma vez?" ele pergunta, sua voz baixa, mas carregada de significado.

Astracar levanta os olhos, encontrando o olhar de Sekiro. "Eu fiz um juramento para proteger esta terra e seu povo," ele responde firmemente. "Se para cumprir meu dever, eu devo sujar minhas mãos, então que assim seja. Mas não é o sangue que busco, é a paz que virá depois. E farei tudo o que estiver ao meu alcance para alcançá-la."

Com essa resolução gravada em seu rosto, Astracar volta sua atenção para o mapa, sua mente trabalhando incansavelmente para antecipar cada movimento do inimigo. Sekiro assente, reconhecendo a determinação de seu líder, e juntos, eles continuam a planejar a defesa, a noite avançando enquanto eles preparam seu exército para o inevitável confronto que se aproxima.

Os soldados, com olhos cansados e feridos, observavam Astracar e Sekiro com uma mistura de gratidão e determinação. Suas expressões variavam, mas havia um fio comum de esperança em seus rostos.

Alguns dos feridos sorriam fraco, agradecendo a cura que Astracar proporcionou com sua energia sagrada. Eles sabiam que estavam nas mãos de um líder que não hesitaria em usar seus dons para protegê-los.

Outros soldados, ainda sujos de sangue e poeira da batalha, trocavam olhares significativos. Eles compartilhavam histórias silenciosas de coragem e sacrifício, lembrando-se dos companheiros que haviam caído. Mas também havia uma determinação em seus olhos; eles estavam prontos para lutar novamente, se necessário.

Um jovem recruta, com o braço enfaixado, aproximou-se de Astracar. Seus olhos brilhavam de admiração e medo. "Senhor," disse ele com voz trêmula, "nunca vi alguém como você. Essa energia... é divina."

Astracar colocou a mão no ombro do jovem. "Nós todos temos uma parte dessa divindade dentro de nós," respondeu ele. "Agora descanse, soldado. Amanhã será outro dia de batalha, e precisaremos de toda a força que pudermos reunir."

Sekiro permaneceu em silêncio, observando os soldados com seus olhos penetrantes. Ele sabia que a jornada estava longe de terminar, mas confiava em Astracar para liderá-los. Juntos, eles formavam uma equipe improvável, unidos pela busca da paz em meio à guerra. E, naquele momento, os soldados encontraram conforto e esperança nas palavras e ações de seus líderes.