Enquanto Bruno folheava o documento misterioso que encontrara no apartamento abandonado, suas mãos tremiam de antecipação e medo. Cada palavra impressa parecia lançar uma sombra mais escura sobre sua mente já tumultuada pelo álcool e pela ansiedade.
O documento descrevia em detalhes os métodos sinistros utilizados pela organização conhecida como PEV em seus experimentos com "monstros interiores". Bruno sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto lia sobre as práticas perturbadoras que aconteciam nas sombras da sociedade.
Segundo o documento, a PEV se dedicava a explorar os recessos mais profundos da mente humana, em busca de segredos e traumas que pudessem ser manipulados para seus próprios fins. Eles acreditavam que dentro de cada indivíduo residiam monstros interiores, manifestações de medo e escuridão que podiam ser despertadas e controladas.
Para alcançar esse objetivo, a PEV empregava uma variedade de técnicas psicológicas e experimentais, desde a hipnose até a tortura psicológica. Eles conduziam experimentos em cobaias humanas, sujeitando-as a condições extremas e observando as respostas de seus "monstros interiores".
Bruno sentiu seu estômago revirar ao imaginar os horrores que essas pessoas deviam ter enfrentado nas mãos da PEV. Ele se perguntava quem eram essas cobaias e como haviam sido atraídas para os braços da organização sinistra.
Mas o documento não parava por aí. Ele também descrevia uma técnica peculiar de hipnose coletiva que a PEV usava para controlar as mentes de suas vítimas. Segundo as informações, a organização era capaz de criar uma espécie de campo de sugestão mental, envolvendo um grupo de pessoas em uma ilusão compartilhada.
Essa hipnose coletiva permitia que a PEV manipulasse as mentes de suas vítimas, fazendo com que vissem e ouvissem coisas que não estavam lá. Era uma forma de controle mental macabra, projetada para subjugar a vontade das pessoas e mantê-las sob o domínio da organização.
À medida que Bruno mergulhava mais fundo no documento, ele sentia uma mistura de fascínio e repulsa. A ideia de monstros interiores e hipnose coletiva parecia saída de um filme de terror, mas ali estava ele, diante de provas concretas de que tais práticas eram reais.
Enquanto terminava de ler o último parágrafo, Bruno foi assaltado por uma sensação de desespero e impotência. Ele se sentia como um peão em um jogo muito maior, uma vítima em potencial nas mãos da PEV e de seus experimentos obscuros.
Mas, apesar do medo que o dominava, Bruno também sentia uma centelha de determinação queimando dentro dele. Ele sabia que não podia ficar parado e permitir que a PEV continuasse suas atrocidades impunemente. Ele precisava agir, encontrar uma maneira de expor a organização e acabar com seus planos malignos de uma vez por todas.
Com essa resolução firme em sua mente, Bruno guardou o documento em seu bolso e saiu do apartamento abandonado. A noite escura o envolvia enquanto ele se afastava, mas dentro dele ardia uma luz de determinação, pronta para iluminar o caminho rumo à justiça e à verdade.