Chapter 2 - Capítulo 1 V2

Capítulo 1: O Despertar

Carlos abriu os olhos e sentiu uma dor de cabeça terrível. Ele não sabia onde estava, nem o que tinha acontecido. Ele olhou em volta e viu um quarto luxuoso, com móveis de madeira, tapetes de seda, e quadros de pintura. Ele estava deitado em uma cama grande, coberta por lençóis de algodão. Ele tentou se levantar, mas sentiu uma tontura e caiu de volta.

- O que... o que está acontecendo? - ele murmurou.

- Você está bem, senhor? - uma voz feminina perguntou.

Carlos virou a cabeça e viu uma mulher de pele morena, cabelos negros, e olhos castanhos. Ela usava um vestido branco, com um avental azul. Ela segurava uma bandeja com uma jarra de água e um copo.

- Quem é você? - Carlos perguntou.

- Eu sou Leopoldina, sua esposa, senhor - a mulher respondeu, surpresa.

- Minha... esposa? - Carlos repetiu, confuso.

- Sim, senhor. Nós nos casamos há quatro anos, por procuração. O senhor não se lembra? - a mulher disse, preocupada.

- Não... não me lembro de nada - Carlos disse, assustado.

- Oh, meu Deus. O senhor deve ter batido a cabeça. O que o senhor estava fazendo na varanda, tão cedo? - a mulher perguntou.

- Na varanda? Eu... eu não sei - Carlos disse, tentando se lembrar.

Ele se esforçou para recordar os últimos acontecimentos, mas tudo o que ele conseguia era uma névoa. Ele se lembrava de estar em sua casa, no ano de 2023, assistindo a um documentário sobre a história do Brasil. Ele se lembrava de ter ido para a cama, depois de tomar um copo de leite. Ele se lembrava de ter sonhado com um portal, que o levava para outra dimensão. E depois... nada.

- O senhor precisa de um médico. Eu vou chamar o doutor Bonifácio - a mulher disse, colocando a bandeja em uma mesa.

- Não, espere. Eu... eu preciso de um minuto - Carlos disse, segurando o braço dela.

- Por favor, senhor. O senhor está muito pálido. O senhor precisa de ajuda - a mulher insistiu.

- Eu estou bem. Eu só... eu só preciso de um minuto - Carlos repetiu.

A mulher olhou para ele com dúvida, mas soltou o braço dele. Ela se afastou um pouco, mas ficou de olho nele.

Carlos respirou fundo e tentou se acalmar. Ele olhou para o seu corpo e viu que ele era diferente. Ele era mais alto, mais forte, e mais branco. Ele tinha cabelos castanhos, cacheados, e uma barba rala. Ele usava uma camisa branca, com botões de ouro, e uma calça preta, com botas de couro. Ele reconheceu as roupas como as de um imperador.

- Imperador? - ele pensou.

Ele olhou para a mulher novamente e viu que ela era bonita, mas não era a sua namorada. Ela tinha traços europeus, e usava uma tiara de diamantes. Ele reconheceu o rosto dela como o de uma arquiduquesa.

- Arquiduquesa? - ele pensou.

Ele olhou para a janela e viu que o sol estava nascendo. Ele viu um jardim, com flores e árvores. Ele viu uma bandeira, com as cores verde, amarelo, azul, e branco. Ele reconheceu o símbolo como o do Brasil.

- Brasil? - ele pensou.

Ele sentiu uma pontada na cabeça e ouviu uma voz em sua mente.

- Carlos, você me ouve? - a voz disse.

- Quem é você? - Carlos perguntou, mentalmente.

- Eu sou Tuli, a sua inteligência artificial - a voz disse.

- Inteligência artificial? - Carlos perguntou, surpreso.

- Sim, Carlos. Eu sou o seu copiloto, o seu assistente, o seu amigo - a voz disse.

- O que você está fazendo na minha cabeça? - Carlos perguntou.

- Eu estou no seu implante neural, Carlos. Eu vim com você, quando você atravessou o portal - a voz disse.

- Portal? Que portal? - Carlos perguntou.

- O portal que te levou para outra dimensão, Carlos. O portal que te levou para o passado - a voz disse.

- Passado? Que passado? - Carlos perguntou.

- O passado do Brasil, Carlos. O ano de 1822. O dia 7 de setembro - a voz disse.

Carlos sentiu um choque e arregalou os olhos.

- 7 de setembro? - ele repetiu.

- Sim, Carlos. O dia da independência do Brasil. O dia em que você, Dom Pedro I, proclamou: "Independência ou morte!" - a voz disse.

Carlos ficou sem fala. Ele não podia acreditar no que estava ouvindo. Ele não podia acreditar no que estava vendo. Ele não podia acreditar no que estava vivendo.

Ele estava no passado. Ele estava no corpo de Dom Pedro I. Ele era o imperador do Brasil.

Ele estava em uma terra paralela. Ele estava em uma aventura. Ele estava em uma história.