Ninguém percebeu oque tinha acontecido na madrugada aquela noite com Sofi, Constance e o pequeno altar, todos os recém chegados já estavam exaustos com a fuga e o medo, adicionar isso há incredulidade doque presenciaram de tarde acabou exaurindo eles bem além do limite. Todos estavam tão cansados e em um sono tão profundo que só se os goblins atacassem com catapultas eles poderiam acordar, e mesmo que isso acontecesse era possível que alguns ainda preferisem dormir a reagir.
Logo o sol nasceu e com isso o silêncio quase total acabou, com todos os humanos acordando e se dirigindo para suas próprias tarefas. Uma só noite de sono e estômago meio cheio (é preciso racionar bem os alimentos) não foi o suficiente para os recém chegados se recuperarem totalmente, mas pelo menos os deixou mais calmos e receptivos há novas obrigações.
E eles sabiam que se quisesem ver seus lares e vários entes queridos outra vez eles não tinham escolhas além de ajudar na defesa do "vilarejo irmão" contra os goblins. Geralmente eles poderiam até ter entrado em desespero pela ideia de lutar contra as mesmas coisas das quais estavam fugindo, felizmente existem detalhes importantes que impediram isso.
1. Eles foram pegos por um ataque surpresa dos goblins com ferro, oque impediu uma defesa efetiva, mas ainda que desajeitada conseguiu ser forte o suficiente para deixar muitos escaparem.
2. Os goblins que eles enfrentarem ou viram (de longe) sendo enfrentados eram diferentes dos goblins comuns, não só usando armas iguais aos humanos como também táticas e eles também eram levante maiores que goblins comuns, enquanto os goblins aqui seriam do mesmo tipo que eles já estariam "acostumados".
3. Eles não tem escolha além de lutar junto do vilarejo, eles saíram com pouco mais que a roupa do corpo e alguns animais, uma boa parte nem isso conseguiu. Como eles iriam conseguir viajar até a próxima cidade sem suprimentos que seriam necessários para a luta contra os goblins? Roubando? Eles seriam imediatamente descobertos e no mínimo espancados com justa causa.
4. Se o que eles viram ontem com o pequeno altar fosse de fato real, então eles teriam a proteção de alguma entidade superior, oque ajudava consideravelmente no moral.
Graças a isso mesmo que alguns não gostassem e reclamassem em suas mentes, inclusive com vários se fazendo as perguntas clássicas do 'porque aparecer agora?' 'porque aparecer aqui e não lá quando precisamos' 'realmwnte seria um Deus ou demônio?', todos ainda assim ajudavam como podiam.
Alguns ajudavam a construir obstáculos e armadilhas no campo, outros ajudavam na colheita para abrir espaço para esses obstáculos e aumentar os reservatórios de comida (sorte que já era época de colheita, afinal comida para mais de 300 pessoas nunca é demais).
Enquanto uma pequena parte dos recém chegados eram treinados em um combate básico de como usar lanças e escudos, felizmente os voluntários eram na maioria jovens com energia e motivação, tanto os homens quanto as mulheres. Já que foram seus irmãos e irmãs mais velhos que ficaram para trás eles agora sentiam a responsabilidade de proteger suas mães (pelo menos daquelas que não ficaram junto dos pais) e irmãos mais novos.
Um grupo ainda menor dos jovens também era treinada por Ivan e Matt, finalmente liberado, na arte da camuflagem florestal e com o arco tanto para encontrar novas presas quanto para checar os goblins e se possível (coisa que Ivan foi bem enfático quando disse) diminuir um pouco seus números.
Dos pouco mais de 200 recém chegados cerca de 48 ou 50 estavam aptos e se voluntariaram para lutar, para preocupação e desespero de várias mães e alguns avós. Ao todo o pessoal que poderia lutar contra os goblins seriam algo em torno de 100 pessoas, contra um número ainda desconhecido se inimigos.
Normalmente preocupação e medo seriam uma resposta forte, imparável e inevitavel, mas graças tanto ao histórico das duas cominidades e há leve pressão invisível que a entidade ainda desconhecida dava isso não aconteceu, também ajudou todos terem ouvido e visto os cadáveres do nobre e dos cavaleiros de 2 dias atrás, o que dissuadiau os poucos que pretendiam se arriscar e correr com o máximo de comida e bens que conseguisem carregar.
Todos estavam ansiosos, mas os trabalhos constantes ajudavam há distrair nem que fosse um pouco dos pensamentos sombrios. Dentre todos os grupos, um nem sequer tinha tempo de se preocupar com esses pensamentos graças ao trabalho, esse era o grupo do Barton, seus dois aprendizes e mais 2 ferreiros da aldeia vizinha com seus próprios aprendizes. Que literalmente desde o momento que chegaram já tinham começado há trabalhar.
Esse grupo aparentemente pequeno seria considerado excessivo em outras circunstâncias, afinal quantos ferreiros um pequeno vilarejo teria?
Geralmente nenhum, mesmo em tempos de guerra antes ou depois da Corrupção. Mas agora 3 ferreiros estavam em um desses pequenos vilarejos, mesmo que fosse contra uma orda de goblins, isso ainda seria considerado exagerado por alguns, desperdício por outros e uma besteira pela maioria.
O fato é que eles estavam aqui e eles não se permitiam pensar em algo negativo enquanto martelam ferro quente, fazendo tanto lanças reservas quanto pontas de flechas e adagas longas, com o ferro e aço cedidos pelo nobre e seus cavaleiros.
Com o material eles podiam trabalhar sem se preocupar muito, podendo assim suprir todos os 100 e mais pessoas com armas e o leve excendente se tornando reforço para escudos e capacetes cortesia de um dos ferreiros armeiros do vilarejo vizinho.
Porque simplesmente não usar as armas e armaduras já prontas dos cavaleiros então?
Simplesmente porque as armaduras dos
cavaleiros seriam feitas sob medida para eles e mesmo que não fossem não teriam o suficiente para todos os combatentes, e auto suas armas seriam pesadas demais para jovens destreinados.
E se tivessem o suficiente?
Mesmo assim não seria algo prático, afinal os combatentes são meros jovens inexperientes que nunca pegaram em armas, como seria o desempenho deles tendo que usar tanto lança e escudo, que já seriam pesados sozinhos com o peso adicional de uma armadura sem os músculos necessários para tal?
Por todas essas razões eles escolheram desmontar as armaduras e reforja-las em algo que poderia ser prático para eles, sendo esses lanças a arma mais fácil de aprender a usar em pouco tempo e escudos grandes o suficiente para protegelos mas não pesados ha ponto de desequilibrar sendo aplicados uma "fina" camada de ferro para aumentar a proteção mas não pesar muito. E como todos precisam de uma arma sobressalente qual seria melhor que uma adaga longa, sendo essa nada mais que uma faca de cozinha maior e mais afiada.
Além desses grupos ainda havia um que se preparava silenciosamente, sendo esse formado por apenas 4 pessoas. Essas eram as curandeiras da aldeia vizinha que faziam emplastros e remédios das poucas plantas que trouxeram, geralmente elas seriam lideradas por Sofi mas ninguém a vira desde a tarde do último dia, então eram lideradas por Agatha e Gertrude, tendo várias outras mulheres e alguns homens sem a capacidade de lutar ajudando a fazer mais remédios.
Todos tinham as próprias tarefas com impotancia e necessidade mas uma coisa todos faziam pelo menos uma vez por dia, ir até em fente ao altar e rezar para a entidade, inclusive os recém chegados com vários pedindo armas ou comida mas nunca obtendo resposta.
Alguns insatisfeitos tentavam instigar alguma resposta no resto das pessoas mas nunca conseguiam nada, todos sempre respondiam que 'ele' responderia quando tivesse real necessidade, sendo a principal responsável por esse argumento Constance que tinha testemunhado em primeira mão isso acontecer, duas vezes ainda por cima mesmo que ninguém além de Sofi soubesse da segunda.
Porém gracss há isso ela sabia que 'ele' não respondia há pedidos superficiais armas, remédios milagrosos, comida ou mesmo roupas. Ele responderia sim como todos já sabiam mas apenas quando fosse necessário, pela certeza comque ela dizia isso e combinado há "fama" que ela já tinha em relação há 'ele' muitos começaram a considerar que ela como intermédia 'dele' no vilarejo.
Alguns acabaram pedindo para ela que fala-se com 'ele' outros pedindo diretamente coisas há ela, felizmente ninguém era tolo o suficiente para tentar um método mais... bruto com ela, tanto pelo que já tinha acontecido quanto pelo fato dela ser a possível esposa do chefe da aldeia deles.
Ainda que por precisam ela sempre andasse ou com sua amiga Hannah ou seu prometido Dan.
Apesar da ameaça que enfrentavam e da ansiedade que eles tinham sobre aqueles que ficaram lutando contra os goblins na sua aldeia, as coisas ainda conseguiam seguir em uma relativa paz no vilarejo.
Até o terceiro dia quando foram avistados sinais do avanço dos goblins.