Caleb Mamet tinha um rosto bonito.
Abaixo de suas grossas sobrancelhas negras havia um par de olhos sedutores de cerejeira em flor, ligeiramente inclinados para cima. Quando ele olhava alguém, era fácil sentir uma sensação de profundidade em seu olhar.
Era uma pena que com tão boa aparência, ele só precisasse abrir a boca; as palavras que falava sempre deixavam as pessoas infelizes.
Xaviera Evans revirou os olhos, ignorando a discussão de Caleb sobre se era fácil apoiá-la ou não, e foi direto para a sala de jantar.
Dez minutos depois, os pratos delicados foram servidos um a um.
Xaviera deu uma mordida, e era a familiar amargura.
À sua frente, Caleb segurava seus hashis, seus dedos com nós distintos eram como obras de arte.
Notando que o olhar de Xaviera permanecia em sua mão, Caleb falou sem levantar a cabeça: "Você consegue comer só olhando para minha mão?"
Xaviera respondeu confiante: "Só olhar não é suficiente, preciso beijá-la para ficar satisfeita."
Caleb: "..."
Ele subestimou a cara de pau dessa mulher.
Agarrando um guardanapo, Caleb lentamente limpou a boca: "Fico curioso, Senhorita Evans, você é tão ousada com todo mundo?"
Mesmo que já tivessem uma certidão de casamento, tornando-os juridicamente os parentes mais próximos, esse fato não conseguia encobrir o fato de que estavam se encontrando pela primeira vez.
"De jeito nenhum."
Afinal, já fazia anos desde que Xaviera tinha conhecido alguém como Caleb, que pudesse deixá-la saborear doçura.
"Você é único." Essa era a avaliação de Xaviera sobre Caleb.
"Único?"
As sobrancelhas levantadas de Caleb e seus olhos estavam cheios de riso, seu rosto bonito agradável como uma brisa de primavera, "Senhorita Evans, isso é uma confissão escondida?"
Uma confissão?
Com tudo o que aprendeu em seus vinte e três anos de vida, Xaviera não conseguia entender como Caleb poderia relacionar a palavra 'único' a uma confissão.
Ela balançou a cabeça: "Eu não confessei; Eu só gosto das suas mãos."
Ela não escondeu nenhum de seus desejos.
As pessoas que se acostumaram com a amargura eram incrivelmente tentadas pela doçura.
Xaviera até teve o pensamento perverso de cortar os dedos de Caleb e levá-los embora.
Amar seus dedos? Seria algum tipo de fetiche por mãos? Caleb refletiu.
Depois do jantar, Xaviera subiu direto para o quarto primeiro. Como ela não olhou para trás, ela não viu a expressão sem palavras de Caleb em seu rosto.
Essa mulher realmente ia dividir um quarto com ele?
No quarto do terceiro andar, seu telefone, jogado anteriormente na mesa de centro, tocava incessantemente. Xaviera pegou e olhou o identificador de chamadas antes de caminhar em direção à varanda.
Assim que a ligação foi estabelecida, a voz ansiosa e maliciosa de Moore Mamet veio à tona.
"Você está morta, Xaviera? Você não atendeu o telefone!"
Não esperando que Xaviera respondesse, ele continuou de maneira autojusta: "Embora eu queira que você morra logo e acompanhe meu filho não nascido, não quero facilitar sua morte. Quero torturá-la, fazendo-a incapaz de viver ou morrer, e fazer com que você saiba as consequências de mexer com a família Mamet e matar o filho dos Mamet!"
"Quais consequências? Me conte."
O tom de Xaviera era monótono, mas soava provocante aos ouvidos de Moore. Ele ameaçou sinistramente: "Você quer as ações da família Evans, não é? Acredita que eu posso fazer com que você não consiga um centavo? A vida no campo não é difícil? Especialmente para alguém como você que já desfrutou da vida dos ricos. Se eu te jogar de volta lá, você ainda vai conseguir se adaptar? Você vai implorar por misericórdia como um cachorro, pedindo-me para te dar uma chance de sobreviver?"
Depois de algum pensamento, Xaviera respondeu com confiança: "Não."
Sua vida no campo era muito melhor do que estava aqui.
She was too unyielding, and Moore was momentarily at a loss for words.
Xaviera perguntou indiferente: "Então você me ligou só para falar essas besteiras?"
"Claro que não!"
Moore recuperou a compostura, deu uma respiração profunda e voltou ao ponto principal: "Hoje de manhã, quando você estava causando uma cena do lado de fora da vila com a Mag, alguém gravou e enviou para a internet. Agora todo mundo está dizendo que a Mag é uma menina falsa, e os preços das ações de ambas as famílias Mamet e Evans diminuíram bastante. Você precisa vir a público e explicar que foi você que não entendeu e quis forçar um casamento comigo. A Mag é a vítima, e tudo o que ela fez foi para protegê-la de se machucar."
Protegê-la? Xaviera não pôde deixar de rir alto.
"Como Mag me protegeu? Ela sabia com antecedência que você era um homem escroto e te seduziu altruísta para me deixar ver suas verdadeiras cores? Moore, há distorção da verdade e depois há mentir descaradamente. Você está me tratando como idiota?"
"O que você quer dizer com me tratar como idiota? Xaviera, não fale tão duramente."
Moore franziu a testa: "Você é parte da família Evans, não é natural que você ajude quando há problemas? Tudo o que você precisa fazer é vir a público e dizer algumas palavras, e não é como se você fosse perder um pedaço de carne. Do que você está insatisfeito?"
"Eu sou mesmo parte da família Evans, mas não da sua família Evans."
Xaviera apoiou-se no corrimão da varanda, seu olhar fixo na luminária do gramado no pátio, seu rosto claro inexpressivo: "Desde o começo, eu nunca devi nada a Mag. A mãe dela matou a minha mãe, e ela tem ocupado a posição de Senhorita Evans que pertence a mim. Vou pagar todos esses agravos pouco a pouco. O que quer que tenham tirado que não pertence a eles, eles terão que vomitar tudo."
"Você perdeu a cabeça, Xaviera? O que a Mag fez por você não foi suficiente? Ela até quis me dar para você!"