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Chapter 39 - Nosso Papel

O Senhor K foi o primeiro a seguir em direção às portas da mansão. Ele puxou no anel gigante de metal. Quando a porta foi aberta, uma rajada de vento veio em nossa direção. Fechei os olhos quando a poeira se levantou, mas ao abri-los novamente, o Senhor K parecia ter desaparecido.

"Para onde ele foi?" disse Monge.

"Meus olhos estavam fechados," respondeu Kyle.

Olhamos uns para os outros sem ter ideia do que havia acontecido com o Senhor K.

"Bem, vamos entrar então." Gary caminhou em direção à porta sem demonstrar medo ao entrar na mansão.

Dentro da mansão, não era tão espetacular quanto o resto da cidade de Avrion. A mansão mal tinha manutenção. Ao contrário de todos os outros lugares, eles usavam cristais como fonte de luz. Já a mansão ainda tinha velas, o que tornava os quartos incrivelmente escuros.

Ativei olhos de dragão e pude ver várias pessoas dentro da mansão, mas não muitas. Por alguma razão, não consegui encontrar o Senhor K.

"O que devemos fazer?" Monge perguntou.

"Acho melhor esperarmos aqui por enquanto; a pior coisa que podemos fazer é começar a vagar e nos perder," disse Gary.

Então decidimos esperar na entrada da frente. Era improvável que o Senhor K fosse esquecer de nós e ele eventualmente voltaria. De repente, uma faixa de cavaleiro vermelho saiu de uma das portas da sala principal.

"Ei, vocês são calouros? Vejo que são faixas pretas, bem, estão no lugar certo, não se preocupem com isso." Ele disse.

Gary aproveitou essa oportunidade para fazer algumas perguntas ao cavaleiro de faixa vermelha.

"Pensei que apenas os cavaleiros de faixa preta tinham permissão para ficar aqui?"

"Sim, mas para nós, cavaleiros de faixa vermelha, às vezes somos usados ​​para comunicar mensagens entre os diferentes departamentos."

Monge sussurrou no meu ouvido.

"Parece que tivemos sorte, acho que é verdade que tratam os cavaleiros vermelhos como lixo."

"Você sabe alguma coisa sobre os cavaleiros negros?" Gary perguntou.

"Bem, normalmente eu não contaria a ninguém sobre isso, mas já que vocês serão cavaleiros negros de qualquer maneira, não fará mal. Há rumores de que os cavaleiros negros são assassinos. Eles fazem missões secretas como agentes duplos ou são encarregados de matar pessoas."

"Isso não pode ser verdade," Gary gritou. Ele parecia irritado quando o cavaleiro de faixa vermelha mencionou isso.

Gary continuou a reclamar.

"Um cavaleiro nunca faria algo tão sujo quanto um assassinato, eles lutariam com seus inimigos de frente."

O cavaleiro vermelho olhou para Gary como se ele fosse uma criança ingênua.

"Embora algumas pessoas possam achar que é um trabalho sujo, alguém precisa fazê-lo. Eles desempenham um papel importante no reino. Com as Guildas escuras e a peste negra, cavaleiros habilidosos com essas habilidades são necessários."

Gary não respondeu, apenas apertou o punho com força.

"De qualquer maneira, vocês só fiquem aqui, um mestre escudeiro deve descer em breve." O cavaleiro vermelho então saiu da mansão. Assim que a faixa vermelha saiu, Gary se virou para nós e começou a reclamar.

"Você acredita no que ele disse, como um cavaleiro poderia fazer isso?"

Gary estava claramente perturbado com o que ouviu. Enquanto Monge e Kyle pareciam meio animados, eles estavam felizes por não terem sido escolhidos como faixa vermelha e poderiam ajudar o reino.

"Os humanos sempre foram assim, isso não é uma novidade," eu disse.

Naquele momento, um cavaleiro saiu por uma das portas. Ele tinha cabelo loiro curto e uma barba. Parecia ter alguns anos a mais que nós. Ele também usava uma faixa azul, mas tinha uma fita dourada única. O cavaleiro azul caminhou em nossa direção.

"Olá, sou o mestre Squier negro Joesph, pode me chamar de Joe. Vou levá-los para seus quartos temporários hoje à noite aqui. Amanhã começaremos o treinamento cedo. Geralmente, você ficará na sua acomodação normal, mas hoje passará a noite aqui.

Joe nos levou aos andares superiores da mansão. Enquanto caminhávamos, Gary não conseguia deixar de perguntar a Joe sobre as faixas pretas.

"É verdade que as faixas pretas são assassinos?"

"Embora possa não ser um trabalho do qual nos orgulhamos, é verdade. Geralmente só conseguimos cerca de um novo recruta por ano. É incrível termos conseguido quatro este ano. O Sir K explicará mais detalhes a vocês quando for a hora certa."

Gary não disse muita coisa, já que estava pensativo.

Finalmente chegamos a uma porta com uma placa dizendo "cavaleiros escudeiros azuis". Ao entrarmos na sala, estava ainda mais vazia do que a última. Havia 8 camas de solteiro, mas nada mais. Sem mesas, sem cadeiras, apenas camas com seus cobertores.

"Eu sei que é meio vazio, mas é só por uma noite."

Joe fechou a porta atrás dele e nos deixou. De repente, porém, o Senhor K apareceu no quarto. Kyle caiu da cama enquanto se ajeitava para a noite, enquanto Monge tinha o cobertor cobrindo seu rosto.

"Desculpa pelo susto, eu tinha algo urgente para resolver."

Assim que Gary viu o senhor K, ele se aproximou dele para fazer a mesma pergunta, como se não pudesse acreditar nas palavras de mais ninguém.

"É verdade que os cavaleiros de faixa preta são assassinos."

"Você não parece muito empolgado com a decisão. É verdade, cada um de vocês foi escolhido porque os cavaleiros mestres viram algo especial em vocês que os tornariam grandes assassinos. Atualmente, a Academia Avrion está precisando deles mais do que nunca.

"Mas eu fui o melhor, eu deveria ter me tornado um cavaleiro de faixa branca," Gary reclamou.

"Embora certamente tenha impressionado a todos nós e poderia facilmente ter se tornado um cavaleiro de faixa branca, achamos que suas habilidades são mais adequadas para uma faixa preta."

Gary foi até sua cama derrotado.

"Todos vocês devem descansar, amanhã todos na academia receberão o treinamento apropriado para sua classificação por cor. Depois, faremos um treinamento básico em grupo com todos os alunos."

Senhor K então se virou para mim.

"Ray, você precisará ficar para trás para um treinamento adicional depois do treinamento de cores."

Depois de dizer essas palavras, Sir K desapareceu rapidamente no ar, sem me dar tempo de perguntar o que exatamente eu precisaria fazer.