Capítulo 10 - Eu posso colocar em palavras? Não vou colocar em palavras! Quebre todas as barreiras dos mundos alternativos e destrua a matrix! Parte 1
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— Então, Yuki, qual é o plano?
Sado perguntou quando saltou da ilha grande do supermercado até uma pequena ilhota. Yuki mais a frente, que pulava de ilhota em ilhota, chutava as pequenas ilhas para Sado conseguir atravessar o abismo abaixo deles com mais segurança.
O jovem era meio desengonçado até para isso.
— O plano? — incitou, ela — O plano é chegar lá, lutar com todas as nossas forças, e sair vitorioso no fim.
— Tá brincando comigo? — reclamou ele com esse plano simplório.
— Nem um pouco, Sado. Ele é um mago extremamente poderoso que criou toda essa dimensão paralela. Negociar ou tentar bolar um esquema para pegá-lo desprevenido não vai funcionar. É isso o que acontece quando se enfrenta um oponente muito superior.
— Caramba... Pra você falar assim, não posso deixar de ficar assustado. E o seu Ioiô do sei lá o quê? Você deu uma surra unilateral bonita naquela maga gótica. Não pode fazer o mesmo com esse cara endemoninhado e vencemos?
Sado se lembrou daquele Ioiô mágico extremamente poderoso que Yuki utilizou um dia. Aos olhos dele, provavelmente superava qualquer arma branca da face da Terra, a lança da maga e o taco de beisebol metálico de Maxuel Willians.
Porém....
— Eu o utilizei a pouco tempo. Ele está em um estado de refrigério.
— Mas que raios!? É tipo um RPG onde seu ataque mais forte só pode ser usado uma vez ao dia!?
Se Yuki não pode usar sua própria arma de livre e espontânea vontade, não significa que ela não têm total controle da mesma?
— Forçar o núcleo de mana a invocar o Ioiô do Cataclismo sem que ele esteja devidamente carregado com energia mágica especial, seria como usar uma arma recém forjada, só que você não esperou o ferreiro pô-la na água para resfriar e depois modelar mais um pouco com algumas batidas. Pense nisso para facilitar.
— Então é como se ele estivesse quente?
— ....Sim. É como se meu Ioiô do Cataclismo estivesse quente e precisando de uma polida. Ele faz isso naturalmente então deixamos isso de lado.
— E como que ele faz isso a si próprio? Qual a explicação científica por de trás de isso?
— Deixamos isso de lado.
— Seu Ioiô tem vida própria então?
— Deixamos isso de lado.
Enquanto Sado seguia as costas magras da pequena Yuki com tapa-olho, ele percebeu que o jeito de falar dela estava indiferente novamente.
Seria sua luta interna contra o controle mental do ser que criou este mundo-réplica?
"O peso que ela tem que carregar com essas coisas mágicas... Se eu puder fazer algo pra aliviar esse peso..."
Ele apertou seu punho com força se sentindo frustrado em ser um inútil que de nada tinha conhecimento.
"Ele vai pagar."
Sua raiva e frustração foi então direcionada aquele que era o centro da maldade aqui. Era isso o que Sado vivia fazendo. Ele vivia delegando sua falta de utilidade e atributos para algo ou alguém que considerasse mau.
Foi assim que ele sempre viveu.
Enquanto seguia Yuki pelo caminho de ilhotas, algumas do tamanho de um pé e outras maiores que um banco de praça ou até mesmo um pequeno quarto de apartamento, Sado mudou de pensamento e pergunta:
— Ei, Yuki, pensando aqui... Eu não vi a tal "forma nova" ou algo assim, que parecia que iria vir de você. Não vai me dizer que só mudou para um tapa-olho e nada mais, né?
— Hum? Por quê discutir sobre isso agora? É irrelevante para o nosso objetivo.
— Nossa, você estava tão mais fofa quando ficou tristinha e se abriu pra mim.
— ....Entendo.
Parecia que Yuki ao ser perdoada pelo Sado e se redimir no final com a pequena resolução deles, voltou ao modo "semiconsciente" onde sua personalidade mudava para um tanto mais grave e sem humor.
— Mudança de personalidade, é? Está com uma mente bipolar por causa do cara mau?
— ....Ele ainda tenta enviar incômodos dentro do meu cérebro por causa deste corpo criado aqui. Mas não vai vencer. Pois bem, minha forma nunca antes vista... Deixe-a para o esquecimento.
— ...Certo. Não vou falar mais nada então.
Sado se sentiu um pouco triste pois Yuki não deu nenhuma confiança em relação à ele para lhe contar tal segredo. O que será que era? Isso ficou na mente dele por um breve instante.
Entretanto, para o menino, se Yuki não dizia, então quer dizer que não tem tanta relevância. Certo?
— Ali, estamos voltando para o prédio.
— Não brinca!? Todo esse mundo mal gerado estava atrás do prédio gigantesco!? Qual é a desse cara!? Senso de estética horroroso! A vista da janela é muito tenebrosa!
— Esse mundo é a camada mais baixa dos mundos que ele criou para te manter preso enquanto tentava tomar o meu corpo à força.
— Quando você fala assim, faz parecer que foi um caso grave de tentativa de abuso...
Ignorando os comentários extremamente inúteis e desnecessários de Yasutora Sado, Yuki continua:
— Imagine como uma enorme maquete do tamanho de vários quarteirões, mas não chega a ser toda a cidade. Sendo assim, pode-se dizer que saímos da área construída da maquete e estamos vagando pela parte de fora do isopor.
— ...Isso parece assustador! O que aconteceria se eu escorregasse o pé agora e caísse? Eu cairia para sempre!?
— Acalme-se, isso aqui não é um mundo infinito. O abismo que você enxerga logo abaixo dos nossos pés tem um final.
— Ufa, então eu não cairia infinitamente? — Sado se sentiu bastante seguro agora.
— Cairia por uns 2 dias até que o abismo perceba sua estranha existência e te mande para o céu. Você cairia para baixo vindo de cima agora e jamais conseguiria sair desse looping caindo infinitamente para o mesmo lugar.
— Mas o q-... Eu pensei que você ia me dar uma resposta reconfortante! Dois dias caindo para baixo e depois eu sou transportado magicamente para cima? Aliás, dois dias em queda-livre não é muito exagero não? Qual a distância desse abismo?
— Certamente muito menor que a distancia entre o oceano Pacífico, do Japão à América do Sul, por exemplo.
— Isso não anima a ninguém mas muito obrigado pela consideração!
Ele engoliu saliva não querendo mais pensar nisso, então, livrando-se desse sofrimento, Yuki e Sado pisaram em terra firme.
Eles estavam à alguns metros da parte de trás do prédio.
Não havia nada anormal por aqui.
— Ali, usemos o beco que o enorme edifício escondeu de nós. Esta ali a passagem para fora dessa dimensão.
— Oh, finalmente vamos sair e voltar ao mundo real!
— Claro que não. Esse é o mundo mais distante. Você faz ideia de quantos mundos você foi colocado, um dentro do outro?
— Nem ideia, eu não contei.
— Dezenas. Teremos que passar por todas as réplicas que você foi colocado, até chegarmos à raiz de todo esse mal.
— O vilão do sábado...
— Vilão do sábado?
— Decidi chamar ele assim agora. Ele arruinou o meu sábado!
— É bom ver que está com todo esse espírito, porque vamos precisar disso para passar do obstáculo mais difícil em cada um deles.
Assim disse Yuki indo em direção ao beco. Logo no fundo se via um círculo pintado com uma espécie de tintura vermelha, mas tinha um cheiro ferroso.
Na frente dele, Sado ao lado, ele questiona:
— O obstáculo mais difícil?
— O que você acha que também foi replicado umas dezenas de vezes, em cada mundo diferente?
Sem dar margens para que ele pense sobre isso...
— É claro. Eu.
Assim começa à parte mais difícil de todo esse sábado. Sair vivo de dezenas de mundos paralelos.
Assim que ela falou isso, disse também:
— Sado, toque o círculo e ele será quebrado. Todo esse mundo irá ruir e sairemos daqui direto para o próximo. Faremos isso assim por diante, até o último. Até o fim.
— Deixa comigo.
Não havia objeções aqui. Se era isso então assim será feito após isso.
O jovem estendeu sua palma qualquer e tocou o círculo mágico que tanto tentava alcançar e toda vez que chegava perto era posto em outro mundo idêntico de novo e de novo.
Com um sentimento de vingança e completude, ele bateu no círculo.
O mundo então pareceu se quebrar como se eles estivessem dentro de uma bola de cristal.
Rachaduras surgiram nos céus e terra.
Tudo ruiu em uma fração de segundo.
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Mundo 27: Destruído com sucesso.
Dificuldade da volta: Baixa
Mundos restantes: 26
Estado atual de Yuki: Saudável / revigorada / semiconsciente.
Estado atual de Sado: Saudável / revigorado / um pouco de cansaço mental.
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Comentário do autor: Me desculpem pelo capítulo curto, a parte 2 será maior, eu prometo! De qualquer forma, a capa da obra foi atualizada! Agora tem até logo! Vejam, vejam! Aliás, meu aniversário foi dia 21 do mês de Janeiro, gostaria de tê-lo preparado para postar um capítulo grande, porém não consegui, sinto muito, novamente. Bem, sobre aniversários, havia um motivo para a data de aniversário do Sado, porém irei mudar isso para uma outra. A explicação permanecerá um mistério por enquanto. Vejo você no próximo capítulo! Dewah~!