"Desiste pai! Nós somos três, tu és apenas um! Pai?"
"Galena, é o teu nome certo minha querida? Creio que o teu pai fugio."
Afirmava Silvestre
"Hpmm... que perca de tempo."
Galena aproxima-se de Mors, enquanto o mesmo, se bocejava de aborrecimento e beija-o na boca.
Mors empurra Galena atirando-a ao chão
"Tu és uma cabra ou quê?! Bates mal? Eu perdi a minha mulher à apenas semanas, já para não falar que és só uma miúda de 17 anos, cresce e aparece caralho!"
"... peço desculpa."
Mors abala deixando Galena e Silvestre sozinhos.
"Eu não sabia..."
Disse Galena
"Não te preocupes, ele é mesmo assim. Quando é que fazes anos, só para saber?"
Silvestre estava curioso
"Dia 1 de Janeiro, porquê?"
"Para... comprar um presente."
Algumas horas se passaram e o grupo montou uma tenda no meio do mato.
"Porquê que ela veio conosco?"
Pergunta Mors irritado.
"Eu sei que nunca te contrario, mas a tua atitude com a rapariga hoje foi estúpida, ela não pode simplesmente adivinhar o teu passado."
Diz Silvestre
"E isso muda o facto de que me beijou? E porque raio o fez?"
"Porque a ajudas-te e porque gosta de ti! É verdade, és boa pessoa, mas continuas a afastar tudo e todos!"
Mors levanta-se e esmurra Silvestre.
"Nunca mais, me deis ordens ou digas como devo agir!"
"Como queiras... "
Passado algumas horas
"Podemos falar?"
Diz Mors
"Sim, claro."
Responde Galena
"Desculpa, as minhas atitudes hoje, eu sei que não o fizeste despropósito..."
"Tu também não Mors, não te preocupes. Eu simplesmente, após tentar matar o meu pai, e lembrar-me da morte da minha mãe, precisava de alguém que me desse amor..."
"Eu não percebo dessas coisas, nem tenho tempo para tal coisa, mas tens a certeza que esse é problema?"
"Huh?"
"Querer amor não é apenas uma desculpa por não te amares a ti mesma?"
"..."
"Pensa nisso, Galena."
Galena deita a cabeça no colo de Mors, enquanto (Mors provavelmente deseja não estar ali) Silvestre observa de longe com um sorriso.
"Só te enganas a ti mesmo."
Murmura Silvestre