Olho para cima e encontro com os olhos frios e misteriosos daquele homem. Não sei explicar mais senti uma forte conexão com esse homem, que por sinal era um tremendo gato.
O coração de cristal que eu tinha pegado brilhava muito na minha mão, parecia que me pertencia, parecia ser algo que não era desse mundo.
Estava começando a achar dessa vez que realmente fiquei louca, mas não gostei muito de perceber que tudo era real. Quando aquela voz doce e rouca começou a soar.
*** — Finalmente te achei — sorrir olhando em meus olhos — Quanto tempo esperei por você— diz me confundindo.
— O que uma bela dama faz aqui tarde da noite?
— Eu? Eu... — fiquei sem palavras, não sabia o que fazer. Aqueles olhos estavam me hipnotizando — do nada começou a ter uma crise risos estava achando aquilo tudo uma loucura.
*** — Do que você está rindo? Posso saber? — Pergunta o homem na minha frente, mas não consigo nem dizer uma palavra.
— É tão engraçado olhar para mim?
— Me desculpe, acho que tomei café demais hoje, parece que eu estou alucinando — Eu falo pensando na quantidades de café que bebi hoje, fazer o que era bom demais.
Parece que tudo isso é um sonho, pensei comigo mesma. Será que estou mesmo alucinando ou tudo é real, um homem com asas falando comigo e um coração de cristal na minha mão. Isso tudo era muita loucura para um dia só, isso mesmo deve ser um sonho...
*** — Infelizmente não é um sonho — respondeu o "cupido"
— Como leu meus pensamentos?! — Pergunto incrédula
*Cupido* — Bem... é uns dos meus poderes ruivinha, mais — o homem de olhos azuis oceanos iria falar alguma coisa mais eu o cortei.
— Ata, você espere mesmo que eu acredite que vc é um anjo, ou sei lá um Cupido? — falo sarcasticamente.
* Cupido* — Na verdade eu sou o Cupido — diz ele, cruzando os braços.
— Pois eu não acredito — eu digo com uma sobrancelha levantada em sinal de desafio.
* Cupido* — Você é uma ruivinha teimosa né?
— Você não é um Cupido nem aqui ou em qualquer lugar do mundo — Falo olhando em seus olhos azuis, tão azuis que eram quase violeta.
* Cupido* — Porque não? — fica serio.
— Porque ... o amor não existe e se o amor não existe, os Cupidos também não — Eu digo tentando parecer lógica.
* Cupido*— Ah Entendi! Você é aquele tipo de humano que não acredita no amor — diz ele com um sorriso glorioso.
Estava chocada aquele homem parecia ter saído de um livro ou filme de ficção porque era muito perfeito para ser um ser humano.
— Nossa! Palmas para o grande gênio aqui! — digo com sarcasmo — Como você adivinhou? Nossa! nem precisou ler minha mente para descobrir isso né? — Completei, observando que a mesma rua onde estava, que antes estava lotada agora não tinha alma viva.
* Cupido*— Não precisei — respondeu — Mais chega de enrolação quero saber o que de tão especial você tem para como uma simples reles humana como você ser a minha prometida... — fala pensativo.
— Uma reles humana?! — falei sentindo o sangue ferver — Olha aqui seu patati-patata, não quero brincar de circo com você.
* Cupido* — Não estou aqui para brincar — fala se aproximando e pegando uma mecha de cabelo — Mais bem que iria adorar te fazer meu novo brinquedinho, ruivinha.
Sinto meu coração disparar com seu toque, e quase desmaiei quando sussurrou no meu ouvido.
— Com licença ... tenho mais o que fazer — Tirei bruscamente seus ásperos dedos do meu cabelo e me virei para ir embora, mais sinto uma mão me parar.
* Cupido*— Onde pensa que vai?
— Eu vou... — tento falar alguma coisa mais sinto um arrepio cor pela minha espinha com seu toque, nunca tinha sentido isso antes.
Suas mães agora seguram possesivamente minha cintura, e não consigo sair de seu aperto. Chegando cada vez mais perto do meu rosto, quase rosando seus lábios nos meus.
— Me deixe em paz! — digo chutando seus países de baixo com toda força que conseguir reuni.
* Cupido*— Ei! Sua nanica baixinha!— grita segurando seu membro se contorcendo em dor.
— O que foi vai começar a me dar apelidos agora? — pergunto encarando o mesmo — As vezes agente encontra cada louco na rua — resmungo
* Cupido*— Eu não sou louco! Você ainda me paga por essa joelhada — Vociferar — Você não sabe o que sou capaz!!!
— Capaz de que? O que você vai fazer? — Cruzei os braços em forma de desafio — Você vai me punir por toda a eternidade ou algo assim — rio da cara dele, porém o mesmo começa a ficar vermelho de raiva e então me arrependi do que havia feito.
" Ops! Acho que irritei o Cupido!"
* Cupido*— Não vou te castigar por toda eternidade, poderia se eu quisesse, mais vou apenas leva-la ao meu mundo — disse seriamente me olhando com aqueles olhos azuis — Afinal o cristal te escolheu por alguma razão, você deve ser especial...
— Eu não vou em lugar nenhum com você — digo apontando para sua cara — Você não manda em mim!
* Cupido*— Então me devolva o coração de cristal — fala olhando em direção a minha mão, nem tinha percebido que até agora eu o segurava.
— Pode ficar com essa porra, não ligo mesmo — digo devolvendo o cristal mais assim que toca na mão do cupido o mesmo volta para mim.
* Cupido*— Sem dúvidas você é a escolhida — olha para mim abismado, parecendo feliz.
— Escolhida para que?
* Cupido*— Você verá minha Alice.
Simples sumiu igual fumaça, do mesmo jeito que chegou se foi, me deixando muito confusa. Resolvi então guarda o cristal no bolso do meu casaco, peguei meu celular e quando vi tinha 20 ligações perdidas de maju, alguma coisa tinha acontecido.
Enquanto eu dirigia pela skywood, me peguei pensando na última frase dita pelo cupido "minha". Quem ele pensava que era? Não sou de ninguém! Nunca vou ser seu brinquedinho, não quero ter mais o coração partido. Nunca vou ser dele!
Foi o que pensei na época mais estava muito enganada...