Chereads / The Rise Of A Lost World / Chapter 1 - Volume 1: Prólogo - Capítulo 1: A Invasão

The Rise Of A Lost World

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Synopsis

Chapter 1 - Volume 1: Prólogo - Capítulo 1: A Invasão

Há milhares de anos, na era da tecnologia, os humanos conheceram uma nova forma de poder, que chamaram de Ki. Houveram cada vez mais descobertas, guerras e ambições. Com tantos acontecimentos estranhos ocorrendo um após o outro, tanto a humanidade quanto a verdade e o mundo, se perderam. Porém, a realidade tem de vir à tona. Como? Onde? Por quê? Por quem? Tudo isso será respondido com a história de um garoto, que superou seus defeitos, buscou a verdade e a compreendeu.

Em um dia de manhã comum e ensolarada, num vilarejo distante, localizado na ponta de um certo Reino famoso e poderoso, algumas crianças em torno dos seus 15 anos, discutiam:

— Eu já falei! Não tem chances disso acontecer! — disse um garoto de cabelos loiros, Gustav.

— Não importa, mesmo se acontecesse, meu irmão nos protegeria! — dizia um garoto de cabelo prateado, enchendo a boca para falar de seu irmão mais velho.

— Ahhh, lá vem ele falar do irmão de novo! Você tem algum vício nele ou algo assim?! — exclamou uma garota morena de cabelos cacheados, Sakura, batendo com a mão na cara.

— De toda forma, eu só disse o que ouvi — deu de ombros um garoto de cabelo preto bagunçado e óculos. Arthur.

— Arthur, seria bem difícil pessoas de outra nação virem aqui para nos governar e entregar para alienígenas. Sério, onde você ouve essas coisas?! — disse uma garota bem séria. Lilia.

— E-Eu concordo com a Lilia..— murmurou uma garota loira de olhos verde-claro. Roxy.

— Ahhh que seja! Só estou preocupado com o resultado dos testes! Eu quero ser um grande Cavaleiro assim como o meu irmão, então tenho que ser forte! — exclamou Levi, com muita paixão pelo que falara.

— Sim! Eu também quero ser um Cavaleiro!

— Afff, sério... Por que vocês se importam tanto com isso?! É só um teste bobo, não vai decidir nosso futuro como Cavaleiros! — Gustav não é um aluno "exemplar" e nem um garoto tão talentoso, então tem certos receios contra testes.

— Você só está falando isso porque sempre é o mais fraco da turma! — todos murmuram.

— Oi? Nada a ver, haha, só acho que esse teste vale de nada!! — Gustav desviava o olhar. — Bem, enfim. Vamos logo que já estamos quase atrasados!

— Certo! — todos concordaram.

Eles continuaram andando despreocupados e chegaram em seu colégio. Sentaram-se em suas carteiras e logo a professora chegou.

— Há aproximadamente 2 Mil anos, nossos grandes ancestrais, Julius Transcendens e Williams Immanence, lutaram ferozmente contra seres repugnantes e horrendos. Quem pode citá-los? — disse uma mulher, professora, alta, com aparência gentil, mas caráter orgulhoso.

— Se me permite, professora. Contra os Elfos. Um dos antigos "5 Grandes Seres" mundiais, sendo eles: "Humanos", "Anões", "Meio-feras", "Feras" e "Elfos" — disse um garoto de cabelos e olhos claros, de forma tão elegante que deixou todos calados, prestando atenção em cada movimento de seus lábios. Vincent Vinti, o irmão 4 anos mais velho de Lilia, que estava na turma como monitor da classe.

— Muito bem, Vincent. Porém nem todas as raças participaram da "Grande Guerra Milenar", como os "Meio-feras" e os "Anões". Isso é pelo fato de que decidiram não escolher um lado. Alguém sabe o porquê? — disse a professora, esperando que dessa vez algum aluno respondesse.

— Eu. Os Meio-feras eram muito fracos, e os anões tinham grandes negócios com ambos os lados da intriga. Além de que os Elfos não suportavam os Meio-feras e eles não queriam fazer "peso" para os humanos.

— Exatamente, Lilia! Após essa guerra, os Elfos foram dizimados e as outras espécies tiveram uma grande baixa em seus números. Assim sendo, hoje a Glorificatus-Humanos é a espécie dominante, com maior conhecimento e poder — complementou a professora, olhando para toda a turma e se deparando com um aluno em específico. — E... Gustav, você está dormindo de novo?! — perguntou a professora, furiosa por conta do desrespeito do aluno, mas não surpresa, já que todos os outros anos foram assim.

— Ãh? Ah, sim, sim. Desculpe. Eita! Olha a hora, já estamos dispensados?

— Você só pode estar me testando! Vá para a dire- — a professora foi interrompida por um homem alto, em seus 40 anos. Cronos Vinti. O diretor da academia. Também pai de Lilia e Vincent. — D-Diretor Cronos... Já está na hora dos resultados dos testes?

— Exatamente. Quero todos reunidos no pátio em 10 minutos.

— Gustav! Já está na hora, pronto para ser humilhado de novo?! Hahahahaha. Inúteis como você nem deviam estar nessa instituição. — dizia Vincent, de forma arrogante.

— Ah... na verdade, estou pronto sim! Hihihi! — Gustav já havia sido provocado por Vincent diversas vezes. Na verdade, o bullying é rotineiro em sua vida, de modo que nem se importava mais.

No pátio da Instituição

— Boa tarde, peço a atenção de todos. Sou o diretor da Academia Primária da Vila de Vinti. Uma das instituições que visam auxiliar o fortalecimento dos alunos em relação à compreensão e manipulação do Ki. Acredito que todos ou ao menos a maioria de vocês estão aqui com o intuito de serem Cavaleiros-celestiais no futuro. Ou seja, alcançarem ao menos o nível Despertado Estágio 1. Para isso, logicamente, precisam ter uma força de 100 kg, 100 pontos de velocidade e 100 estrelas de Ki em seus núcleos de Ki. Sendo assim, darei os resultados dos testes iniciais. Gostaria de lembrá-los que no final do ano, teremos o teste final. Aqueles que não atingirem o nível Bronze até lá, não poderão continuar na minha instituição. E aqueles que conseguirem, poderão cursar na Grand Academia de Vera Cruz — discursou o Diretor Cronos, com olhar de superioridade. Ele é arrogante, suas palavras fazem os ouvidos de todos doerem.

— Eeeii, como assim? Expulsão? Não sabia desse detalhe! Ha… haha... — dizia Gustav, assustado com a declaração do professor.

— Você não sabia? Enfim, já que estamos no último ano dos princípios básicos e a academia só atinge esse fundamento, nós não poderemos avançar além do nível Bronze aqui, ou seja, teremos de sair. Porém o Diretor Cronos conseguiu um acordo com a Academia da Capital e, com isso, quem sair daqui e tiver bastante potencial, poderá estudar lá. Também como forma de cortar os gastos com alunos sem potencial, eles não permitem estudar aqui novamente. — disse Lilia, sem ao menos 1 mudança em sua expressão facial.

— Ahhhh entendi... Absolutamente nada!

— Você é burro — respondeu Lilia pacificamente.

— Ahh de toda forma é só atingir o nível Bronze, certo?! E temos o ano todo ainda! Não vai ser tão difícil assim, né...?! — dizia Gustav enquanto todos lhes encaravam e o diretor dizia:

— Gustav Lark, último ano dos princípios básicos: 10 kg de força, 5 pontos de velocidade e 3 estrelas de Ki. Credo, isso é mesmo um aluno da minha instituição? "Lark", deve ser aquele inútil do filho da Zenith e do Gunther... Isso faz bastante sentido até kekekeke… — pensou o Diretor Cronos, debochando da falta de habilidade de Gustav. — Nível no Ranking: Inútil.

— Não deve ser tão difícil assim, né?! — Os outros murmuram juntos encarando Gustav.

— Ha... Haha... Me ferrei!

De volta à sala de aula

— Sério, Gustav. Se você realmente quer se tornar um cavaleiro, tem que treinar, estudar e se esforçar mais — Levi estava aconselhando Gustav com as palavras do seu próprio irmão. — Meu irmão me disse que um bom Cavaleiro nunca deixa de treinar, mesmo que seja só por um dia!

— Para você é fácil falar, senhor sabichão. Certeza que teve algum treino especial. Sério?! Quer que eu engula que com treino, estudo e esforço você não só alcançou o nível Despertado com 7 anos, como agora já está no nível de Despertado Estágio 2?! Certeza que é essa sua genética de "bonitão" — retrucava Gustav. Acontecera que de fato Levi é um garoto bonito e genial. Com apenas 7 anos já havia despertado seu primeiro elemento, a água, e continuou treinando para superar seu irmão.

— Bem, meu irmão de fato me ensinou algumas coisinhas. Mas esse não é o caso. Veja Lilia. Ela pode ser sobrinha do melhor amigo do meu irmão, mas não teve contato com ele. Ainda assim é bem forte. 60 pontos estelares não é para qualquer um.

— Sério?! Você realmente pegou a filha do DIRETOR, neta do LORDE DA VILA VINTI como exemplo?

— Ah... Bem, tem razão. Roxy?

— A filha do professor que literalmente nos ensina técnicas de Ki?!

— Ahhh está bem, está bem. E o Arthur?!

— Sortudo. — Gustav respondeu sem ao menos hesitar.

— Ei, qual é! Isso nem faz sentido. Não é um pré-requisito para — Levi dizia até ouvir a voz de fundo do Arthur:

— Hehehe! Acabei de achar 100 conto!

— Ou talvez seja... — Levi terminou.

— Pois é! Todos vocês são especiais! Mas relaxe. Sei que a minha hora vai chegar!

— Exatamente! Esse é o espírito! Agora preste atenção na au- — Levi foi interrompido.

— O que é is- — A professora se perguntava, mas logo foi interrompida por um grande sinal de emergência.

Ao ouvir esse sinal, todos sabiam o que deveriam fazer. Mas ninguém estava preparado emocionalmente para tal. Um sinal alto e grave, que repercute por toda Nação de Vera Cruz. Perigo. Era o que todos pensavam.

— Rá-rápido, alunos. Vamos ao Bunker... De segurança...! — dizia a professora, com medo mas tentando acalmar seus alunos e lhes passar segurança.

— Professora Mirian, há feras por toda a nação, por todos os lados. Precisamos correr rápido! Aqui está a minha identificação — disse um Cavaleiro, mandado para escoltar os alunos da instituição. Ele lhes mostrou um pedaço de metal de prata, com o símbolo dos cavaleiros de Vera Cruz e seus dados.

— Certo... Eu... Vamos, crianças! — disse a professora.

Fora da instituição, tempos antes do sinal tocar

Ouviam-se gritos por toda parte e também muitos prisioneiros foram libertos em meio ao caos, o que tornou tudo ainda pior.

— Ekekekeke já que de todo jeito vou morrer, que seja depois de experimentar uma gracinha em seu auge! Onde fica mesmo aquela escola? — dizia um prisioneiro.

De volta à Instituição

— Ouçam bem, por conta dos terremotos e muito trânsito de pessoas, será difícil acessarmos os túneis. Teremos de ir por fora, o caminho para os Bunkers ainda está um pouco seguro, então vamos! — disse a professora, confiando que caso ocorresse algo, os Cavaleiros poderiam ajudá-los.

— Gente, vocês acham que vai dar tudo certo..? Não que eu esteja com medo! — disse Levi.

— O que foi isso? Cadê aquele metido a bonitão que confia o corpo e a alma no irmão? Ele não é o todo-poderoso isso e aquilo? Vai dar tudo certo! — disse Arthur.

— Sim, claro... Mas ele foi numa missão há quase 3 anos e ainda não voltou... Nem sei se ainda está vi- — Levi continuava até ser interrompido por Gustav

— Ei! Preste atenção no que está falando! Estamos todos juntos, vai dar tudo certo! Seu idiota metido a bonitão! Hihihi.

— Er... Gustav... Como você consegue ser tão corajoso? Eu estou com medo...! — dizia Roxy timidamente.

— Hã? Hehehe... A Roxy fica tão fofa com medo! Tenho que mostrar ser corajoso na frente dela, mesmo me cagando por dentro! Hahaha, isso são anos de prática. Posso derrotar qualquer um desses com um soco! Não é atoa que me chamam de "One Punch Man" Hihihi... Se estiver com tanto medo assim, eu deixo você segurar a minha mão! — disse Gustav, tremendo mas com uma aparência corajosa.

— Ninguém te chama assim! — murmuram Arthur e Levi.

— Ah, sério?! Obrigada, Gustav! — disse Roxy, aliviada.

— Certo, alunos. Sigam o exemplo de Gustav e Roxy. Deem as mãos um para os outros e não se percam! — disse a professora, mais tranquila por nada de tão grave ter acontecido até o momento

— Hihi, eu sei que você se faz de durona, mas deve estar horrorizada né, Lilia? Lilia?! — disse Levi, desesperado por não encontrá-la. — Professora, a Lilia sumiu!

— Quem?! Lilia?! Merda, onde ela está?! — ficaram todos chocados.

Não só Lilia mas Sakura e outras garotas também já não estavam entre eles. Levi olhou para todos os lados e viu 5 homens com as meninas em suas costas.

— Ali! Foram sequestradas!

— Merda! Como isso foi acontecer?! Fiquem aqui crianças e- — a professora passava instruções, até ela ver 3 garotos correndo na direção dos bandidos. — Não, os três, parem! Vamos, segurança! Fiquem aqui. Já voltamos!

— Ei, cara! Elas são bem lindinhas! Hehehe, já que vamos todos morrer, não deve ter problema! Certo?!

— Claro que não! — Conversavam os bandidos. — Essa aqui vai ser minha, o chefe já deve estar se divertindo com a cacheadinha e aquela outra dos olhos fundos!

— Kkekkekek, aquele sortudo! Eu iria vendê-las, mas duvido que alguém vá comprá-las com o mundo acabando!

— Parem aí, agora! — exclamaram os garotos.

— Hã?! Moleques?! Vamos acabar com eles!

— Agora, Levi! — gritaram Arthur e Gustav.

— Certo! — ele fez uma bola de água e impulsionou os dois para frente, que estavam já preparados para socar os bandidos.

— Toma essa! — gritaram os dois, batendo nos sequestradores.

— Rick! — apenas 2 dos sequestradores caíram, mas logo chegaram o segurança que estava na instituição e mais alguns cavaleiros-celestiais.

Rapidamente, os 3 seguiram reto, até ouvirem os gritos de Sakura e Lilia.

— Não! Socorro! Não faça isso! — Gritavam as garotas. Ambas estavam no chão, com algumas feridas e as roupas rasgadas. Porém nada pior havia acontecido.

— Hehehe, fique caladinha, vamos, você é tão fof- — antes do canalha chegar a fazer algo pior, chegaram Arthur, Levi e Gustav cujo ajudaram suas amigas, com algumas cavaleiras-celestiais que a Professora Mirian havia encontrado pelo caminho e pedido por ajuda.

— Parece que chegamos a tempo! Agora, vamos! — ordenou a líder do grupo das cavaleiras.

Essa situação foi logo resolvida e as Cavaleiras fizeram questão de escoltar a turma até o local de refúgio. A professora ajudou as garotas a se vestirem e logo tudo se acalmou. Mas em meio a essa confusão, um minuto de paz era muito.

— Estamos todas bem agora! Obrigada, garotos! — agradeceram Sakura e Lilia.

— Hehehe sem problemas!

— Ah, e... Moça, você faz parte daquele esquadrão de mulheres? As Amazonas?! — perguntou Sakura.

O esquadrão Amazonas é um esquadrão focado em mulheres. A capitã desse esquadrão é uma mulher bela e gentil, que quer mostrar e provar que mulheres podem ser independentes. Sakura é uma típica garota "independente e extrovertida", claro que se inspira muito para entrar nesse esquadrão.

— Na verdade não... Mas queremos muito ser notadas pelo esquadrão! É basicamente nosso sonho de infância... — dizia a aventureira com um sorriso.

— Mas vocês são fortes, certeza que vão se destacar! Eu também um dia quero ser uma Cavaleira-Celestial do Esquadrão Amazonas!

— Sério?! Hehe... Então vamos fazer uma aposta. Quando você entrar na Guilda da Capital, eu já serei alguém de destaque no esquadrão, aceita?!

— Oi? Sério? Sim, aceito o desafio!

— Uou, que impressionante Sakura, não esperava que — Antes de Gustav terminar sua frase, uma bola de fogo explosiva atingiu uma área próxima, as aventureiras que estavam com eles agiram, mas não foram rápidas o suficiente.

Após alguns minutos, Arthur e Gustav estavam de pé e se olhando, mas ainda estava tudo muito confuso. Zumbidos soavam em seus ouvidos, principalmente nos de Levi, Sakura e Lilia, por estarem mais próximos da explosão.

Em outro local na cidade de Vinti

— Precisamos de 100 Cavaleiros no portão leste, 200 no portão oeste, vão! — disse um homem de barba branca, com quase 70 anos. Seu nome é Silver Vinti, filho do recém-falecido ex-Lorde da Cidade, Guts Vinti.

— Sim, senhor!

— Porque isso aconteceu logo agora?! Bem quando ele não está! — pensou Silver.

— Senhor, há muitos deles, precisamos de uma força maior!

— Maior?! Quantos perdemos?! — perguntou Silver com um tom preocupado e assustado. Como tudo isso aconteceu tão de repente?

— Quase 1.500 cavaleiros, Senhor!

— Vá à Capital Melchior, e peça informações sobre o 4° Poder! Há quanto tempo ele não retorna de sua última missão?

— Sim, Senhor! Também vim avisar que os outros Lordes de Cidades querem uma reunião.

— Entendo... Avise ao informante que estou a caminho. Alguma notícia do Julius?

— Certo, me despeço aqui!

Após essa troca de informações, Silver foi à Capital Melchior para participar da reunião. Andando, seria uma viagem que duraria um pouco mais de 1 semana, de carruagem, alguns poucos dias. Mas Silver era um cavaleiro-celestial, essa viagem não duraria mais que algumas horas voando. No caminho, ele percebia todo o caos causado pelas feras.

Assim que chegou, decidiram ouvir a versão de cada Lorde sobre os acontecimentos. As histórias batiam. Estava tudo normal 2 horas atrás, até que ouviram um som, a barreira contra as Feras se abriu e monstros atacaram. Algo que surpreendeu a todos, foi que o 4° poder, Julius Vermilion, estava desaparecido. Tinha sido enviado numa missão há quase 3 anos, para achar e eliminar o que estava afetando as Feras, fazendo elas serem mais selvagens e agressivas que o normal.

A capital já havia feito ligações para outras nações, pedindo ajuda e, das 6, apenas 1 conseguiu contato com os informantes de Vera Cruz e aceitou enviar o "Poder" deles e seus aliados. Sendo assim, bastava esperar que ele chegasse e tudo ficaria melhor.

Em um lugar distante

— Julius, me entregue os artefatos! Já matei milhares dos seus, eu não queria ter de fazer isso. Vá salvá-los e me dê as relíquias! — disse um ser belo, que não estava feliz com o que fazia. Não dava para ver seu rosto, mas sua mera silhueta era graciosa.

— Haha! Gabriel, me entenda. Não posso deixar mais humanos morrerem, sei que você não tem outra opção além de exterminá-los, e entendo o que causaram para você e para o mundo. Mas eu te prometo, eu posso achar uma forma de acabar com isso! Por enquanto, apenas aguarde por 50 anos, não deve ser muito tempo para você, certo?! — disse Julius, suplicando ao ser.

— Acha que ficarei parado vendo os mundos serem totalmente destruídos?! Pessoas sendo aniquiladas?!

— Haha, eu sei que você não ficaria por vontade própria. Seu senso de justiça é belo. Para te segurar, usarei meu último recurso! Pessoal, vão à Vera Cruz e ajudem-nos. Encontrarei vocês lá...

— N-Não pode ser... "Último recurso"? Não me diga que... — disse uma bela garota, desejando que estivesse errada.

— É necessário, Silvane. Vá. Encontrarei vocês lá...

— Não há nada que possamos fazer... Porra! Se eu fosse mais forte, se tivéssemos mais tempo... Julius, é bom se encontrar conosco, certo?! — disse um jovem, 25 anos. Amigo de infância de Julius. Truker Vinti.

— Você ainda me deve 10 conto, não esquecerei disso!

— Julius, nos encontre mesmo e me pague aquele jantar!

— Não se preocupem. É bom estar tudo limpo quando eu voltar!

Julius se despediu rapidamente de seus amigos, enquanto segurava o ser.

— Isso só vai segurá-lo por, no máximo, 50 anos... terei de confiar nas histórias… Então vamos lá, Gabriel.

— Você acha mesmo que pode algo contra mim?! Não há sequer 1 ataque seu que funcione!

— Isso eu já percebi...

Nesse exato momento, eles ficaram totalmente imóveis por 2 minutos. Ao menos, era o que podia ser visto aos olhos de pessoas comuns. Na verdade, eles estavam lutando ferozmente, seus níveis pareciam iguais, mas Julius ainda tinha uma desvantagem gigante: Ele é humano. Para vencer um ser como esse, seria necessário no mínimo mais 1000 anos acumulando experiências em batalhas deste nível. Parecia suicídio, mas ele tinha uma carta na manga.

Enquanto estava desaparecido, Julius havia descoberto muitas verdades, o suficiente para chamar a atenção do Lorde Angelical e fazer ele enviar um de seus pilares para lhe caçar. Ele só não esperava que Julius havia chegado ao 2° estágio da luz. Assim, teve ele mesmo que ir investigar tal feito. Não que seus pilares fossem impotentes perante Julius. E sim porque um humano alcançar tal feito é extremamente perigoso!

E cá estamos. Claro que não há como vencer o Lorde Angelical apenas com o poder do 2° estágio da Luz, mas ainda sim, havia algo que ele podia fazer. No lugar onde Julius estava, tinham muitos especialistas nas artes de selamento e aprisionamento. Óbvio que ele não deixaria essa chance escapar. Aprendeu essas técnicas e as aplicou no 2° estágio da Luz, o Tempo.

— Gabriel, isso acaba aqui! Reflita sobre suas ações! — após algumas trocas de golpes com o intuito de cansar o Lorde Angelical, Julius se afasta e faz o selo para a arte do Aprisionamento Temporal.

— Então é isso. Garoto, não será a primeira vez que serei aprisionado. O único problema é a chatice e o tédio. Esse Aprisionamento Temporal nem ao menos está completo, em um pouco menos de 50 anos, estarei livre! Se eu resistisse, quebraria facilmente seu aprisionamento. Escolho confiar em suas palavras. — declarou o Lorde, com sério respeito por Julius, que estava se sacrificando para salvar seus próximos.

— É o que veremos. Seria uma honra lutar com você novamente, se fosse possível. — Disse Julius, ao completar o selamento. — Hora de ir para casa.

Após uma intensa batalha neste mundo desconhecido, Julius finalmente volta para a sua terra natal, Vera Cruz, mais especificamente, o Vilarejo de Vinti. Ao chegar, a maior parte das feras havia desistido de lutar, após terem recobrado sua consciência. Uma boa parte havia sido derrotada mas ainda haviam algumas poderosas feras espalhadas pelo reino. Ainda assim, um sentimento de que algo estava errado, não saia da sua cabeça.

No local da explosão anterior

— Vamos, Arthur! Nós podemos ser fortes, vamos atacar aquela fera! Ela vai se encher de medo de nós! — dizia Gustav, que já havia melhorado seus sentidos.

— E-Eu não sei bem disso... Nós somos só crianças, podemos mesmo fazer isso...? — respondeu Arthur, ainda um pouco confuso.

— Ali! As garotas acordaram! Lilia, Sakura, olhem aqui!

— Se você diz... Ei! Olhe, está caindo! Corra! Gustav, aquele é-

— Arthur? Gustav? Ah, sim... Teve uma explosão e... O que é isso...? Está caindo...? — pensou Levi, observando o seu redor e vendo um pedaço do teto de uma casa que estava prestes a cair. Ao seguir o trajeto do talhado, percebeu que cairia em cima das garotas. — Ah, não! Garotas! CORRAM! Não vai dar tempo de fazer uma bola de água FUJAM! — Levi gritou e se jogou.

Nesse momento, Gustav e Arthur viram seu amigo, Levi, pulado e salvando as garotas, prevenindo que o teto da casa caísse por cima delas. Foi uma tristeza sem igual. Ficaram os dois parados, olhando fixamente para o local. Seu amigo havia "morrido" bem na frente deles.

— Le-Levi... O... O que... Como…

— Ele... Salvou...

— LEVI!! LEVI!! NÃO, NÃO PODE SER!!! LEVI!! — Gritava um homem em torno dos 25 anos, de cabelo prateado, cansado e cheio de machucados. Julius gritava pela morte de seu irmão.

— Ei... Irmão... Não fique… assim... Eu acho que... Consegui ser.... Um herói... Como você...? Estava com saudade... Te amo. — Murmurou Levi, cheio de dor.

— Suas batidas! Ah, graças a Deus, você vai ficar bem!

Enquanto Julius segurava o corpo de Levi, Arthur e Gustav choravam por conta do susto e alívio ao lado dele, com Sakura, Lilia e Roxy que havia chegado após a explosão.

Fim do Cap 1

Curiosidades: Vera Cruz → Um dos primeiros nomes do Brasil.

Referências: One Punch Man (anime/mangá)

Até semana que vem!

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