Andressa podia sentir que seu cheiro não estava agradável. Havia perdido as contas de quantos dias se passaram desde que tomara seu último banho. Devia ter meses, pois sua barriga estava bem grande. Quando ela passava, algumas pessoas a fitavam com piedade e outras com desprezo. Ela não se importava. Só ela sabia do que precisara fugir para estar ali com vida, junto com seu bebê. Parou no lixo do restaurante que sempre vinha, para pegar restos. Desconfiava que o garçom passou a jogar coisas ali para que ela encontrasse, pois depois da primeira vez que ele a surpreendeu remexendo o lixo e ela lhe explicara que não tinha como conseguir emprego por causa de sua idade e da gravidez, encontrava frutas em bom estado e as vezes até um marmitex que não foi mexido. Passou a ser grata a ele, mas nunca mais o encontrou para agradecer. Ela simplesmente chegava ali, sabendo que encontraria algo com que alimentar a si mesma e seu bebê.
Esta noite ela encontrara metade de uma pizza e uma garrafinha de suco de laranja fechada. Sentou-se por ali mesmo e comeu com apetite. Quando terminou seu jantar, que estava longe de a ter deixado saciada, começou a pensar no que sempre evitava, mas dessa vez, as lembranças insistiram em vir à tona.
Assim que Gabriel saíra do quarto, ela correu e a trancou por dentro. Em três minutos estava vestida e já saia pela janela. Estava no primeiro andar, o que a fez acreditar que o universo conspirava para que sua fuga fosse um sucesso. Com apenas um pulo, conseguiu a liberdade. Saiu correndo. Precisava se situar de onde estava, para poder ficar realmente livre. Enquanto estivesse pisando no solo carioca, correria perigo. Conseguiu alcançar o ponto de ônibus que levava para a zona sul. Para sua felicidade, sabia que ali também era caminho de muitos caminhoneiros. Ficou apreensiva, enquanto pedia carona e pedia a Deus que fosse alguém do bem que parasse para ela. Não demorou muito e um deles parou.
_ Está indo para onde mocinha? – O motorista, que devia ter uns trinta anos perguntou desconfiado.
_ Preciso de ajuda. Estou grávida e jurada de morte. – Ela mentiu pensando rápido. – Preciso partir do Rio de Janeiro.
_ Estou indo para Curitiba. A viagem é longa e eu não tenho como alimentar você durante o percurso.
Andressa se lembrou do cartão.
_ Você mora em Curitiba?
_ Não. Vim descarregar no Rio e peguei carga para Curitiba. Sou de Minas Gerais.
_ Tenho um cartão comigo. Não é roubado. É meu, mas pode ser rastreado. Se você concordar, passamos em um posto e abasteço o caminhão com ele e aproveito para fazer compras de alimentos não perecíveis.
_ Se fizer isso, eles te rastrearão e vão matar nós três. – O motorista disse, mas pela sua expressão, Andressa percebeu que ele estava pesando as vantagens.
_ Não. Eles não vão saber dizer quem usou o cartão, no posto eles não registram em que foi gasto o cartão. De qualquer forma. Jamais saberão para onde fomos.
E com aquelas palavras, o motorista que já estava tentado a aceitar, a mandou subir. O que ela fez imediatamente e começaram a viajem. Fizeram como planejado e Andressa dormia nos bancos da frente, enquanto o motorista dormia em sua confortável cama da cabine. Ela não se importou. Seus pensamentos a levavam todo momento para Andrey, o que ela lamentava, pois já tinha decidido que o esqueceria. Havia noites em que ela chorava por estar indo para longe do homem que amava. Porém, isso acabou quando chegaram em Curitiba. Andressa foi deixada sem cerimonias em um bairro que parecia ser o centro da cidade e nunca mais viu aquele motorista. Ela sabia que logo morreria de frio com aquelas vestes. Começou a andar para ver se isso faria com que se aquecesse, funcionou por um tempo. Logo um vento gelado começou a soprar e ela entendeu que se não conseguisse um agasalho ou abrigo, morreria de frio. Começou a olhar para as casas. As poucas que tinham, pois a maioria ali era comércio, eram cercadas com zelo, como se para afastar mesmo as pessoas como ela.
Andressa continuou andando por mais alguns minutos, se abraçando, tentando assim afastar o frio. Havia em sua frente um lugar que se ela ainda estivesse em sua terra natal e segura, ela atravessaria a rua para não passar perto. Era um acampamento improvisado com caixotes e lonas que abrigavam mendigos. Ela sentiu medo, mas se obrigou a ir até lá. O cheiro era horrível e ela teve ânsias de vomito ao vê-los usar drogas e contar casos. Nem repararam quando se aproximou. Então ela teve que chamar a atenção deles. Era um homem e duas mulheres. Quando ouviram seus pigarros, a fitaram tranquilamente. Uma das mulheres sorriu com seus poucos dentes de forma debochada e se levantou, junto com os outros. Ela não se aproximou de Andressa, o que a deixou muito grata.
_ O que quer aqui menina? – A mulher de poucos dentes perguntou, enquanto tirava uma bituca de cigarro do bolso e acendia com o isqueiro.
_ Estou com frio. – Andressa não sabia mais o que dizer além disso.
A mulher deu uma risada e olhou para trás onde estavam seus companheiros.
_ Ela está com frio gente. E pelo sotaque, não é daqui. – Ela disse e ficou a observando por um tempo. Os outros não diziam nada. Pareciam estar em outro mundo. Depois jogou o que sobrou do cigarro no chão e pisou nele. – Aline, dê uma blusa para ela e um cobertor. O que mais ganhamos aqui são essas coisas, então temos de sobra... Para sua sorte... – Ela olhou novamente para Andressa e pareceu ter uma ideia, e não deixou Andressa esperando para saber. – Olha mocinha... Você é jovem e muito bonita. Você pode ganhar muito dinheiro aqui.
_ Não vou me prostituir. Estou grávida. – Andressa disse sabendo imediatamente a intenção dela. Temeu que ela a atacasse, mas ela apenas acenou concordando enquanto a outra moça me entregava uma pesada blusa e uma coberta. Andressa estranhou e agradeceu intimamente por a roupa não estar com cheiro ruim.
_ Você tem o direito de escolher. Mas depois que seu filho nascer, você fará qualquer coisa para sustenta-lo, e quando a justiça o tomar de você, porque vai. Aqui não deixam mães prostitutas que não tem teto com crianças, então você vai começar a usar bebidas fortes que os homens vão lhe oferecer, e dentro de pouco tempo, vai estar como nós aqui.
Andressa a ouviu e sentiu que ela lhe rogava uma praga, e suas palavras a fizeram sentir medo. Medo porquê ela fugiu para que seu filho ficasse vivo e protegido por ela e aquela mendiga ignorante, relatou o que realmente nunca havia passado por sua mente. Se a descobrissem como moradora de rua com uma criança, a tomariam dela.
_ Obrigada pelo agasalho. – Andressa disse e saiu dali quase correndo. Continuou andando. Precisava pensar em algo urgente. A única forma que ela via de sair da rua, era ir trabalhar em alguma casa de família, que a aceitasse grávida. Ela não se importava de trabalhar só pelo teto. Ela só não queria perder o filho.
Caminhou umas duas horas até entrar em um bairro que parecia estar começando ainda. Tinha poucas casas e a maioria ainda em construção. Ela entrou com cuidado em uma delas, que já haviam colocado laje e procurando um cantinho que não ventasse tanto, deitou-se para dormir. O sono veio rápido, mas foi uma tormenta. Sonhou a noite inteira que lhe roubavam seu bebê. A cada roubo, um rosto diferente. Francine, Andrey, dona Glória, policiais...
Andressa acordou sentindo pontadas fortes em suas costas. Logo ouviu uma voz zangada e parecia falar com ela. Falar não. Gritar. Então ela se levantou imediatamente. Não eram pontadas. A dor que sentia vinha dos chutes do homem grande, de tez morena e barba por fazer, que a fitava indagador e furioso.
_ Suma daqui sua mendiga! Como ousa invadir minha casa?!
_ Desculpe senhor... Só procurava um lugar para dormir...
_ Não entre aqui novamente ou deixarei meus cachorros acordar você da próxima vez.
_ Não se preocupe. – Andressa disse pegando a coberta e a enrolando no corpo. – Nunca mais entrarei aqui. – Ela disse e saiu, ouvindo insultos e permanecendo calada.
Enquanto andava sem rumo, seu estomago começou a roncar de fome. Precisava se alimentar. Nem era por ela, mas pelo bebê. Então começou a procurar emprego, batendo de porta em porta. Mas as pessoas ali eram muito desconfiadas e não a aceitavam.
Andressa bateu em todas portas que teve acesso e por fim desistiu. Sentou-se na calçada e as lágrimas rolaram quentes por seu rosto. Não pensava em mais nada. Estava cansada e já ia anoitecer novamente e não tinha abrigo.
Já tinha anoitecido quando uma kombi branca parou em frente ao lugar onde estava. Eles eram de uma religião e ofereciam sopa quente todos os dias para os moradores de rua. Andressa quase não acreditou quando se fartou de comer aquela sopa. Pareceu-lhe a comida mais gostosa que já provara. E pensou em espera-los ali toda noite. Mas foi com tristeza que uma das integrantes a informou que sempre mudavam a rota e que dificilmente passariam por ali todos os dias. Andressa tentou convencer a moça a lhe deixar dormir em sua igreja e em troca ela limparia o local, mas os outros membros, quando consultados, não aceitaram. Disseram que ela precisaria se converter e passar a viver como eles para ser aceita no grupo deles. Ela ia aceitar, mas desistiu quando lhe disseram que teria que deixar a criança para adoção. Até garantiram que ela cresceria naquele meio, mas Andressa não abriria mão de seu bebê por um teto e comida, já tinha ido longe demais e amava aquele ser em seu ventre mais que tudo. Daria a vida por ele, mas jamais ficaria sem ele.
Por um longo tempo tentaram lhe convencer que seria melhor para o bebê crescer em um lar que já estava estruturado. Ela não saberia cria-lo para que fosse uma pessoa de bem. Aquilo soou como um desafio para Andressa, que decidida, agradeceu pelo prato de comida e saiu perambulando pela noite. Era a segunda vez que lhe diziam que não poderia ficar com o seu bebê.
Enquanto caminhava, começou a pensar na hipótese de montar uma barraca para ela. Com papelões e lona, como os que vira no dia anterior.
Ela conseguiu montar seu pequeno lar, juntando papelões, mas o problema maior que encontrou, foi achar um lugar para montar sua casa. Parecia que todo lugar, todo canto possível, já havia sido ocupado. E ela temia ter vizinhos que pudessem a denunciar após seu bebê nascer.
Ela começou a dormir em bancos de praça, mas era sempre expulsa por um guarda municipal pela manhã. Então voltava a sua busca. Parava nas lixeiras de grandes restaurantes e comia as sobras que eram jogadas ali. Mas sempre tinha que mudar de restaurante, pois a tratavam como um verme, como se fosse a escória da Terra e a expulsavam, depois de muito a insultar. Ela se prometeu que jamais esqueceria aqueles rostos das pessoas que a maltratavam e guardava a esperança de um dia voltar e se vingar.
Finalmente, ela encontrou um parque florestal e entrou mata a dentro. Lá achou uma pequena caverna e ficou tentada a montar sua habitação ali, porém, sabia que não era uma boa ideia, pois os visitantes deviam passar por ela.
Entrou mais fundo na floresta e encontrou uma clareira que não ficava muito longe do rio e fez sua pequena casa de papelão ali. Pensou em tomar um banho ali, mas o frio a fez desistir da ideia. Não passou por sua cabeça, em nenhum momento em que vivera ali, que podia haver animais perigosos. Mais tarde, quando se lembrava dessas coisas pensava que algum ser superior a protegeu o tempo todo.
Por semanas zanzou pelas lixeiras dos restaurantes que ficavam próximos do parque florestal. E foi ali, naquele que agora estava, que comia sem medo e que sabia, que tirando o dia de folga do garçom, sempre teria o que comer.
Mas esse arranjo, era apenas a noite. De dia ela não se atrevia a aparecer por ali e outra pessoa a pegar e a expulsar. Com fome, um dia descobriu porque recusavam emprega-la. Era tão óbvio que ela dera um tapa na cabeça para castigar a si própria. As pessoas não a queriam dentro da casa delas. Assim que tomou consciência disso, passou a arrancar com as mãos os matos que insistiam em crescer nas frestas dos passeios e as pessoas a recompensavam. Uma hora com dinheiro, outra hora com alimentação. Mas para ela não importava como viria o pagamento, pois ela trabalhava para comer mesmo.
Agora, após meses, estava ali. Sentada na calçada dos fundos do restaurante, que não havia movimentação, por ser um beco escuro e as pessoas evitarem esse tipo de lugar. De repente se deu conta que a criança em seu ventre, havia parado de se mexer dentro dela. Precisava de uma consulta, mas não tinha dinheiro e nenhum médico da rede pública a atenderia com aquele cheiro ruim que exalava. Estava preocupada, mas achava que a criança voltaria a se mexer. Não podia acreditar que ele tivesse morto dentro dela. Colocou a mão em seu ventre e começou a conversar com ele, na esperança, que como das outras vezes, ele começasse a se mover. Porém o que aconteceu em seguida, não era o que ela esperava. Sentiu um liquido descer por suas pernas e levantou-se contrariada. Agora também ficaria com cheiro de xixi.
Respirando fundo, sentou-se novamente e terminou sua pizza. Ela comera devagar porque acreditava que assim a sensação de saciedade durava mais tempo. Ela abriu a garrafa de suco e assim que tomou o primeiro gole sentiu uma forte cólica que durou alguns minutos. Sua vontade foi de gritar, mas teve medo que outra pessoa que não fosse o garçom a surpreendesse ali e a expulsasse. A dor logo passou e ela decidiu que era hora de ir para sua casa. Bebeu o restante do suco, jogou a garrafa na lixeira e começou a caminhar preocupada que algo de errado estava acontecendo com seu bebê, pois nunca em sua gestação, havia sentido cólicas. Assim que deu alguns passos, a dor veio novamente e dessa vez, veio bem mais forte. Ela se apoiou na parede e um grito saiu de sua garganta involuntariamente. A dor causou esse efeito. Certa de que havia atrapalhado toda armação com o garçom, ainda tentou seguir, assim que a dor passou, antes que aparecesse alguém. E ela não foi bem sucedida nisso. O garçom que deixava a comida para ela, apareceu e a fitou preocupado.
_ O que está havendo? – Ele perguntou olhando para trás, certamente com medo de que seu patrão visse.
_ Me desculpe. O grito escapou. Tive uma forte cólica... – Ela começou a dizer e acabou dando vazão ao seu pranto. Não conseguia terminar de dizer. Ela queria contar para ele que já havia alguns dias que o bebê não se mexia e que estava preocupada, mas ele interrompeu seus pensamentos.
_ Me espere na frente do restaurante.
Andressa o fitou como se ele estivesse louco.
_ Você consegue andar até lá?
_ Sim, mas você pode perder seu emprego... – A dor voltou novamente e ela apenas se abraçou abaixada para aguentar sem gritar. O garçom ficou a observando com olhar divertido e isso fez com que ela o odiasse naquele momento.
_ Não tenho medo de perder o emprego... Acharei outro. – Ele disse e se aproximando, a pegou e a carregou em seus braços até a frente do restaurante, que era de vidro e todos lá dentro podiam ver o que ocorria lá fora.
O garçom a deixou por alguns minutos, mas logo apareceu de moto e a fitou sem jeito.
_ Desculpe não poder levar você com mais conforto...
_ Levar para onde? – Ela perguntou desconfiada.
_ Para a maternidade sua tolinha. A criança está nascendo. – Ele disse e Andressa viu aquele mesmo olhar, só que agora interpretou diferente. Ele estava feliz e não se divertindo.
Andressa não pensou duas vezes e subiu na moto. Ele guiava em alta velocidade, ultrapassando os sinais vermelhos e ziguezagueando entre os carros, quando havia engarrafamento. Logo chegaram ao hospital e ele a levou para dentro em seus braços, enquanto ela sofria recolhida, mais uma onda de dor.
A enfermeira veio correndo, e ao contrário do que pensava, não a insultou e nem se importou com seu cheiro.
_ O que houve com a jovem, Cleiton? – Ela perguntou e Andressa então chegou a conclusão que eram parentes antes mesmo das próximas palavras dele.
_ Sim, mãe. Cuide dela. Vou voltar para o restaurante e descobrir se ainda tenho um emprego, mas de qualquer forma, não ficarei lá. Voltarei para o hospital.
A enfermeira pegou uma cadeira de rodas e o garçom colocou Andressa lá delicadamente e se retirou, dizendo a ela que estava segura e em boas mãos.
A enfermeira chamou outras e a levou para um banheiro e começou a retirar suas roupas, ajudada pelas outras.
_ Terei que lhe dar um banho. O médico que está no plantão é bem enjoado. Mas ótimo médico.
Andressa sentiu dores lá e percebeu que elas estavam indo o mais rápido possível. Lavaram seu cabelo e o escovaram debaixo do chuveiro. Tinha tanto tempo que não sentia cheiro de shampoo que chegou a abençoar a dor que a levara até ali.
Lhe vestiram uma camisola do hospital e a cobriram com uma coberta limpa. Depois foi levada para a sala de parto e assim que a deitaram na maca e colocaram suas pernas em suportes, para que ficasse bem abertas, elas a depilaram. Terminaram bem a tempo de o médico chegar. Ele se aproximou e fez alguns exames a avaliando com as mãos e depois foi até ela acompanhado de duas enfermeiras. Uma que havia a recebido e outra que também a ajudou no banho.
_ A criança está quase nascendo. Tenha força ai que logo vai estar com seu bebê em seus braços. – Ele disse com um sorriso amigável e já ia saindo, mas voltou-se para ela, ainda com um sorriso e com admiração. – Encontrei Cleiton lá fora. Você é uma mulher guerreira. – Ele disse e foi para frente dela e esperou. As duas enfermeiras, ficaram ao seu lado, mas atentas ao médico.
Andressa se sentiu orgulhosa com as palavras do médico e com a benevolência de Cleiton. E assim como dissera o médico, quarenta minutos depois, seu filho estava em seus braços. Ainda sujo com um pouco da placenta e ela o fitava embevecida. Era a criatura mais linda que ela já havia deitado os olhos.
Permitiram que Cleiton entrasse, depois que foi levada para o quarto e levaram a criança para dar banho e fazer exames de rotina, para saber se ele era saudável.
_ É menino ou menina? – Cleiton foi perguntando assim que se aproximou da cama dela. Olhando desconfiado para os lados. – Minha mãe disse que era para eu descobrir com você.
_ É um belo menino. – Andressa disse sorrindo, ainda que estranhasse a preocupação de Cleiton, que não parava de olhar para os lados.
_ Já escolheu o nome?
_ Ainda não...
_ Você sofreu muito para dar a luz...
_ Sim, mas foi a dor que me trouxe o amor. Ele é o amor da minha vida.