Andrey andava pelo corredor e sentou em uma cadeira próxima do quarto onde Andressa estava e colocou as mãos sobre o rosto sabendo que seus homens o olhavam desaprovadores.
Não podia mudar o que acabou de fazer, mas tinha essa vontade. Nem o mais rico dos homens poderia desfazer o que ele havia feito. Andressa não merecia. Ele entendia que ainda era jovem e que pensava diferente dele e não podia compreender ainda certas coisas da vida que levava. Precisava de acordos. Ele não era indiferente aos sentimentos dela. Muito pelo contrário. Ele os correspondia. Pela primeira vez, seu coração se entregou aos encantos de uma mulher. Acreditava que fora uma distração dele. Ela chegou aos poucos e conquistou a todos, inclusive ele.
Agora só podia esperar que com o tempo ela o perdoasse. Tinha seus medos e seus anseios. E sabia que não era um homem piedoso. Mas tentaria mudar para merecer o amor que ela lhe ofertava todos os dias com seus pratos estranhos e com seu amor incondicional e inocente.
Ele se levantou e olhou o celular que tirou do bolso. Já haviam se passado meia hora desde que saiu do quarto. Precisava levar ela dali e fazer com que esquecesse o que aconteceu. Ele tentou abrir a porta, mas ela a trancou por dentro. Então passou cinco minutos gritando por ela do lado de fora sem nenhuma resposta. Viu que seus homens já começavam a ficar preocupados e agitados. Micão se aproximou e o tirou do caminho e arrombou a porta com o peso de seu chute.
Todos ficaram ansiosos quando Micão tomou a frente e entrou no quarto. Alguns segundos depois, ele saiu aturdido e todos os olhavam ansiosos. Até mesmo Andrey.
"Ela não está aqui..." Ele disse sem acreditar nas próprias palavras.
Andrey o fitou irritado e entrou no quarto chamando por ela.
"Ela tem que estar aqui. Não saímos do corredor para nada..."
"Talvez ela esteja debaixo da cama." Disse um dos seus homens com tom debochado, mas sério e sem sair do lugar.
Andrey o fitou mais irritado ainda porque nem ele e nem os outros homens se moviam para ajudar a encontrar Andressa. Ele se ajoelhou e olhou debaixo da cama, no banheiro e até dentro do guarda roupa e depois olhou para a janela e foi até ela. Aquela maluca havia fugido pela janela. Ele pegou o celular e ligou para Francine. Sabia que seus homens não a procurariam. Iriam rodar por ali, mas sem intenção de encontrar ela de verdade. Precisa de homens que não a conhecesse.
"Oi Andrey. Vai demorar muito ainda por aí? Já estou com saudades..." A voz de Francine disparou do outro lado e Andrey a achou pela primeira vez, arrastada e insuportável.
"Francine, preciso que todos os homens que vieram para o meu time e eram de seu marido, saiam em busca de Andressa, por todo o Rio de Janeiro e comece por Campo Grande. Imediatamente."
"Ela fugiu?" Francine estava realmente surpresa.
"Faça isso agora! O homem que a encontrar vai receber uma recompensa... Me envie o contato de todos e passe o meu para eles. Quero que se comuniquem comigo o tempo inteiro." Andrey disse e desligou. Não estava com vontade de responder Francine. Na verdade, não estava com vontade de conversar com ninguém. Ele saiu do quarto e fitou seus homens que esperavam tranquilamente suas ordens.
"Vamos para casa." Andrey disse aceitando o fato que eles se apegaram a Andressa de uma forma que ele nunca viu antes. "Eu irei sozinho no meu carro." Ele disse e saiu para a rua. Quando chegou perto do carro se lembrou que não estava com a chave e deu um chute na porta descontando toda sua frustação no veículo. Quando olhou para trás disposto a mandar quem estivesse se aproximando para o inferno viu Micão balançando a chave do carro na mão.
"Não estamos contra você da forma que pensa." Micão disse sério. "Apenas não gostamos do que fez com a menina. Vamos ajudar a procurar ela. Também é de nosso interesse que ela retorne para casa. Nos acostumamos com ela. Gostamos muito dela..."
Andrey o fitou agradecido, mas isso não transparecia em seus olhos. Seus homens o conheciam por sua frieza e não acreditavam que ele era capaz de ter sequer um sentimento nobre quando era contrariado.
"Então não esperem mais." Andrey disse tirando a chave das mãos de Micão e entrou no carro dando a partida.
Francine e Mrs. Glória estavam o esperando no portão. Ele havia se esquecido completamente de Mrs. Glória. Devia estar aflita por notícias da filha. Ele estacionou de qualquer jeito e entrou seguido das duas mulheres que faziam muitas perguntas e foi para o barzinho em seu escritório e se serviu de uma bebida e fitou as duas paradas em sua frente. Ele fitou Mrs. Glória e algo nela o incomodou. Não parecia preocupada exatamente com a filha... Respirou fundo e pegou a garrafa para ir se servindo à vontade e sentou em uma poltrona.
"Ela disse alguma coisa sobre o acidente?" Mrs. Glória perguntou pela terceira vez.
"E o que ela teria a dizer sobre isso? Acho que vou mudar ela para meu quarto aqui embaixo. Ela é muito desastrada..." Ele disse a última frase mais para si mesmo, porém não deixou de observar o alivio de Mrs. Glória que não fez mais perguntas.
"Não acho necessário." Francine disse se sentando ao seu lado e servindo da bebida dele. "Ela que tenha mais cuidado da próxima vez."
Andrey não se deu ao trabalho de responder Francine e mudou de assunto radicalmente.
"Deu meu contato para os homens?"
"Sim. E se verificar seu celular vai ver que já estão todos lá... Não entendo porque Andressa fugiria... Ela era tão segura da posição dela nessa casa..."
"Ela teve motivos para isso. Quero encontrar ela o mais breve possível." Andrey disse e pegando o celular percebeu as inúmeras mensagem que ele não havia visto pois tinha colocado o celular em modo silencioso.
"Vai castigar ela?" Francine perguntou empolgada. "Me deixe estar presente, por favor?"
"Não irei castigar Andressa!" Andrey disse olhando Francine como inimiga. "Vou cuidar dela, como prometi. Você sabe o que sinto pois já lhe disse com todas as palavras."
"Ela sabe também e mesmo assim fugiu. Nunca vi você perdoar uma atitude assim."
"Ela que tem que me perdoar. Eu fiz com que ela tivesse motivos para querer fugir e se afastar de mim..."
"Isso que ela fez é um desacato a sua autoridade. Não deve admitir isso. O que seus homens vão pensar? Que é um fraco controlado por uma mulher!"
"É isso que os seus homens pensavam de seu marido?" Ele perguntou sem a fitar e sem querer uma resposta. E conseguiu o que queria. Pois ela se calou.
Carla apareceu e fitou Andrey e as duas mulheres no escritório. Ainda não sabia do que havia acontecido, mas tinha certeza que era algo grave.
"O que está acontecendo? Porque voltou sozinho? Onde estão os homens e Andressa?"
Andrey fitou Carla e se lembrou de algo importante.
"Andressa fugiu. Avise." Ele disse enigmático e Carla saiu apressada do escritório.
"Você quer comer alguma coisa?" Mrs. Glória perguntou se levantando.
"Não." Foi a resposta seca de Andrey. Não conseguia sentir apetite com a fuga de Andressa.
"Eu estou com fome. Vou comer algo." Ela disse e se retirou.
"Ela não está se importando com o desaparecimento da filha..." Francine disse pensativa. "Pois devia, sem Andressa aqui ela não me serve para mais nada. Não terei mais motivos para manter ela aqui."
"Não acha estranho que uma mãe seja tão indiferente a filha que lhe restou? E mais ainda que se uniu com você para atormentar ela?"
"Ela é egoísta demais. Venderia a mãe se isso lhe trouxesse conforto."
"Cuidado com ela Francine. Uma pessoa que não mantém fidelidade para com outra que vem de uma ligação forte como a dela com a filha, não é de confiança."
"Ela não pode fazer nada contra mim." Francine disse e se levantou. Se lembrou de algo que precisava resolver com urgência. "Vou me deitar. O lado da cama que prefere estará vazio esperando por você." Ela disse com um sorriso sedutor e se retirou antes que ele lhe desse alguma resposta.
Francine foi direto para o quarto e tirou o teste de gravidez de Andressa de uma gaveta e o jogou no lixo do banheiro enrolado em papel higiênico. Ia torcer para que nunca fosse encontrada e se algum dia fosse, que jamais Andrey soubesse que ela sabia da gravidez, pois algo lhe dizia que ele não seria tão piedoso com ela quanto estava sendo com Andressa.
Andrey não dormiu aquela noite, ligando para todos para saber se tinham a encontrado. Por fim, os homens, cansados de atender o celular e não ter uma resposta positiva para ele, disseram que continuariam procurando e assim que tivessem notícias o avisariam. Mesmo assim ele não conseguia obrigar seu corpo a ir para a cama e ficou no escritório a noite inteira bebendo.
Carla ligou para o pai de Andressa, que atendeu rápido, pois ela nunca ligava se não fosse algo urgente. Não podia a ignorar. Sua filha devia estar pensando o pior dele, mas estava decidido a explicar para ela o que lhe aconteceu.
"Carla?"
"Sou eu."
"Que bom ouvir sua voz. Amanhã vou ligar para Andressa. Ela deve estar muito aborrecida comigo..."
"Também fiquei sem notícias até uma semana atrás. Devia me colocar na sua lista de prioridades. Ou não sou nada para você, além de uma espiã?"
"Desculpe querida. Não podia falar de você com ninguém. Temi que fosse descoberta."
"Entendo... Olha, Andrey mandou avisar que sua filha desapareceu."
"Como assim desapareceu?" O pai ficou preocupado.
"Ela fugiu do hospital."
"Fugiu do hospital? O que ela estava fazendo no hospital?" Sua voz agora era mais enérgica, como Carla se lembrava.
"A mulher que a criou a empurrou da escada. Ela teve uma torção apenas... Mas há algo que precisa saber que Andrey ainda não tem conhecimento... Andressa está gravida. Ela me disse para vir e encontrar o celular no qual vocês mantinham contato, mas fui enganada. Sinto muito. Andressa, sem saber, agiu como você."
Ela ouviu a respiração do outro lado se alterar imediatamente.
"Andrey não tomou os cuidados? Eu avisei para esse moleque que era para prevenir..."
"Isso não importa mais. Ela está grávida e não tem mais como voltar atrás. E está fugida. Os homens de Andrey estão em sua busca..."
"Vou para o Brasil agora mesmo. Conheço detetives que a encontrarão em pouco tempo. Andrey é um incapaz. Não vai conseguir encontrar minha filha. E por isso, por não ter cuidado dela direito, nunca mais a verá." Ele disse e desligou o celular.
Carla ficou furiosa por ele não ter permitido que ela lhe pedisse para voltar com ele quando encontrasse a menina. Pois ela sabia que ele a encontraria. Já o viu determinado antes e não estava diferente agora. Sentou na cama e decidiu que esperaria o tempo que fosse. Mesmo que andasse com outros homens, não havia mais recursos. Estava irremediavelmente apaixonada pelo pai de Andressa.
Uma semana depois, o clima ainda estava ruim na mansão e Andrey vivia bêbado. Cada dia as empregadas o encontravam dormindo em lugares e em posições diferentes. Não tomava banho e fazia a barba também desde que Andressa fugiu. Francine não podia se aproximar dele, pois ele colocava a culpa da fuga em sua insistência em ficar ali.
Três semanas depois os homens desistiram da busca. Chapado veio então falar com Andrey e o encontrou as sete da manhã já com um copo cheio na mão, sentado no chão. Quando já ia o levar a boca, Chapado se aproximou e tomou da mão dele e colocou em cima da mesa. Estavam em seu escritório.
Andrey o fitou só agora percebendo em sua presença.
"Me devolve o copo." Ele ordenou com a voz embriagada.
"Não."
"Acha que não te mato? Me devolve ou vou matar você agora mesmo!"
Chapado estendeu a mão para ajudar ele a se levantar, ignorando as ameaças que continuaram a ser ditas, e Andrey aceitou. Assim que se levantou pegou o copo e já ia beber quando Chapado o deteve.
"Pare com isso. Faz três semanas que os homens estão concentrados em encontrar Andressa e você bebendo como um gambá não está ajudando em nada. Vim lhe dizer que vamos interromper as buscas hoje. Temos tarefas que exigem nossa atenção. Isso é trabalho para profissionais. Contrate detetives, pois eu acredito que aqui no Rio de Janeiro a sua mulher não está mais não. E vá tomar um banho e se recompor. Além do cheiro ruim, se a mulher voltar e te encontrar com essa barba vai fugir novamente. Você é antes de tudo um homem de negócios. Então cuide deles. Pois nas sombras tem alguém querendo tomar seu império. E ele vem hoje aqui conversar com você e se te ver nesse estado, vai nos atacar em dois tempos." Chapado disse com sua seriedade de sempre e se retirou.
Andrey colocou o copo de volta a mesa sem beber. Chapado estava certo. Respirou fundo e foi tomar banho e se cuidar.
Quando saiu foi até a mesa para tomar café e Francine o fitou com olhos surpresos, o que fez com que se lembrasse que havia a tratado mal. Não se desculparia, porque no fundo sabia que Andressa fugiu mais por causa de sua teimosia em manter a rival ali do que o que aconteceu entre eles. Sentou e observou que entre eles, pois havia alguns de seus homens tomando café ali, estava Mrs. Glória, e sem saber o motivo, estava com ranço dela. Não a viu se lamentar nenhuma vez pelo desaparecimento da filha e toda vez que olhava para a piscina da janela ela estava lá com um copo na mão.
"Bom dia a todos." Ele cumprimentou e começou a se servir. Estava faminto. Não se lembrava de comer nada, além de caldos que Carla levava e ia colocando na boca dele andando atrás dele até que o prato houvesse esvaziado. Ela era a única mulher ali que merecia sua consideração.
Todos responderam ao seu cumprimento. Francine e Mrs. Glória ficaram em silencio, como se temessem alguma reação inesperada do chefão. Já os homens conversavam normalmente. Mas falavam de pontos que cobririam naquele dia, nada das piadas e os risos costumeiros.
Andrey observava tudo que se passava a sua volta sem que nenhum deles percebessem. Depois de comer dois pães com manteiga e partir para o terceiro, começou a falar com Francine sem, no entanto, olhar para ela. Fazia como se dissesse casualmente.
"Francine... Na noite que Andressa fugiu, você me disse que descartaria uma coisa e posso ver claramente que não o fez. Posso saber o motivo?"
Ele falou com tanta naturalidade que todos pararam curiosos. Francine sorriu aliviada.
"Pensei que não seria de seu agrado..."
"Nada me agradaria mais que não ter que conviver com essa... "coisa"."
"Farei hoje ainda..."
"Não fique na vista no andar de baixo hoje... Avise as empregadas que não devem sair de onde estiverem após o almoço. Receberei uma visita desagradável que vai procurar saber tudo de quem trabalha comigo. E se me acham ruim, podem acreditar que ele é dez vezes pior. Porém é um idiota."
"E porque vai receber alguém assim aqui na sua casa?" Francine perguntou assustada.
Andrey trocou olhares com os homens e depois se voltou para Francine.
"Porque quero que ele veja tudo que tenho para saber que tudo que vou tomar dele, será por puro prazer, e não por necessidade."
"Não vai precisar de alguém para servir vocês?"
"Já faz algumas semanas que planejei tudo com meus homens. Cada um vai desempenhar seu papel..." Ele se voltou para Chapado. "Obrigado." Ele disse e Chapado meneou a cabeça. Andrey se levantou e foi para fora da mansão com seu celular. Não sabia se ligava para o pai de Andressa ou perguntava diretamente para Carla o que ele estava achando daquilo tudo. Então pensou bem e ligou para seu irmão. Ele foi advogado e agora era o mais jovem juiz no país em que vivia. Ele atendeu prontamente.
"Oi Andrey. Quanto tempo..." Ele parecia feliz em falar com o irmão.
"Magno... Ele está ainda morando com você?"
"Sim. Mas nesse momento se encontra ai no Brasil. Está a procura da filha dele que você perdeu." Sua voz era cheia de divertimento o que irritou Andrey, mas ele se controlou. Sempre acabavam brigando no fim de suas conversas e ele esperava que dessa vez fosse diferente.
"Estranho... Ele não me procurou..."
"Claro que não. Se te encontrar é capaz de dar um tiro na sua cabeça."
"Porque ele está com raiva de mim?"
"Irmão, vai ter que perguntar isso para ele."
"Não sei como encontrar ele."
"Vou perguntar para ele se posso passar o número particular dele para você. Não quero correr o risco de ele se voltar contra mim também." A voz do irmão estava com tanto divertimento que Andrey teve que morder a língua para não falar o que ele merceia ouvir.
"Faça isso, por favor." Andrey disse e desligou.
O pai de Andressa era um aliado que ele não estava disposto a perder. Ele era poderoso e conhecia daquele mundo mais que qualquer outra pessoa e além disso era amigo pessoal de seus pais. Ele sentiu o celular vibrar em sua mão e olhou. Seu irmão havia mandado mensagem. Ele abriu e viu o contato do pai de Andressa como o chamavam na intimidade. Não pensou muito, para não desistir e ligou para ele.
"Alô?" Andrey sorriu ao reconhecer a voz do outro lado.
"Sou eu. Andrey."
"Andrey... O que você andou aprontando com minha filha?"
"Coisas que não me orgulho. Mas agora preciso encontrar ela e... Não tem mais como voltar atrás no que fiz... Mas vou recompensar Andressa."
"Não Andrey. Não vai ver ela mais."
"Porque diz isso?"
"Vou levar ela comigo para fora do país assim que a encontrar."
"Não pode fazer isso. Nós temos um acordo."
"Andrey..." Ele disse e ficou em silencio. Andrey ficou esperando. "Se eu a encontrar e ela falar em voltar para você, eu mesmo a levarei até você, mas caso contrário... Bem, vou fazer a vontade dela."
"Se a tirar de mim, tiro minha vida e antes entrego você para seus inimigos e para a polícia. Não só para a do Brasil..."
"Não me ameace. Isso não funciona comigo."
"Colocarei detetives atrás dela."
"Andrey, posso sentir seu desespero pela sua voz. Faça como disse. Procure ajuda de profissionais. Se eu não procurar você, é porque a encontrei e ela não quis voltar."
"Ela não vai querer..." Andrey disse triste.
"Deixe passar um tempo então. Depois vá atrás dela e diga o que sente."
"Ela sabe o que sinto. Já disse a ela várias vezes."
"Vai ter que lembrar ela então. Se você a encontrar primeiro, não vou intervir no que decidir desde que não a machuque."
"E se você a encontrar primeiro?"
"Nesse caso peço que espere um pouco. Dê um tempo para que ela assimile e entenda seus sentimentos e depois vá até ela. A manterei no apartamento de seu irmão."
Andrey ficou um tempo pensativo. Ele queria que de todo jeito ela terminasse voltando para ele. Poderia dar um tempo para ela pensar ali mesmo na mansão. Pelo menos saberia que estava a seu alcance. Mas ela não aceitaria. Por isso não desistiria de procurar por ela. Mas só o faria por mais três meses. Se não a encontrasse, entenderia que o pai dela a levou embora. E um dia ele procuraria por ela.
"Está bem." Andrey concordou e desligou o celular. Não havia mais nada a ser feito.