C11- O cotidiano de um bebê part.5
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"Mamãe, rápido, rápido. Vamos!!"
"Calma meu amor. Estamos esperando seu pai. Ele es-"
*Foor*
Interrompendo minha mãe foi a porta abrindo.
"Cheguei. Estão todos prontos?"
"Você se atrasou hein. O Alvis estava me importunando."
Enquanto eu observava a chegada do meu pai e sua interação com minha mãe, eu não pude deixar de me alegrar. Finalmente, finalmente....FINALMENTE!!!
DEPOIS DE 10 MESES, EU FINALMENTE VOU SAIR DESSE MALDITO QUARTO!!!
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A cerca de 5 meses atrás, iniciei meu plano de conversar com meus pais e as babás e de controlar meu corpo. Depois de um mês, ou seja, quando completei 6 meses de vida eu já conseguia andar e movimentar meu corpo de forma bem natural. Claro, como ele ainda está se desenvolvendo, ainda há alguns problemas mas eu acredito que a medida que eu crescer e me desenvolver eles irão desaparecer naturalmente.
Simultaneamente, iniciei o processo de conversar com eles. No início, confesso que foi bem difícil. Afinal, eu já tinha o domínio básico da língua. Além disso, como um bebê gênio se desenvolve? Sim, decidi adotar a persona de bebê gênio. Afinal, eu já sou bem anormal então agir como um gênio explicaria as coisas eu acho...
Enfim, depois de 1 semana agindo como se eu estivesse tentando falar e insinuando que eu queria aprender, minha mãe começou a me ensinar. Agora, por que demorou uma semana? Simples, durante aquele período que durou cerca de 1 mês, minha mãe não ficou muito com a gente. Passamos a maior parte do tempo com a babá e, bem, elas são bem obedientes e não fazem nada sem autorização da minha mãe, inclusive ensinar a falar. De qualquer forma, nas poucas vezes que estava com minha mãe, eu tentei demonstrar para ela que eu queria falar e finalmente consegui.
Claro, eu já falava palavras simples como "mama" ou "dada" Então decidi tentar novas palavras, pronunciando e repetindo tudo que ela falava. Ela percebeu isso e achou fofo.
Aff, eu, um homem de 25 anos sendo chamado de fofo? Bom, na verdade eu gostei. Apesar de não demonstrar, fico muito feliz com todo o amor que ela me dar e eu já aceitei ela como mãe.
Enfim, depois de 7 dias ela decidiu me ensinar junto com a Charlotte, a falar. Claro, ela disse um monte de coisas que eu não entendi mas não importa. Meu objetivo foi atingido.
Então, pelo resto daquele mês, simplesmente usei todo o repertório de palavras que conheço. Minha mãe e a Sarah, ficaram bastantes surpresas com a rapidez com que aprendi. Claro, aprendi algumas palavras básicas novas. Como o nome de alguns animais, que devo ressaltar, fiquei extremamente surpreso por alguns terem o mesmo nome que suas contrapartes na terra.
E sem surpresa nenhuma, a Charlotte também estava aprendendo de forma rápida. E sim. Ela é um verdadeiro gênio.
Hahaha, fico feliz de ser um reencarnado. Caso contrário, eu teria um infância difícil sendo irmão de uma genia.
Continuando, acho que ambos recebemos o título de gênios.
E depois disso foi fácil, já que eu estava realmente aprendendo palavras novas.
'Ain Alvis, como você aprendeu?' É o que as pessoas sem filhos devem estar pensando. Mas, assim como quaisquer pais fazem, foi por associação. Eles mostravam imagens e depois diziam os nomes das coisas nas imagens. Simples não é?
E esse processo continuou até meu 8 mês. Bom, não verdade ainda estamos aprendendo mas devo destacar o 8 mês de aprendizagem pois finalmente descobri o tipo de universo em que estou....
SIM!!!
E O VENCEDOR É....
MÁGICO!!!
ISSO MESMO, O UNIVERSO EM QUE RENASCI É UM UNIVERSO MÁGICO!!!
E como eu descobri isso?
Bom, naquele mês, minha mãe começou a mostrar várias imagens de seres humanoides. E esses seres são obviamente os clássicos de todo romance de fantasia: elfos, anões, gigantes, dragões e atlânticos.
E explicou algumas características deles. Claro, eles não são todas as raças que estão nesse mundo. Mas o que me deu certeza foi o que ela fez depois.
Ainda lembro do que ocorreu naquele dia.
....
A 2 meses atrás.
"Veja bem meus bebês, somos da raça humana. Além de nós, existe várias raças no mundo em que estamos, Arcanum. Os Elfos, com suas afinidades. Os gigantes com sua força. Os dragões com seu poder mágico. Os anões com suas maestrias. Os atlânticos com sua beleza. E várias outras raças que você irá descobrir quando for a escola."
Enquanto Mary falava, ela mostrava várias imagens na tela do Tablet.
"Mágico? Afinidade? O que é isso mãe?"
Alvis perguntou. Apesar dele parecer curioso, o que Mary não sabia é que em seus pensamentos ele estava simplesmente excitado, escondendo sua alegria, afinal, ele não poderia gritar nem sair pulando para extravasar toda os seus sentimentos.
"Mágico. Ou, como chamamos, magia. Sua origem remonta de uma energia singular que permeia todo o universo."
Parando por um momento, Mary estendeu sua mão e então, repentinamente,
*Swish*
surgiu uma chama em suas mãos.
"Mana. É assim que essa energia é chamada. Ela nos permite realizar coisas incriveis."
"Woowwww"
Alvis e Charlotte ficaram totalmente surpresos com a chama que surgiu repentinamente.
"Incrível. Quando eu posso aprender? Me ensine mamãe."
Assustando Mary estava Alvis gritando de forma entusiasmada. Ele não conseguiu se segurar. Digo, ele está presenciando um ser humano produzir fogo com as mãos. Algo que na terra seria impossível está acontecendo na sua frente e ele está presenciando isso com seus próprios olhos.
É simplesmente impossível não ficar animado com a possibilidade de fazer o mesmo.
"Hahaha, fico feliz pelo seu entusiasmo meu amor mas ainda não está na hora. Você ainda é muito jovem para embarcar no caminho da transcendência. Não se preocupa, o momento certo chegará."
...
Bom, depois desse episódio o meu desejo de explorar cresceu exponencialmente. Quero dizer, além do quarto dos meus pais e do quarto cheio de brinquedos, o único outro lugar que conheço nessa casa é o corredor que conecta eles. Então, comecei a importunar minha mãe a me levar para fora. Obviamente ela não o fez. Segundo ela eu ainda estou muito jovem. Mas pelo menos ela abriu a janela da varanda e me levou para lá. E eu descobri que somos muito mais rico do que meus pensamentos mais selvagens.
Digo, temos a PORRA DE UMA FLORESTA EM NOSSO QUINTAL. E UM JARDIM. E FONTES DE ÁGUA.
E eu passei semanas só indo até a varanda observando tudo isso.
Depois não estava mais satisfeito. Queria andar pelo jardim. E então pedi a minha mãe. E ela disse não.
Aff, uma mãe superprotetora pode ser um problema as vezes. Mas obviamente não desisti.
Depois de dias, percebi que minha mãe não ia ceder e então eu pedi ajuda dos meus irmãos. Digo, esses patifes vinham incomodar a cada poucos dias. O mínimo que eles poderiam fazer era me ajudar a explorar. Claro, sabia que eles não seria o bastante e então fiz com que a Charlotte se juntasse ao esquadrão 'Alvis quer sair para explorar'. E depois de 1 mês, finalmente minha mãe cedeu. E então, finalmente, no meu 10° mês, vou sair para passear no jardim.
MUAHAHAHAHAHAHA HAHAHAHAHAHHA
SIM!!!!
Claro, eu sei. Sair para passear no jardim não parece grande coisa, certo? Mas para quem está a vida toda fechado em um quarto, isso é uma coisa para se comemorar.
Colocando eu e minha irmã em carrinhos de bebê, meus pais começaram a nos empurrar em direção a porta do quarto...
Finalmente!
Aqui vou eu jardim!!!