Chapter 12 - c12 - O Jardim

C12- o Jardim

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Caminhando por um corredor luxuosamente decorado com diversas pinturas dos mais variados cenários feitos pelos mais famosos pintores da história, retratos de figuras ilustres que marcaram época e obras de artes que parecem que foram esculpidas pelas próprias mãos do universo, com a luz do sol entrando pelas janelas e dissipando a escuridão, estão 6 indivíduos , dois empurrando cada um, respectivamente, um carrinho branco onde estão duas crianças. Uma de cabelos negros e pontas prateadas e outra de cabelos brancos e pontas negras. Eles são, respectivamente, Alvis e Charlotte. Atrás deles estão seus pais e seguindo eles estão suas babás, Sarah e Saya.

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Por onde passavam, as empregadas e servos se curvavam em sinal de respeito, não ousando mexerem um musculo sequer. Afinal, a mera presença de um desses indivíduos poderia causar o terror em qualquer um no mundo exterior. Claro, como empregados da Casa Potens, já estão acostumados a presença de seus mestres porém, não importa quanto tempo passe, é impossível não sentir medo.

Empurrando o carrinho a direita, está aquele conhecido no mundo exterior como o mais jovem Arquimago da História, o Herói do litoral, domador de feras, carniceiro dos mares.

Empurrando o carrinho a esquerda está uma das maiores heroínas do domínio humano. Uma lenda viva. Sua história é estudado em todas as escolas e academias da humanidade. É a referência para inúmeros indivíduos. A chamam de Imperatriz da Espada. Açougueira da Cidade Prateada. Heroína da batalha de Ylivalta. Terror das Elites. Senhora do sangue. Seus títulos são incontáveis...

Esses dois são obviamente Mary Dolorac Potens e Julius Aoratos Potens. Matriarca e Patriarca da Família Potens.

Nesse momento, estão levando seus filhos, Alvis Dolorac Potens e Charlotte Dolorac Potens para um passeio. Afinal, o seu filho insistiu durante semanas para sair. Pediu ajuda até aos seus irmãos. Depois de investigarem e limparem quaisquer pessoas suspeita em sua residência e avaliarem os riscos, perceberam que não há problema. Claro, eles sabem que mesmo que não fizessem isso, seria impossível algum dano acontecer os seus filhos. Afinal, essa é a residência da Família Potens. Recheada com diversos sistemas de segurança. Guardada por diversos indivíduos Extraordinários e Soleil's a vista. E nas sombras, diversos membros dos Hassashin estão garantindo que nenhum indivíduo se infiltre. E mesmo que, por algum milagre alguém consiga, existe um esquadrão de Hassashin designado para garantir a segurança das crianças.

Com a presença de dois Paragons, isso por si só torna essa residência extremamente segura. A prova disso está no fato de, apesar das milhares de tentativas de assassinatos contra a Mary, nenhum assassino jamais chegou perto de causar algum dano a ela ou aos gêmeos. O indivíduos que mais se aproximou de conseguir isso mal deu um passo dentro dos limites da residência antes de ser exterminado.

Apenas um Avatar representa uma ameaça a esse local. O que é impossível considerando que os movimentos dos Avatares são vigiados de perto por todas as organizações e pelos outros Avatares. Isso basicamente torna essa casa impenetrável.

Enquanto caminhavam em direção a saída,

Julius não pode deixar de ficar irritado. Se não fosse por aqueles idiotas, seus filhos não teriam que ficar trancados em sua casa. Mesmo o seu filho mais velho já demonstrou sinais de querer sair. Quanto aos bebês, Alvis desde seu nascimento já demonstrou o quanto é curioso. Já tentou fugir diversas vezes do seu quarto ou do quarto da diversão. Claro, ele sabe que seus filhos são precoces, aprenderam a falar e andar muito cedo. Então entende o seu desejo de explorar. Afinal, que criança não quer sair correndo por todos os lados?

Mas, não importa o que ele pensa, sua esposa se negou então ele só pode lamentar pelos bebês.

"Olha, é o Jardim"

Tirando Julius de seus pensamentos foi a voz de sua filha. Decidindo deixar esses pensamentos de lado, Julius vai apenas relaxar e aproveitar o tempo com seus filhos.

***

Enquanto meus pais empurravam nossos carrinhos, eu decidi apenas observar ao redor. Digo, inicialmente eu era contra a ideia de ir de carrinho mas depois de refletir um pouco percebi que faz sentido.

Minhas pernas são curtas. E minha resistência é baixa.

Quando observei da varando, não conseguia ver o quão grande é essa casa. Então mesmo que eu andasse, provavelmente cansaria antes mesmo de chegar ao jardim.

Olhando ao redor, vi várias pessoas se curvando em direção a nós. Fico feliz de ver outras pessoas além de meus pais e das babás.

O quarto cheio de brinquedos para onde as babás nos levam não fica longe do quarto dos meus pais. Então nunca encontramos ninguém enquanto vamos em direção a ele. Claro, fora meus irmãos.

De qualquer forma, o corredor por onde estamos passando está cheio de pinturas e outras obras. Notei até que várias das pessoas nas pinturas se parecem com meu pai. Talvez seja um retrato?

Mas, mais importante que isso, são o brilho que exala delas. Digo, aquelas molduras são de ouro. E muitas peças possuem o que eu acredito ser joias raras. Das mais variadas cores. Mesmo os móveis do corredor exalam riqueza e poder.

Fufufu, parece que minha vida será bastante fácil. Não terei que trabalhar duro igual aqueles protagonistas de romance para conseguir recursos.

Depois de caminharmos alguns minutos pelo corredor, e passarmos por várias portas, dobramos em direção a uma escada. Meus pais retiraram eu e Charlotte do carrinho e descerem conosco em seus colos. Claro já me acostumei com isso. Digo, já se passaram 10 meses né?

Chegando ao chão, meus pais nos devolvem ao carrinho. Na verdade, é estranho. Eu nem vi as babás carregando os carrinhos. Será que é mágica?

Não pensando muito nisso, continuamos andando. Passamos por uma sala e entramos em um corredor novamente decorado com luxos.

"Papai, onde está o Grande Irmão Edward e o Grande Irmão Philippes?"

Tirando minha atenção do corredor foi a voz de minha irmã perguntado dos meus irmãos. Na verdade eu também estava curioso mas como achei que seria melhor sem que eles me incomodassem, não me importei de perguntar.

"Ah, seus irmãos estão em aula."

"Então...eles estão aprendendo coisas?"

"Sim meu docinho."

"Uau, eu também quero aprender coisas. Quando eu poderia ter aulas?"

"Hahaha, que bom que você está entusiasmada para aprender. Seu irmão Philippes não gosta de estudar. Mas não se preocupe, em breve vocês terão seus tutores."

Ouvindo a conversa entre meu pai e Charlotte, não pude deixar de ficar feliz. Finalmente poderei aprender mais sobre esse mundo. Não vejo a hora de isso acontecer. Fufu, parece que meus pais reconhecem a minha grandeza.

Enquanto pensamentos narcisistas estavam em minha cabeça, entramos em um salão enorme. Decorados com faixas em tons de vermelhos, pretos, prata e roxo.

Hm...provavelmente deve ter a ver com meus pais.

E então, atravessando o Salão entramos em um corredor lateral e

"Olha, é o jardim"

Ouço a voz da minha irmã. E, atravessando uma porta, entramos em uma área aberta para o jardim.