A porta do quarto foi aberta e passos foram feitos no chão, sendo o único ruído audível presente em todo o ambiente. O indivíduo que entrou caminhou até a janela e abriu as cortinas, permitindo que os raios solares adentrassem o recinto e iluminasse todo o quarto. Assim, ele virou-se e viu um corpo pequeno esparramado por todo o colchão da cama. O lençol que o cobria há muito estava caído no chão e seu pé estava fora dos limites. Toda a postura era estranha, mas o rosto fofo e infantil demonstrava puro relaxamento, sem nem um sinal de incômodo, estando no terceiro sono.
Ele o observou durante alguns segundos, antes de se aproximar na mesma velocidade que entrou e sacudiu os ombros do garoto, com o intuito de acordar. Os fios roxos bagunçados por conta do sono caíram na testa branca e limpa dele, mas ainda notou como o pano do travesseiro estava levemente escuro, uma clara indicação de que o garoto novamente banhou e não se enxugou direito. Os olhos semicerrar quando viram isso e voltou a acordá-lo.
"James, acorde." Chamou o nome. Ao contrário do rosto, a voz era gentil e suave, com um tom de cuidado. "Acorde está na hora."
"Hng…" Um som estranho saiu da boca, seguida de uma pausa na respiração e o abrir dos olhos castanhos para o mundo.
O rosto fofo olhava para o teto com confusão nos primeiros segundos de seu dia e depois o encarou, reconhecendo depois quem era. Ele não conseguiu evitar e bocejou de sono, logo após despertando mais sua mente.
"Bom dia, Brandon." Falou com a voz rouca. Ele sentiu a garganta seca e olhou para a jarra d'água ao lado da cômoda.
Brandon não demorou e pegou um copo e pôs o líquido nele, para entregá-lo. A água na jarra estava gelada, pois sempre era trocada depois de amanhecer o dia. Tal coisa era necessária, pois sempre há alguém que se levanta no meio da noite apenas por um gole para matar a sede.
"Bom dia, James." Disse, assentindo. "Levante-se rápido, sua mãe me pediu para te chamar."
"O que houve?"
"Nada, apenas para tomar o café da manhã." Respondeu, levantando-se e indo para as gavetas, retirando as vestimentas que se seguiriam o dia inteiro. Ele estava escolhendo as que mais pareciam confortáveis e mais bonitas para o menino se vestir. A Condessa também gostaria de vê-lo dessa maneira.
"Aff, ela não poderia me deixar dormir só mais um pouco? Chegamos tão tarde ontem." Disse, deitando de bruços, com a cara para o lado e a visão em Brandon em pé. Era óbvio que chegaram tarde, mas ainda tinha que acordar agora. Ele sentia-se injustiçado. "Queria dormir mais um pouco."
"Não." Ele negou prontamente. A senhora queria que ele estivesse no café da manhã. Era uma regra estabelecida desde antes de entrar na mansão, então, era impossível não ir apenas para dormir. As únicas exceções seriam para trabalho ou por necessidade, nada mais.
"Eu sei." James piscou os olhos mais algumas vezes. As pálpebras estavam pesadas e querendo dormir, mas se impedia, decidindo-se levantar. "Mas ainda queria dormir."
"Devia ter ido dormir quando chegou." Falou, colocando a roupa encontrada em cima da cômoda. Ele observou o James sentado na cama, com os membros moles, ainda com preguiça de se mover. "Assim não estaria com sono."
James o observou. Brandon parecia o mesmo com o rosto sério e profissional, sem nenhum sinal de cansaço, muito menos algo que indicasse olheiras e uma noite mal dormida. Estava cheio de energia. Ele sentiu um pouco de inveja.
"Você não está cansado? Foi dormir na mesma hora que eu." Questionou curioso, recebendo a atenção do outro.
Brandon achou engraçado a pergunta de James. Se ele está cansado? Por ele, gostaria também de deitar e dormir um pouco mais. Contudo, não é possível porque tinha que trabalhar. Ele também acha que os outros empregados também tinham os mesmos sentimentos que ele, mas ainda sim vinham. Embora tivesse um pouco de dúvidas em relação aos cavaleiros da família Miller, Nott, por exemplo, parecia uma máquina todo o dia de madrugada andando no centro de treinamento.
Foram poucas as vezes que o viu fazendo isso, mas seus colegas sempre diziam que acordar faz parte da rotina e até se surpreenderam com o hábito do castanho de acordar ainda mais cedo.
"Acho que devia perguntar isso para Nott, ele acordou mais cedo que todos. E ainda treina um pouco antes da rotina começar."
O menino arregalou os olhos, surpreso pela informação dita. O cavaleiro foi dormir na mesma hora que ambos e ainda tinha energia o suficiente para treinar assim? Ele era um mago, mas agora estava curioso para saber se tal resistência é devido mesmo aos treinos deles.
"Bem, só se arrume logo. A senhora está esperando por você e já chamou os outros. Desça no máximo até dez minutos."
"Ok." Assentiu, levantando-se da cama e indo para o banheiro, enquanto o ruivo saía do quarto. Ele ainda tinha que ir ao escritório de Ferion para chamá-lo.
Diferente da mansão de Killos, o escritório de Ferion não era uma sala separada, mas em seu próprio quarto. O primeiro jovem mestre tinha decidido assim, já que não viu necessidade de transitar entre dois lugares enquanto passaria poucos dias no lugar. Sua porta era comum, semelhante a de James, mas mais escura.
Brandon parou em frente a porta do quarto, batendo duas vezes com seu dedo indicador, recebendo uma permissão de entrada de uma voz grossa.
O interior foi revelado e a pessoa que ele veio chamar estava sentado em sua cadeira de frente a uma mesa recheada de papéis. Embora de manhã, Ferion estava trabalhando em pleno vigor, já que o Conde saiu cedo para resolver assuntos com outros nobres a fim de parcerias para o desenvolvimento do condado e do império. O ponto principal era que a revelação do segundo príncipe sendo nomeado como herdeiro do trono foi inesperada e tinham que discutir os planos e planejamento a seguir, pois todos os que tinham foram praticamente anulados com tal fala do imperador.
O homem de cabelos tão negros quanto a noite levantou os olhos de cima do papel para o ruivo na porta.
"Bom dia, Brandon." Cumprimentou-o. Sua voz era grossa, mas ainda educada e respeitosa.
"Bom dia, Ferion. A senhora deseja que o senhor desça e vá para o café da manhã."
"Tudo bem, eu já vou. Só vou terminar esse documento e estarei lá." O informou, percebendo que seria rápido. O documento nada mais era que uma revisão dos fatos já apurados antes por ele.
"Ok, senhor. Com licença." Balançou a cabeça e saiu.
Brandon tinha chamado ambos a quem tinha sido responsável, foram ordens da condessa. Ele, em nenhum momento, pensou em ir até o quarto reservado para Phillip e Johannes. Não seria agradável para si ter que ver como ambos interagem e teria certa resistência em realizar tal ordem da Condessa Claire. Ainda era de manhã e não queria estragar um pouco do resquício do bom-humor que teve ontem.
Ele entrou na sala de jantar da mansão e deparou-se com a mesa recheada de comida dos mais variados tipos, todos com aparências lindas e muito apetitosas, indo de uma ponta a outra. O local era iluminado pelas janelas e a luz solar criava uma atmosfera natural para o ambiente, sem deixá-lo quente. Era agradável e estava fresco pela brisa que provinha do exterior e adentrava a sala.
Assim que entrou, a figura da condessa também estava no cenário lindamente decorado. Ela sentava-se em sua cadeira, na ponta, e tomava um gole de uma xícara de chá de fléquias, uma erva benéfica por seus efeitos anti detoxicantes e relaxamento. Sua expressão era natural ao beber um gole e seu cabelo roxo caiu um pouco do ombro para baixo. Ela virou seu rosto e repousou a xícara na mesa no instante que ouviu seus passos, esperando sua fala.
"Senhora, eu chamei os dois para vir. James está tomando banho, enquanto Ferion estava verificando um documento, mas disse que ia vir assim que terminasse." Relatou, no mesmo tom e atitude que sempre tinha em seu trabalho.
Claire olhou para o jovem à sua frente, próximo a porta, com olhos tão gentis que criavam um sorriso ao se curvar. Ela sempre gostou muito de Brandon, desde o momento que veio para a mansão. Ele era responsável e muito dedicado, ainda mais era um bom garoto e isso só tornava ainda mais maravilhoso. Muitas vezes pensava que se ele fosse seu filho, seria ainda melhor, mas logo afastava tal ideia.
Ela o viu crescer durante uma década, o viu ser alegre durante a adolescência, sendo um exemplo para James e cúmplice dele, como também o viu sofrer pela morte de sua mãe e sua melhor amiga na metade dela. Stella era como um ponto de luz no céu que o guiava e a âncora para a realidade. Ela viu ele perder uma parte de si quando a viu partir e, mesmo ela também, afinal, perdera uma de suas melhores amigas e companheira em momentos difíceis.
No entanto, mesmo nessa época, o garoto ainda era expressivo. Seu rosto revelava sua tristeza, mas não perdia o ímpeto feliz que alguém de sua idade tinha. Com poucos meses, parecia que tinha aceitado a morte de sua mãe e sua única parente no mundo, embora sentisse tanta falta quanto o vazio que permanecia em seu coração. Ele sorria com tanta naturalidade que todos se sentiam calmos quando o viam.
Quando tornou-se adulto é que as mudanças aconteceram e o mudaram. Foram pequenas de início e aumentaram com o tempo, de forma que ele se tornasse silencioso e inexpressivo. O sorriso que vinha tão natural antes tornou-se cada vez mais raro conforme o tempo passava.
Só que o núcleo nunca foi mudado. Ele continuava o mesmo responsável e bom garoto que era desde pequeno.
Brandon ainda era tão capaz quanto se mostrou e se dedicava em seu trabalho ainda mais. Cuidava de James como se fosse seu próprio irmão e se importava com ele tanto quanto sua família de sangue. Ele amava o condado e era grato aos Miller por cuidarem dele. Toda sua pessoa só tinha respeito por eles e os tratava muito bem.
Ela só queria o melhor para ele e o ajudaria no que pudesse. Assim como prometeu a sua amiga dias antes de sua partida.
"Brandon, venha aqui." O chamou, fazendo um gesto para que ele se aproximasse e esperava olhando.
O ruivo caminhou até ela, para ao lado, recebendo o olhar sobre si. Ele estava com o rosto rígido, sem nenhuma mudança, esperando sua próxima ordem.
"Tome café da manhã conosco." Proferiu, pegando sua xícara e tomando um gole, sem olhar para os olhos arregalados do rapaz ao lado e sua postura congelada.
"Senhora, eu posso ir para a cozinha e…"
"Eu quero ter um café da manhã com você. Por favor, sente-se. James também irá adorar muito." Ela apelou para o nome de seu filho sem hesitação. Assim como imaginou, Brandon assentiu e se sentou ao seu lado, olhando para o prato e colocando um pouco de comida.
Não era a primeira vez que tomavam café da manhã juntos, mas a atmosfera estava estranha. Era muito comum fazerem isso durante os três anos que Ferion e Phillip tinham ido para a guerra. Ele os acompanhava, uma forma de conforto simples para os dois adultos e uma criança jovem com saudade de seus irmãos.
Brandon estava calado. Ele realmente não queria estar ali pelas altas chances de ver o casal de noivos. Um suspiro saiu de seus lábios, pensando que mesmo que não os chamasse, o destino brincaria consigo e o levaria até a frente deles sem chance de fuga, pois foi um pedido da própria Condessa e ele não queria decepcioná-la ao recusar.
O silêncio durou por algum tempo até que a porta foi aberta novamente, porém dessa vez era uma figura mais baixa que se mostrou, sendo seguida por uma mais alta. Ferion e James apareceram adentrando o recinto. O mais novo com uma feição alegre e o mais velho com a seriedade de sempre. O rosto era tão marcante que mesmo que estivesse neutra passava a impressão que ele estava ponderando muito sobre algo.
James olhou para sua mãe e para Brandon, sorrindo logo em seguida por ter seu melhor amigo no café da manhã. Finalmente, seu pedido foi realizado. Agora, ele sente que não quer dormir tanto quanto disse mais cedo.
"Bom dia, mãe. Brandon." Se aproximou, abraçando a mulher e dando um beijo em sua bochecha, antes de ir para seu lugar. Ele tinha que agradecer a sua mãe, óbvio, ele tinha ciência que o ruivo só estava ali por causa dela.
"Filhos. Espero que tenham dormido bem."
"Eu pensei que poderia ter dormido mais, mãe." James disse, fazendo beicinho.
"Se não tivesse ido até Brandon ontem e ido dormir, não estaria assim."
O garoto olhou para sua mãe com os olhos arregalados e intercalou entre ela e Brandon. Os dois pareciam ter se juntado contra ele e até disseram coisas parecidas. Isso não significava que ele estava errado, mas que ambos o tinham como alvo.
"Tive um bom sono, mãe." Ferion respondeu, ao ver que James não responderia. Ele ignorou a expressão do outro, naturalmente.
"Isso é bom. Mas não se esforce muito por causa do trabalho. Seu pai pode estar ocupado, mas ainda tem a mim para ajudá-lo. Brandon também." Ela falou, pensando que seu primeiro filho trabalhava demais.
O mais velho era o herdeiro e naturalmente teria mais responsabilidades, então desde jovem ele tem vivido com uma pressão e expectativa sobre si. Ainda bem que sua personalidade é responsável e consegue lidar com isso muito bem. No entanto, o mesmo trabalhava muito, já que quando mal tinha voltado da guerra estava trabalhando para o condado ajudando seu pai. Ele era um viciado em trabalho e Claire só suspirava, pois era idêntico ao seu marido.
"Tudo bem." Assentiu, entendendo suas preocupações.
As duas últimas duas pessoas também entraram no momento do fim de suas palavras. Phillip e Johannes entravam com os braços entrelaçados, como se estivessem entrando em um banquete. Os dois agiam em conformidade e pareciam muito bem juntos. Sua atitude um com o outro era boa e pareciam bem humorados pela iluminação do ambiente. Eles continuaram assim até que houve uma leve hesitação do cavaleiro ao notar quem estava sentado ao lado de seu irmão mais novo e sua mãe.
Brandon estava ali, com os olhos verdes inexpressivos olhando para ele sem uma única ondulação de emoções.
Ele era o único que sabia o que estava acontecendo consigo ao vê-los daquela maneira e, por isso, continuou a esconder a complexidade de seus sentimentos.
Phillip e Johannes não tinham como saber a forma como Brandon se sentiam, mas sentaram-se em seus lugares. Johannes, como a boa atriz que é, agiu mais natural, embora também tenha se surpreendido pela companhia extra que nunca viu antes na sala de jantar. E, bem, o segundo filho encarava Brandon de tempos em tempos, tentando ser discreto. Ele queria conversar com ele, mas sabia que não era o momento.
"Fico feliz que todos estejam aqui. Ainda que Ivan não esteja. Sinto que seria bom compartilhar uma refeição entre nós." Condessa Claire sorriu, permitindo a liberação da alimentação. Ela logo os observou e então começou a puxar assunto. Ninguém dali conseguia ver, mas havia uma travessura discreta em seu tom, expressão e olhar. "Brandon, ouvi de Irvin que você saiu ontem. Se divertiu?"
Todos o olharam e Brandon ficou um pouco envergonhado pela atenção. Em especial a atenção de duas pessoas.
"Sim." Respondeu. "Fui para o festival que ocorria pelas ruas."
"E como foi? Faz tantos anos que não vou a um lugar desses. Queria saber como está agora o evento."
"Foi bem. Nós visitamos as barracas de jogos e nos divertimos. A comida era muito boa e bem preparada, ainda que barata. Não havia muito o que discutir, o clima era muito festivo e receptivo."
Brandon contou com honestidade e sinceridade. Não havia como e nem o porquê de esconder. Se ela perguntou ou ouviu de Irvin, já saberia dos maiores detalhes e, principalmente, que ele teria saído com seu amigo Nott. Sabia que ela não reclamaria, mas não queria atrair problemas para si com o lado de Phillip. Ele ainda se lembrava do outro entrando no quarto apenas para tirar uma satisfação sem pé nem cabeça, como se fosse ele que lhe devesse algo.
"Nós?" O sorriso cresceu no rosto gentil da condessa. "Você foi com quem?"
"Fui com Nott."
"Senão me engano, ele é amigo que você conversa vez ou outra e que acompanhou vocês na viagem, não foi?" Brandon assentiu. "Fico feliz que você tenha se divertido com seu amigo. Você precisa ter mais amigos assim."
"Obrigado, senhora."
Ambos dialogavam um com o outro, com todos calados e prestando atenção. Johannes olhou para seu noivo e suspirou, percebendo que dessa vez o cavaleiro estava se contendo e não revelando nada que pudesse criar um mal entendido. A mesa estava com a condessa e os outros irmãos, não era mesmo um bom lugar para ele mostrar sua insatisfação pela saída de Brandon. Só ela sabia o quanto teve que ouvir das reclamações dele só pra poder dormir.
E James, atraindo a atenção para si, entrou no diálogo.
"Então, mãe, posso ir hoje me divertir com Brandon e Nott." Perguntou esperançoso. Ele esperava que ela dissesse sim, pois estava querendo saber como era o festival, embora tenha passado o principal.
"Sim, mas esteja em casa mais cedo. Nós iremos partir amanhã e você tem que escolher o que vai levar de volta." Afirmou, avisando-o sobre o compromisso amanhã.
"Nós já vamos voltar para o condado?"
"Queria ficar mais um pouco?"
"Hm, bem, sim." Balançou a cabeça com a resposta positiva. Ele queria ficar, era um fato que se divertiu na cidade mais do que em Killos. Além disso, de seu quarto dava para ver a terra sagrada dos magos, a Torre Mágica, e seus pensamentos e sonhos estavam rodeados daquele prédio em questão.
"Mas não pode. Voltaremos amanhã. Seu pai ficará para a discussão prolongada da facção. É impossível decidirem hoje todo o planejamento de qualquer maneira.
"Não posso ficar com ele?" Questionou, recebendo um olhar indicativo de aviso, fazendo-o ficar para baixo. "Tudo bem."
"Ferion ficará responsável pelo condado na ausência de seu pai e eu provavelmente o ajudarei com algumas tarefas. Brandon estará o ajudando neste meio tempo e quero seja o assistente por alguns dias."
Era o esperado e Ferion não tinha opinião sobre isso. Seu pai tinha que discutir com a facção do segundo príncipe depois da bomba e ele foi treinado para isso em primeiro lugar. E Brandon também não teve muita impressão, já que esse era seu trabalho. Apenas o ciúme surgiu rapidamente nos olhos de Phillip, e ele apertou o cabo do garfo que usava para descontar um pouco disso.
Ele realmente não gostava da aproximação de Brandon com seu irmão.
"Agora, quero que desfrutem do bom café da manhã." Ela disse, terminando seu chá e comendo um brioche.
O resto do café da manhã foi regado de conversas, onde apenas Brandon respondia o que lhe era perguntado. Ele não estava focado muito na conversa, por que tinha que se controlar para não expressar desgosto nem desamparo ao ver Phillip dar comida na boca de Johannes. Isso era algo que ele só fazia com ele.
Um suspiro queria sair de sua boca, mas o prendeu e ignorou isso. Ele não importa, pensava consigo mesmo. E uma vontade de voltar ao condado foi ficando forte desde que ouviu o aviso da condessa.
Somente sua cama poderia lhe trazer algum conforto. Mas ele não tinha ideia do que aconteceria por lá seria o fim de uma era.