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Chapter 100 - Meu doce momento

Ficar uma semana sem Gabriel fora um castigo que Theodore experimentara pela primeira vez. Fora a experiência mais maluca e torturante já vivenciada em toda a sua vida, sem comparações.

Vê-lo de longe com Sadie tendo sua atenção, admirá-lo enquanto treinava junto com o time, ou até mesmo observá-lo sorrateiramente na sala de aula era simplesmente horrível. O desejo de ir até ele e se afundar em seus braços crescia incessantemente na medida em que se repreendia por não se portar.

Fora ele mesmo quem propusera evitarem-se na escola para diminuir os rumores, imaginando ser o melhor para Gabriel. Mas a quem Theodore estava enganando?

Percebera ser baboseira a partir do momento em que todos os dias Theodore passava no vestiário para cheirar a camisa de Gabriel e se tocar.

Todos os dias precisara fazer aquilo para sanar as saudades que sentia. Havia um vazio dentro de si chamando por Gabriel incessantemente, o deixando incompleto sem o ficante. Era tão estranho se sentir daquela maneira, que Theodore só conseguia imaginar que algo havia ocorrido em seu cio.

Algo que resultasse no desejo de torná-lo seu.

Mas nenhuma resposta fora encontrada.

Tampouco precisaria de mais tempo para refletir sobre, já que naquele instante Theodore fora abordado por Gabriel e pego no flagra farejando sua camisa. O seu coração batia tão feliz dentro do seu peito por finalmente sentir o calor de suas mãos e de sua boca.

Envolvendo os braços em volta do pescoço do alfa, Theodore simplesmente retribuíra ao beijo sem esconder a sua felicidade de estar com Gabriel. O puxava para encostar em si, como se fosse a única forma de comprovar estarem juntos realmente.

O abraço apertado de Gabriel era o seu lugar. Podia sentir as batidas aceleradas do seu coração, e o aperto de suas mãos em suas costas. Mesmo quando suas bocas se distanciaram uma da outra, o alfa não permitira que o ômega se afastasse. O abraçara ainda mais apertado.

— Você não tem noção do quanto eu senti sua falta, Theo. — Sussurrava o alfa sem se afastar. Theodore apertava a camisa social branca do uniforme, sentindo suas bochechas esquentarem mais ainda — Eu imploro pra que nunca mais fique longe de mim.

Arregalando os olhos em ouvi-lo dizer aquelas palavras, Theodore virou o rosto tentando enxergar Gabriel. Precisava olhar diretamente em seus olhos para saber o quão sincero estava sendo. E assim que conseguira, vislumbrou a dor estampada em seus olhos pela primeira vez.

— Me desculpa, achei que era o melhor pra evitar problemas pra você.

— Que venham os problemas, eu não me importo.

Acariciando o rosto do alfa, Theodore não escondia o próprio sorriso ao ouvir aquelas palavras. Talvez tivesse criado um problema ao tentar ser empático com Gabriel, desconsiderando o que o alfa gostaria de fazer. Por mais que tentasse fugir dos clichês românticos, ele mesmo caíra em um.

— Mesmo que as pessoas descubram sobre nós? — Questionara o ômega, encolhendo-se nos braços do alfa encostando a cabeça em seu peitoral. — Se continuarem assim, seu pai pode descobrir.

— Não é como se eu estivesse sozinho pra lidar com esses problemas, certo?

Soltando um riso baixo, Theodore concordara com a cabeça. Apoiando o queixo no peitoral do alfa, mirou os olhos claros em sua direção e abrira o sorriso mais alegre que conseguia naquele momento. Mostrando as presas e deixando Gabriel sem palavras.

— Você tem o seu ômega!

Gabriel precisou de um momento para se esconder de tamanho brilho e esplendor que Theodore emanava. Era golpe baixo, certeiro transformando seu coração em manteiga derretida. Rindo aliviado, o alfa mergulhara os dedos nos cabelos loiros onde afagara-os.

— O meu ômega. Você sabia disso, não é?

— Do quê?

— De que é minha alma gêmea.

Fora a segunda vez que Theodore petrificara. Piscando aturdido o ômega encarava o alfa processando lentamente os significados de suas palavras.

Ele? Sua alma gêmea? Da onde? Quando? Como?

— Como é?

— Não percebeu? Ou tá fingindo?

— Eu sou sua alma gêmea? Da onde tirou isso?

Gabriel reprimira o riso, entrelaçando os dedos nas costas de Theodore. O ômega o encarava perplexo apesar do nervosismo surgindo em sua barriga. Estaria o alfa falando sério ou seria alguma brincadeira? Não conseguia compreender direito.

— Lá em casa você disse que finalmente encontrou o seu alfa. Não lembra?

Piscando ainda confuso, Theodore revivera todas as memórias dos dias em que passara na casa de Gabriel. Demorara um tempo para que uma memória, flash bem fraco, viesse em seus pensamentos do momento exato em que falara aquelas palavras. Era a sua voz dizendo aquilo para Gabriel.

— Isso é oficial? Tipo, real e oficial?

— Não acredita? — Questionava Gabriel arqueando a sobrancelha, aproveitando para pegar a camiseta que ainda estava nas mãos do ômega. — Então me conta, por que estava com isso?

Fitando ora a camisa ora Gabriel, o loiro abriu um sorriso amarelo. Deveria admitir apenas? Ou fingir que se tratava de alguma outra coisa? Estava envergonhado, e não controlaria o rubor de sua face. Umedecendo os lábios, Theodore tornava a encarar a camisa escolhendo ser sincero, já que Gabriel o pegara no flagra de qualquer maneira.

— Teu cheiro mudou, ficou mais forte. É difícil me conter, já que estava longe de você.

— Não é só o meu cheiro que mudou, o seu também. — Sorria Gabriel aproximando a camisa do próprio rosto. — O teu cheiro ficou impregnado na minha camisa, o que já mostra que você ficou abraçando ela.

Desviando o olhar, Theodore fazia aquele alfa rir. Como ele poderia saber que abraçara sua camisa? Na verdade a apertara contra seu rosto inalando profundamente o cheiro de Gabriel, enquanto se tocava. Fazer aquilo todos os dias por uma semana fora um tormento, principalmente quando tivera a audácia de levar a dita camisa para sua casa.

Mas aquilo jamais seria dito!

Theodore simplesmente precisava daquele cheiro perto dele. E tivera de ser como um ninja para chegar mais cedo na escola só pra deixar a camisa no armário fingindo tudo estar bem.

— Então... Isso quer dizer o quê?

— Que somos almas gêmeas. Agora que sabemos disso, é difícil ignorarmos um ao outro.

Gabriel como sua alma gêmea... Estaria ele sonhando por acaso? Aquele alfa cavaleiro, atlético e inteligente nascera para ser o seu par? Por acaso teria virado personagem de algum contos de fadas para merecer tamanha alegria? Até poucos meses atrás achava que seria como qualquer pessoa que pularia de relação em relação sem jamais encontrar sua alma gêmea.

Ou então que ficaria com Gabriel por um tempo, mas que logo ele se cansaria dando fim ao que tinham. Afinal eram apenas ficantes.

Queria encontrar sua alma gêmea, como toda pessoa deseja, mas tinha receio de que fosse uma pessoa ruim. Acontecia aquilo, já ouvira histórias de pessoas fadadas a estarem juntas, mesmo o relacionamento sendo horrível. Bem, poderia notar do seu melhor amigo que encontrara a sua metade justamente na pessoa com quem mais briga.

Era natural ficar receoso. Era natural e esperado ter medo de encontrar sua alma gêmea.

— Você está contente em ser minha alma gêmea? — Murmurava Theodore, repousando as mãos sobre o peitoral de Gabriel ainda receoso de olhá-lo.

— Eu estou. — Respondera o alfa em um sussurro. — Por que eu sei o quão perfeito você é pra mim, Theo.

Pobre coração que acelera intensamente dentro do seu peito. Theodore queria se encolher e esconder do mundo a mescla da timidez e felicidade que compunham o rubor de sua face. Mesmo tentando fugir do olhar de Gabriel, seu cheiro denunciara a felicidade sentida contribuindo para tons mais avermelhados às suas orelhas.

Por fim, Theodore escondera o rosto contra o peitoral de Gabriel ouvindo-o rir e sentindo seus dedos compridos acariciarem seus cabelos loiros. Talvez tivessem flores saindo de si, porque a felicidade era tipicamente primaveril para aquele ômega apaixonado.

— Te deixei envergonhado? — Murmurava o alfa, tendo Theodore concordando com a cabeça. Erguendo seu queixo com as pontas dos dedos, Gabriel admirara aquela face tomada pela timidez — Serei um pouco egoísta então, quero te deixar ainda mais envergonhado.

Tomando posse dos lábios de Theodore, Gabriel apertava o ômega contra o seu corpo tornando a sentir aquele calor de outrora. Sentindo o sangue pulsar nas pontas dos seus dedos, o ômega retribuíra ao beijo mostrando para o outro o quanto o queria.

Os dedos tímidos subiram pela nuca de Gabriel, prendendo-se aos fios os puxando e acariciando na medida em que o ósculo se tornava profundo. Para os amantes, aquele momento era tão precioso quanto a conversa que tiveram. Não apenas para assumirem a vontade de estarem juntos, mas de sentirem também.

Theodore era capaz de se sentir desejado por Gabriel. Mesmo quando suas costas encostaram-se no armário e sua blusa levantada para que as mãos quentes do alfa tocassem sua pele, Theodore ainda cogitava a hipótese de tudo aquilo ser um mero sonho.

A língua quente e úmida de Gabriel explorava sua boca deliciosamente. Arfava contra seus lábios e suspirava em deleite. Quando a coxa do alfa tocara acidentalmente a ereção que surgia em meio de suas pernas, Theodore arrepiou-se por completo.

— Gabriel, não é bom ficarmos aqui... — Arfava o garoto quando tivera os lábios soltos pelo alfa.

— Foi mal, Theo, mas eu não vou esperar. Não consigo mais. — Murmurava Gabriel, passando os lábios úmidos pelo lóbulo de Theodore.

Seus dedos beliscavam o mamilo enrijecido e sensível, e o misto de emoções excitantes só aumentavam. Se para Gabriel havia um limite a ser ultrapassado, então Theodore o faria também. Porque ele também o desejava, aguentara aquela uma semana reprimindo a sua própria necessidade.

Distribuindo selares pelo pescoço de Gabriel, Theodore ousara sugar sua pele e mordiscá-la enquanto arranhava as costas do alfa por debaixo da camisa do uniforme. Podendo sentir a pele um do outro, os meninos respiravam profundamente tentando lidar com o calor súbito que tomavam conta de seus corpos. Os toques eram singelos e curiosos, tomando cuidado para não terminar com a brincadeira naquele mesmo momento.

Entretanto, Theodore já estava angustiado. Desde o momento em que sentira o cheiro de Gabriel em sua camisa o seu corpo reagira energeticamente. Tê-lo em seus braços o beijando e o tocando aumentavam a excitação mantida escondida no tecido. Quando seus corpos se encontravam, friccionando a ereção, um gemido escapava dos lábios do ômega.

Um gemido que soara como um pedido sôfrego.

Gabriel não tardara em abrir o zíper da calça do ômega e segurar com força a sua ereção. O acariciara apreciando o revirar de olhos de Theodore sem tirar o sorriso de seu rosto. Tudo o que o loiro conseguia fazer era tremer na mais pura excitação. Jogar a cabeça para trás e gemer baixo tentando se conter, assistindo aquele alfa judiar de si.

A mente ficava em branco quando tinha a boca de Gabriel novamente junto a sua. Um beijo intenso e sedento deixavam suas pernas bambas junto com a carícia que recebia. Theodore só conseguia puxar Gabriel para mais perto e ofegar contra sua boca. Estava completamente fraco só com aquele toque.

— Está todo molhado, Theo — Murmurava o alfa, espalhando o líquido pelo membro do ômega. — Te sinto pulsar por mim.

Fechando os olhos, Theodore suspirava alto cobrindo a boca para evitar que sua voz saísse mais alta. Prestes a sentir o seu ápice chegar, Theodore segurara a mão de Gabriel, mirando os olhos claros para os castanhos.

— Não faça isso! — Pedira ofegante, afastando a mão do alfa de seu membro.

— Por quê? Tem algo errado?

Segurando o pulso do alfa, Theodore o puxara para o corredor dos boxes, escolhendo o último para entrar. Empurrando Gabriel para dentro do box e podendo trancar a porta, o loiro virou-se passando a se despir. Mesmo que tivesse vergonha, não poderia negar os próprios desejos. Ainda que soasse ridículo, ele o faria.

— Eu te quero, Gabriel. — Sussurrava o ômega, jogando a camisa no chão e retirando das calças em seguida. Tudo sob o olhar atento do alfa. — Dentro de mim.

Ajeitando os cabelos castanhos para trás, Gabriel abrira um sorriso passando a tirar as próprias roupas.

— Pedindo assim, sou fraco em negar.

E quando as peças de roupas finalmente deixaram de ser empecilhos, os dois meninos se tocavam sentindo o calor um do outro. Retomado o ponto em que haviam parado, Gabriel virara o ômega de costas para si contra a parede, espalhando selares e mordiscadas por todas suas costas, enquanto o preparava para si.

O corpo do ômega se lubrificara naturalmente, escorrendo o líquido transparente com o cheiro adocicado por entre suas pernas saudando o alfa. Fora o suficiente para Gabriel sentir os seus instintos desejarem ardentemente por Theodore. Assim como ele.

Theodore gemera alto quando sentira o volume penetrá-lo lentamente, esperando se acostumar. O mísero movimento que fizera com o quadril fora o sinal para Gabriel continuar, iniciando a dança sensual dentro daquele box.

Seria a primeira vez que Theodore ousava fazer algo do tipo em lugares como aquele. E não negaria que acrescentava uma boa centelha de excitação ao momento. Mas aquilo só comprovaria que se tornara viciado em Gabriel, ficando incapaz de aguentar não senti-lo por mais tempo.

Na medida em que o vai e vem aumentara e o ritmo se estabelecia entre os corpos, Theodore sentia o seu corpo receber Gabriel com imenso prazer. Principalmente quando um certo ponto fora alcançado, o fazendo sentir prestes a ser rasgado ao meio em prazer. Dor e desejo estavam lado a lado.

Suas pernas ficaram bambas quando Gabriel alcançara aquele mesmo ponto diversas vezes. Theodore empinava-se contra o corpo do alfa entregando-se por completo a ele. E quando finalmente alcançarem o ápice, sua mente ficara completamente em branco só aproveitando as sensações maravilhosas que seu corpo sentia.

Pela primeira vez Theodore conseguia compreender o que era se sentir completo por causa de uma pessoa. Por causa de sua alma gêmea.

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