O ômega se sentou ao seu lado, e Gabriel pudera se lembrar do quão feliz estava naquele momento. Segurando a mão dele a levando até seus lábios, pudera sentir uma pequena ponta da calmaria surgindo em seu peito.
— Senti a sua falta hoje. — Admitia o alfa, distribuindo selares pelos nós dos dedos esguios de Theodore. — É horrível olhar para o lado e não te ver.
Segurando a mão de Gabriel, Theodore sorria calidamente.
— Agora estou aqui. Isso é tudo o que importa.
Sim, isso era tudo o que importava. Theodore ao seu lado era tudo o que importava, ao ponto de deixá-lo nervoso daquela maneira. Justamente por ser ele mesmo.
Sem aguentar mais segurar dos próprios desejos, Gabriel inclinou-se beijando serenamente os lábios de Theodore. Mantendo suas mãos unidas, levara a canhota livre para o rosto quente do ômega onde poderia sentir a textura macia de sua pele sob seus dedos. Deixando uma ligeira carícia, o beijo fora correspondido na mesma doçura.
Todo o nervosismo de outrora se fora no instante em que as línguas se encontravam e o beijo ganhava forças. Ambos os garotos liberavam seus cheiros almejando seduzir um ao outro.
E conseguiram.
O desejo crescia na medida em que Gabriel passara as mãos pelo corpo coberto do ômega. Ainda que desfrutasse no sabor de sua boca, o alfa lentamente ia deitando o ômega sobre o seu colchão e ajeitando-se sobre ele. Em momento algum ficara longe de Theodore e sua boca viciante.
Precisando de ar em seus pulmões o beijo fora interrompido, mas os lábios sedentos de Gabriel passeavam pelo pescoço alvo do ômega distribuindo selares. Mordiscando e beliscando a região sensível, ouvira Theodore ofegar timidamente, e fora nesse instante que a taça do desejo transbordara.
Apesar de ainda manter certa calma em cada ato seu, Gabriel queria explorar cada vez mais daquele corpo. Suas mãos ergueram a camisa de Theodore entrando em contato com sua pele quente, sentindo-a se arrepiar em cada toque seu. Só de senti-lo daquela maneira, Gabriel não tardara em tirar a camisa do ômega e finalmente apreciar parte do seu corpo desnudo.
Poderia apreciá-lo devidamente se não tivesse sido puxado para outro beijo. A sede de Theodore era surpreendentemente gostosa para o alfa. Um beijo úmido era trocado quando o moreno beliscara sutilmente o mamilo do ômega, recebendo uma resposta imediata. Um sorriso brotara nos lábios de Gabriel, repetindo a ação só para degustar ainda mais daquela voz tímida e ofegante.
O calor subira por seu corpo, e a roupa começava a incomodar. Gabriel afastou-se o suficiente para ficar de joelhos ainda sobre Theodore, tirando de sua camisa e a jogando para um canto qualquer de seu quarto. Segurando a mão de Theodore, a levou para seu peitoral definido, sem tirar os olhos dele.
Estava sendo observado atentamente. Os olhos de Theodore pareciam decorar cada centímetro daquela visão, e as pontas dos seus dedos afundavam onde podia sentir o coração do alfa bater desenfreadamente. Quando os olhos dos dois garotos se cruzaram, um sorriso largo surgia nos lábios do alfa.
— Gosta do que vê, não é, Theo?
O loiro engolira em seco concordando com a cabeça, descendo os dedos pelo abdômen de Gabriel arranhando por ali. Timidamente seus braços envolveram o corpo do alfa, e o puxara um abraço tendo suas peles se encostando uma na outra finalmente. Suas bocas buscavam uma a outra, iniciando um beijo quente.
Inclinando-se sobre o abdômen do ômega, o moreno distribuía selares já sedento para sentir o seu gosto. Queria tocar Theodore cada vez, e por esse motivo suas mãos não permaneceram paradas de maneira alguma. Elas apreciavam as curvas e apertavam seus músculo arrancando suspiros de Theodore.
Os selares distribuídos em seu abdômen foram substituídos pela língua brincalhona sobre o mamilo enrijecido. Fora ali que Gabriel encontrara o seu pequeno parque de diversões, sentindo o corpo de Theodore se curvar debaixo do seu. Brincar com o mamilo com a ponta da língua, o sugando e mordiscando em volta enquanto o outro era estimulado com apertões fora uma descoberta para o alfa.
A ereção do ômega já era sentida ainda coberta. Seu corpo esquentava e todo o quarto era preenchido com o seu cheiro. Sem aguentar mais, o alfa baixara o moletom do rapaz junto da boxer, podendo finalmente ter a visão que mais ansiara em toda aquela semana.
— Não me olhe desse jeito, Gabriel. — Pedia o ômega, tentando se esconder em seus braços.
— De que jeito, Theo? — Murmurava o alfa, umedecendo os lábios com a língua ao fitar sua ereção.
— Desse jeito... Eu fico com vergonha.
O coração do alfa errara diversas batidas. Theodore tentava esconder sua própria expressão e a ereção, mas não conseguia por muito já que Gabriel continuara a estimulá-lo pelos mamilos. Queria tocá-lo de tantas maneiras diferentes, que a euforia quase tomava conta de Gabriel.
E fora um deleite para o alfa quando tirara as suas últimas vestimentas, finalmente libertando a ereção dolorida, tendo Theodore arregalando os olhos em sua direção e suas bochechas ficando escarlate. O sorriso prepotente só aumentava, sendo engolido junto do beijo afoito que dera naquele ômega.
A partir do momento em que as duas ereções se tocaram, e Gabriel os masturbaram em conjunto, a noite deles se tornaria longa. Seus instintos junto com dos desejos guiaram bem aquele alfa a explorar o corpo do seu ômega, tocando-o e satisfazendo com suas reações.
Somente naquela brincadeira tola os dois já havia alcançando o seu ápice. Mas o desejo ainda era presente, e o alfa estava fervendo sem cansar. Usando o líquido que escorria em sua mão vinda do pênis outrora estimulado, Gabriel dedilhava a entrada de Theodore o ouvindo arfar e esconder o rosto em seu travesseiro.
Ele só pudera rir divertido daquela reação tão tímida. Penetrando um dedo, percebia o ômega apertar ainda mais o travesseiro contra o rosto, ficando deitado de lado tentando encolher seu corpo do alfa. Gabriel não o permitira se esconder, afastando o travesseiro o suficiente para capturar seus lábios e adquirir a atenção inteiramente para si.
A língua do ômega buscou a semelhante sedenta em sua boca. O gemido rouco que escapara ao ter o segundo dedo introduzido em sua entrada fora a perdição do alfa. Gabriel movia os dedos sem deixar Theodore em paz, embebedando-se cada vez mais em suas reações timidas.
— Por favor... Argh, não... N-não me olhe assim.
Mordiscando o seu queixo, Gabriel o ouvira arfar quando os dedos se afundavam em sua entrada. Theodore o agarrara pelos ombros, arranhando sua pele ao descontar suas dores e prazeres.
— Você não tem noção, Theo. — Murmurava o alfa contra o ouvido do ômega, brincando com seus brincos usando a língua. — Do quão gostoso está desse jeito.
Terminado de preparar o ômega para si, o alfa afastou-se o suficiente para abrir a gaveta de sua cômoda e retirar dali um pacote de camisinha. Abrindo a embalagem com os dentes, já que sua outra mão se recusava a deixar o corpo quente de Theodore, o alfa sorria malicioso para as pérolas azuladas marejadas que o assistia tão atentamente.
Que visão.
Que grande visão.
E quase fora a loucura quando Theodore, mesmo com suas mãos trêmulas, o ajudara a colocar a camisinha. A forma como ele o olhava repleto de desejo, em que o tocava convidando a explorar seu corpo e subtrair suas reações. Tal pedido fora atendido por Gabriel, que tivera sua nuca puxada e sua boca capturada por um ômega.
Segurando firmemente as coxas do ômega, posicionando-se entre suas pernas só para brincar com a glande em sua entrada, o alfa quase gozara ali mesmo. Quando finalmente o penetrara e ouvira o grito do ômega, que rapidamente escondera-se em seu pescoço, Gabriel já não soubera mais se conter.
Embebedou-se no seu cheiro.
Beijou cada centímetro de seu corpo.
Tocara cada curva.
Ouvira cada súplica sua e atendera cada desejo.
Invadira o seu corpo sedento, movendo-se de acordo com suas vontades sendo recebidos com os gemidos mais altos e manhosos que jamais ouvira em toda a sua vida.
Sentira as mãos de Theodore lhe tocarem as costas e arranhá-lo com força. Sentira seus lábios tocarem sua pele quente e beijá-lo sussurrando seu nome.
— Gabriel... Ah Gabriel!
Tendo-o em seus braços e em seu colo, movendo-se sobre o seu membro com sensualidade, Gabriel passara a masturbar Theodore para que juntos chegassem ao seu ápice. E quando finalmente o alcançaram, o corpo do ômega se tremera por completo, derretendo-se contra si.
Afundando os dedos sobre os cabelos loiros, envolvendo aquele ômega em seu cheiro, e o beijando suavemente para que seu corpo descansasse, Gabriel transmitia os seus sentimentos para o ômega.
— Eu te amo, meu Theo.