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Chapter 11 - Espadachins de Jade

Repórter: A investigação continua após três corpos serem encontrados esmagados dentro do chão de um armazém abandonado no Brooklyn na noite passada, apesar das circunstâncias em que foram encontrados, os corpos não apresentam digitais ou sinais de luta...

Bartender: A cidade tá ficando cada vez mais perigosa...

A bartender desliga a TV,serve whisky em um copo e o passa a uma figura encapuzada que se sentava no balcão à sua frente. Ela pega o copo,vira a bebida em um só gole e sinaliza que queria outra dose.

Mulher Encapuzada: Ouviu alguma coisa sobre os assassinatos de ontem?

Ela diz colocando uma nota de cem no balcão, a bartender olha em volta e depois de alguns longos segundos, serve outra dose de whisky a mulher e depois discretamente pega a nota.

Bartender: Ouvi dizer que uma garota e um MB foram vistos saindo do armazém algumas horas antes dos policiais chegarem.

Mulher Misteriosa: Alguma coisa sobre a aparência deles ou pra onde foram depois?/ Ela diz antes de colocar outra nota no balcão e virar o whisky de uma vez, a bartender pega e já serve outra dose.

Bartender: O MB tinha quatro braços e usava uma máscara e a garota era alta, musculosa e tinha cabelo branco, pra onde eles foram não se sabe, mas o MB foi visto lá pelas três da manhã conversando com um louva-deus amarrado em outro prédio abandonado.

Mulher Misteriosa: Obrigado pela informação, fica com o troco.

Ela vira a última dose e coloca uma última nota de cem no balcão antes de se levantar e se virar para sair. Em uma mesa próxima, uma mulher bêbada começa uma briga e ao passar perto da mesa, a mulher encapuzada é atacada por uma das arruaceiras que a levanta pelas golas do sobretudo.

Sem dizer uma palavra, ela segura alguma coisa na parte esquerda da cintura. *Click* é o som que a arruaceira escuta do objeto que a mulher misteriosa segurava, ela olha para baixo e com um susto joga ela para longe, em sua cintura, uma katana era parcialmente desembainhada, pronta para lançar a lâmina para fora e cortar quem se colocasse à frente de sua mestra.

E assim,a mulher embainha sua espada e sai pela porta do bar sem olhar para trás.

Horas depois...

Uma multidão se juntava na frente de um shopping que seria inaugurado naquele dia, um palco havia sido montado e algumas seguranças esperavam em cima dele, no meio do aglomerado de pessoas, uma figura mascarada observava de longe.

Alguns minutos depois, uma mulher sobe no palco, o cabelo castanho e longo era preso em um dreadlock e era amarrado em um rabo de cavalo, sua pele morena era enfeitada pelo elegante terno preto que usava,aquela era o alvo dos Espadachins de Jade, Sra. Bright.

Sra. Bright: Primeiramente, gostaria de agradecer a presença de todos aqui hoje,como sabem, hoje iremos inaugurar o primeiro centro comercial dedicado à MBS de Nova York, foi uma grande honra trabalhar nesse projeto e quero dedicá-lo a cada MB dessa cidade.

O discurso da mulher é recebido com aplausos e algazarra. Um centro comercial pra MBS? Me pergunto quem iria querer matar uma pessoa que trabalha em coisas que beneficiam as pessoas. Desviando o olhar da mulher, V percebe que não era o único tentando se esconder ali. Uma pessoa encapuzada se aproximava rapidamente do palco.

A capa da figura flutua com o vento revelando uma katana em sua cintura, a bainha de couro branca era coberta por tiras de couro negras deixando apenas uma pequena parte da bainha visível, o guarda-mão tinha a forma de uma flor de lótus com as pétalas internas sendo da cor preta e as externas da cor branca e o cabo era revestido por uma madeira branca com quatro símbolos de flores de lótus entalhados em cada lado dando visão da madeira negra interna.

Ao vê-la se aproximando,uma segurança próximo saca seu revólver e o aponta para ela, em um rápido movimento, a espadachim saca sua espada e arranca a mão da guarda que cai de joelhos gritando de dor ao ver o lugar onde sua mão deveria estar jorrando sangue.

A lâmina da katana media aproximadamente 90 cm e era feita de um metal negro e no anel entre a lâmina e o guarda-mão o mesmo símbolo da flor de lótus era contornado com uma tinta branca no metal escuro.

As outras três seguranças sacam suas armas e dispararam contra a espadachim que, em uma incrível velocidade, corta as balas ainda no ar e avança. A primeira guarda tem seu peito perfurado pela espada e logo a lâmina sai pelo seu ombro, deixando um corte enorme dividindo seu peito na horizontal, ela estava morta antes mesmo de perceber o que a atingiu.

As outras disparam outra vez e ao invés de cortar as balas ela as rebate, matando a segunda segurança com o próprio tiro e acertando a perna da última que se distrai pela dor e é decapitada antes de se recompor.

O pânico se instaura, as pessoas à volta de V corriam por todos os lados e gritavam em pânico enquanto o tecelão apenas encarava a assassina atônito, ao vê-la se aproximar da Sra. Bright lentamente enquanto a mesma estava paralisada de medo, V decide agir.

A espadachim avança nela, mas antes de acertá-la, a Sra. Bright é puxada rapidamente para o chão. A figura fica ali por alguns segundos observando sua lâmina suja pelo sangue dos guardas antes de sair calmamente do local. Perto dali, dentro do shopping que seria inaugurado hoje, V saía do chão com a empresária nos braços.

Sra. Bright: O que...? Quem é você?/ Ela diz dando alguns passos para trás.

V: Está tudo bem, eu tô aqui pra ajudar.

Ele diz levantando os braços para acalmá-la, TODOS eles,ao ver o par de braços à mais do tecelão, a Sra. Bright dá largo um sorriso e antes que ele pudesse reagir, aponta uma faca para seu pescoço, abrindo um pequeno corte que começa a sangrar um pouco.

Sra. Bright: Mãos onde eu possa ver! Todas elas!/ Ele obedece e levanta suas mãos.

Sra. Bright: Minha parceira me contou que um MB mascarado de quatro braços estava procurando as Espadachins de Jade. Parabéns, você nos achou.

V ouve passos atrás dele e logo sente a ponta da katana negra pressionar suas costas, ele havia caído em uma armadilha.

Longe dali...

Astrid: Puta merda...

Astrid estava em casa como havia prometido, porém ela se arrependeu profundamente de tê-la feito, ela sabia que V sabia se cuidar, mas lá no fundo ela sentia, ele estava em grande perigo.

Astrid: Eu não consigo ficar aqui...

Lagertha: Filha, o que foi? Por que tá tão agitada?/ Ela diz entrando na sala e percebendo o desconforto de sua filha.

Astrid: Eu prometi pro V que ia ficar aqui pra me recuperar de ontem, mas agora eu tô sentindo... Ele tá com problemas, eu tenho que ajudar.

Lagertha: Então vai ué.

Astrid: Não é tão simples, o V tá indo falar com espadachins lendários, ele tem a intangibilidade mas e eu? Uma espada ainda pode me machucar e não quero ver o V preocupado comigo de novo.

A mais velha parecia pensativa enquanto Astrid pensava em como ajudaria V sem se arriscar demais. De repente, uma ideia surge na cabeça de Lagertha.

Lagertha: Me segue./ Ela diz dando as costas.

Astrid: Ei, espera!

Ela aperta seu passo para acompanhá-la, as duas entram no quarto de seus pais e Lagertha tira uma caixa de uma madeira solta no piso e a coloca em cima da cama.

Lagertha: Isso aqui foi um presente da minha mãe que ganhou da minha avó que ganhou da minha bisa. Minha bisa forjou elas um dia antes de se casar, o povo achou estranho ela trabalhar em uma arma um dia antes do dia mais feliz da vida dela, mas sabe o que aconteceu no dia do casório?

Astrid: O que?

Lagertha: Um grupo das El Clonado atacou, e sabe o que aconteceu com a sua bisa e o noivo dela?

Astrid: Sobreviveram?

Lagertha: Só eles, todos os convidados acabaram mortos, sua bisa não só protegeu seu bisavô, como ela matou qualquer uma que tentasse encostar nele, e ela também não sofreu nenhum ferimento porque o noivo fez o mesmo por ela, ele a protegeu com própria vida./ Diante do silêncio de Astrid, Lagertha continua.

Lagertha: É isso que as El Clonado nunca entenderão, que humanas e MBS são mais fortes quando estão juntos,que nossa união é mais poderosa que qualquer uma delas, quando eu vi vocês ensanguentados e feridos depois de lutarem lado-a-lado pra poderem voltar pra casa mais uma vez, eu não vi só a sua bisa em você, eu vi sua vó e a mim mesma, protegendo quem amamos mesmo que nos custe a vida.

O olhar de incerteza de Astrid muda ao ouvir as palavras de sua mãe, seu semblante determinado causaria medo até em um leão faminto. Sua mãe abre a caixa e seu conteúdo faz um sorriso confiante crescer em seus lábios. Aguenta V, eu tô chegando!

Assim que ela sai do quarto, Guilhermo, que observava a cena invisível, aparece com lágrimas no rosto, ao vê-lo tão emotivo, Lagertha sorri antes de tomar seus lábios para si.

Lagertha: Viu? Nossa garotinha já tá virando uma mulher incrível./ Guilhermo apenas sorri em resposta.

Com V...

V: Você é uma deles...

Sra. Bright: Uma delAs nesse caso.../ Ela diz dando ênfase no A.

Sra. Bright: Já que Garren provou ser indigno de seu lugar entre nós.

???(Em japonês):Acho que ja posso me revelar não é?

A portadora da katana diz e retira seu capuz, seu cabelo negro e longo era  trançado em em um rabo de cavalo, seus olhos lilás mostravam que ela era filha de um MB, como V suspeitou, ela era uma jovem japonesa.

V(Em japonês): Qual é o seu nome? Ou devo chama-la de assassina de inocentes?

A mulher parecia surpresa pelo japonês fluente do garoto, mas logo se recompõe.

???(Em japonês): Hanako Ichikawa, e tome cuidado com o que diz.

Sra. Bright: Impressionante, quantas línguas você fala meu amigo?

V(em japonês): Também posso falar coreano, mas não é por isso que estou aqui.

Sra. Bright: Pois fale, e como Hanako já te avisou, cuidado com o que diz, afinal, você está do lado errado da faca e a intangibilidade não vai funcionar agora.

V: Eu peguei uma coisa com Garren, uma espada muito poderosa. Ela não pode cair em mãos erradas, então decidi dar a vocês.

Hanako: Tivemos que fazer todo aquele showzinho por uma espada?

V: Quem decidiu fazer aquele escândalo todo foi vocês, eu só quero deixar essa coisa com vocês pra que não caia em mãos erradas e aí eu vou voltar a minha vida normal.

As duas se entreolharam por alguns segundos antes da Sra. Bright dizer:

Sra. Bright: Muito bem, e onde está essa espada?

Ela abaixa sua faca, sua parceira embanha sua katana e V abaixa sua mão esquerda e depois a levanta lentamente e, como estivesse sendo puxada, Orenmir ascende do chão.

Sra. Bright: Essa é.../ O rosto surpreso da empresária era acompanhado pelo de sua parceira.

Hanako: Impossível... Quando Garren trouxe a espada até nós, passamos meses tentando descobrir uma forma de empunhá-la antes de desistirmos... Como?

V: O segredo é bem simples na verdade, só a mana de um tecelão poderoso pode liberar esse casulo especial de teia, ela elimina o peso da espada quase que completamente.

Sra. Bright: Então só tecelões podem levantá-la? 

V: Apenas tecelões podem liberá-la, mas qualquer um pode usar depois disso.

Hanako: Mas você a liberou, seria uma afronta deixar outra pessoa usá-la...

V: Não me importo com a espada e sinceramente acho que eu tô melhor sem ela, mas eu ainda não posso deixar os Louva-Deuses colocarem suas mãos nela.

Sra. Bright: Você não se sente mal deixando uma espada tão poderosa pra outra pessoa?

V: Como eu já disse, eu não me importo.

Hanako: Mas você deve querer alguma coisa pela espada não é? É dinheiro que você quer?

V: Eu só quero uma coisa: paz. Só vou conseguir isso quando me livrar dela.

As duas estavam em choque, ele iria abrir mão de algo tão valioso, de graça?

Sra. Bright: Hanako, vamos conversar. 

Ela chama sua parceira para conversar no canto contrário de V. Por favor, levem essa coisa... Depois de alguns minutos de conversa elas tomam uma conclusão.

Sra. Bright: Aceitaremos a espada.../ V suspira de alívio.

Hanako: Mas só se você a empunhar.

V: Como assim?

Sra. Bright: Você é meio lerdo, hein garoto. Quer dizer que nós queremos que se torne um Espadachim de Jade.

V: O que?!