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Chapter 5 - Parte 5: A guilda dos magos

A cidade de Bella era realmente bonita. A água do mar que a cercava tinha um lindo tom azul-claro e cristalino, com ondas calmas e uma areia branca e fina. Era como ter uma cidade medieval romana no meio do Caribe.

Depois de pegar uma fila de quase dez metros, Lakan finalmente conseguiu comprar uma passagem aérea para subir para a cidade alta. Esse era o jeito mais rápido de chegar lá, mas também era o mais caro.

— 3 moedas de prata para uma viagem de ida e volta… — murmurou, um pouco infeliz.

Seria mais um dia sem comer.

Um enorme barco voador atracou no porto, onde ele e várias pessoas, a maioria bem-vestidas, subiram no barco. Um som de alerta soou e o comandante iniciou a viagem. Lakan olhou para baixo, e a paisagem paradisíaca ficou ainda mais deslumbrante.

Um barco voar, isso podia ser algo de mundo de fantasia, ponderou Lakan.

Ao chegar no topo das altas encostas, o barco atracou novamente. Lakan desceu com pressa e começou a caminhar pelas ruas. Havia casarões brancos tão grandes quanto um palácio. Na parte comercial da cidade alta de Belas, as ruas eram largas e com pequenas ladeiras por onde andavam várias carruagens luxuosas transportando quem quer que seja, além de transeuntes subindo pequenas escadarias, entravam e saiam das casas de comércios.

Em sua vida passada, ele morou nos melhores apartamentos e mansões de várias cidades. Mas nessa vida, ele nunca havia chegado perto de um lugar como a parte alta da cidade. Afinal, o lar de pessoas como ele eram as pessoas favelas nos arredores dos movimentados portos. Por isso, a cidade tinha um apelido na parte de baixo: O paraíso onde os pobres não têm vez.

No entanto, Lakan faria de tudo para conquistar outra vida de glórias e um dia, compraria a melhor mansão dessa cidade. quando pensava na pensão onde morava, cercada de esgoto a céu aberto e fezes se decompondo no meio das ruas, ele sentia uma ânsia de vômito. "Não ficarei a minha vida toda vivendo naquela merda de lugar!" pensou.

Quando chegou no final de uma rua sem saída, Lakan achou o que tanto procurava. Realmente, o prédio da guilda era uma coisa descomunal. Não deveria existir pessoas o suficiente nem mesmo nas favelas para encher aquele lugar. Mas ele entendia, um lugar cheio de prestígio e glamour para gente de alta classe deveria mostrar isso começando pela sua aparência.

Sem perder tempo, ele entrou no salão principal. E fui recepcionado por uma bela mulher loira que ficava atrás de um balcão.

Ela logo notou que ele não era uma pessoa de classe alta. Afinal, ainda estava vestido com as roupas que usava para trabalhar no porto. No entanto, ela sorriu cordial e fez uma reverência para falar com ele, como foi adestrada a fazer:

— O que o senhor deseja da nossa guilda de magos?

— Eu quero saber quanto custa esse teste aí?

Ela o olhou com indiferença, mas logo voltou com sua expressão fingida de antes.

— São cinquenta moedas de prata. Se o teste for positivo, nós devolveremos o seu dinheiro, caso a nossa guilda queira contratar vocês os seus serviços.

— C-c-cinquenta pratas!? Isso não é um absurdo? Isso daqui é uma guilda de magos ou de ladrões? — ele berrou alto e bateu a mão sobre o balcão, atraindo olhares de quem estava em volta.

Dois homens brutamontes vestidos de preto começaram a se aproximar. Não precisaria ser um gênio para saber que se tratavam dos seguranças dali e, provavelmente, eram magos também.

— Senhor, esse é o preço já faz algum tempo. Se não tem essa quantia, sugiro deixar a nossa guilda imediatamente e retornar quando tiver.

A mulher mostrou outro do seu sorriso fingido.

— O que está acontecendo aqui?

Lakan olhou para trás ao ouvir uma voz em suas costas. Logo viu um jovem loiro quase tão bonito quanto ele era na sua vida passada. Não pude deixar de ficar um pouco irritado por isso. O jovem bonito estava acompanhado de uma bela garota. Mas, no fim, ele não se importava com aqueles riquinhos, mas não podia causar problemas e correr o risco de ir para a cadeia. Com seu corpo desnutrido e talvez com vermes também, devido a falta de higiene das pessoas, ele, com toda certeza, morreria em uma semana dentro de uma cela imunda.