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Chapter 6 - Parte 6 - Garota estranha

O jovem bonito de cabelo loiro mostrou um sorriso cortês para mulher, enquanto a garota de cabelos lilás e pernas longas manteve sua postura austera quando eles se aproximaram.

— Ah, é o Senhor Tridik e a senhorita Anvella — disse a mulher, com uma saudação formal. — Estão aqui por qual motivo?

— Qual e o problema aqui? — pergunta a garota, sem muita expressão, enquanto olhava para Lakan.

— Ah, esse rapaz… ele queria saber sobre o nosso teste, mas já está de saída.

— Claro! Não vou pagar esse preço absurdo por um teste bobo como esse. Irei testar a minha magia de outra forma.

De repente, a garota tirou uma espada que pareceu ter vindo do nada e apontou para a garganta de Lakan, que ficou rígido no mesmo instante e perdeu a sua fala. Depois de engolir em seco e levantar as duas mãos, ele começou a dizer, enquanto encarava a garota:

— Qual é o seu problema, garota? Eu te fiz alguma coisa para você me apontar uma arma? Ou é dessa forma que os nobres daqui são?

— Você está dizendo que nossa guilda é aproveitadora? Não posso tolerar essa ofensa.

Lakan coçou o nariz e olhou para a atendente:

— Eu disse isso? Eu não me lembro.

A mulher apenas mostrou uma expressão meio receosa.

— Viu princesa, você é a única que tá sendo rude aqui, ameaçando um civil desarmado — continuou Lakan, com um sorriso cínico.

— Ele tem razão, Meelin. Ele apenas não sabe como funcionam os testes, por isso disse aquilo — ponderou o jovem bonito.

As mãos da garota tremeram um pouco, antes dela baixar a espada, que desapareceu dali deixando um feixe de luz para trás.

"Então é assim que a magia funciona aqui. Eu tenho que confessar, isso é incrível demais!", pensou Lakan.

Por fora, Lakan ainda mantinha a sua pose de um garoto rebelde enquanto deixava o prédio da guilda. E logo quando chegou do lado de fora, ele suspirou aliviado. Em seguida, começou a caminhar pela rua, indo na direção da principal praça da cidade.

Naquelas ruas em torno da praça tinha várias lojas com produtos destinados a magos e aventureiros, mas o que chamava mais atenção dele eram as barracas com diversos tipos de comidas, cujo cheiro de cada uma delas impregnava pelo ar, mas ele carregava no bolso apenas um bilhete da passagem para voltar a cidade baixa.

— Ei jovem…

Lakan parou perto de um beco e olhou para o lado. Logo viu uma pessoa toda encapuzada no meio de uma viela estreita, com o rosto escondido por um capuz de pano. Pela voz, ele podia imaginar que se tratava de uma jovem garota.

— Eu vi você entrando e saindo da guilda dos magos — continuou a pessoa misteriosa —, por acaso não conseguiu fazer o teste deles?

— Quem é você?

Ele era alguém suspeito, no mínimo. Talvez um ladrão, ponderou Lakan. Então disse:

— Se pensa em me roubar, já vou adiantando… vai somente perder o seu tempo.

— Não sou ladrão — retrucou a garota. Em seguida, continuou com a sua voz normal de antes: — Meu nome é Morto. Eu sou da guilda dos Magos Autômatos.

— Magos Autômatos? O que diabo é isso? Outra guilda de aproveitadores?

— Já disse que não sou um ladrão! — Enquanto dizia, o estranho abaixou o capuz.

De fato, era uma garota, como Lakan já havia desconfiado pela sua voz.